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A frase foi proferida por José Maria Pedroto nas vésperas do seu falecimento, devido a um cancro do cólon. Inevitavelmente, o 'Paixão pelo Porto' também se associa às comemorações dos 25 anos da morte do ex-jogador e treinador do FC Porto. Recuperamos uma interessantíssima lista de frases marcantes e pequenas curiosidades, relativas ao ‘Mestre’, que, recentemente, a imprensa portuguesa disponibilizou aos seus leitores. Aqui ficam:
Curiosidades:
- o seu ídolo era Artur de Sousa "Pinga", o génio madeirense do FC Porto, cujo futebol Pedroto procurava imitar;
- considerava Hernâni (FC Porto) e Matateu (Belenenses) os futebolistas com mais classe do seu tempo de jogador;
- conquistou o coração de Cecília, quando ela tinha 16 anos e ele 27, recitando-lhe sonetos de Camões ("o amor é fogo que arde sem se ver…") na praia de Matosinhos;
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- apaixonado pela pesca e pela caça, andava sempre com uma espingarda de pressão de ar e uma cana de pesca na mala do carro;
- foi candidato a deputado nas listas do PPD;
- passava as vésperas dos jogos, nos estágios, a jogar cartas para passar o tempo e deitava-se tardíssimo, muitas vezes já dia, quase não dormindo;
- no dia de folga levantava-se tardíssimo, passava a tarde na pesca e passava a noite em frente à televisão;
- foi ele que convenceu a direcção do FC Porto a criar o Lar do Jogador;
- adorava telenovelas brasileiras - Gabriela, Casarão e O Astro foram as suas preferidas - , não perdendo um episódio;
- os seus pratos preferidos eram bacalhau, de todas as maneiras, e cabrito assado;
- tirando partido de morar num local alto (a Praça Velasquez, a poucas centenas de metros das Antas) arranjou uma antena que lhe permitia apanhar a TVE, só para ver jogos de futebol na televisão espanhola;
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- Maria Clara, mãe do sexólogo Júlio Machado Vaz, encabeçava a lista de cantores e grupos musicais preferidos, uma lista eclética onde constavam Maria de Lurdes Resende, Amália, Carlos do Carmo, José Cid, Paco Bandeira, Brigada Victor Jara, Carlos Gardel, Charles Aznavour e Frank Sinatra;
- o general Norton de Matos era a personagem da história portuguesa que mais admirava, "pela sua visão, com muitos anos de antecedência, do nosso problema ultramarino";
- à noite, na cama, gostava de ler em voz alta os Diários de Miguel Torga;
- achava que o futebol "não era ambiente para mulheres". Quitéria, a mãe, nunca o viu jogar e Cecília, a mulher, só foi duas vezes ao futebol, às festas dos dois títulos que conquistou como treinador, mas às escondidas dele;
- a filha Isabel, que é médica, quando tinha 18 anos namorou com Fernando Gomes, que tinha 22 anos e era uma das estrelas da equipa do FC Porto que ele treinava;
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- era noctívago e frequentador assíduo de dois cafés na rua Júlio Dinis, o Orfeu e a Confeitaria Petúlia;
- tinha um grande sentido do ‘bluff’ e era viciado em tudo quanto fosse jogos, desde cartas (sueca, lerpa mas também ricardina, um jogo inventado por ele), dominó, damas, xadrez e ‘flippers’;
- católico não praticante, foi a Fátima com um amigo pouco antes da presença do FC Porto na final da Taça das Taças, pedir a Nossa Senhora que lhe desse forças para ir a Basileia;
- esteve 236 jogos no banco da equipa do FC Porto;
- levantou-se da cama, pela última vez, para receber em casa o presidente Ramalho Eanes, que o agraciou com a Ordem do Infante D. Henrique;
- quando morreu tinha na mesinha de cabeceira a Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires, que não chegou a acabar de ler;
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Frases marcantes:
- «Duda é o meu brasileiro. Dois brasileiros juntos são uma escola de samba, três são uma multidão em Copacabana»;
- «O futebol é muito fácil. É o pão numa mão e o chicote na outra. A virtude é nunca usar o chicote»;
- «Sem excelentes artistas não haverá excelentes orquestras»;
- «Quero pressão à boca do túnel» (quando pedia à equipa para pressionar alto);
- «Já viram a merda que estão a fazer… Já olharam para as bancadas? Viram a quantidade de gente que vos veio ver. Tenham vergonha e joguem futebol» (ao intervalo, sempre que a equipa estava a jogar menos bem);
- «Não vai ser preciso nenhum milagre para que o FC Porto alcance finalmente o título que ambiciona a anos» (antes do FC Porto regressar aos títulos, em 1977/78);
- «As gentes do Porto são ordeiras. Se não fossem, há muitos anos teriam recorrido à violência perante os enganos dos árbitros que têm decidido da perda de muitos campeonatos e Taças»;
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- «Os campeonatos não se ganham apenas com bons jogadores. A organização do clube é tão importante, ou mais, como o da equipa de futebol»;
- «Vale a pena é roubar-lhes o Futre, isso sim, isso é que é uma facada no coração» (depois do presidente do Sporting, João Rocha, ter ido às Antas resgatar Sousa e Jaime Pacheco);
- «Não tenho dúvidas de qualquer espécie de que ao Artur Jorge não faltará onde trabalhar e que, em qualquer parte, triunfará. Mas também acredito que vai ser no FC Porto que ele acabará por se revelar como um homem predestinado para a direcção e comando de equipas de futebol»;
- «Eu sou mais pé descalço, mais povo, hei-de levantar sempre a voz para reclamar e defender os legítimos interesses da cidade do Porto».