O tempo das 'transições rápidas' já lá vai, este vai ser um FC Porto de 'bola no pé', dominador e que vai assumir as despesas do jogo qualquer que seja o seu adversário. Ontem, o que nos chamou mais a atenção foi a forma tranquila e fluída como a equipa trocava a bola no meio-campo adversário. Mesmo descontando o facto de ter sido um jogo de pré-época (a Sampdoria pressionou pouco e deu quase sempre a iniciativa de jogo ao FC Porto), não deixa de ser entusiasmante a forma segura e envolvente como a equipa agora troca a bola. Esta época parece que vamos jogar 'à portuguesa' e com estilo!
- a concretização (será apenas temporário?) de um dos maiores desejos do 'Paixão pelo Porto' para a nova época: a entrega da braçadeira de 'capitão' a Radamel Falcão;
- o entusiasmo que o 'novo FC Porto' está a provocar nos adeptos (independentemente das virtudes e competências que Jesualdo Ferreira continua a exibir, não há dúvida que o desgaste que cada vez mais se abatia sobre o Professor poderia retirar algum 'elan' ao início de época do FC Porto 2010/11);
- apesar da ausência de rotinas do novo quarteto defensivo, o FC Porto sofreu apenas um golo (de grande-penalidade!) dos adversários mais cotados que defrontou na pré-época (1-0 com o Trabzonspor, 1-0 com o Ajax e 2-1 com a Sampdoria);
- a numerosa presença de público (mais de 39 mil pessoas) no Dragão, praticamente a igualar os 40 mil espectadores que ontem assistiram à apresentação do nosso maior rival;
- o regresso de Silvestre Varela;
- não é só o 'FC Porto de Villas-Boas' que tem estilo, James Rodriguez e Souza também têm;
- a 'sociedade' João Moutinho-Rúben Micael, os principais responsáveis (juntamente com André Villas-Boas, claro!) pelo regresso do FC Porto a um estilo de jogo bem mais condizente com a história do clube;
Negativo (-):
- as ausências de Kléber e Walter na apresentação (não sabemos se o FC Porto estará a conduzir mal os dois processos, o que sabemos é que ambos se arrastam há demasiado tempo);
- a indefinição em torno das prováveis saídas de Bruno Alves e Raúl Meireles (neste caso, o FC Porto pouco mais pode fazer do que esperar pelas propostas de eventuais interessados);
- o pouco carrilar de jogo que a Sampdoria efectuou sobre as laterais (as posições mais sensíveis do início de época do FC Porto) não permitiu avaliar a consistência defensiva de Miguel Lopes e Emídio Rafael;
Enquanto que na primeira é antecipada a difícil viagem a Kiev, que marcou o apuramento para a final («Ensaiar em Kiev a valsa de Viena» lia-se na capa), na segunda antecipa-se o jogo de Viena («Vamos trazer a taça!»). A ilustrar as respectivas primeiras páginas vemos uma foto com Fernando Gomes e Peter Schmeichel (jogo da 1ª mão dos Quartos-de-final, entre o FC Porto e o Brondby), e outra onde surge o maior agitador da final de Viena, Paulo Futre. 

O ‘little big man’, como foi apelidado pela ‘France Football’, representou o adversário do FC Porto na final de Gelsenkirchen durante 3 épocas. No Mónaco, Rui Barros foi orientado por Arsène Wenger e jogou ao lado de, entre outros, George Weah, Youri Djorkaeff, Emmanuel Petit e Jürgen Klinsmann.
A ilustrar o ‘post’, podemos ver uma foto de Madjer com a camisola do Valência, o título da crónica que o ‘El Mundo Deportivo’ escolheu para resumir o jogo entre Valência e At. Bilbau («Madjer no basto para doblegar al Athletic») e o «onze» daquela jornada (destaque na ‘equipo de la semana’ para o companheiro de Madjer no ataque, o conceituado Hugo Sanchez).