segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Bipolaridade

Estas últimas exibições têm sido marcadas por irregulares performances alternadas de agradáveis momentos. Quer se concorde quer não, Vítor Pereira arriscou muito nas duas derradeiras partidas e ganhou, marcou uma posição e acabou por conseguir algum crédito. Mantenho as mesmas críticas que lhe fiz num texto anterior, mas o seu sucesso é também o nosso e manter VP ou substituí-lo por Paulo Bento, como já vi escrito prefiro claramente a primeira alternativa.
A verdade é que VP foi sempre olhado de soslaio, inclusive por uma grande franja de adeptos do FC Porto, se conseguir ter êxito será contra todas as probabilidades.
O próximo ciclo de jogos pode ser decisivo para o resto da época, terça vamos perceber se os jogadores entenderam a mensagem do treinador, enviada a todos quando mandou o Hulk para o banco, dando mostras de uma forte personalidade, até agora desconhecida.
O percurso até aqui não tem sido mau mas a convicção que fica no ar é que podia ter sido irrepreensível, vamos esperar que a bipolaridade desapareça e haja apenas um caminho para a vitória.

Amândio Rodrigues, 31 de Outubro de 2011

sábado, 29 de outubro de 2011

O Vítor também ganha jogos!

O jogo que poderia marcar as pazes entre os adeptos e a equipa começou por ser feio e mal jogado, pelo menos da parte do FC Porto. Foram 45 minutos do pior futebol que o FC Porto já apresentou esta época. É estranha esta dificuldade que o FC Porto está a revelar para realizar pelo menos 2 ou 3 jogos consecutivos com qualidade. O minuto 45 foi uma excelente amostra da 1ª parte: golo do FC Porto e o público a despedir-se da equipa com um coro de assobios. Justos, diga-se! Desta vez, valeu a excelente postura que a equipa trouxe para a 2ª parte e a boa leitura de jogo de Vítor Pereira no momento das substituições. Foi o treinador do FC Porto que reconciliou a equipa com os adeptos! Vítor Pereira parece ter decidido acabar definitivamente com as experiências (e ninguém se pode queixar de falta de oportunidades!), fazendo uma espécie de triagem - as últimas convocatórias assim o indicam - entre aqueles com que realmente conta (agrada-nos que, por exemplo, Mangala, Defour e Belluschi estejam nesse lote) e os que, por um ou outro motivo, não têm conseguido ser tão úteis (Cristian Rodriguez, Souza, Djalma,…..). Daqui em diante, o FC Porto só pode melhorar!
Duas ou três notas sobre o momento da equipa: Mangala ganhou o lugar; Álvaro Pereira está mais comprometido com o jogo; Fernando e Varela atravessam um bom momento de forma; Moutinho é imprescindível; Walter é obeso, isso retira-lhe agilidade e capacidade de explosão;
Agora, frente ao APOEL, não será surpreendente se Vítor Pereira abdicar de jogar com um ponta-de-lança. Face à não inscrição de Walter e à dificuldade que Kléber ainda revela em jogar de costas para a baliza, o treinador do FC Porto pode vir a optar por um trio de ataque mais móvel (talvez com Hulk, James e Varela….). Apesar de ser proibido perder em Chipre, é fundamental manter sempre presente que a Liga portuguesa é o principal objectivo da época. Mas na 3ª feira o FC Porto vai apresentar-se em campo mais bem preparado e mais consciente do que precisa de fazer para contrariar os cipriotas. Vamos ver se isso é suficiente para vencer….

A «foto do dia» - Freitas

Hoje dedicamos uma foto ao Freitas, o defesa-central que ao lado do inseparável Simões formou a carismática e inesquecível dupla de centrais do ‘FC Porto de Pedroto’, no final da década de 70. No FC Porto, o jogador nascido em Angola (Benguela) foi bi-campeão nacional e vencedor de uma Taça de Portugal.

«Curiosidades FCP» - O bilhete do FC Porto - Dinamo de Bucareste, Taça dos Clubes Campeões Europeus 1990/91

Em vésperas da nossa visita a Chipre, recordamos mais um ingresso de um jogo do FC Porto nas competições europeias. Recuamos à 2ª mão da 2ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus 1990/91 com o bilhete que deu acesso ao FC Porto - Dinamo de Bucareste. Depois do 0-0 de Bucareste, a eliminatória ficou decidida nas Antas, com o ‘FC Porto de Artur Jorge’ a golear os romenos por 4-0 (Kostadinov, aos 2’ e aos 25’; Geraldão, aos 48’; e Domingos, aos 63’). Nessa época, o Estrela Vermelha foi o surpreendente vencedor da prova.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Dragões de Ouro

A cerimónia que decorreu esta segunda-feira no Coliseu do Porto, revestiu-se de grande dignidade e simbolismo. Saber honrar a história fica sempre bem, glorificar os atletas, muitos deles adeptos do clube, é sempre uma prova de gratidão. É nesta perspetiva que vejo a atribuição do Dragão de Ouro a André Villas Boas, o reconhecimento do trabalho, da competência, da excelência a quem deu tudo ao clube do coração. Este gesto do FC Porto, enobrece e dignifica a história do clube e acima de tudo é de inteira justiça.
AVB deixou saudades e uma ferida ainda por sarar no Dragão, que com o tempo acredito que possa cicatrizar, até lá a sua saída ainda continuará a alimentar alguma celeuma, no entanto não podemos deixar de o considerar um dos nossos e dos bons.
Guardo ainda na retina uma imagem que representa bem o que se passa neste atual momento no nosso clube, AVB sentado na fila da frente e Vítor Pereira atrás, sendo que foi este o primeiro a aplaudir de pé a entrega do prémio ao seu antecessor, no fundo nada mais do que a ordem natural das coisas.

Amândio Rodrigues, 26 de Outubro de 2011

A «foto do dia» - Fernando Gomes

Numa altura em que se adensa a discussão em torno do ponta-de-lança do FC Porto (o nosso preferido é Kléber, pois Walter continua com excesso de peso para a alta competição) voltamos a recuperar uma foto de Fernando Gomes, uma lenda viva do FC Porto e o melhor nº 9 da nossa história.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Uma crise ‘à FC Porto’!

O regresso do FC Porto ao Dragão depois da péssima exibição com o APOEL ficou marcado por alguma desconfiança. A desmobilização dos adeptos é a prova disso mesmo. Apesar da vitória sobre o Nacional, notou-se na atmosfera do Dragão algum desassossego. Algo injusto, pois ontem o FC Porto realizou um jogo tão ou mais seguro que aquele de há duas semanas atrás, frente à Académica. O que este ciclo prova é que se há vitórias ‘à FC Porto’, também há crises ‘à FC Porto’. O «onze» era pouco rotinado, mas houve atitude e paixão pelo jogo (apesar do narrador da TVI nos estar constantemente a tentar convencer do contrário: que azia!). O melhor do FC Porto foi o triângulo Fernando-Belluschi-Defour. Vitória por margem larguíssima, a elevar o score entre golos marcados e sofridos para + 17 (22 marcados e 5 sofridos). Ainda assim, julgo que só uma vitória em Chipre poderá fazer regressar a empatia entre adeptos e equipa. Mas os jogadores e o treinador sabem que estão num clube que premeia o sucesso e que não sabe lidar com a derrota. Foi essa cultura que nos trouxe até aqui, ao primeiro lugar do ranking de clubes com mais títulos no país. Habituem-se!
Julgo que neste momento o problema de Vítor Pereira não tem a ver com aspectos tácticos nem com as escolhas para o «onze» (é impossível acertar sempre nas substituições e no escalonamento dos melhores onze jogadores). A dificuldade está na mobilização dos jogadores, que quando motivados absorvem melhor as indicações do treinador. Não tem sido fácil manter os jogadores comprometidos com o jogo. No jogo frente ao APOEL, por exemplo, sentiu-se a equipa desunida.
Ainda assim, o FC Porto de Vítor Pereira já foi capaz de realizar exibições bem conseguidas. Basta recuar ao jogo com a Académica: houve envolvência e alegria nessa vitória (0-3) esclarecedora. Julgo que a margem de Vítor Pereira só se esgotará se o FC Porto ficar fora dos ‘Oitavos’ da Liga dos Campeões e perder o primeiro lugar da Liga. Até lá, todas as dúvidas que se levantem sobre o treinador morrem na estatística: lidera o campeonato e é segundo na ‘Champions’. Deixo só um reparo ao discurso do Vítor: mister, o FC Porto é o 4º classificado no ranking mundial de clubes. «As equipas do nosso grupo são muito iguais»?! Se alguém tem que lutar pelo segundo lugar da ‘Champions’ é a equipa de Chipre e as duas equipas de leste. O ‘cabeça de série’ é o FC Porto, os outros são ‘outsiders’!

«Curiosidades FCP» - FC Porto - Glasgow Rangers, Taça dos Vencedores das Taças 1983/84

Hoje recuamos à caminhada que nos levou à nossa primeira final europeia com um galhardete alusivo à eliminatória que disputámos frente ao Glasgow Rangers. Os escoceses foram o nosso 2º adversário (o 1º foi o Dinamo de Zagreb) na edição de 1983/84 da Taça das Taças.
O FC Porto eliminou o Rangers e qualificou-se para os ‘Quartos-de-final’ da prova graças ao golo marcado em Glasgow, por Jacques, aos 89 minutos de jogo. Apesar da derrota no Ibrox Stadium (2-1, golos de Clarke, aos 35’; Mitchell, aos 85’; e Jacques, aos 89’), o FC Porto eliminou os escoceses ao vencer nas Antas por 1-0 (golo de Fernando Gomes, aos 53’).
Depois do Rangers seguiu-se o Shakhtar Donestk.

A «foto do dia» - FC Porto 1983/84

Aproveitando o galhardete alusivo ao FC Porto - Glasgow Rangers, relativo à época 1983/84, recuamos ao FC Porto de Pedroto (e de António Morais) com um «onze» dessa temporada, que ficou marcada pela presença na final da Taça dos Vencedores das Taças (derrota frente à Juventus, por 2-1) e pela conquista da Taça de Portugal (vitória sobre o Rio Ave, por 4-1).
Em cima (da esq. p/ dta): Eurico, Lima Pereira, Vermelhinho, Eduardo Luís, João Pinto e Zé Beto;
Em baixo (da esq. p/ dta): Walsh, Frasco, Jaime Magalhães, Jaime Pacheco e Sousa;

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Intranquilidade

Os ventos que sopram do Dragão não são nada animadores, a exibição no jogo contra um modesto clube do Chipre foi simplesmente dececionante e as declarações de Vítor Pereira no final foram-no ainda mais aflitivas e incompreensíveis.
O que transparece neste momento, é que os jogadores não estão com o seu treinador, as palavras de João Moutinho são sintomáticas disso mesmo, a intranquilidade apoderou-se dos atletas a prova está nos 14 cartões acumulados, nos 5 golos encaixados para apenas 4 marcados em três jogos da 'Champions'.
As exibições do FC Porto desta época são um verdadeiro 'dejá vu', que nos fazem recuar há duas épocas atrás ao tempo de Jesualdo Ferreira, de quem o atual treinador está cada vez mais próximo, afastando-se em igual proporção de André Villas Boas.
Os próximos dias podem trazer novidades, sem qualquer tipo de acesso a informação privilegiada, é para mim claro que Vítor Pereira chegou ao fim de linha, Pinto da Costa e seus pares já o devem ter percebido há muito tempo, insistir no atual treinador é atrasar a recuperação da equipa e diminuir o espaço de manobra de um novo que possa dar a volta à situação, porque afinal de contas ainda nada está perdido.

Amândio Rodrigues, 21 de Outubro de 2011

«Curiosidades FCP» - O programa oficial do Barry Town - FC Porto, Liga dos Campeões 2001/02

Recuamos ao ‘FC Porto de Octávio Machado’ com a capa do programa oficial do Barry Town - FC Porto, relativo à 2ª mão da 2ª pré-eliminatória da ‘Champions’ 2001/02.
O FC Porto deslocou-se ao País de Gales depois de ter vencido os ‘Dragons’ (o Barry Town adoptou o mesmo símbolo do FC Porto: o dragão!), nas Antas, por um esclarecedor 8-1! A vantagem trazida da 1ª mão levou Octávio Machado a utilizar no Jenner Park um «onze» composto pelos jogadores menos utilizados. A consequência foi uma derrota por 3-1 (Rafael, aos 17’; Phillips, aos 37’; Flynn, aos 39’, e Llloyd, aos 89’) frente aos frágeis galeses. Um resultado algo embaraçoso, mesmo tendo em conta a goleada da 1ª mão.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tudo lento, tudo previsível….

Confesso que estava com alguma expectativa para ver o que valia este APOEL. Os recentes resultados europeus dos cipriotas deixaram-me algo intrigado. Afinal, quem vence o Zenit e empata em Donestk alguma coisa deve estar a fazer bem.
Pelos resumos que vi desses jogos, fiquei com a sensação que o APOEL tem uma postura em campo que privilegia o dificultar de jogo do adversário. Os cipriotas sabem jogar com as suas limitações, abordando os jogos com uma ‘linha baixa’ e com quase toda a gente atrás da linha da bola. Nunca se irritam com o domínio do adversário, mas querem sempre jogar. Neste momento, são uma equipa serena e confiante (e têm um craque, Aílton, com o perfil de ponta-de-lança que o FC Porto necessitava!). Ainda assim, o 'FC Porto habitual' das noites europeias seria suficiente para vencer esta “certinha” equipa do APOEL.
Mas julgamos que nem sequer se terá tratado de uma má análise ao adversário. O problema é outro: os jogadores do FC Porto surgiram irritados (8 cartões amarelos!) e a equipa apresentou-se física e mentalmente cansada. E não estamos a falar de um ou dois jogadores, são vários. Intrigante!
Além do futebol mastigado e super-previsível que apresentou ontem, o FC Porto também tem concedido mais oportunidades de golo aos adversários que na época passada. Tem sido um FC Porto ligeiramente menos rigoroso e menos concentrado a nível defensivo do que na época anterior. Coisas que são consequência de outras….
Agora, segue-se a visita a Chipre. O FC Porto fica proibido de perder e desejoso que no outro jogo do grupo se volte a registar um empate como aconteceu ontem. O grupo está a ficar “apertado”, mas o primeiro lugar continua em aberto.

«Curiosidades FCP» - O bilhete do Wolverhampton - FC Porto, Taça UEFA 1974/75

Recuperamos mais um ingresso de um jogo do FC Porto nas competições da UEFA. Desta vez, recuamos à década de 70 com um dos bilhetes mais antigos que possuímos no nosso arquivo. O ingresso deu acesso ao Wolverhampton - FC Porto, disputado há 37 anos no agora velhinho ‘Molineux Stadium’. Jogo relativo à 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça UEFA 1974/75.
Os ‘Wolves’ começaram por visitar as Antas a 18 de Setembro de 1974. Uma vitória por 4-1 (McCalle p.b., aos 3’; Cubillas, aos 37’, Flávio, aos 41’; Bailey, aos 63’; e Fernando Gomes, aos 69’) deixou-nos com uma margem confortável para o jogo do ‘Molineux’. No entanto, a pressão dos ingleses e a atmosfera vibrante que se viveu no jogo da 2ª mão quase que iam custando ao FC Porto a passagem à eliminatória seguinte. Perdemos 3-1 (Bailey, aos 3’; Cubillas, aos 37’; Daley, aos 46’; e Dougan, aos 79’), mas avançámos para a 2ª eliminatória.

A «foto do dia» - Madjer e o ‘golden foot’

Hoje dedicamos um ‘post’ a Rabah Madjer, o avançado argelino que recentemente deixou os seus pés no passeio da fama do Futebol, no Mónaco, numa cerimónia presidida pelo príncipe Alberto.
Além desta distinção, Madjer também foi recentemente nomeado embaixador da boa vontade da Unesco. Prestígio intocável do ‘calcanhar de Viena’….

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Foi entretido!

Geralmente há pouca história nestes confrontos da Taça de Portugal com equipas de escalões inferiores. A expectativa passa quase sempre por saber quanto tempo demoram os «grandes» a marcar o primeiro golo e, a partir daí, saber se surge a goleada.
Ontem, a minha maior expectativa nem sequer se prendia com uma possível goleada do FC Porto, mas com as estreias de Iturbe (mesmo sem deslumbrar teve excelentes pormenores, agora é preciso vê-lo inserido num «onze» com os habituais titulares) e Alex Sandro (parece humilde e profissional, mas por agora o lugar é de Álvaro Pereira), e com a produção de Mangala (é algo bruto a abordar alguns lances, mas é rápido e forte, e muito jovem), Defour (alia um grande ‘pulmão’ à qualidade de passe) e Walter (fez um «poker», mas continua demasiado pesado para a alta competição).
Quanto ao jogo, e tendo em conta os mais recentes jogos da Taça de Portugal que o FC Porto disputou frente a equipas de escalões inferiores, pode-se dizer que foi entretido e agradável de seguir. O ano passado, por exemplo, as vitórias sobre Moreirense (1-0), Pinhalnovense (2-0) e Limianos (4-1) foram bem mais aborrecidas.
Mas vamos ao essencial: a passagem à próxima eliminatória da Taça está assegurada e agora é altura de começar a pensar no APOEL. Esse sim, um jogo fundamental e que pode valer ao FC Porto a ascensão ao primeiro lugar do seu grupo na Liga dos Campeões.

A «foto do dia» - Laurindo

Hoje recordamos Laurindo, um jogador nascido em Angola que representou o FC Porto a meio da década de 70.
Eduardo Laurindo da Silva chegou ao FC Porto em 1973/74, vindo do Belenenses. O angolano foi contratado para reforçar o ataque, mas acabou por não ser muito utilizado devido à forte concorrência que encontrou no plantel. Nessa altura, os protagonistas eram António Oliveira, Abel, Nóbrega, Cubillas e um miúdo de 18 anos chamado Fernando Gomes! Depois de duas épocas nas Antas, Laurindo deixaria o FC Porto para jogar no Beira-Mar

«Curiosidades FCP» - FC Porto 1980/81

Regressamos ao FC Porto de Hermann Stessl para recordarmos um «onze» da época 1980/81 (uma foto tirada num dos campos pelados (Amora? Penafiel?....) que nessa altura ainda eram utilizados na I Divisão). Esse era um FC Porto a viver um período de transição entre a geração que no final da década de 70 conquistou os títulos com José Maria Pedroto e a geração que, a meio da década de 80, regressou às vitórias com Artur Jorge. Ainda assim, no primeiro ano em que o técnico austríaco esteve ao comando da equipa o FC Porto ficou a apenas 2 pontos de distância do primeiro lugar da Liga. E a Taça de Portugal também nos escapou por um triz: derrota na final do Jamor, por 3-1, com o Benfica.
Em cima (da esq. p/ dta): Lima Pereira, Gabriel, Simões, Freitas, Romeu e Tibi;
Em baixo (da esq. p/ dta): Jaime Pacheco, Walsh, Sousa, Jaime Magalhães e Costa;

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ciclo decisivo

Depois da pausa para os jogos da seleção, as emoções estão de regresso agora para a Taça de Portugal. O jogo do fim de semana encerra em si uma importância que vai muito para além dos 90 minutos. Marca o início de um ciclo de quatro jogos com um grau médio de dificuldade e que podem, em caso de vitórias como se espera e como é obrigação, alavancar a equipa para um novo patamar e mudar o rumo dos acontecimentos em que se possa aliar as vitórias com boas exibições, que até ao momento não tem acontecido.
Os próximos jogos podem marcar também a estreia de alguns dos novos reforços nomeadamente Iturbe e Alex Sandro, e é aqui que reside muito da expectativa e curiosidade do universo azul e branco, em aquilatar se estes reforços podem ou não fazer a diferença. Assinalo com agrado, que a gestão de Vítor Pereira em relação a integração destes dois jogadores tem sido bastante assertiva, pelo que nos é dado a conhecer, especialmente em relação ao jogador argentino, equivalente àquela que foi feita em relação ao James na temporada passada com os resultados que estão à vista.

Amândio Rodrigues, 14 de Outubro de 2011

«Curiosidades FCP» - O bilhete do Bayern de Munique - FC Porto, Liga dos Campeões 1999/00

Hoje recuperamos um ingresso do jogo que marcou a nossa despedida da ‘Champions’ 1999/00. O ‘FC Porto de Fernando Santos’ caiu nos ‘Quartos-de-final’ da prova, em jogo disputado no Olímpico de Munique, frente ao Bayern.
Depois da igualdade (1-1) registada na 1ª mão, os alemães passaram para a frente da eliminatória com um golo do brasileiro Paulo Sérgio. O inevitável Mário Jardel igualou o jogo (e a eliminatória) em cima do minuto 90’, no entanto, o Bayern ainda conseguiu chegar à vitória antes do apito final. O árbitro escocês Hugh Dallas interpretou mal um lance à entrada da área do FC Porto, beneficiando claramente os alemães num momento decisivo da eliminatória. Uma falta inexistente que acabou por resultar no golo do Bayern, marcado por Linke, aos 90’ + 2’. No final, os protestos dos jogadores e do próprio Fernando Santos valeram ao FC Porto uma pesada multa da UEFA.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Somos Porto!

Este era o jogo ideal para avaliarmos melhor quem está de facto ao lado do treinador e quem anda a “brincar”! Confesso que não estava nada apreensivo com este jogo frente à Académica. Explico porquê: o jogo ia ser uma espécie de triagem entre o ‘FC Porto do carácter’ e o ‘FC Porto que anda a passear os louros da época passada’. Venceu o ‘FC Porto do carácter’! Uma coisa é alguns jogadores não gostarem dos métodos ou das escolhas de Vítor Pereira, outra coisa é serem demasiado acarinhados, num clube que tudo lhes oferece, e não corresponderem com entrega e profissionalismo. Tem que haver o que faltou com o Zenit: entrega e agressividade! Porque é que no jogo frente aos russos não houve quem fizesse ‘dobras’ aos colegas ou quem não recorresse aos ‘tackles’ para travar os adversários? Onde estava a entreajuda? Um FC Porto sério e determinado nunca perderia aquele jogo com o Zenit, mesmo a jogar com 10 jogadores. Se calhar fez falta um ‘capitão’ como Jorge Costa que desse uns berros a alguns meninos!Ontem, tivemos um FC Porto semelhante àquele que leva mais de 40 jornadas sem perder no campeonato. Foi uma excelente exibição colectiva. A Académica não teve a mínima possibilidade de discutir o jogo e o resultado. Muita segurança e agressividade no jogo do FC Porto.
A turbulência passou e vamos lá ver se a partir de agora Vítor Pereira encontra os equilíbrios e “agarra” os jogadores. Aparentemente, esta paragem de duas semanas vem numa óptima altura para o FC Porto. Vamos recuperar alguns jogadores e dar repouso a outros. Nem toda a gente se dá ao luxo de ter “crises” destas, a liderar o campeonato e em segundo lugar do seu grupo da Liga dos Campeões….

«Curiosidades FCP» - Oliveira e os títulos da década de 70

Voltamos a recordar António Oliveira e o fantástico contributo que este ex-avançado do FC Porto deu para os títulos que o clube conquistou no final da década de 70: uma Taça de Portugal (1976/77) e dois campeonatos nacionais (1977/78 e 1978/79).
Ainda hoje muitos colocam António Oliveira no ‘top-10’ dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos. E de facto, se olharmos para aquilo que foi o seu contributo para o terminar do maior jejum do FC Porto no que a conquista de títulos diz respeito verificamos que há razões para tal.
Na época 1977/78, além de ter sido o segundo melhor marcador da equipa no campeonato, com 19 golos, Oliveira também foi, ao lado de Fonseca e Alfredo Murça, o jogador mais utilizado por José Maria Pedroto no campeonato (foram os 3 ‘totalistas’, com 30 jogos na competição), enquanto que em 1978/79, apesar de ter sido utilizado em menos jogos (28) e ter marcado menos golos (16), viu a sua influência ser premiada com a braçadeira de ‘capitão’.