Na reabertura do mercado tínhamos aqui defendido a substituição de Vítor Pereira, pois na altura pareceu-nos fazer sentido iniciar um novo ciclo coincidente com as chegadas de Lucho, Janko e um novo treinador. Não houve mudança e a verdade é que três meses depois muito pouco mudou no futebol do FC Porto (mas também nada nos garante que as coisas melhorassem com um novo treinador). A equipa continua a abordar os jogos com pouca alegria e tem dificuldades para jogar com intensidade e alta rotação. É um FC Porto aos solavancos. É claro que esta crítica é consequência de muitos anos de vitórias, bom futebol e uma cultura de vitória muito própria. Isso trouxe exigência: o FC Porto tornou-nos adeptos difíceis de contentar! Quantas equipas não gostariam de estar na nossa posição? Ainda assim, nota-se uma permanente desconfiança. E na Mata Real até nem jogámos mal. Faltou concentração num pormenor (a ‘marcação à zona’ falhou no canto que originou o golo do Paços) e eficácia na finalização (incrível o golo perdido por Janko ainda na 1ª parte). Os descrentes dirão que o FC Porto 2011/12 vai perdendo pequenas batalhas que nos levarão à perda da guerra, mas o ‘Paixão pelo Porto’ quer continuar a acreditar. No fundo é isso que nos diz a classificação: está tudo em aberto! Qualquer que seja o resultado do Benfica - Sp.Braga (julgamos que o empate nos seria mais conveniente), e desde que o FC Porto vença o Olhanense, na próxima semana poderemos sair de Braga isolados no primeiro lugar da Liga. A cultura de exigência ainda nos pode dar um campeonato na época mais atípica e mal jogada que o FC Porto teve na última década.
quarta-feira, 28 de março de 2012
«Curiosidades FCP» - O bilhete do Artmedia - FC Porto, Liga dos Campeões 2005/06
Continuamos a recordar artigos alusivos a jogos do FC Porto nas competições europeias. Hoje recuamos à ‘Champions’ 2005/06 com o ingresso que deu acesso ao Artmedia - FC Porto, jogo da última jornada da fase de grupos da competição. Se vencesse em Bratislava, o ‘FC Porto de Co Adriaanse’ ainda teria possibilidades de aceder aos ‘Oitavos-de-final’ (ficaríamos dependentes do resultado do jogo entre o Rangers e o Inter de Milão). No entanto, não fomos além de um empate (0-0), um resultado que acabou por nos deixar de fora da fase seguinte da prova.
A «foto do dia» - Mlynarczyk
Voltamos a dedicar uma foto ao ‘Mly’. Desta vez, recuamos ao Mundial ‘México 86’ e ao encontro que opôs a Selecção portuguesa à Polónia de Mlynarczyk (na foto, ao fundo, é possível ver Vítor Damas e André).
Nesse ocasião, a Polónia venceu Portugal por 1-0 (golo de Smolarek, aos 68’).
Nesse ocasião, a Polónia venceu Portugal por 1-0 (golo de Smolarek, aos 68’).
segunda-feira, 26 de março de 2012
Resta-nos apoiar e ter paciência!
Não há forma do FC Porto entrar numa dinâmica de vitória. Depois de ter feito o mais difícil (recuperar 5 pontos para o Benfica e vencer na Luz), o FC Porto cedeu 4 pontos frente a equipas do meio da tabela. A equipa joga como quem caminha num trapézio: num momento parece controlar o jogo, mas no minuto seguinte concede uma oportunidade flagrante de golo ao adversário.
Ontem, apesar de ter estado por cima no jogo durante quase 60 minutos, o FC Porto voltou a não conseguir controlar a partida no período de reacção do Paços (e não foi por culpa de Hulk e Moutinho: os melhores em campo!).
A verdade é que a apenas 6 jornadas do fim da liga deixou de fazer sentido discutir a opção do treinador por jogador A ou B, ou colocar em causa a forma física de X ou Y. Há muito tempo que o FC Porto não nos oferece uma exibição cheia e consistente, mas isso passa para segundo plano tendo em conta as circunstâncias que estamos a viver: em termos emocionais, este é o campeonato mais desgastante das últimas épocas. Resta-nos continuar a apoiar e ter paciência!
Ontem, apesar de ter estado por cima no jogo durante quase 60 minutos, o FC Porto voltou a não conseguir controlar a partida no período de reacção do Paços (e não foi por culpa de Hulk e Moutinho: os melhores em campo!).
A verdade é que a apenas 6 jornadas do fim da liga deixou de fazer sentido discutir a opção do treinador por jogador A ou B, ou colocar em causa a forma física de X ou Y. Há muito tempo que o FC Porto não nos oferece uma exibição cheia e consistente, mas isso passa para segundo plano tendo em conta as circunstâncias que estamos a viver: em termos emocionais, este é o campeonato mais desgastante das últimas épocas. Resta-nos continuar a apoiar e ter paciência!
«Curiosidades FCP» - Cubillas
Aproveitando a recente visita de Teófilo Cubillas a Portugal, na sequência da homenagem que lhe foi prestada no congresso de futebol do Instituto Superior da Maia (ISMAI), voltamos a dedicar um ‘post’ ao peruano. Recuperamos algumas fotos e declarações da sua mais recente visita ao nosso país.
«Quando estava no Basileia aceitei vir ao Porto conhecer a cidade. Ao chegar, vi tanta gente a esperar-me que quis logo assinar. Aquelas pessoas todas no caminho do aeroporto para o estádio….».
«Poucos meses depois de chegar deu-se o 25 de Abril e a moeda desvalorizou. O ordenado ficou 5 vezes menor. Como não era homem de luxos e gostava de estar cá, não me importei. E no segundo ano até me escolheram como ‘capitão’ de equipa. Naquela altura, um estrangeiro ser ‘capitão’ no segundo ano de clube não era nada fácil. Fiquei radiante!»
«Tive vários amigos no FC Porto. O Rui era uma pessoa tremenda. O António Oliveira era um miúdo espectacular e agora até veio de propósito dos Estados Unidos para me ver. Havia ainda o Tibi, um profissional exemplar. Ah, e revi o miúdo Fernando Gomes. Já dava para ver que viria a ser um grande jogador….».
«Continuo a acompanhar o FC Porto. No Peru chamam-lhe a “equipa de Cubillas”. Foi uma alegria enorme assistir à final da Taça dos Campeões Europeus, em 1987. Desfrutei do golo de Madjer. Que classe! Era grande equipa».
«Quando estava no Basileia aceitei vir ao Porto conhecer a cidade. Ao chegar, vi tanta gente a esperar-me que quis logo assinar. Aquelas pessoas todas no caminho do aeroporto para o estádio….».
«Poucos meses depois de chegar deu-se o 25 de Abril e a moeda desvalorizou. O ordenado ficou 5 vezes menor. Como não era homem de luxos e gostava de estar cá, não me importei. E no segundo ano até me escolheram como ‘capitão’ de equipa. Naquela altura, um estrangeiro ser ‘capitão’ no segundo ano de clube não era nada fácil. Fiquei radiante!»
«Tive vários amigos no FC Porto. O Rui era uma pessoa tremenda. O António Oliveira era um miúdo espectacular e agora até veio de propósito dos Estados Unidos para me ver. Havia ainda o Tibi, um profissional exemplar. Ah, e revi o miúdo Fernando Gomes. Já dava para ver que viria a ser um grande jogador….».
«Continuo a acompanhar o FC Porto. No Peru chamam-lhe a “equipa de Cubillas”. Foi uma alegria enorme assistir à final da Taça dos Campeões Europeus, em 1987. Desfrutei do golo de Madjer. Que classe! Era grande equipa».
A «foto do dia» - FC Porto 1995/96
Recuamos ao ‘FC Porto de Bobby Robson’ (e ao início do ‘Penta’) com um «onze» utilizado pelo treinador inglês durante a pré-época 1995/96.
Em cima (da esq. p/ dta): Silvino, Mielcarski, Emerson, Jorge Costa e Aloísio;
Em baixo (da esq. p/ dta): Folha, Paulinho Santos, Secretário, Lipscei, Bandeirinha e Domingos;
Em cima (da esq. p/ dta): Silvino, Mielcarski, Emerson, Jorge Costa e Aloísio;
Em baixo (da esq. p/ dta): Folha, Paulinho Santos, Secretário, Lipscei, Bandeirinha e Domingos;
quarta-feira, 21 de março de 2012
A nossa final é no próximo Domingo!
Pedir ao FC Porto que vencesse na Luz pela 4ª vez consecutiva num espaço de um ano não seria de todo exagerado. No entanto, temos que reconhecer que, tendo em conta a época algo errante que estamos a viver, aquilo que neste momento nos move e cativa é a Liga portuguesa. O FC Porto não pode perder a oportunidade de vencer mais um campeonato. Por tudo e por mais alguma coisa!
Ontem perdeu-se a possibilidade de vencermos a Taça que Lucílio Baptista celebrizou, mas o FC Porto saiu da Luz sem jogadores lesionados e castigados. Minimizámos os estragos!
Vítor Pereira promoveu as alterações que se impunham (só não fez mais porque as lesões e o mercado de Inverno lhe retiraram essa possibilidade) e o FC Porto apresentou-se na Luz com uma estratégia diferente. As ‘poupanças’ não devem ser subestimadas, tendo em conta que em Janeiro o FC Porto teve de reduzir o seu plantel devido ao aumento da folha salarial com duas correcções (Janko e Lucho) que contribuíram para agora liderarmos a Liga. É nessa prova que temos mais uma final para jogar já no próximo Domingo. Se vencermos o Paços de Ferreira chegaremos à 25ª jornada, a do Benfica-Sp. Braga, com vantagem sobre os dois perseguidores que nessa ocasião jogarão entre si.
Ontem perdeu-se a possibilidade de vencermos a Taça que Lucílio Baptista celebrizou, mas o FC Porto saiu da Luz sem jogadores lesionados e castigados. Minimizámos os estragos!
Vítor Pereira promoveu as alterações que se impunham (só não fez mais porque as lesões e o mercado de Inverno lhe retiraram essa possibilidade) e o FC Porto apresentou-se na Luz com uma estratégia diferente. As ‘poupanças’ não devem ser subestimadas, tendo em conta que em Janeiro o FC Porto teve de reduzir o seu plantel devido ao aumento da folha salarial com duas correcções (Janko e Lucho) que contribuíram para agora liderarmos a Liga. É nessa prova que temos mais uma final para jogar já no próximo Domingo. Se vencermos o Paços de Ferreira chegaremos à 25ª jornada, a do Benfica-Sp. Braga, com vantagem sobre os dois perseguidores que nessa ocasião jogarão entre si.
«Curiosidades FCP» - Kiki na ‘Dragões’
Hoje recordamos o centro-campista Kiki com uma primeira página da revista ‘Dragões’ (edição de Setembro de 1990).
Este cabo-verdiano representou o FC Porto apenas durante a época 1990/91. Não foi muito utilizado, pois nessa altura o eterno ‘carregador de piano’ André continuava a ditar leis na ‘posição 6’ do meio-campo do FC Porto.
Este cabo-verdiano representou o FC Porto apenas durante a época 1990/91. Não foi muito utilizado, pois nessa altura o eterno ‘carregador de piano’ André continuava a ditar leis na ‘posição 6’ do meio-campo do FC Porto.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Justo e sofrível!
Na sexta-feira o FC Porto quis ser campeão. Uma semana depois da apática e lenta exibição frente à Académica, o FC Porto mostrou que o título continua a depender dos seus humores. Sim, concedemos várias oportunidades de golo ao nosso adversário, no entanto, fomos mais fortes naquele período (primeira meia-hora) que geralmente mais condiciona o resultado e o vencedor do jogo.
Mas é impossível não reparar na deficiente condição física da equipa. O FC Porto tem, pelo menos, metade do «onze» inicial ‘preso por arames’ em termos físicos. Ainda assim, a equipa poderá vencer os próximos jogos do campeonato se souber controlar melhor o jogo naquele período (após os 60 minutos de jogo) em que o cansaço físico nos retira algum discernimento. Na nossa opinião, na próxima terça-feira Vítor Pereira deveria dar descanso a alguns habituais titulares (Rolando, Álvaro Pereira, Lucho Gonzalez,….) de forma a que a equipa se apresente o mais fresca possível na deslocação à Mata Real. Prioridade total ao campeonato!
Mas é impossível não reparar na deficiente condição física da equipa. O FC Porto tem, pelo menos, metade do «onze» inicial ‘preso por arames’ em termos físicos. Ainda assim, a equipa poderá vencer os próximos jogos do campeonato se souber controlar melhor o jogo naquele período (após os 60 minutos de jogo) em que o cansaço físico nos retira algum discernimento. Na nossa opinião, na próxima terça-feira Vítor Pereira deveria dar descanso a alguns habituais titulares (Rolando, Álvaro Pereira, Lucho Gonzalez,….) de forma a que a equipa se apresente o mais fresca possível na deslocação à Mata Real. Prioridade total ao campeonato!
«Curiosidades FCP» - O bilhete do FC Porto - Floriana, Taça dos Clubes Campeões Europeus 1993/94
Hoje recuamos ao ‘FC Porto de Tomislav Ivic’ com um ingresso que deu acesso ao FC Porto - Floriana, jogo da 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus 1993/94.
O FC Porto venceu os frágeis malteses, nas Antas, por 2-0 (golos de Kostadinov, aos 8’; e Semedo, aos 78’), não indo além de um empate (0-0) no jogo da 2ª mão. Depois dos malteses seguiu-se o Feyenoord, na 2ª eliminatória.
O FC Porto venceu os frágeis malteses, nas Antas, por 2-0 (golos de Kostadinov, aos 8’; e Semedo, aos 78’), não indo além de um empate (0-0) no jogo da 2ª mão. Depois dos malteses seguiu-se o Feyenoord, na 2ª eliminatória.
sexta-feira, 16 de março de 2012
A hora da verdade
Ao longo dos anos o nosso clube foi construindo uma matriz muito peculiar e impossível de ser replicada em qualquer outro e muitos o tem tentado, não só cá no país como lá fora, mas sem sucesso. Hoje em dia fala-se muito do jogador “à Porto”, este conceito não nasceu agora, demorou anos a ser construído, solidificado e muito importante reconhecido, não foi do dia para a noite levou o seu tempo.
O que se espera do FC Porto para o resto da época é acima de tudo uma entrega e disponibilidade total em campo simplesmente, que ponham em prática a conceção anteriormente referida. O momento não é o mais fulgurante, as exibições são inconstantes de altos e baixos e também não é agora que vão melhorar, mas no fundo o que importa é ganhar.
Nem tudo se decide dentro das quatro linhas, a nomeação do árbitro do jogo com o Nacional causa alguma preocupação.
O que se espera do FC Porto para o resto da época é acima de tudo uma entrega e disponibilidade total em campo simplesmente, que ponham em prática a conceção anteriormente referida. O momento não é o mais fulgurante, as exibições são inconstantes de altos e baixos e também não é agora que vão melhorar, mas no fundo o que importa é ganhar.
Nem tudo se decide dentro das quatro linhas, a nomeação do árbitro do jogo com o Nacional causa alguma preocupação.
Amândio Rodrigues
quarta-feira, 14 de março de 2012
Uma mensagem de responsabilidade e confiança
Não tem sido fácil a semana portista no que diz respeito aos efeitos do empate frente à Académica. As críticas à equipa alastraram aos responsáveis do FC Porto, que têm respondido com silêncio à contra-informação, ao branqueamento e à pressão que tem sido exercida fora dos relvados pelo Benfica. Essa postura do FC Porto tem irritado alguns portistas, mas tem sido coerente com a estratégia que o FC Porto vem adoptando há algum tempo a esta parte (esperemos é que isto não seja uma espécie de sentimento de culpa pós-Apito Dourado!).
Mas no que ao ‘jogo jogado’ diz respeito, é preciso reconhecer e valorizar o autêntico coice que o FC Porto deu no campeonato. Numa altura em que o Benfica se preparava para festejar o título (a duas jornadas do ‘clássico’, havia a possibilidade de aumentar a vantagem sobre o FC Porto para 8 pontos), o FC Porto terminou o ‘clássico’ em 1º, ganhando 8 pontos ao seu maior rival em apenas 3 jornadas. Ou seja, se alguém vacilou não foi o FC Porto. É claro que a vitória na Luz elevou as expectativas e o empate frente à Académica foi inesperado e desiludiu os adeptos, mas o FC Porto está vivo e recomenda-se. O clube é líder isolado nos campeonatos das 4 modalidades com mais história no Desporto português. Isto é um sinal de vitalidade!
Sim, a equipa de Futebol vive uma época algo atípica (Vítor Pereira tem dificuldade em mobilizar os jogadores e já se percebeu que vai ser difícil manter um padrão exibicional até ao final da época), mas agora é altura de evitar aqueles pequenos caprichos que colocam tudo em causa (esta semana alguns até chegaram ao ponto de dizer que o Lucho já não tem dinâmica e discernimento!). É muito provável que o cansaço físico e mental que condicionou a nossa exibição frente à Académica venha a ser atenuado nas próximas semanas. Responsabilidade e confiança!
Mas no que ao ‘jogo jogado’ diz respeito, é preciso reconhecer e valorizar o autêntico coice que o FC Porto deu no campeonato. Numa altura em que o Benfica se preparava para festejar o título (a duas jornadas do ‘clássico’, havia a possibilidade de aumentar a vantagem sobre o FC Porto para 8 pontos), o FC Porto terminou o ‘clássico’ em 1º, ganhando 8 pontos ao seu maior rival em apenas 3 jornadas. Ou seja, se alguém vacilou não foi o FC Porto. É claro que a vitória na Luz elevou as expectativas e o empate frente à Académica foi inesperado e desiludiu os adeptos, mas o FC Porto está vivo e recomenda-se. O clube é líder isolado nos campeonatos das 4 modalidades com mais história no Desporto português. Isto é um sinal de vitalidade!
Sim, a equipa de Futebol vive uma época algo atípica (Vítor Pereira tem dificuldade em mobilizar os jogadores e já se percebeu que vai ser difícil manter um padrão exibicional até ao final da época), mas agora é altura de evitar aqueles pequenos caprichos que colocam tudo em causa (esta semana alguns até chegaram ao ponto de dizer que o Lucho já não tem dinâmica e discernimento!). É muito provável que o cansaço físico e mental que condicionou a nossa exibição frente à Académica venha a ser atenuado nas próximas semanas. Responsabilidade e confiança!
segunda-feira, 12 de março de 2012
Incompreensível!
Esta época não há um único jogo do FC Porto que não seja uma incógnita. Apenas uma semana depois da demonstração de força e querer que valeu a vitória na Luz, novo tropeção na Liga. E nem sequer houve jogo a meio da semana que justificasse o ‘ritmo de treino’ que o FC Porto impôs no jogo. A prova disso é que a Académica nem sequer necessitou de fazer um grande jogo para levar um ponto do Dragão: bastou estar bem posicionada em campo. Intrigante esta impotência do FC Porto no momento mais excitante da época (nem uma única oportunidade de golo nos primeiros 45 minutos!). Assim fica difícil reclamar apoio e cumplicidade dos adeptos. Muita paciência tiveram aqueles que foram ao Dragão!
Pelas circunstâncias que a envolveram (pós-vitória na Luz e liderança da Liga) esta acabou por ser a exibição mais decepcionante da época. Salva-se apenas um aspecto positivo: o golo de Hulk permitiu ao FC Porto somar mais um ponto. Isso pode vir a fazer a diferença no final do campeonato mais estranho e disputado da última década.
Pelas circunstâncias que a envolveram (pós-vitória na Luz e liderança da Liga) esta acabou por ser a exibição mais decepcionante da época. Salva-se apenas um aspecto positivo: o golo de Hulk permitiu ao FC Porto somar mais um ponto. Isso pode vir a fazer a diferença no final do campeonato mais estranho e disputado da última década.
A «foto do dia» - Ademir
Continuamos a recordar ex-jogadores do FC Porto que também vestiram a camisola de clubes estrangeiros. Hoje é a vez do Ademir, o avançado brasileiro que foi fundamental naquele período de finais dos anos 70, que coincidiu com o regresso do clube aos títulos.
Nesta foto recordamos a sua passagem pelo Celta Vigo, clube espanhol para onde se transferiu depois de deixar o FC Porto.
Nesta foto recordamos a sua passagem pelo Celta Vigo, clube espanhol para onde se transferiu depois de deixar o FC Porto.
«Curiosidades FCP» - O bilhete do Hamburgo - FC Porto, Taça UEFA 1989/90
Hoje recuamos à 1ª mão da 3ª eliminatória da Taça UEFA 1989/90 com o bilhete que deu acesso ao Hamburgo - FC Porto.
O FC Porto, de Artur Jorge, foi derrotado no ‘Volksparkstadion’ por 1-0 (golo de Von Heesen, aos 48’), resultado magro mas suficiente para o Hamburgo seguir em frente na prova, pois na 2ª mão não fomos além de uma vitória por 2-1 (Eck, aos 42’; Nascimento, aos 45’; e Jorge Couto, aos 63’).
O FC Porto, de Artur Jorge, foi derrotado no ‘Volksparkstadion’ por 1-0 (golo de Von Heesen, aos 48’), resultado magro mas suficiente para o Hamburgo seguir em frente na prova, pois na 2ª mão não fomos além de uma vitória por 2-1 (Eck, aos 42’; Nascimento, aos 45’; e Jorge Couto, aos 63’).
sexta-feira, 9 de março de 2012
Não embandeirar em arco
Bem pode ser este o mote que o FC Porto deve adotar até ao final da Liga, contas feitas ainda não se ganhou nada e pode perder-se muito.
O jogo da Luz repôs as coisas dentro da normalidade habitual, pelo menos nos tempos da democracia, mas o que se aproxima não é nada fácil, deslocações à Madeira (duas) e a Braga, devem por qualquer equipa em alerta.
Existe agora uma motivação diferente, “candeia que vai à frente ilumina duas vezes”, do ponto de vista psicológico a equipa está mais forte, ser primeiro, mesmo só com três pontos de avanço, é melhor do ser segundo e ter de correr atrás do prejuízo, o que é importante é manter a atitude demonstrada no último desafio e se assim acontecer poderemos celebrar como nunca.
Esta semana foi pródiga em alegadas declarações de supostos representantes de alguns atletas do FC Porto, nada consentâneas com o que o momento exige, muito recato é o que se pede a toda a gente, primeiro ganhar e no final falar. No entanto, não se deve colocar de parte a hipótese de que estas movimentações tenham partido da imprensa afeta ao clube de todos os regimes, com o objetivo de destabilizar. Tudo isto só vem enfatizar mais a ideia de que todos os cuidados são poucos, mas para isto o Dragão já está vacinado, pensamos nós.
O jogo da Luz repôs as coisas dentro da normalidade habitual, pelo menos nos tempos da democracia, mas o que se aproxima não é nada fácil, deslocações à Madeira (duas) e a Braga, devem por qualquer equipa em alerta.
Existe agora uma motivação diferente, “candeia que vai à frente ilumina duas vezes”, do ponto de vista psicológico a equipa está mais forte, ser primeiro, mesmo só com três pontos de avanço, é melhor do ser segundo e ter de correr atrás do prejuízo, o que é importante é manter a atitude demonstrada no último desafio e se assim acontecer poderemos celebrar como nunca.
Esta semana foi pródiga em alegadas declarações de supostos representantes de alguns atletas do FC Porto, nada consentâneas com o que o momento exige, muito recato é o que se pede a toda a gente, primeiro ganhar e no final falar. No entanto, não se deve colocar de parte a hipótese de que estas movimentações tenham partido da imprensa afeta ao clube de todos os regimes, com o objetivo de destabilizar. Tudo isto só vem enfatizar mais a ideia de que todos os cuidados são poucos, mas para isto o Dragão já está vacinado, pensamos nós.
Amândio Rodrigues
«Curiosidades FCP» - Marc Janko
Hoje dedicamos um 'post' ao Marc Janko, a actual referência do FC Porto no ataque. Nesta foto, vemos o ponta-de-lança austríaco com os dois troféus que lhe foram atribuídos em 2009 pela ‘Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol’. Nessa época, o nosso nº 29 foi considerado o melhor marcador europeu e mundial (segundo os critérios da FIHEF) quando ainda representava o Red Bull Salzburgo.
segunda-feira, 5 de março de 2012
A azia benfiquista e um fora-de-jogo…. conveniente!
Agora que a turba benfiquista e a imprensa indígena já recuperaram do trauma de sexta-feira à noite, é altura de fazermos um balanço ao que o ‘clássico’ nos trouxe.
Começamos por destacar a mudança de direcção das críticas que se lêem nos blogues e fóruns benfiquistas. Enquanto que no Sábado a ira se dirigia para o trio de arbitragem (a propósito, Luís Filipe Vieira voltou a trair os benfiquistas, pois garantiu que não falava nos árbitros!), nos dias seguintes as críticas começaram a atingir jogadores e responsáveis do Benfica (os mais radicais pedem as cabeças de Jesus e Vieira!). E aquele fora-de-jogo, que começou por ser conveniente (álibi perfeito para Jesus e Vieira afastarem responsabilidades da 3ª derrota consecutiva frente ao FC Porto em pleno Estádio da Luz), foi agora transformado em ‘frango’ de Artur. O que não faz uma boa noite de sono!
Julgamos que a pouca racionalidade benfiquista estará relacionada com a forma deslumbrada como Jorge Jesus lida com as vitórias. Veja-se, por exemplo, como foram festejados os dois empates do Benfica frente ao pior Manchester United da última década (até o Basileia venceu os ingleses!). Esta diferente cultura e grau de exigência que se vive na Luz e no Dragão também ajuda a explicar a actual diferença entre os dois clubes. Senão vejamos: enquanto que o ‘FC Porto de Vítor Pereira’ é colocado em causa (é saudável a cultura de exigência que se vive no Dragão) por não ter conseguido ser convincente nos jogos exigentes que disputou esta época (venceu apenas três: frente a Sp. Braga, Shakhtar e Benfica), o ‘Benfica de Jesus’ é elogiado por golear os últimos classificados da nossa Liga. Mas tudo espremido, verificamos que o nosso maior rival cumpriu apenas os serviços mínimos: venceu o Sporting pela margem mínima e empatou com Sp. Braga e Manchester United. Este ‘Benfica de Jesus’ é como o Governo: é forte com os fracos e fraco com os fortes!
Começamos por destacar a mudança de direcção das críticas que se lêem nos blogues e fóruns benfiquistas. Enquanto que no Sábado a ira se dirigia para o trio de arbitragem (a propósito, Luís Filipe Vieira voltou a trair os benfiquistas, pois garantiu que não falava nos árbitros!), nos dias seguintes as críticas começaram a atingir jogadores e responsáveis do Benfica (os mais radicais pedem as cabeças de Jesus e Vieira!). E aquele fora-de-jogo, que começou por ser conveniente (álibi perfeito para Jesus e Vieira afastarem responsabilidades da 3ª derrota consecutiva frente ao FC Porto em pleno Estádio da Luz), foi agora transformado em ‘frango’ de Artur. O que não faz uma boa noite de sono!
Julgamos que a pouca racionalidade benfiquista estará relacionada com a forma deslumbrada como Jorge Jesus lida com as vitórias. Veja-se, por exemplo, como foram festejados os dois empates do Benfica frente ao pior Manchester United da última década (até o Basileia venceu os ingleses!). Esta diferente cultura e grau de exigência que se vive na Luz e no Dragão também ajuda a explicar a actual diferença entre os dois clubes. Senão vejamos: enquanto que o ‘FC Porto de Vítor Pereira’ é colocado em causa (é saudável a cultura de exigência que se vive no Dragão) por não ter conseguido ser convincente nos jogos exigentes que disputou esta época (venceu apenas três: frente a Sp. Braga, Shakhtar e Benfica), o ‘Benfica de Jesus’ é elogiado por golear os últimos classificados da nossa Liga. Mas tudo espremido, verificamos que o nosso maior rival cumpriu apenas os serviços mínimos: venceu o Sporting pela margem mínima e empatou com Sp. Braga e Manchester United. Este ‘Benfica de Jesus’ é como o Governo: é forte com os fracos e fraco com os fortes!
sábado, 3 de março de 2012
«O centralismo da capital tem abatido os foros seculares que o Porto selou com sacrifícios. Lutar contra essa hegemonia deprimente é-lhe um dever».
Hoje escolhi um título (de contornos épicos!) diferente para a crónica do Benfica - FC Porto. A ideia ocorreu-me ao visitar o muito recomendável blog ‘Memória Azul’. O autor da frase que dá título ao ‘post’ é Ricardo Jorge, um conceituado médico, escritor e professor universitário que no início do século XX lutou contra a discriminação de que já nessa altura a cidade do Porto era alvo. Quase 100 anos depois, muito pouco mudou. O Porto continua a ser uma das cidades europeias com maiores níveis de desemprego e desigualdades sociais. Uma causa: o progresso material realizado em Lisboa não se difundiu equitativamente por outras regiões do país. E o poder de compra das populações acaba por acompanhar essa assimetria. É contra esta política de tipo sectorial que o FC Porto deverá continuar a lutar, nem que o faça apenas de forma a proporcionar alguma alegria e alento às pessoas através das vitórias da sua equipa de Futebol. Agora o jogo. Confesso que fiquei algo surpreendido com a postura que o FC Porto apresentou na Luz. Totalmente diferente daquela que havia tido em Alvalade. De facto, para se ser campeão é preciso ser grande nos ‘jogos grandes’. O FC Porto foi. Grandíssimo!!! Numa época em que cometemos alguns erros estratégicos, não deixa de ser notável que consigamos liderar a Liga com 3 pontos de vantagem (na realidade são 4!) sobre o segundo classificado. Isto até é algo embaraçoso para quem sempre quis passar para a opinião pública a ideia de ter um futebol avassalador e vertiginoso. Enfim, aquelas ‘traulitadas’ habituais de Jorge Jesus que a turba benfiquista depressa interioriza! A verdade é que o Benfica começa a ver fugir-lhe pelos dedos da mão um campeonato que dava quase como garantido. O trauma, causado pelas duas derrotas da época passada, bateu forte! E nos últimos 10 anos, em jogos de campeonato disputados na Luz, o FC Porto venceu em 5 ocasiões, empatou 3 e perdeu apenas 2. Sinais dos tempos. Habituem-se!
PS: inacreditáveis as declarações de Jorge Jesus e de Luís Filipe Vieira no final do jogo. Queixarem-se do árbitro depois do que aconteceu no Feirense-Benfica e no Gil Vicente-FC Porto soa a populismo. Tenham vergonha!
«Curiosidades FCP» - O programa oficial do Rabat Ajax - FC Porto, Taça dos Clubes Campeões Europeus 1986/87
Recuamos à 1ª eliminatória da histórica caminhada que nos levou a Viena com a capa do programa oficial (‘souvenir programme’ como lhe chamam os malteses) do Rabat Ajax - FC Porto, da 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Campeões Europeus 1986/87. Depois da vitória na 1ª mão, por 9-0 (a maior goleada do FC Porto em jogos das competições europeias), o FC Porto foi à ilha de Malta vencer o campeão maltês pela margem mínima: 0-1 (golo de Sousa, aos 80’). Depois do Rabat Ajax seguiu-se o campeão checo - Vitkovice - na 2ª eliminatória.
A «foto do dia» - Domingos
Na semana anterior recuperámos aqui uma foto do Kostadinov. Hoje, é a vez de recordarmos o seu grande cúmplice no ataque do FC Porto: Domingos. Nesta foto, vemos o ex-avançado do FC Porto em acção numa finalíssima da Supertaça Cândido de Oliveira disputada em Paris, no Parque dos Príncipes. Foi Domingos o autor do único golo dessa vitória (1-0) do FC Porto sobre o Benfica.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Nem tudo que reluz é ouro
Tenho dificuldade em compreender alguma euforia instalada nas ostes portistas. Afinal de contas este primeiro lugar é mais por demérito do nosso rival do que superioridade nossa, uma vez que as três últimas vitórias foram perante adversários muito fracos e as exibições não foram por aí além.
Não tenho a menor dúvida que um outro Porto chegava à Luz e era “veni vidi vinci”, mas este não. Nos grandes jogos nota-se a falta de um grande treinador, alguém que não se encolha e que num “golpe de asa” altere completamente o destino do jogo, o que esta época nem por uma vez aconteceu.
Este exercício de antevisão de um jogo é sempre ingrato, podemos escrever sobre o que queremos que aconteça, ou sobre ou que pensamos que vai ocorrer. Partindo da segunda premissa, será um desafio que ninguém quer perder, pois as consequências de uma derrota seriam desastrosas. Embora não decisiva, esta jornada é importante para o último terço da liga e mais marcante se torna para um possível vencedor, pois pode perfeitamente embalar para o título e instalar o ceticismo nos perseguidores.
Pelo apresentado, é o desafio em que espero que o nosso treinador arrisque, logo de início, e diga aos seus atletas o que pretende deles sem tibiezas.
Amândio Rodrigues
Não tenho a menor dúvida que um outro Porto chegava à Luz e era “veni vidi vinci”, mas este não. Nos grandes jogos nota-se a falta de um grande treinador, alguém que não se encolha e que num “golpe de asa” altere completamente o destino do jogo, o que esta época nem por uma vez aconteceu.
Este exercício de antevisão de um jogo é sempre ingrato, podemos escrever sobre o que queremos que aconteça, ou sobre ou que pensamos que vai ocorrer. Partindo da segunda premissa, será um desafio que ninguém quer perder, pois as consequências de uma derrota seriam desastrosas. Embora não decisiva, esta jornada é importante para o último terço da liga e mais marcante se torna para um possível vencedor, pois pode perfeitamente embalar para o título e instalar o ceticismo nos perseguidores.
Pelo apresentado, é o desafio em que espero que o nosso treinador arrisque, logo de início, e diga aos seus atletas o que pretende deles sem tibiezas.
Amândio Rodrigues
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