sábado, 1 de agosto de 2009

«Hulk-dependentes»?

Acabou a pré-época do FC Porto, dois dias antes da desejada presença na Final da 'Peace Cup'. Não é dramático porque o importante era ficar com pelo menos uma semana de intervalo entre o último jogo da pré-época e a partida da Supertaça Cândido de Oliveira. Isso foi conseguido com a presença nas meias-finais da 'Peace Cup'.
Depois de ter defrontado 6 adversários que praticam o tradicional futebol latino, o FC Porto despediu-se da pré-época frente a uma equipa que privilegia o futebol anglo-saxónico. Curiosamente, o jogo marcou a nossa única derrota (1-2) na pré-época.
O Aston Villa valeu-se das típicas armas do futebol britânico (jogo muito físico e que procura tirar partido do futebol aéreo) para "enganar" o FC Porto. Ontem, e apesar de ter assumido a iniciativa do jogo logo no início, o FC Porto não conseguiu encontrar soluções para responder ao jogo matreiro dos ingleses.
Neste momento, e enquanto o «onze» não for mais forte que a soma das individualidades, Hulk é indispensável para manter o FC Porto ganhador, pelo menos contra adversários mais fortes. O avançado brasileiro garante agressividade e imprevisibilidade ao ataque do FC Porto. Ontem, Jesualdo optou por deixá-lo no banco de suplentes e guardar a experiência com o trio Hulk-Falcão-Varela para outra oportunidade. Estamos curiosos...
No entanto, é preciso lembrar que o técnico dos ingleses, Martin O'Neill, preferiu utilizar o «onze» provável do Aston Villa, enquanto que Jesualdo optou por misturar habituais titulares (Fucile, Bruno Alves, Fernando, Raúl Meireles, Mariano González,...) com alguns novos reforços (Maicon, Álvaro Pereira, Falcão, Varela,...).
Mesmo com essa atenuante, o FC Porto revelou inesperadas dificuldades no jogo aéreo, especialmente próximo da área de Nuno. Bruno Alves (cansadíssimo depois de realizar 3 jogos em apenas 5 dias) e Maicon nunca conseguiram neutralizar o poder físico e o bom jogo de cabeça dos avançados ingleses.
Depois do Aston Villa marcar primeiro, o FC Porto andou sempre atrás do prejuízo. E foi precisamente esse o (único?) aspecto positivo na nossa exibição de ontem. Depois de se ver a perder, o FC Porto foi "para cima" dos ingleses. Durante esse período, notou-se que os «tetracampeões» continuam a não gostar de perder. Faltou discernimento e eficácia para chegarmos ao empate.
Apesar da derrota de ontem, o FC Porto acabou por realizar uma boa pré-época, não tanto pelos resultados mas principalmente pela rapidez com que os novos reforços assimilaram os métodos e a (exigente) cultura do clube. Venham os jogos oficiais!

1 comentário:

Jorge disse...

Derrotas em pré-época não me preocupam. O Aston Villa não é uma equipa melhor que o FC Porto mas jogou com mais inteligência, eficácia e melhor capacidade física, para não falar no cabrão do Carew que consegue proteger a bola como poucos. O que me lixa é que o futebol jogado não tem sido bom, e o cansaço é evidente. A Supertaça é já prá semana e ainda não consigo atirar um onze. É uma época que começa a meio-gás, mas é o que temos e é o que vamos atirar para a fogueira!

Jorge
http://porta19.blogspot.com