
A cerimónia de inauguração contou com a presença do General Craveiro Lopes, então Presidente da República, que desceu ao relvado para colocar no estandarte do FC Porto a Medalha de Mérito Desportivo e para passar revista à guarda de honra, formada por um batalhão de milícias da Mocidade Portuguesa. Além do General Craveiro Lopes, a inauguração do estádio contou com outro ilustre convidado, o Benfica! Como foram convidados de honra, os encarnados levaram consigo um troféu (na foto) com 18 quilos de peso, destinado ao vencedor dessa partida.
No entanto, o resultado desse jogo acabou por não ser propriamente o que os portistas desejavam que ficasse associado à inauguração do novo estádio: 2-8!

Apesar da derrota, o sonho de todos os portistas foi transformado em realidade. O FC Porto passava a ter um espaço condizente com o estatuto que, nessa altura, já ostentava. Para Virgílio, o melhor «foi deixar a caixinha de fósforos que era o Campo da Constituição e passar a jogar naquele estádio. Foi como despir um fato de ganga e vestir um fato de gala».

É curioso que, dois anos mais tarde, a 1 de Dezembro de 1954, o FC Porto retribuiu a "gentileza" e também venceu (3-1) na inauguração do Estádio da Luz. Naquele tempo, as relações entre os dois clubes eram tão diferentes que Urgel Horta, Presidente do FC Porto e deputado da Assembleia Nacional, afirmou: «Daqui, do alto da minha tribuna de deputado, velho praticante e dirigente, saúdo o Benfica, apontando-o como exemplo que deve ser imitado e seguido, a bem da Nação». Outros tempos!
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