Flávio Rodrigues Costa nasceu em Carangola, Minas Gerais, a 14 de Setembro de 1906. Este técnico brasileiro orientou o FC Porto na época 1956/57, imediatamente após a conquista do título com Dorival Yustrich. É curioso que, além de ter sucedido a Yustrich, Flávio Costa partilhava com o seu compatriota o temperamento e o estilo autoritário.Segundo relatos da época, o FC Porto orientado por Flávio Costa foi das equipas que melhor futebol praticou durante a década de 50. Apesar de não ter sido campeão, devido sobretudo a um malfadado empate com o Atlético (0-0) nas Antas, o FC Porto de Flávio Costa jogava um futebol atractivo e só por mera infelicidade não se sagrou bicampeão nacional nessa época (foi segundo classificado a um ponto do Benfica). Aliás, nessa temporada, o FC Porto consentiu apenas um empate em sua casa, precisamente contra o Atlético, tendo marcado 53 golos e sofrido apenas 4!
Além de ter ficado ligado a esse fatídico empate, Flávio Costa também ficou associado à célebre derrota do Brasil frente ao Uruguai no Mundial de 1950. Este ex-técnico do FC Porto era seleccionador do Brasil nesse trágico duelo frente ao Uruguai, que levou 200 mil pessoas ao Maracanã (um record mundial). O Uruguai venceu o Brasil por 2-1 e Flávio Costa ficou para sempre marcado por essa derrota.
Antes de se tornar treinador, Flávio Costa foi um centro campista do Flamengo e do Vasco da Gama, no final da década de 20 e inícios da década de 30. Nessa altura, a sua forma de jogar valeu-lhe o apelido de «Alicate», porque usava as pernas para, em carrinhos impetuosos, derrubar os adversários, o actual «tackle». Depois de terminada a carreira de jogador, continuou no Flamengo como técnico e ainda é hoje o treinador que mais tempo orientou o Flamengo (também foi seleccionador brasileiro por mais de uma década). Foi depois de deixar o cargo de seleccionador que surgiu o convite do FC Porto para substituir Dorival Yustrich. Segundo relatos da época, exigiu ao FC Porto um prémio de assinatura de 250 contos e um vencimento mensal de 40 contos, uma exorbitância para a época. Contudo, depois das primeiras negociações ao telefone (!), Flávio Costa acabaría por aceitar a proposta do FC Porto: 23 contos por mês!
Flávio Rodrigues Costa faleceu no dia 22 de Novembro de 1999, aos 93 anos, como destacado membro de um grupo de sócios do Flamengo, os “Boca Maldita”.
Amigo Ricardo Vara:
ResponderEliminarVamos repor alguma verdade (justiça) e fazer memória?
Justiça:
- De facto, a época de 1956/57 teria sido a que melhor futebol se praticou no Clube, ainda hoje, dizem os do tempo, e corroboramos porque somos também desse tempo.
- Mas, rejeitamos que o mérito tivesse sido de Flávio Costa, pese embora a sua valia técnica, pois, não esqueçamos que essa equipa foi «construida» por Yustrich que a «revolucionou»;
- Os futebolistas(portugueses) como Pinho, Acúrcio, Virgilio, Miguel Arcanjo, Monteiro da Costa, Pedroto, Carlos Duarte, Teixeira, Perdigão, etc., e os (brasileiros) como Gastão, Jaburú, Osvaldo Silva, etc., todos «feitos» por Yustricht.
Memória:
- Até porque, aquando do regresso de Flávio Costa, em 1965/66, o mesmo (bom futebol) já não existia e, muito menos, os grande jogadore
excepção feita ao Américo, Festa, C Pinto, Pavão, Nóbrega, Rolando e poucos mais.
Concordam?
Um abraço.