Se compararmos o nosso adversário de ontem com o outro ‘grande emergente’ do futebol espanhol com que o FC Porto se cruzou esta época, o Sevilha, chegamos à conclusão que o Villarreal é menos imprevisível que os sevilhanos (esta época, ninguém conseguiu criar mais dificuldades à defesa do FC Porto do aquela poderosa e eficiente dupla constituída por Luís Fabiano e Kanouté), no entanto, é um conjunto mais coeso e consistente, ou seja, o Villarreal é ‘mais equipa’. Isso valoriza ainda mais a vitória do FC Porto. Vencer por 4 golos de diferença numa meia-final europeia é obra!
Agora, na 2ª mão, seria tentador fazermos uma abordagem mais defensiva e conservadora, mas nós já conhecemos este FC Porto, não é?
- o resultado: é a terceira ‘manita’ (uma mão cheia de golos!) consecutiva do FC Porto em jogos das competições europeias;
- mais um brutal jogo colectivo do FC Porto (assim fica difícil nomear 2 ou 3 jogadores que se tenham destacado mais: Falcão, Hulk, Guarín, Otamendi,….);
- só um jogador com a astúcia e precisão de cabeceamento de Radamel Falcão poderia marcar 4 golos (o primeiro «poker» ao serviço do FC Porto) a um excelente guarda-redes como Diego López;
- a forma inteligente como o FC Porto tem abordado os jogos europeus: segue em frente quem marcar mais golos e não quem conquista mais pontos! (a defesa jogou no limite do fora-de-jogo, uma abordagem curiosa se comparada com aquilo que tem sido o FC Porto nos jogos do campeonato, prova disputada por pontos e onde a equipa corre menos riscos);
- o ambiente no Estádio do Dragão: electrizante (uma simbiose perfeita entre a equipa e o público);
- o posicionamento defensivo do FC Porto durante a 1ª parte: Villas-Boas tentou explorar o facto de Nilmar ter pouca propensão para defender para dar total liberdade a Álvaro Pereira para atacar, mas os planos saíram furados: o lado esquerdo da defesa do FC Porto foi arrombado durante os primeiros 45 minutos, uma insuficiência muito bem corrigida ao intervalo;





Positivo (+): - é fácil explicar o primeiro golo do FC Porto: Ronaldo + Messi = Hulk; - a postura do FC Porto: era mais fácil (e até mais tentador!) abordar o jogo com um bloco baixo, mas Villas-Boas quer sempre um FC Porto dominador: excelente atitude! - começa a ser cada vez mais difícil fazer elogios individuais aos jogadores do FC Porto, a equipa está tão bem posicionada em campo e com tanta dinâmica colectiva que dá a sensação que jogam todos bem: virtude do treinador!; - Ruben Micael e Cristian Rodriguez surgem agora menos tensos e a jogar com mais alegria: podem vir a ser ambos importantíssimos neste final de época; - a resposta de Villas-Boas quando questionado sobre o alegado interesse do Liverpool: «nasci no Porto e sou adepto do FC Porto, podem tirar as vossas próprias conclusões!»; Negativo (-): - a lesão de Fucile parece ter sido a única nota negativa da viagem a Moscovo, mas os próximos jogos dirão que efeito tiveram nos jogadores a longa viagem, a mudança brusca de temperatura e o piso sintético do Luzhniki;





