Depois da boa exibição e da alegria colocada em campo no jogo com o Nacional, as expectativas para o 3º jogo do FC Porto na Liga passavam não só pela vitória mas também pelo bom futebol.
No jogo frente aos madeirenses, houve exibições (Álvaro Pereira, Belluschi, Falcão,...) que nos deixaram com "água na boca" e sem compromisso europeu a meio da semana, era previsível que o FC Porto se voltasse a apresentar forte frente à Naval. No entanto, exigia-se uma exibição mais segura, especialmente durante a primeira parte.
Hoje, depois de ter entrado forte no jogo e de se ter colocado muito cedo em vantagem, o FC Porto permitiu que a Naval ficasse com demasiada posse de bola até se atingir o intervalo. Foram 30 minutos em que o FC Porto foi pouco prudente, o que lhe podia ter custado o golo do empate, que só não surgiu porque Bruno Alves e Rolando se mostraram sempre muito concentrados perante os demasiados cruzamentos que Fucile e Álvaro Pereira consentiram durante essa fase do jogo (e também perante uma ou outra desconcentração de Helton).
A verdade é que os dois laterais do FC Porto também não tiveram muita ajuda dos homens do meio-campo e dos extremos, o que lhes valeu terem de enfrentar muitas vezes os adversários em desvantagem numérica.
Na segunda-parte, o FC Porto fez algumas correcções que lhe permitiram ficar um pouco mais consistente defensivamente. No entanto, o segundo golo foi mais consequência do espaço que começou a surgir nas costas dos defesas da Naval do que dos méritos do FC Porto a nível defensivo. Nesse aspecto, a exibição frente ao Nacional pareceu-nos mais bem conseguida.
Além disso, logo depois da Naval reduzir para 1-2, o FC Porto "matou" o jogo com o terceiro golo. Ou seja, a Naval, mesmo fazendo uma exibição agradável, acabou por nunca conseguir discutir o resultado. Aqui, muito por mérito daqueles pressupostos que faziam do FC Porto 2008/09 uma equipa temível: rápida circulação de bola e agressividade no ataque.
Individualmente, merecem destaque as exibições de Bruno Alves (neste momento, o 'capitão' é o protótipo do «jogador à FC Porto»), Varela (joga com alegria e entreajuda) e Falcão (além do faro pelo golo, tem um óptimo sentido colectivo).Com o regresso de Hulk, esperemos que Jesualdo não cometa a injustiça de relegar para o banco de suplentes o motivadíssimo Varela. Seria interessante ver como funciona uma frente de ataque constituída por Hulk, Varela e Falcão (e ainda há Cristian Rodriguez...). Mas como Mariano Gonzalez mantém aquela aura de "jogador-fetiche" do Professor...
Agora, a Liga vai parar 2 semanas para os jogos da Selecção. Depois, começam os ciclos de jogos que os jogadores gostam de enfrentar e que motivam clubes como o FC Porto. No regresso, começamos por receber o Leixões. Seguem-se o Chelsea (fora), o Braga (fora), o Sporting (casa) e o At. Madrid (casa). Estimulante!