sexta-feira, 29 de abril de 2011

‘Oporto-manita’!

Mais de uma semana depois daquela brutal-inolvidável-maravilhosa-sublime-poderosa-esclarecedora-épica e perfeita vitória sobre o Benfica, o FC Porto voltou a casa e colocou Dublin ali bem perto. Neste momento, o calendário e a cultura de vitória de quem anda sempre a ‘cheirar os títulos’ impedem que a equipa de Villas-Boas tenha o merecido e justo jogo de homenagem e “oxigenação”. Spartak de Moscovo (duas vezes), Sporting, Benfica (duas vezes) e Villarreal: ninguém sobreviveu! Isto é um autêntico ciclo de “terra queimada” por parte do novo campeão. Impressionante!
Se compararmos o nosso adversário de ontem com o outro ‘grande emergente’ do futebol espanhol com que o FC Porto se cruzou esta época, o Sevilha, chegamos à conclusão que o Villarreal é menos imprevisível que os sevilhanos (esta época, ninguém conseguiu criar mais dificuldades à defesa do FC Porto do aquela poderosa e eficiente dupla constituída por Luís Fabiano e Kanouté), no entanto, é um conjunto mais coeso e consistente, ou seja, o Villarreal é ‘mais equipa’. Isso valoriza ainda mais a vitória do FC Porto. Vencer por 4 golos de diferença numa meia-final europeia é obra!
Agora, na 2ª mão, seria tentador fazermos uma abordagem mais defensiva e conservadora, mas nós já conhecemos este FC Porto, não é?
Positivo (+):
- o resultado: é a terceira ‘manita’ (uma mão cheia de golos!) consecutiva do FC Porto em jogos das competições europeias;
- mais um brutal jogo colectivo do FC Porto (assim fica difícil nomear 2 ou 3 jogadores que se tenham destacado mais: Falcão, Hulk, Guarín, Otamendi,….);
- só um jogador com a astúcia e precisão de cabeceamento de Radamel Falcão poderia marcar 4 golos (o primeiro «poker» ao serviço do FC Porto) a um excelente guarda-redes como Diego López;
- a forma inteligente como o FC Porto tem abordado os jogos europeus: segue em frente quem marcar mais golos e não quem conquista mais pontos! (a defesa jogou no limite do fora-de-jogo, uma abordagem curiosa se comparada com aquilo que tem sido o FC Porto nos jogos do campeonato, prova disputada por pontos e onde a equipa corre menos riscos);
- o ambiente no Estádio do Dragão: electrizante (uma simbiose perfeita entre a equipa e o público);
Negativo (-):
- o posicionamento defensivo do FC Porto durante a 1ª parte: Villas-Boas tentou explorar o facto de Nilmar ter pouca propensão para defender para dar total liberdade a Álvaro Pereira para atacar, mas os planos saíram furados: o lado esquerdo da defesa do FC Porto foi arrombado durante os primeiros 45 minutos, uma insuficiência muito bem corrigida ao intervalo;

«Curiosidades FCP» - A estreia com espanhóis

Em semana de confronto europeu com um clube espanhol, recuamos ao primeiro jogo que disputámos nas competições europeias frente a um clube do país vizinho (momento que também coincidiu com a nossa estreia nas competições europeias): um FC Porto - At. Bilbao, relativo à 1ª mão da 1ª eliminatória da extinta Taça dos Clubes Campeões Europeus, época 1956/57.
Com a ajuda da imprensa espanhola, recordamos o que foi escrito sobre esse histórico confronto entre os campeões de Espanha e Portugal (vitória do At. Bilbao, por 1-2). Quando os dois clubes se defrontaram, o FC Porto tinha acabado de vencer o seu 3º título nacional, enquanto que os espanhóis já tinham conquistado 6 campeonatos (mas desde então só voltaram a vencer a Liga espanhola em duas ocasiões).
Assim, não foi surpreendente que a imprensa do país vizinho tenha dedicado tanta atenção ao confronto ibérico. «Los jugadores españoles han sido recibidos por los directivos del Oporto y por muchos deportistas, que los aclamaron. Los españoles han sido alojados en el Grande Hotel da Batalha. Jugadores y directivos han dicho a los periodistas que están encantados por visitar Portugal y que será muy difícil vencer al Oporto en su terreno», lia-se no catalão ‘El Mundo Deportivo’.
O jogo disputou-se sob condições climatéricas adversas («Desde las cuatro de la tarde cayó intensa lluvia, que embarró el terreno de juego»), e apesar do FC Porto ter apresentado a base da equipa que, um ano antes, tinha sido campeã nacional com Dorival Yustrich, acabou derrotado, por 1-2.
Apesar da derrota, sobraram elogios da imprensa espanhola ao estilo e atitude da equipa do FC Porto, e em especial às exibições de Pedroto e Monteiro da Costa, e à forma como a defesa espanhola conseguiu bloquear o potente Jaburu: «El Oporto no consiguió encontrar su ritmo habitual de juego ni su sitio sobre el terreno, a causa de la mayor rapidez y poder de anticipación de los españoles. Monteiro da Costa y Pedroto fueron los mejores en la agotadora tarea de oponerse al adversario, mientras el peligroso Jaburu resultó siempre muy vigilado.» Uma curiosidade: o então treinador do At. Bilbao, o checo Ferdinand Daucik, orientaria o FC Porto uns anos depois.
Aqui ficam os «onzes» e os marcadores do jogo da 1ª mão (o jogo da 2ª mão, que terminou com nova vitória do At. Bilbao, por 3-2, será abordado num próximo ‘post’):
Estádio das Antas, 20 de Setembro de 1956; Árbitro: Mario Maurelli (ITA);
FC Porto: Acúrcio; Virgílio, Miguel Arcanjo, Barbosa, Pedroto, Monteiro da Costa, Hernâni, Gastão, Jaburu, Perdigão e José Maria; Treinador: Flávio Costa; At. Bilbao: Carmelo, Orúe, Jesús Garay, Canito, Mauri, Maguregui, Azcárate, Félix Marcaida, Merodio, Ignacio Uribe e Gaínza; Treinador: Ferdinand Daucik;
Golos: Uribe, aos 6’, José Maria, aos 53’, e Canito, aos 84’;

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - Real Madrid, Taça dos Clubes Campeões Europeus 1987/88

Já aqui tínhamos feito referência à histórica eliminatória que o FC Porto disputou com o Real Madrid, em 1987/88. Na altura, ilustrámos o ‘post’ com um ingresso que deu acesso à ‘bancada superior’ do antigo Estádio das Antas. Hoje, recuperamos um bilhete de ‘Sócio Auxiliar/Aposentado’.
O FC Porto, de Tomislav Ivic, defrontou os espanhóis, nas Antas, depois de ter sido derrotado em Valência (interdição do Santiago Bernabéu) por 2-1. Sabendo que um golo seria suficiente para aceder aos ‘Quartos’, o FC Porto depressa se colocou em vantagem, por Sousa, aos 23 minutos. No entanto, na 2ª parte, o holandês Leo Beenhakker lançou no jogo Paco Llorente (sobrinho do mítico Francisco Gento), que acabou por ser o maior responsável pela reviravolta no marcador. O extremo-esquerdo espanhol realizou uma excelente exibição, acabando por ficar ligado à história do jogo ao oferecer dois golos ao conceituado Míchel, que marcou aos 54 e 69 minutos. O campeão da Europa estava fora dos Quartos-de-final!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uma vítima igual às outras!

Foi um ‘clásssico’ marcado pelas circunstâncias: um FC Porto cansado, mas quase sempre confiante e organizado, e um Sporting de “peito aberto”, mas quase sempre descrente e mal posicionado. Enquanto que o nosso adversário passou a semana toda a preparar o jogo, o FC Porto realizou apenas 1 (!) treino antes do ‘clássico’. Ainda assim, isso não impediu que o FC Porto fosse sempre uma equipa mais organizada e, principalmente, mais bem posicionada em campo. A vitória por apenas 1 golo de diferença (margem mais que suficiente!) ficou mais a dever-se à boa exibição de Rui Patrício e ao desgaste físico que o FC Porto vem acumulando (a ‘invencibilidade’ começa a fazer mossa!) do que às virtudes do Sporting. Ou seja, o nosso adversário acabou por ser uma vítima igual a tantas outras! Positivo (+): - a forma tranquila e sem pressa como o FC Porto fez a ‘remontada’ no marcador; - a impressionante série de vitórias do FC Porto continua: nem um empate para a amostra! – Falcão: espectacular a forma como ataca a bola nos cruzamentos por alto, um tempo de salto e impulsão notáveis! - ‘fim-de-semana gordo’ para todas as modalidades do FC Porto: vitórias importantes no Futebol, Basquetebol, Andebol e Hóquei em Patins; Negativo (-): - o desgaste físico e mental é cada vez mais evidente no FC Porto (a boa notícia é que vamos ter uma semana para preparar o jogo frente ao Villarreal) e os sinais estão à vista: 6 golos sofridos nos últimos 3 jogos; - não deixam de ser bizarras as queixas dos responsáveis do Sporting numa altura em a equipa está a 35 (!) pontos do 1º classificado;

A «foto do dia» - João Pinto e José Mari Bakero

Aproveitando a presença do FC Porto nas meias-finais da Liga Europa, recuamos à nossa presença nas meias-finais da Liga dos Campeões 1993/94 com uma foto onde podemos ver os ‘capitães’ de FC Porto (João Pinto) e Barcelona (Bakero) na habitual troca de galhardetes e escolha de campo que antecedem os encontros (ao centro surge o árbitro bielorrusso Vadim Zhuk). O FC Porto, de Bobby Robson, discutiu com o Barça, de Johan Cruijff, o acesso à final em ‘Nou Camp’ (naquela edição da ‘Champions’, as meias-finais realizaram-se em apenas um jogo). Uma derrota por 3-0 (Stoichkov, aos 10’ e aos 35’, e Ronald Koeman, aos 72’) impediu o FC Porto de chegar à final de Atenas. AC Milan e Barcelona foram os finalistas.

«Curiosidades FCP» - 4 campeões 1955/56

Numa altura em que o FC Porto festejou a conquista de mais um título, recuamos à nossa vitória na edição de 1955/56 do campeonato nacional com uma foto de 4 jogadores que foram campeões com Dorival Yustrich: José Maria, Pedroto, Monteiro da Costa e António Teixeira;

«Curiosidades FCP» - FC Porto - Sporting, época 2002/03

Em semana de FC Porto-Sporting, recordamos um ‘clássico’ disputado nas Antas com uma foto onde podemos ver Derlei e, na altura, o ainda jovem Cristiano Ronaldo. O jogo é relativo à última jornada da época 2002/03 e, tal como o de ontem, também se realizou já depois do FC Porto ter garantido o título. Aliás, o ‘clássico’ disputou-se na última jornada da Liga, o que trouxe ainda mais sabor à vitória do FC Porto, por 2-0, com golos de Hélder Postiga, aos 37’, e Maniche, aos 78’ (actualmente estão ambos no Sporting!).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sem piedade dos russos!

E pronto, só falta um degrau para o FC Porto voltar a uma final europeia. Seria interessante que a presença em Dublin se concretizasse, não só pelo prestígio que o FC Porto acumularia mas também como forma de marcar a nova década (2010-2020) depois das finais europeias dos ‘anos 80’ e dos ‘anos 00’. Seriam 3 ciclos distintos com marca europeia. Ontem, o jogo frente ao Spartak acabou por ser uma mera formalidade, não porque os russos não tenham tentado (tal como na 1ª mão, voltaram a ter a primeira grande ocasião de golo do jogo), mas porque o FC Porto abordou o jogo como a eliminatória estivesse por resolver. Os russos, julgando que o FC Porto ia a Moscovo jogar na contenção e na expectativa, pareceram algo surpreendidos pela intensidade com que o FC Porto começou a partida. Mas para o nosso bom início de jogo também contribuiu a postura do Spartak de Moscovo, que desta vez foi obrigado a correr maiores riscos do que nos primeiros minutos do jogo da 1ª mão. Agora, segue-se o Villarreal. Não estaremos a cometer nenhuma injustiça se dissermos que se vão encontrar as duas melhores equipas da prova: 1ª mão no belo e arejado ‘Estádio do Dragão’, e 2ª mão no exíguo e sufocante ‘El Madrigal’. Positivo (+): - é fácil explicar o primeiro golo do FC Porto: Ronaldo + Messi = Hulk; - a postura do FC Porto: era mais fácil (e até mais tentador!) abordar o jogo com um bloco baixo, mas Villas-Boas quer sempre um FC Porto dominador: excelente atitude! - começa a ser cada vez mais difícil fazer elogios individuais aos jogadores do FC Porto, a equipa está tão bem posicionada em campo e com tanta dinâmica colectiva que dá a sensação que jogam todos bem: virtude do treinador!; - Ruben Micael e Cristian Rodriguez surgem agora menos tensos e a jogar com mais alegria: podem vir a ser ambos importantíssimos neste final de época; - a resposta de Villas-Boas quando questionado sobre o alegado interesse do Liverpool: «nasci no Porto e sou adepto do FC Porto, podem tirar as vossas próprias conclusões!»; Negativo (-): - a lesão de Fucile parece ter sido a única nota negativa da viagem a Moscovo, mas os próximos jogos dirão que efeito tiveram nos jogadores a longa viagem, a mudança brusca de temperatura e o piso sintético do Luzhniki;

A «foto do dia» - Teixeira

Hoje recordamos mais um jogador que teve o privilégio de ficar associado ao regresso do FC Porto aos títulos, em 1977/78: Teixeira. Adelino de Jesus Teixeira ingressou no FC Porto em 1974/75 (vindo do Leixões) e depressa se tornou num dos jogadores mais úteis do clube, pois a sua polivalência permitia-lhe fazer várias posições entre a defesa e o meio-campo. Foram 9 épocas consecutivas de ‘azul-e-branco’ até ao ingresso no Boavista, em 1983/84.

«Curiosidades FCP» - O bilhete do Liverpool - FC Porto, Taça UEFA 2000/01

Em semana de ‘Quartos-de-final’ da Liga Europa, recuamos à mesma fase da edição de 2000/01 da Taça UEFA com o ingresso que deu acesso ao Liverpool - FC Porto. O FC Porto, de Fernando Santos, começou por defrontar o Liverpool, de Gerard Houllier, nas Antas, a 8 de Março de 2001. Esse jogo terminou empatado (0-0), resultado que obrigava o FC Porto a marcar em Anfield para poder aceder às meias-finais da prova. Uma derrota por 2-0 (golos de Danny Murphy, aos 33’, e de Michael Owen, aos 38’) acabou com as esperanças do FC Porto em voltar a disputar uma meia-final europeia, 7 anos depois do confronto com o Barcelona, relativo às meias-finais da Liga dos Campeões 1993/94.

A «foto do dia» - Balakov e Kostadinov

A 3 dias do jogo entre FC Porto e Sporting, recordamos dois búlgaros que fizeram história nos dois clubes: Emil Kostadinov e Krassimir Balakov. Os dois companheiros na selecção da Bulgária foram dos principais animadores dos ‘clássicos’ disputados entre os dois clubes no início dos anos 90. Ainda assim, o búlgaro do FC Porto assumiu sempre maior protagonismo, principalmente nos ‘clássicos’ realizados em Alvalade. Aliás, naquele tempo, o ‘Kosta’ era uma espécie de assombração da família leonina.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Isto só acaba na 30ª jornada!

Apenas três dias depois daquela correria pelo golo que foi a exibição frente ao Spartak de Moscovo, o FC Porto voltou a vencer e a deixar bem vincado aquilo que mais nos diferencia do Benfica, a cultura de vitória! Ontem, num jogo que Villas-Boas aproveitou para experimentar 4 médios (pouco dinâmicos na 1ª parte), o FC Porto correu maiores riscos que em jogos anteriores (a concentração defensiva não foi a mesma), mas ainda assim conseguiu marcar 3 golos em apenas 45 minutos. Isto num jogo que os comentadores da TVI estavam com pressa em classificar como um dos piores da época, mas que acabou por ser emocionante e cheio de golos bonitos, principalmente os do FC Porto. Tiveram azar!Positivo (+): - a vontade de vencer do FC Porto, um hábito que demorou anos a construir (já vem do tempo de Pedroto!) e que é pra manter em quaisquer circunstâncias; - os belos golos do FC Porto; - as exibições dos menos utilizados (Beto esteve fantástico entre os postes, Ruben Micael realizou um dos seus melhores jogos até à data, Souza esteve mais rigoroso e até o “deslocado” Sereno apresentou uma excelente atitude); - o FC Porto atingiu os 74 pontos na Liga (são mais 18 pontos (!) que em igual período da época passada: notável!); Negativo (-): - Villas-Boas não deve ter ficado satisfeito com a forma como a equipa sofreu os dois golos: em lances de bola parada! (um sinal que os índices de concentração baixaram depois do frenesim do título);

«Curiosidades FCP» - Gomes e Damas

Começamos antecipar o ‘clássico’ do próximo fim-de-semana com uma foto relativa a um Sporting-FC Porto disputado na década de 80, onde podemos ver dois símbolos dos dois clubes: Fernando Gomes e Vítor Damas (ao centro surge Carlos Valente, uma espécie de ‘Lucílio Baptista dos anos 80’).

«Curiosidades FCP» - ‘Art Deco’

Em semana de jogo com o Spartak de Moscovo, relativo à 2ª mão dos Quartos-de-final da Liga Europa, recuamos a outra véspera de confronto europeu com um artigo que o ‘El Mundo Deportivo’ dedicou a Deco, dias antes do FC Porto defrontar o Barcelona, em jogo da Liga dos Campeões 1999/00. «El Oporto, rival del Barça en la Champions, cuenta con un centrocampista que lo hace todo bien e incluso golea» lia-se no artigo dedicado ao ex-nº 10 do FC Porto.

A «foto do dia» - Rui Barros

Continuamos a recordar jogadores do FC Porto que também vestiram camisolas de clubes estrangeiros. Hoje, recuperamos uma foto de Rui Barros com a camisola da Juventus. O ‘piccolo’ representou a ‘Vecchia Signora’ durante duas épocas: 1988/89 e 1989/90.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A-V-A-S-S-A-L-A-D-O-R!

Duas competições já conquistadas (Supertaça Cândido de Oliveira e Campeonato nacional), uma meia-final da Taça de Portugal ainda por disputar, apuramento para as meias-finais da Liga Europa praticamente garantido, 109 golos marcados em jogos oficiais,… etc… etc… etc… Impossível pedir mais ao FC Porto 2010/11! Ontem, depois do banho de moral que foi a festa e a vitória na Luz, a equipa poderia sentir-se tentada a enfrentar os moscovitas de ‘peito aberto’, correndo maiores riscos. E NÃO É QUE FOI MESMO ASSIM! Tirando a primeira meia-hora de jogo, período em que o Spartak de Moscovo se mostrou atrevido e organizado, o FC Porto foi suficientemente inteligente para vencer por uma margem confortável e não se expor demasiado aos contra-ataques adversários. Potenciámos a euforia e mantivemos a confiança!De facto, o lado emocional dos jogadores acabou por ser decisivo frente a uma equipa que venceu 4 dos últimos 5 jogos que disputou fora de casa nas competições europeias. Assim, só um FC Porto verdadeiramente empolgante e endiabrado poderia vencer o Spartak de Moscovo por 4 golos de diferença. Se compararmos o futebol que o Spartak pratica com o da outra equipa moscovita com quem o FC Porto se cruzou, chegamos à conclusão que o CSKA é bem mais organizado, principalmente a nível de posicionamento defensivo. Até houve um momento no jogo (depois dos 70 minutos) em que a equipa de Valeriy Karpin se desintegrou. Mas caramba, com um FC Porto que é um autêntico rolo compressor quantas equipas não se desintegravam?Positivo (+): - a conquista do título na Luz fez aumentar ainda mais a empatia entre o público do Dragão e os jogadores: fantástica atmosfera à volta do jogo! - Falcão: o «hat-trick» já seria suficiente para merecer nota positiva, mas o que mais nos impressionou foi a forma emocionada (quase em lágrimas!) como se apresentou na ‘flash interview’ (nota-se que para ele é um prazer e um privilégio vestir a camisola do FC Porto); - a gula do FC Porto: houve um período do jogo (após o golo dos russos) em que seria aconselhável fazer um futebol mais calculista, mas o FC Porto não abdicou de atacar e “cavar” uma diferença de golos impressionante para uns ‘Quartos-de-final’ de uma prova europeia; - a cultura de vitória do FC Porto também se faz sentir junto do exigente público do Dragão: o campeonato já lá vai, precisamos de novas conquistas!

Negativo (-): - os primeiros 20 minutos de jogo: apesar de não ser uma equipa tão organizada como o nosso anterior adversário na prova - o CSKA - , o Spartak de Moscovo tem alguns jogadores (Ibson, Welliton,…) que durante esse período obrigaram o FC Porto a correr mais do que o inicialmente previsto;

A «foto do dia» - Benni McCarthy

Em semana de Quartos-de-final das competições europeias, recuamos à nossa presença nos ‘Quartos’ da Liga dos Campeões 2003/04 com uma foto (autografada!) de Benni McCarthy. O ponta-de-lança sul-africano surge aqui a festejar o primeiro golo que o FC Porto marcou ao Olympique Lyon, no jogo da 1ª mão (2-0). Apesar do autor do golo ter sido Deco, foi Benni McCarthy que, com um cruzamento-remate, serviu o ‘mágico’.

«Curiosidades FCP» - FC Porto 1978/79

Continuamos a recordar fotos de «onzes» do FC Porto. Hoje, recuamos ao nosso 2º bi-campeonato (o 1º foi com Mihaly Siska, em 1938/39 e 1939/40) com uma foto de um «onze» da época 1978/79. Em cima (da esq. p/ dta): Freitas, Simões, Teixeira, Gabriel , Duda e Fonseca; Em baixo (da esq. p/ dta): António Oliveira, Frasco, Fernando Gomes, Rodolfo e Costa;

«Curiosidades FCP» - Madjer e Casagrande

A semana de competições europeias é pretexto para recuperarmos uma foto da histórica noite europeia de Viena. Recuamos ao final da partida entre o Bayern de Munique e o FC Porto com uma foto de dois dos mais célebres avançados que passaram pelo FC Porto na década de 80, o argelino Rabah Madjer (autor do primeiro golo do FC Porto na final) e o brasileiro Walter Casagrande (suplente não utilizado).

terça-feira, 5 de abril de 2011

Reservámos…. e comparecemos! (Parte II)

Agora que a adrenalina da noite de Domingo já baixou para níveis aceitáveis, é altura de recuperamos mais algumas fotos (a do ‘túnel’ ao Sapunaru é muito apropriada!) da festa dos campeões em pleno relvado da Luz. Como se comprova, o “apagão” não tirou brilho à festa. Aliás, a atitude dos responsáveis do Benfica, visando incomodar a festa dos campeões, acabou por ter uma consequência inversa, ou seja, tornou os festejos mais originais e até algo exóticos. Daqui por 100 anos ainda nos vamos recordar dos repuxos sobre a cabeça dos campeões e dos festejos à luz dos telemóveis. Queriam atrapalhar a festa e acabaram por perpetuar o momento. Tolinhos!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Reservámos… e comparecemos!

Confesso que não encontrei melhor título para o ‘post’. É uma forma de olhar com algum humor para as circunstâncias que rodearam o clássico da época passada, no Dragão (as reservas para a festa benfiquista foram anuladas por aquela vitória do FC Porto, por 3-1) e o disputado ontem, na Luz. O destino pode ser implacável. Nós reservámos…. e comparecemos! Este é o típico jogo por que um portista de Lisboa, como eu, tantos anos espera. Já tinha visto o FC Porto sair da Luz com o título quase garantido (e já o festejei em Alvalade, no tempo de Bobby Robson e Fernando Santos), no entanto, nunca tinha tido o prazer (e o privilégio!) de ver o FC Porto sagrar-se campeão no estádio do seu maior rival. Um capricho do calendário que será difícil de concretizar nos próximos anos… Foi giro fazer a festa na Luz! É claro que isto causa alguma azia aos maldizentes, quanto mais não seja por surgir menos de um ano depois do Benfica ter desperdiçado idêntica oportunidade de festejar em casa do maior rival. É aqui que surge a cultura de vitória e a mentalidade dos dois clubes. Ontem não estava apenas em causa a capacidade do FC Porto em conquistar o título na Luz, avaliava-se também o brio e a reputação do Benfica. Nesse aspecto, o FC Porto continua a ser melhor! Mas este FC Porto começou em 2009/10, ainda com Jesualdo Ferreira. Foi aquela sequência de 10 vitórias consecutivas e o triunfo (com apenas 10 jogadores) sobre o Benfica, por 3-1, que mostrou que o FC Porto estava vivo e que a cultura de vitória tinha mais força no Dragão do que na Luz. Depois, Villas-Boas aproveitou o que o ‘FC Porto de Jesualdo’ tinha de melhor (o esquema táctico e o hábito de vencer) e acrescentou-lhe uma ainda melhor organização táctica e um futebol ‘à portuguesa’ (privilegiando a posse de bola e o passe curto). Uma equipa de futebol total! Apesar de ter garantido a conquista do título à passagem da 25ª jornada (nota: os últimos 2 títulos que o Benfica conquistou foram ambos garantidos na última jornada!), a verdade é que foi na 10ª, depois dos 5-0 ao Benfica, que o FC Porto deu o primeiro grande “esticão” na Liga. Na altura, os dois clubes ficaram separados por 10 pontos, uma margem mais do que confortável, mesmo para quem ainda tinha que visitar o estádio do seu maior rival. O Benfica nunca conseguiu discutir verdadeiramente o primeiro lugar do campeonato, pelo menos dentro de campo (o contrário do que sucedia nas conferências de imprensa de Jorge Jesus, onde este deixava sempre implícito a iminente ascensão do Benfica ao 1º lugar). Além da diferença pontual, o FC Porto foi sempre mais equilibrado e consistente. Ou seja, esteve sempre mais próximo o aumento da vantagem do que a aproximação do Benfica. Positivo (+): - o campeão foi igual a si próprio: dominador, consistente e equilibrado; Fomos à Luz resgatar as faixas de campeão; - o FC Porto saiu da Luz com o título e com o estatuto de melhor clube do mês de Março, no ‘ranking’ mundial da Federação Internacional da História e Estatísticas do Futebol (IFFHS); - é a 4ª vitória do FC Porto na Luz nos últimos 10 anos em jogos do campeonato nacional: excelente cadência!; Negativo (-): - Jorge Jesus, depois de ter sido o primeiro treinador do Benfica a sair humilhado (5-0!) do Dragão, fica também associado à primeira festa de campeão do FC Porto em pleno Estádio da Luz: da história já ninguém o tira!;

«Curiosidades FCP» - O bilhete do FC Porto - Vardar Skopje, Taça dos Clubes Campeões Europeus 1987/88

Em ‘semana europeia’, trazemos aqui mais um ingresso de um jogo do FC Porto nas competições da UEFA. O bilhete é relativo ao nosso confronto com o Vardar Skopje, os macedónios (campeões da ex-Jugoslávia em 1986/87) que se cruzaram com o FC Porto na 1ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus 1987/88. O FC Porto acabou por vencer as duas mãos dessa eliminatória pelo mesmo resultado: 3-0! Nas Antas, com golos de Madjer (12’ e 84’) e Sousa (52’), e na 2ª mão, com golos de Sousa (38’), Jaime Magalhães (64’) e Madjer (66’).

«Curiosidades FCP» - Simões

Recentemente recordámos aqui algumas curiosidades da carreira de Alfredo Murça, um dos 4 jogadores que formavam o famoso quarteto defensivo que venceu o bi-campeonato, no final dos anos 70, sob o comando de José Maria Pedroto. Hoje, recordamos outro dos jogadores que formavam essa linha defensiva, o defesa-central Simões. Aqui ficam algumas curiosidades da sua passagem pelo FC Porto: - chegou ao FC Porto, vindo da Académica, em 1974/75, com apenas 23 anos de idade; - no FC Porto, formou ‘dupla de centrais’ com vários jogadores conceituados (Rolando, Adelino Teixeira, Alhinho, Lima Pereira,… ) mas foi a sua parceria com Freitas que o tornou célebre no futebol português; - Aimoré Moreira, Monteiro da Costa, Branko Stankovic, José Maria Pedroto e Hermann Stessl foram os técnicos que encontrou durante as 9 épocas que permaneceu nas Antas; - deixou o FC Porto no final da época 1982/83, mudando-se para o Portimonense; - ao serviço do FC Porto conquistou 2 campeonatos nacionais, 1 Taça de Portugal e 1 Supertaça;

A «foto do dia» - Cubillas

Voltamos a recuperar uma foto de Teófilo Cubillas, o inconfundível ex-nº 10 do FC Porto que ainda participou na caminhada que nos levou à conquista da Taça de Portugal 1976/77, mas que já não teve o privilégio (que indiscutivelmente merecia) de festejar o tão ansiado regresso às vitórias no campeonato nacional, em 1977/78.