Apesar do FC Porto ainda não ter encontrado o rumo, estes primeiros 5 meses da época já permitiram tirar algumas conclusões sobre o plantel 2009/10. Conforme tínhamos referido aquando da sua transferência para Marselha, Lucho Gonzalez seria o jogador mais difícil de substituir no «onze». Perante o que vimos até agora, chegamos à conclusão que talvez Jesualdo Ferreira não tenha planeado da melhor forma a substituição do médio argentino.
Para nós, o Professor tinha duas soluções: ou pedia à SAD um jogador que logo fizesse esquecer ‘El Comandante’ (o que seria sempre uma opção caríssima!), ou alterava o sistema de jogo. As opções por Belluschi (um clássico nº 10 que seria perfeito para jogar nas costas de dois avançados ou de um único ponta-de-lança) e por Valeri (um clone de Lucho, mas ainda sem ritmo e intensidade para o futebol europeu) foram quase como um ‘esperar para ver’.
Entretanto, a insistência de Jesualdo Ferreira em jogadores como Freddy Guarín e Mariano Gonzalez também permitiu fazer uma espécie de selecção entre aqueles que podem verdadeiramente chegar ao «onze» e os que serão apenas suplentes úteis.
Agora, Jesualdo tem duas opções: - se optar por privilegiar o ‘4-3-3’, o Professor tem que abdicar de um meio-campo de força e músculo, ou seja, tem que prescindir de jogadores como Tomás Costa, Freddy Guarín e Mariano Gonzalez (será que podem regressar os 3 à América do Sul já em Janeiro?!) e entregar a titularidade a Belluschi ou Valeri, neste momento os únicos centro-campistas do FC Porto com qualidade para “alimentar o ataque” ; - em alternativa, o Professor pode mudar de sistema de jogo, passando a utilizar o ‘4-4-2 losango’, mas para isso teria que abdicar de 2 dos 4 avançados de qualidade que o FC Porto possui no seu plantel (Varela, Rodriguez, Falcão e Hulk). Perante as virtudes do adversário, deveria ter sido esse o sistema utilizado no Estádio da Luz, no jogo de Domingo passado (e também deverá ser esse o sistema táctico a utilizar nos dois jogos frente ao Arsenal, que joga num ‘4-4-2’ com muita criatividade e posse de bola a meio-campo). Se a triagem até agora realizada nos mostrou que Tomás Costa, Freddy Guarín e Mariano Gonzalez não servem, chegamos à conclusão que sobram Fernando, Meireles, Belluschi e Valeri (os 4 centro-campistas que Jesualdo deveria ter utilizado na Luz, num sistema de ‘4-4-2 losango’).
Frente a equipas fortes, e que privilegiam a posse de bola e o preenchimento do centro do terreno, é com esse sistema que o FC Porto melhor pode neutralizar os adversários. Foi dessa forma que Jesualdo Ferreira quebrou recentemente um pequeno ciclo de maus resultados frente ao Sporting de Paulo Bento (aquelas duas vitórias consecutivas em Alvalade, para a Taça de Portugal e para o campeonato, foram obtidas com um ajuste no sistema e a inclusão de Tomás Costa no meio-campo, em detrimento de um dos extremos). No entanto, também é verdade que o ‘4-3-3’ é o único sistema que permite potenciar os 4 bons avançados que o FC Porto possui no plantel.
Frente a equipas fortes, e que privilegiam a posse de bola e o preenchimento do centro do terreno, é com esse sistema que o FC Porto melhor pode neutralizar os adversários. Foi dessa forma que Jesualdo Ferreira quebrou recentemente um pequeno ciclo de maus resultados frente ao Sporting de Paulo Bento (aquelas duas vitórias consecutivas em Alvalade, para a Taça de Portugal e para o campeonato, foram obtidas com um ajuste no sistema e a inclusão de Tomás Costa no meio-campo, em detrimento de um dos extremos). No entanto, também é verdade que o ‘4-3-3’ é o único sistema que permite potenciar os 4 bons avançados que o FC Porto possui no plantel.
Conclusão: sem Lucho Gonzalez, e enquanto Valeri não “cresce”, o FC Porto 2009/10 terá de adaptar o seu sistema de jogo ao adversário (estamos curiosos para perceber como vai Jesualdo abordar os dois jogos frente ao Arsenal).
Do calendário é que o FC Porto não se vai poder queixar, pois na 2ª volta do campeonato vai ter apenas duas saídas complicadas: à Madeira, para defrontar o Nacional, e a Alvalade, para defrontar o Sporting. Ou seja, independentemente do sistema, os 4 pontos que nos separam do primeiro lugar são perfeitamente anuláveis até ao clássico frente ao Benfica, na 29ª jornada.
PS: O FC Porto já deveria estar preparado para as incoerências desta Comissão Disciplinar da Liga. Independentemente de terem sido provocados, Hulk e Sapunaru não podem perder a cabeça e sujeitar o treinador, e a equipa, a duas ausências prolongadas.
Sapunaru já nem é a primeira vez que apresenta uma conduta menos própria. Além de estar a perder uma grande oportunidade (um jogador com a sua fisionomia, alto e possante fisicamente, tinha todas as condições para ter sucesso no FC Porto), o lateral romeno também revela falta de empenho e postura imprópria fora dos relvados. Quanto a Hulk, esperemos que não esteja a acusar (pela negativa!) o facto de ser agora um jogador mais mediático e estar a ser cobiçado por grandes clubes europeus.