sexta-feira, 30 de setembro de 2011

À beira de um ataque de nervos

Este título é aquele que melhor traduz o estado de espírito que se vive nas hostes portistas, depois da nuvem negra que se abateu, nos últimos dias sob o reino do dragão. Não adianta agora chorar pelo leite derramado, nem começar uma caça às bruxas, pois as responsabilidades devem ser repartidas e assumidas por todos, e em termos competitivos nada está perdido.
O jogo do fim de semana com a Académica vai servir de barómetro para podermos avaliar até que ponto os jogadores estão ou não afetados com os últimos resultados, mas acima de tudo será importante percebermos se os jogadores acreditam no seu treinador e se este tem ou não o balneário na mão. Receio que as alterações introduzidas por Vítor Pereira e as persistentes transformações feitas na equipa inicial, e que levou a que em onze jogos tivessem jogado nove equipas diferentes, tenha também deixado as suas marcas.
O próximo desafio faz de facto jus ao nome, neste momento vencer em Coimbra é condição sine qua non para uma futura recuperação, sendo que depois temos uma pausa na Liga com os jogos da seleção, da taça de Portugal e uma série de quatro jogos em casa. O reverso da medalha é este; um mau resultado no domingo (empate ou derrota) pode significar o instalar em definitivo da crise e o fim de linha para o treinador.
Amândio Rodrigues, 30 de Setembro de 2011

«Curiosidades FCP» - A revista “Onze”, Maio de 1987

Recuperamos mais um artigo alusivo a um jogo do FC Porto nas competições da UEFA. Desta vez, recuamos a Maio de 1987 para recordarmos uma 1ª página da revista francesa ‘Onze’.
O destaque foi todo para a final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, disputada em Viena, entre o FC Porto e o Bayern de Munique. Na capa, vemos o alemão Michael Rummenigge e o “nosso” Fernando Gomes (ele e o central alemão Klaus Augenthaler foram os grandes ausentes da final).

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

É melhor começar a arrepiar caminho!

O desconforto causado pela perda de pontos nos dois últimos jogos da Liga fez-se notar (e de que maneira!) em São Petersburgo. O FC Porto nunca esteve tranquilo e, ao contrário do que aconteceu no jogo frente ao Benfica, nem sequer conseguiu durar 60 minutos, e desta vez tinha muito menos responsabilidades no jogo. Enquanto que frente ao Benfica havia necessidade de assumir uma postura autoritária e de confronto logo desde o início, contra o Zenit havia margem para “esperar para ver”. E os resultados verificados na 1ª jornada (vitória do FC Porto e derrota do Zenit) até convidavam o FC Porto a jogar sem pressão e a explorar a ansiedade dos russos.
O estilo que neste momento Vítor Pereira quer impor (com pressão alta e defesa subida) não pode neste momento ser correspondido pela equipa. Falta condição física e…. atitude! Até os jogadores que na época passada contagiavam os colegas com a sua atitude (casos de Álvaro Pereira, João Moutinho, Belluschi,….) estão menos dedicados. Mesmo quando ficou reduzido a 10 jogadores (já começamos a ficar fartos das ‘burrices’ de Fucile!) o FC Porto nunca revelou comprometimento com o jogo, foi sempre uma equipa desunida.
O maior desafio de Vítor Pereira não se prende com questões tácticas, mas sim com a motivação da equipa e com o gerir do sucesso da época passada. E já agora, também seria importante que o treinador do FC Porto deixasse o acessório (as constantes e inúteis trocas de ‘bocas’ com Jorge Jesus) e se concentrasse no essencial (as vitórias e o bom futebol).
No meio de tudo isto ainda sobrou uma boa notícia: o APOEL empatou em Donestk, ou seja, os cipriotas já roubaram pontos a dois dos candidatos ao apuramento para os ‘Oitavos’. Continua tudo nas mãos do FC Porto. Ainda assim, é importante não esquecer que a nossa principal prioridade é o campeonato nacional.

«Curiosidades FCP» - FC Porto - Valência, Taça UEFA 1989/90

Em semana de competições da UEFA, voltamos a recordar um anterior confronto do FC Porto com uma formação estrangeira. Desta vez, recuamos à eliminatória da Taça UEFA 1989/90 que disputámos com os espanhóis do Valência.
Os dois clubes cruzaram-se na 2ª eliminatória da prova. Depois de conseguir uma vantagem de dois golos no jogo da 1ª mão (3-1), o FC Porto de Artur Jorge não se limitou a ir a Valência gerir a vantagem do primeiro jogo. Só um golo marcado em cima dos 90 minutos, por Emílio Fenoll (extremo-esquerdo espanhol que nessa noite fez um «hat-trick»), lhe retirou a possibilidade de sair do Luis Casanova com um empate a dois golos. Ainda assim, a vitória da 1ª mão garantiu-nos o acesso aos Oitavos-de-final.
1ª mão, Estádio das Antas, 18 de Outubro de 1989
Árbitro: Michel Girard (França)
FC Porto: Vítor Baía, João Pinto, Stephane Demol, Zé Carlos e Branco; Bandeirinha, Jaime Magalhães (Domingos, aos 67’), Semedo e André; Rui Águas (Kiki, aos 80’) e Madjer;
Treinador: Artur Jorge
Valência: Ochotorena, Ferrando (Tomás Gonzalez, aos 61’), Arias, Voro e Fernando Giner; Camarasa, Fernando (Subirats, aos 79’), Arroyo e Nando, Eloy e Toni;
Treinador: Victor Espárrago;
Golos: Rui Águas, aos 7’ e aos 48’, Arroyo, aos 60’, e Madjer, aos 67’;
2ª mão, Estádio Luís Casanova, 1 de Novembro de 1989
Árbitro: George Smith (Escócia)
Valência: Ochotorena, Quique Flores (Subirats, aos 69’), Arias, Voro e Torres; Camarasa (Tomás, aos 50’), Fernando, Arroyo e Nando; Toni e Emilio Fenoll;
Treinador: Victor Espárrago;
FC Porto: Vítor Baía, João Pinto, Stephane Demol, Geraldão e Paulo Pereira; Bandeirinha (Jorge Couto, aos 66’), Kiki, Semedo e André; Rui Águas (Domingos, aos 87’) e Madjer;
Treinador: Artur Jorge;
Golos: Emilio Fenoll, aos 39’, 61’ e 90’, Madjer, aos 43’, e Jorge Couto, aos 80’;
Em cima, recuperámos algumas fotos do jogo da 2ª mão (na 1ª foto, vemos Semedo e Rui Águas; na 2ª, Kiki e Arroyo; e na 3ª, Fenoll e Vítor Baía) e um ingresso que deu acesso ao jogo das Antas.

sábado, 24 de setembro de 2011

Faltou ler melhor o jogo, Vítor!

Confesso que estava curioso em saber se o FC Porto teria uma entrada vacilante no ‘clássico’, isto tendo em conta o mau jogo da semana anterior e a perda da liderança isolada da Liga. Com estes pressupostos, era natural que a vantagem emocional ficasse do lado do Benfica. Ou seja, o FC Porto colocou pressão sobre si próprio nas vésperas do ‘clássico’. Ironicamente, talvez essa pressão tenha funcionado como uma espécie de despertar para o que estava em causa no jogo de ontem. Não se tratava apenas de reconquistar a liderança isolada da Liga. A vitória era quase um «3 em 1»: ficávamos isolados no comando do campeonato, ganhávamos vantagem emocional pelo facto de termos vencido o maior rival e colocávamos o Benfica no desconforto de ter de ‘correr atrás do prejuízo’.
E assim foi até aos 60 minutos de jogo, altura em que o Benfica começou a ficar por cima no jogo. Até essa altura, o FC Porto foi quase sempre melhor. Algo inexplicavelmente, Vítor Pereira não soube interpretar os sinais que vinham dentro de campo: equipa em perda física e o meio-campo em inferioridade numérica. Assim, não se compreende que o treinador do FC Porto tenha esperado mais de 70 (!) minutos para refrescar a equipa. E quando o fez, foi para retirar Guarín, o centro-campista mais pressionante até então, mantendo em campo, por exemplo, Varela, em claro défice físico e mental. É claro que as análises à posteriori correm sempre o risco de ser algo injustas, mas julgamos que a vitória esteve ali à mão de semear. Faltou ler melhor o jogo, mister!

A «foto do dia» - Joaquim Torres

Hoje recordamos Joaquim Torres, um ex-guarda-redes do FC Porto que passou algo despercebido e a quem muito raramente é feita referência. Torres chegou ao FC Porto em 1976/77, vindo do Vit. Setúbal. Apesar de só ter sido titular indiscutível da baliza portista durante a 1ª época que esteve no clube, teve o privilégio de ficar associado à importante vitória na final da Taça de Portugal 1976/77 (foi titular na vitória do FC Porto sobre o Braga, por 1-0), o primeiro troféu conquistado pelo FC Porto naquele fantástico ciclo vivido com José Maria Pedroto na segunda metade dos anos 70. Depois de 4 épocas nas Antas, Torres deixaria o FC Porto no final da época 1979/80 para representar o Amora.

«Curiosidades FCP» - FC Porto 1984/85

Hoje recuamos ao ‘FC Porto de Artur Jorge’ para recordarmos a equipa que recuperou o título de campeão 5 anos depois do bi-campeonato conquistado com José Maria Pedroto, no final dos anos 70. Esse ciclo de 5 anos foi um período em que o FC Porto viveu tempos conturbados, que terminaram com a eleição de Pinto da Costa como presidente do clube. Em cima (da esq. p/ dta.): Eurico, Lima Pereira, Inácio, Fernando Gomes, João Pinto e Zé Beto; Em baixo (da esq. p/ dta.): Vermelhinho, Frasco, Jaime Magalhães, Quim e Paulo Futre;

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Semana de clássico

O jogo de sexta ganhou uma importância que nós portistas não estávamos a contar. Mas esta pressão suplementar não tem necessariamente de ser má, antes pelo contrário, pode e deve ser capitalizada para incutir nos jogadores uma ânsia de vitória e de se redimirem da exibição deplorável do último encontro.
Lendo a imprensa indígena e fazendo um exercício de adivinhação, não é difícil imaginarmos como serão as primeiras páginas dos muitos jornais afetos ao clube do regime até ao dia do clássico, será melhor nem entrarmos em campo e dar o jogo como perdido, do que ser sujeitos a alguma humilhação que o clube da 2ª circular nos vai infligir, a fazer fé claro, nas prozas que já circulam por aí. Este ambiente de verdadeira euforia criado à volta do nosso oponente, é aquele mais favorável ao FC do Porto, a bajulação que os jornalistas fazem ao nosso rival, que chega a ser ridícula e confrangedora, normalmente resulta a nosso favor.
Mais do que tudo precisamos de ter uma atitude ganhadora e não de estar à espera que o jogo se resolva por si só e quanto ao treinador, pede-se que não invente e que a equipa não jogue com alguns jogadores de duvidosa utilidade, nada mais.

Amândio Rodrigues, 21 de Setembro de 2011

A «foto do dia» - Eusébio e Cubillas

Em semana de ‘clássico’, recuperamos uma foto de dois símbolos de Benfica e FC Porto: Eusébio e Cubillas.
Os dois craques cruzaram-se nos relvados ainda antes de Cubillas ter chegado ao FC Porto. Foi em Janeiro de 1971, num jogo amigável que o então clube do nosso ex-nº 10, o Alianza Lima, disputou frente ao Benfica.
Em baixo, recuperámos também uma foto de Cubillas com a camisola do FC Porto.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um jogo mal preparado!

Um jogo realizado depois de uma jornada da ‘Champions’ pode sempre trazer consigo alguma descompressão. Mas neste caso, com o jogo a realizar-se 5 dias depois da jornada europeia, em ‘campo neutro’ e com Vítor Pereira a promover algumas alterações no «onze» (demasiadas?), haveria poucas razões para o FC Porto não voltar ao bom futebol que tem apresentado nos últimos jogos. Se comparamos a exibição de ontem com a do jogo frente ao Vit. Setúbal, verificamos que houve um claro retrocesso. Fica a sensação que o FC Porto pensou demasiado no jogo com o Benfica. Quanto ao Feirense, quis sempre jogar e apresentou um futebol desinibido. Só é pena que estas equipas não tenham esta postura quando a ‘pressão dos pontos‘ se começar a fazer sentir….
Ontem, talvez Vítor Pereira tenha levado longe demais a obsessão pelo modelo que o Barcelona utiliza (o ‘Barça’ também joga sem ponta-de-lança). Só dessa forma se explica que tenha retirado Kléber ao intervalo e nem sequer tenha utilizado Walter nos últimos minutos de jogo (para quê dois pontas-de-lança na convocatória?). Além disso, é difícil “alimentar” Kléber com um lateral pouco ofensivo (Sapunaru) e outro pouco esclarecido (Fucile), com um extremo (Cristian Rodriguez) que gosta de transportar a bola (e às vezes mal!) e outro (James) que é mais produtivo na distribuição de jogo. Enfim, foi um jogo mal preparado! A expulsão de James Rodriguez foi consequência disso mesmo: o jogador estava irritado (tal como o treinador!) com a impotência que a equipa revelava.

A «foto do dia» - Mlynarczyk

Hoje dedicamos uma foto a Josef Mlynarczyc, o sóbrio e seguro guarda-redes polaco que representou o FC Porto na segunda metade dos anos 80.
Nesta foto, o ‘Mly’ surge ao serviço da selecção da Polónia, com o seu habitual ‘jersey’ amarelo.

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - Benfica, Campeonato Nacional 1977/78

Começamos a antecipar o ‘clássico’ da próxima sexta-feira recuperando um ingresso que deu acesso ao célebre FC Porto-Benfica, disputado a 28 de Maio de 1978. Uma pequena relíquia alusiva a um dos ‘clássicos’ mais importantes da história do FC Porto e do futebol português. O jogo terminou empatado (1-1, golos de Simões, aos 3’ na pb, e Ademir, aos 83’), o que nos deixou em situação privilegiada para recuperarmos um título que nos fugia há 19 anos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Continuar a vencer

Não restam grandes dúvidas a ninguém, digo eu, que o F C Porto está a subir de rendimento a olhos vistos. A esta ascensão não é alheia ao facto de Vítor Pereira estar mais confortável no seu papel de treinador principal de uma equipa de topo, menos titubeante e mais categórico. A noção que temos é que todos os jogadores sabem o que têm de fazer, o espaço que ocupam no campo e uma forte mentalidade ganhadora, e isto normalmente tem o dedo do treinador e da estrutura que o envolve e apoia e aqui, como é sabido damos cartas. Vítor Pereira já deu mostras que um é homem capaz de arriscar sem perder o norte e isso é mesmo muito bom e dá-nos confiança e esperança para o futuro.
O próximo ciclo de jogos é também importante para cimentar e sustentar este crescimento, possibilitar que entrem novos jogadores e a equipa mantenha a sua matriz genética ganhadora. Continuar a ganhar, fazer perceber aos jogadores que não há lugares cativos, o coletivo deve sobrepor-se sempre ao individual, ter esta ideia sempre presente e, claro está, praticar bom futebol.

Amândio Rodrigues, 16 de Setembro de 2011

«Curiosidades FCP» - Manuel Jorge e o Ciclismo do FC Porto

Aproveitando a mais recente entrevista de Pinto da Costa, que confessou que voltaria a abrir a secção de Ciclismo se lhe saísse o euromilhões (!), deixamos o universo do Futebol para voltarmos a lembrar a forte tradição que o FC Porto conserva no Ciclismo.
Recuperamos uma foto de Manuel Jorge, um ciclista natural de Vila Nova de Famalicão que representou o FC Porto durante a década de 60, participando na Volta a Portugal ao lado de outras lendas do Ciclismo do clube, como Sousa Cardoso, Mário Silva e Joaquim Leão, entre outros. Não menosprezando a opinião de Pinto da Costa, julgamos que um patrocinador e alguma paixão pela modalidade seriam suficientes para o FC Porto voltar a ter uma equipa de Ciclismo.

A «foto do dia» - Raudnei

Hoje, na «foto do dia», recordamos Raudnei, um ponta-de-lança brasileiro que chegou ao FC Porto em 1987/88, vindo do Clube Atlético Juventus, do Brasil.
Apesar da fama de goleador, Raudnei passou algo despercebido nas Antas. O brasileiro era uma das primeiras alternativas ao trio Rui Barros-Madjer-Gomes, mas acabou por ser muito pouco utilizado (marcou apenas 2 golos no campeonato, em 1987/88). No início da época seguinte, acabou por deixar as Antas, seguindo para o Deportivo da Corunha. Uns anos mais tarde ainda regressou a Portugal para jogar no Belenenses e no Gil Vicente.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Querer muito é poder!

A melhor competição de clubes em todo o mundo é extremamente exigente. São jogos intensos e disputados ‘centímetro a centímetro’. Naturalmente, qualquer erro paga-se muito caro, ou seja, a ‘Champions’ pode ser cruel. E teria sido com o FC Porto se a equipa não tivesse revelado uma tremenda vontade de vencer. O FC Porto quis muito ganhar o jogo de ontem. Isso fez toda a diferença!
Vítor Pereira pareceu sincero quando disse que «íamos encontrar uma equipa de grande nível europeu». Neste momento, os ucranianos são uma equipa bem mais forte do que aquela que defrontámos em 1983/84, na caminhada que nos levou à final de Basileia. Aliás, se actualmente o FC Porto é considerado um mini-Barcelona, este Shakhtar deveria ser considerado um mini-Brasil, pelo menos quando ataca. Compreende-se que a plateia do Dragão ficasse algo impaciente sempre que os rápidos avançados brasileiros se aproximavam da baliza de Helton. Luiz Adriano, Douglas Costa, Fernandinho e Willian são um perigo! Mas são estes adversários que obrigam a equipa a ser mais rigorosa e a ir mais além. Isto é o FC Porto a crescer!
Agora, é tentador começar a fazer algumas contas e antecipar cenários: não perder na Rússia e vencer os dois jogos com o APOEL garante-nos o apuramento para os ‘Oitavos’.
Positivo (+):
- o controlo emocional e a paciência que o FC Porto revelou: depois de tantas peripécias no início do jogo (penalty falhado e infelicidade de Helton) o FC Porto não se perturbou e deu a volta ao resultado;
- impressionante a maturidade do miúdo James Rodriguez: a equipa “convidou-o” a assumir e a pautar o jogo, e o colombiano foi por ali fora espalhando magia;
- Hulk: foi ele o pretexto para o título do ‘post’ e marcou um ‘golo de Champions’;
- quanto mais as coisas “apertam”, mais importante e influente é João Moutinho;
- Vítor Pereira corre mais riscos do que Villas-Boas e está cada vez mais à vontade no contacto com a imprensa: o treinador a acompanhar os progressos da equipa;
Negativo (-):
- a desconcentração de Helton no lance do golo, a permissividade de Fucile face a Willian e a falta de rigor defensivo do FC Porto nos lances de bola parada;
- a actual qualidade de jogo do FC Porto merecia ser correspondida com uma maior assistência no Estádio do Dragão (duas atenuantes: o jogo foi transmitido em ‘canal aberto’ e os bilhetes para não-sócios eram caríssimos);

«Curiosidades FCP» - A noite de Viena na imprensa inglesa

Em semana de competições europeias, recuamos à noite mágica de 27 de Maio de 1987 para voltarmos a recordar a final entre FC Porto e Bayern de Munique. Desta vez, recuperamos as fotos e os títulos que uma revista inglesa publicou após o jogo do Prater. Os ingleses realçam o facto peculiar dos jogadores do FC Porto se terem esquecido de receber as medalhas alusivas à final devido à euforia que a vitória provocou. Em vez de terem permanecido junto aos responsáveis da UEFA, os jogadores do FC Porto correram em direcção aos adeptos depois da taça ter sido entregue ao ‘capitão’ João Pinto. «Porto players were so eager to run the cup over to their supporters that they forgot to collect their winners medals beforehand» lia-se numa pequena nota que acompanhava a foto de João Pinto.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Eleições na Federação

O processo eleitoral na Federação de Futebol ameaça extremar mais ainda as posições entre o FC Porto e o seu grande rival e abrir um novo foco de disputa, agora noutros palcos. Não acredito no aparente desinteresse que os responsáveis máximos dois dos clubes aparentaram mostrar, esta estratégia é simples pois evita claramente uma possível colagem a um dos candidatos derrotados, no entanto parece óbvia a escolha dos dois em quem apoiar.
A pergunta que se impõe é o porquê de mais esta contenta. A resposta podia ser facilmente dada pelo jogo do sabichão; o Conselho de Arbitragem e claro o facto de infligir mais um espinho no antagonista.
Como portista esta situação preocupa-me muito pouco, gosto de ver a bola a rodar, a equipa a jogar bem e a entrar na baliza do adversário isto é o que nós gostamos. O que é muito claro para mim é que o FC Porto assusta cada vez mais, fora do campo já se criam coligações e nas quatro linhas lá se foi a vantagem psicológica de ir na frente, que não durou mais do que uma estrela cadente mas que alimentou a imprensa afecta ao clube do regime durante alguns dias. Acresce a tudo isto assinalar que os recentes jogos já se encarregaram de demonstrar que a equipa pode facilmente atingir o nível do ano passado, o importante é continuar a ganhar, e é isto que assusta verdadeiramente os nossos oponentes.
Amândio Rodrigues, 12 de Setembro de 2011

A «foto do dia» - Emil Kostadinov

Hoje recordamos Emil Kostadinov, um dos melhores estrangeiros que passaram pelo FC Porto e por quem os adeptos continuam a ter carinho e saudade. O rapidíssimo avançado búlgaro representou o FC Porto no início dos anos 90, tendo-se sagrado bi-campeão nacional com o técnico brasileiro Carlos Alberto Silva.
Nesta foto, vemos Kostadinov (de cabeça ligada e camisola ensanguentada) em acção num jogo europeu que o FC Porto disputou em Londres, frente ao Tottenham, na 1ª mão da 3ª eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças 1991/92 (vitória dos ingleses, por 3-1, com golos de Gary Lineker (2), Gordon Durie e…. Kostadinov!).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Isto começa a entusiasmar!

A semana super-exigente do FC Porto, com 3 jogos em apenas 7 dias (U. Leiria, Vit. Setúbal e Shakthar Donestk), está a correr melhor do que se esperava. Não tanto pelas duas últimas vitórias (era obrigatório vencer U. Leiria e Vit. Setúbal), mas por se notar um claro progresso em relação às primeiras exibições da época. Há mais concentração, frescura física e comprometimento com o jogo. E o adversário de ontem tinha tudo para ser chato (e foi, pelo menos enquanto os postes deixaram!), pois o Vitória, além de ser uma equipa que manteve a sua ‘espinha dorsal’, tem no seu plantel muitos jogadores com experiência na primeira Liga e apresentou-se no Dragão sem a ‘pressão dos pontos’. O 0-0 ao intervalo até gerou alguma impaciência nas bancadas, mas é nestas alturas que se vê se uma equipa está unida e ao lado do seu treinador. Foi espectacular a mobilização de toda a gente! O FC Porto pareceu uma daquelas antigas e pesadas locomotivas: demorou a arrancar, mas depois arrastou tudo à sua frente! Agora, segue-se o Shakthar Donestk. Se olharmos para os mais recentes resultados europeus dos ucranianos (na época passada venceram o Arsenal, ficando em 1º lugar na fase de grupos, e eliminaram a Roma, nos ‘Oitavos’, com um ‘goal average’ de 6-2!) concluímos que o FC Porto terá de ser forte na terça-feira. Jogo difícil!
Positivo (+): - numa fantástica e contagiante exibição colectiva, é difícil destacar alguém, mas vou nomear 4 ‘homens do jogo’: Belluschi, Defour, Moutinho e James Rodriguez; Este quarteto partiu tudo! - a empatia entre a equipa e os adeptos continua em alta; neste momento, com o entusiasmo que transmitem, os adeptos são um aliado perfeito para quem ainda não atingiu a plena forma; - foi bom regressar ao melhor relvado do país depois de vários jogos disputados em relvados em péssimas condições (Guimarães, Mónaco e Marinha Grande);
Negativo (-):- fez um jogo combativo e de muita entrega, mas Cristian Rodriguez continua a parecer um corpo estranho nesta equipa do FC Porto: quando em posse da bola toma quase sempre más decisões e o seu futebol arrastado e pastoso dificulta a fluidez de jogo;

«Curiosidades FCP» - Nóbrega e a Taça que foi para o Norte

Em dia de jogo com o Vit. Setúbal, recuamos a um nosso célebre confronto com os sadinos com uma foto de Nóbrega a marcar o golo da vitória do FC Porto na final da Taça de Portugal 1967/68. Um golo importantíssimo para a equipa e para o próprio clube, pois o FC Porto estava a meio daquele penoso jejum de 19 anos sem vencer o campeonato nacional. Nessa final, o Vit. Setúbal marcou primeiro, por Pedras, mas o FC Porto deu a volta ao resultado com golos de Valdemar e Nóbrega (na foto). Essa foi apenas a 3ª Taça de Portugal conquistada pelo FC Porto até então.

A «foto do dia» - Rolando

Hoje estamos em maré revivalista. Depois de recordarmos Nóbrega e a Taça de Portugal 1967/68, recuperamos mais uma foto de um jogador do FC Porto das décadas de 60 e 70: Rolando. Tal como o ‘actual Rolando’, também este era defesa-central. Uma voz de comando no campo e no balneário, e um dos ‘capitães’ de equipa mais carismáticos da história do clube.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Com pressa de ser primeiro!

Primeiro, vamos ao adiamento do jogo de ontem. Não se compreende esta planificação que obrigou o FC Porto a disputar um jogo sem vários habituais titulares disponíveis. Julgo que a ideia passava por não permitir que o Benfica ganhasse vantagem emocional (algo que Jorge Jesus gosta de capitalizar) pelo facto de liderar a Liga. Compreende-se! Ainda assim, o FC Porto poderia ter jogado 3 dias depois da Supertaça europeia (tal como fez o Barcelona) e ter todos os jogadores do plantel disponíveis. A verdade é que o FC Porto correu muitos riscos ao agendar o jogo (não sei se a data foi uma exigência da U. Leiria ou das televisões) para uma altura em que tem vários internacionais ao serviço das selecções. De qualquer forma, uma semana antes ou uma semana depois não adia o essencial: o FC Porto tinha pressa de chegar à liderança!
Agora vamos ao jogo. O nosso adversário de ontem quis sempre jogar, mas actualmente é muito difícil a qualquer equipa portuguesa jogar ‘olhos nos olhos’ com o FC Porto e obter um bom resultado. Ainda assim, reconheça-se o contributo da U. Leiria para um excelente espectáculo.
A verdade é que Vítor Pereira conseguiu passar a ‘turbulência’. Num dos mais incaracterísticos defesos da história do clube, o treinador do FC Porto conseguiu manter o plantel mobilizado e chegar a Setembro no 1º lugar da Liga. Agora, sem a ‘pressão da classificação’ e com o mercado de transferências fechado, Vítor Pereira pode ir moldando à sua maneira o estilo do FC Porto 2011/12. Qualidade não lhe falta!
Positivo (+):
- James Rodriguez faz tudo com estilo e classe: a recepção, o passe e o remate;
- as ‘três formiguinhas’ do meio-campo do FC Porto (Fernando, Moutinho e Belluschi) voltaram a jogar juntas e não se esqueceram do que de melhor fizeram na época passada;
- Kléber: alia ao estilo elegante uma enorme vontade de fazer golos;
- Defour: pode ser algo exagerado este destaque pela positiva (jogou poucos minutos), mas o belga tem os mesmos genes de João Moutinho e Belluschi;
- o FC Porto já é o melhor ataque da prova, com 9 golos (o ano passado, à passagem da mesma 3ª jornada, o FC Porto tinha apenas 6 golos marcados);
- agora fica um desafio, o de vencer as próximas 3 jornadas: Vit. Setúbal (casa), Feirense (fora) e Benfica (casa), e igualar o registo da época passada: 6 vitórias nos 6 primeiros jogos;
Negativo (-):
- o FC Porto demorou um pouco a impor-se ao adversário: foram 20 minutos em que o golo esteve sempre mais próximo da baliza de Helton, mas isso foi mais consequência da postura positiva da U. Leiria do que demérito do FC Porto;

«Curiosidades FCP» - Jornal “O Porto”, Outubro de 1983

Voltamos a recordar o jornal “O Porto”, desta vez com uma primeira página de uma edição de Outubro de 1983. O destaque foi todo para a 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças 1983/84, jogo que opôs o FC Porto ao Dinamo de Zagreb. Depois da derrota (2-1) em Zagreb, o FC Porto eliminou os croatas com uma vitória tangencial, nas Antas, por 1-0, com um golo tardio (86m) marcado pelo inevitável Fernando Gomes. «Europa: depois do Dinamo há que eliminar o Rangers» lia-se na primeira página.

A «foto do dia» - Jaime Magalhães

Hoje recordamos um dos jogadores que, durante a fantástica e saudosa década de 80, mais passou despercebido à crítica e aos adeptos, o extremo-direito Jaime Magalhães. Era um jogador lúcido e altruísta, e que não teria dificuldade em adaptar-se ao futebol moderno dada a força e técnica que constituíam dois dos seus principais atributos. A isso, juntava uma qualidade de passe e cruzamento que o manteve durante muitos anos no ‘top’ da lista de jogadores que acumulavam mais passes para golo. Também ficará na história por ter formado com o eterno ‘capitão’ João Pinto a melhor ‘ala direita’ de sempre do FC Porto e do próprio futebol português.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Partida Real

Depois da ressaca da Supertaça, do fecho do mercado e de uma espécie de partida virtual, agora sim temos a verdadeira partida real. Contas feitas perdemos apenas um jogador da equipa titular, mas este “apenas” tem uma carga muito mais pesada do que o valor semântico que a palavra transmite. Neste momento não adianta olhar muito para trás, é mais importante olhar em frente partindo outra vez à conquista de novos desafios, por outras palavras continuar a vencer. Aguardo com alguma expectativa os próximos encontros do FC Porto nomeadamente o de Leiria e o jogo da Liga dos Campeões, partidas que considero fundamentais para o sucesso desta época e acima de tudo confirmar se a evolução que se notou contra o Barcelona vai manter-se, uma vez que a margem de progressão, da maior parte dos jogadores, é muito grande e a expectativa quanto a integração em pleno dos reforços também não é menor. Resta apenas aguardar quais as mazelas que o mercado deixou em alguns jogadores e antever que em Janeiro o plantel vai sofrer alterações. Vamos esperar que até lá nenhuma prova fique comprometida.
Amândio Rodrigues, 2 de Setembro de 2011

«Curiosidades FCP» - Walsh

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recuperamos três fotos de Mike Walsh com as três camisolas que mais vezes usou durante a sua carreira: Blackpool, Selecção da Irlanda e FC Porto.
Michael Anthony Walsh tinha apenas 19 anos quando iniciou a carreira profissional no Blackpool, tendo permanecido durante 5 épocas neste simpático clube do norte de Inglaterra. Antes de chegar ao FC Porto ainda representou dois históricos do futebol inglês: Everton e Queens Park Rangers.
Foi no FC Porto que Walsh superou o número de temporadas passadas no Blackpool. Foram 6 épocas de ‘azul-e-branco’, de 1980/81 a 1985/86. Ainda assim, só nos primeiros anos é que este avançado irlandês foi utilizado com regularidade no «onze». No ‘FC Porto de Hermann Stessl’, em 1980/81, chegou mesmo a sagrar-se o melhor marcador da equipa no campeonato, com 14 golos, e em 1982/83, com José Maria Pedroto, a sua marca (15 golos) só foi superada por Fernando Gomes (36).
Na sua carreira com a camisola da selecção irlandesa, destaque para o golo que marcou na importante vitória (1-0) da Rep. Irlanda sobre a União Soviética, em jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo ‘México 86’.