Está concluído o grande objectivo do FC Porto para este ciclo de jogos de Janeiro: manter (ou aumentar) a vantagem para o segundo classificado da Liga. Os mais exigentes dirão que as coisas têm sido feitas com os ‘serviços mínimos’, mas é impossível exigir mais a quem ostenta o belo percurso do FC Porto 2010/11. Mas pronto, ontem o FC Porto voltou à ópera! Mais uma demonstração de força e espectacular exibição de futebol de ataque!
O ‘FC Porto de Villas-Boas’ é uma equipa muito organizada e que raramente se desequilibra. Ou seja, mesmo quando é menos incisiva no ataque (como aconteceu em Aveiro), isso permite-lhe controlar facilmente um jogo e um adversário. Poderia o FC Porto vencer por margens mais folgadas? Podia, mas neste momento a equipa não tem aquela necessidade de afirmação que tinha no início da época, ou seja, o FC Porto já mostrou que é melhor que os adversários e dá-se agora ao luxo de vencer os jogos correndo menos riscos. Julgo que as exibições empolgantes, como a de ontem, poderão ser mais frequentes quando a equipa sentir aquela ‘pressãozinha’ dos jogos a eliminar e dos ‘clássicos’.
Positivo (+):
- Hulk: até já marca golos ‘à Falcão’!
- Rolando: é mais discreto e menos exuberante do que Bruno Alves, mas tem sido tão ou mais eficiente;
- Emídio Rafael realizou o seu melhor jogo desde que chegou ao FC Porto: muito agressivo a defender e lúcido a atacar;
- já tínhamos saudades destes jogos em que as 3 formiguinhas do meio-campo do FC Porto (Fernando, Belluschi e Moutinho) asfixiam a bola e o adversário;
- a jogada da qual resultou o golo de James Rodriguez: aquilo é ópera dos grandes palcos!
- é a 18ª vez esta época que o FC Porto deixa um adversário “a zeros”, ou seja, não sofremos qualquer golo em 18 dos jogos oficiais que já realizámos esta época: excelente consistência defensiva!
- a antecipação do jogo com o Nacional permitiu ao FC Porto “jogar e vencer em dois campos”: aumentámos a vantagem pontual para o Benfica (ainda que os 11 pontos sejam uma vantagem psicológica, pelo menos até à 20ª jornada) e ficámos com 6 dias de descanso entre os dois exigentes jogos frente ao Sevilha;
- José Mourinho lá se decidiu a fazer um elogio (muito, muito tímido) a André Villas-Boas: «Face à época que está a fazer… está a fazer bem. Não quero dizer nada mais»; Já é alguma coisa para alguém tão ciumento como o ‘special one’;
- numa semana em que a imprensa indígena se preparava para intoxicar a opinião pública lançando dúvidas sobre a decisão de João Ferreira em assinalar (bem!) a grande-penalidade sobre Hulk, eis que surge Jorge ‘Tyson’ Jesus a estragar tudo com aquela cena de pugilato;
Negativo (-):
- as bolas nos postes e o golo mal anulado a Cristian Rodriguez impediram o FC Porto de chegar à justa e merecida goleada;