Pois é, a «nova era» do futebol português pós-Apito Dourado abre com uma «dobradinha» do FC Porto. Depois de termos sido os primeiros campeões de Portugal, em 1935, voltamos a marcar um novo 'virar de página' no futebol português. E se ao Campeonato nacional e à Taça de Portugal juntarmos a próxima Supertaça, a disputar em Agosto, temos o FC Porto a monopolizar os novos tempos do futebol nacional. Agora, ficará apenas a faltar a pouco motivadora Taça da Liga, que tanto apreço mereceu por parte dos nossos rivais de Lisboa. Ainda assim, esta foi apenas a 14 ª vitória do FC Porto na Taça de Portugal (continuamos a ser o clube português com mais finais perdidas: 12). Uma marca ainda relativamente curta para um clube que dominou o futebol português nos últimos 30 anos (compensamos as poucas vitórias na Taça de Portugal com um número brutal de Supertaças conquistadas: 15!).
É curioso que todos os últimos treinadores do FC Porto que representaram o clube durante mais de uma época acabaram por vencer o Campeonato e a Taça de Portugal: Jesualdo Ferreira, Co Adriaanse, José Mourinho, Fernando Santos, António Oliveira e Bobby Robson. 
Hoje, o FC Porto valeu-se de uma velha máxima para vencer mais um troféu: 'as finais são para se ganhar'!
Não foi um jogo brilhante dos tetracampeões. Há muito tempo que não víamos o FC Porto vencer fora de casa por apenas 1 golo de diferença (1-0). Mérito do adversário? Talvez, mas pareceu-nos mais consequência da época desgastante que o FC Porto realizou. Fisicamente, a equipa está espremidíssima! Hulk, Lisandro e Rodriguez, por exemplo, terminaram o jogo de rastos. O Paços apresentou-se bem mais fresco, mas levou ao Jamor uma manta demasiado curta, pois nunca conseguiu colocar em causa a vitória do FC Porto. Mesmo nos últimos minutos de jogo, a bola andou sempre longe da baliza de Nuno.O Paços não surpreendeu porque joga sempre um futebol positivo e ambicioso. Perante a postura das duas equipas, até julgávamos que o jogo tería mais golos. No entanto, teve apenas um, que premiou o altruísmo e dedicação de Lisandro Lopez.
Hoje, o meio-campo e o ataque do FC Porto não conseguiram massacrar os adversário como noutras ocasiões. Lá atrás é que ninguém vacila. Absolutamente notável a época realizada por Bruno Alves, Rolando e Fernando. Assim é muito difícil marcar golos ao FC Porto.
Mas como a «dobradinha» já é passado, agora é preciso pensar em novas conquistas. Depois das férias, e enquanto outros vão andar pelas pré-eliminatórias europeias, o FC Porto começa a preparar a 'Peace Cup' (é a 'Champions' da pré-época) e a Supertaça Cândido de Oliveira, duas competições que vamos querer vencer.
Nota final para a renovação de contrato de Jesualdo Ferreira. Foi previsível, porque Jesualdo está agora a desfrutar daquilo que é ser treinador do FC Porto. Além disso, o FC Porto devia-lhe um gesto de gratidão. Quanto ao 'timing' do anúncio da renovação, foi aquele que o FC Porto pensou ser o mais adequado. Não foi cedo nem foi tarde. O FC Porto é que marca a agenda! 
Essa foi a última época em que o avançado irlandês foi utilizado com regularidade no «onze». No ano seguinte, Walsh ainda conseguiu ser o 2º melhor marcador da equipa, com 9 golos, mas José Maria Pedroto e António Morais apostavam mais no trio Jacques-Gomes-Vermelhinho. Ainda assim, o avançado irlandês acabou por ficar associado a um golo histórico, talvez o mais importante da sua carreira. O FC Porto disputava os Quartos-de-final da Taça dos Vencedores das Taças, frente ao Shakthar Donetsk, e Walsh acabou por ser o herói do jogo da 2ª mão, ao apontar o golo do empate do FC Porto nessa partida. Depois do 3-2 das Antas, o FC Porto esteve fora da competição até aos 72 minutos de jogo, altura em que Walsh empatou a partida. Depois, seguiu-se o Aberdeen e a final de Basileia, contra a Juventus (Walsh participou nessa partida depois de substituir Jaime Magalhães, aos 64 minutos de jogo). A nível internacional, também merece destaque o golo que marcou à Roma (de Bruno Conti e Nils Liedholm), na Taça dos Vencedores das Taças 1981/82. O FC Porto eliminou os italianos com uma vitória nas Antas, por 2-0 (Walsh, aos 41', e Costa, aos 46'), e um empate no Olímpico de Roma (0-0).

Com a curiosidade de então estarem incluídos dois hoquistas-futebolistas, Acúrcio Carrelo e António Morais, os quais acumulavam a prática hoquista com o futebol (sendo então Acúrcio guarda-redes da equipa principal e Morais reservista também da formação futebolística do FC Porto), mais um aderente hoquista-basquetebolista, Ruben Lopez (este por sinal até jogador-treinador do basquetebol portista, nesse tempo). Acúrcio Carrelo foi, ainda, o 1º internacional do clube nesta modalidade, tendo em 1957 feito parte da selecção portuguesa presente no Torneio de Montreux, marcando inclusive 6 golos; e depois no Europeu, nesse mesmo ano em Barcelona, onde fez 2 golos; sendo por fim seleccionado para a Equipa da Europa que defrontou a Espanha, em cujo prélio contribuiu com 3 dos cinco golos dessa turma do chamado “Resto da Europa”. A carreira desse avançado Carrelo do hóquei não foi mais além, porém, por entretanto ter acabado essa dupla função com a chegada do profissionalismo ao futebol, enveredando Acúrcio apenas pela sua prestação como guarda-redes do futebol portista, entre outras situações, como aconteceu também com Morais (e ainda Pinho, igualmente “nosso” guardião de futebol, que ao tempo também acumulara na defesa da baliza do Andebol azul e branco). 
A empatia de Gomes com o FC Porto começou a ser construída logo no primeiro ano em que chegou ao clube. Era um jovem com apenas 18 anos e, apesar de ainda não ter o estatuto de jogadores como Rodolfo ou Rolando, deixou logo a sua marca ao apontar 14 golos no campeonato nacional 1974/75 (um registo superior aos dos consagrados António Oliveira e Teófillo Cubillas, por exemplo). O miúdo foi o melhor marcador da equipa, e logo num altura em que o clube atravessava uma das piores fases da sua história. Notável! Quando Gomes chegou ao FC Porto, em 1974/75, era Rolando o portador da braçadeira de 'capitão'. Como ainda era um jovem, houve necessidade de aguardar mais alguns anos para ser designado como 1º 'capitão' de equipa. Depois de Rolando, seguiram-se Cubillas, Oliveira, Rodolfo (foi 'capitão' durante 4 épocas) e Gabriel. Gomes só assumiría, definitivamente, a braçadeira no início da época 1983/84, após a sua breve passagem por Espanha, onde representou o Sp. Gijón. Foi a primeira vez que o nº 9 foi nomeado 1º 'capitão' de equipa durante a presidência de Pinto da Costa.
Foi o técnico brasileiro Carlos Alberto Silva que começou por confiar nas capacidades do jovem Rui Filipe. Como no meio-campo do FC Porto havia gente com mais anos de casa e com mais experiência (Jorge Couto, Semedo, André, Jaime Magalhães, Timofte,...), Rui Filipe acabou por realizar poucos jogos durante a sua época de estreia na Antas. Contudo, depressa passou a surgir com regularidade no 'novo' meio-campo do FC Porto, acabando por ser um dos protagonistas do «onze» de Bobby Robson, que, em vez dos centro-campistas demasiado musculados (André, Paulinho Santos, Jaime Magalhães,...), preferia os 'híbridos' Vasili Kulkov, Emerson e Rui Filipe. Ao serviço do FC Porto, Rui Filipe conquistou 3 campeonatos nacionais, 1 Taça de Portugal e 2 Supertaças Cândido de Oliveira.
Estávamos na 1ª jornada da época 1994/95 e o FC Porto recebia o Sp. Braga. Uma vitória por 2-0 (golos de Rui Filipe e Kostadinov) marcou o arranque da brilhante caminhada do FC Porto de Bobby Robson (que nessa época marcou 73 golos no campeonato nacional e sofreu apenas 15).
Em cima, a ilustrar o ´post', recuperámos algumas fotos onde surge o antigo médio-centro do FC Porto. Na primeira, surge ao lado de Luís Figo, num clásssico frente ao Sporting, disputado em Alvalade; na segunda, surge ao lado de Vítor Paneira, precisamente no momento em que se preparava para marcar o fantástico golo que deixou Michel Preud'Homme 'sentado'; na terceira, surge ao lado de Emerson, momentos depois do FC Porto ter garantido a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, disputada em Coimbra, também frente ao Benfica (vitória por 4-3 nas grandes penalidades); e na última, surge no «onze» do FC Porto que empatou (1-1) na Luz, no tal jogo em que Rui Filipe marcou o seu último golo com a camisola do FC Porto. Foi também a última vez que surgiu numa foto de um «onze» portista (reparem que nos deixou com um sorriso!). 



Excelente ocupação do espaço, muita concentração, grande rigor táctico,... Assim, não é fácil marcar golos ao FC Porto. Isto é trabalho de casa do Prof. Jesualdo. O FC Porto foi uma verdadeira equipa. No entanto, destaco a época fantástica realizada por Rolando, Bruno Alves, Fernando e Raúl Meireles. Eles foram o garante da fiabilidade da «máquina»! Aqui chegados, só podemos lamentar o momento físico de alguns jogadores. É difícil realizar mais de 60 jogos por época, mas ainda mais difícil é jogá-los para ganhar. O FC Porto jogou sempre para ganhar!
Apesar do Bayern, em 1987, ser uma equipa bem mais forte do que aquela que o FC Porto defrontou em 1991, a verdade é que a nova geração do FC Porto «pós-Viena» ainda estava longe da equipa que, quatro anos antes, encantou a Europa. A unir essas duas equipas, havia apenas o treinador (Artur Jorge, que sucedeu a Tomislav Ivic e Quinito) e mais quatro ou cinco jogadores (João Pinto, André, Jaime Magalhães, Madjer,...). Do outro lado, e logo após a final de 1987, o Bayern colocara em curso uma autêntica revolução. Além de uma nova geração de promissores jogadores, os alemães também renovaram a sua equipa técnica, com o jovem Jupp Heynckes a substituir o conceituado Udo Lattek. 
A 1ª mão jogou-se a 6 de Março de 1991 e terminou empatada 1-1 (Bender aos 31' e Domingos aos 65'). Depois de um primeiro tempo em que Bayern desperdiçou várias oportunidades para chegar ao intervalo com uma vantagem mais confortável, o FC Porto voltou para a segunda-parte decidido a marcar. Assim foi, com a cumplicidade entre Domingos e Kostadinov a garantir o adiar da eliminatória para o jogo das Antas. Apesar do bom resultado conquistado no Estádio Olímpico, a verdade é que o FC Porto só conseguiu adiar a vingança do Bayern durante mais 15 dias. Isto porque os alemães venceram nas Antas por 2-0 (Christian Ziege aos 19' e Bender aos 71') e mostraram que, nessa época, estavam mesmo mais fortes do que o FC Porto. Nem a entrada de Madjer (já com 31 anos), foi suficiente para o FC Porto discutir o jogo. Os alemães acabaram com a eliminatória aos 71 minutos!
 
 
Esteve Valdemar então pré-convocado para a Selecção nacional de juniores (sabendo-se que eram tempos em que os do Norte tinham de ser muito superiores para terem hipóteses…), sendo apenas utilizado depois na selecção do Norte, em dois encontros com a congénere do Sul. Inclusive fez parte do lote dos convocados para a campanha de que resultou a vitória portuguesa no precursor do actual Europeu do respectivo escalão, o Torneio Internacional de Juniores da UEFA/61 (junto com Rui, Serafim e Faria, do FCP, dos quais tiveram utilização decisiva os dois primeiros). Até que então, em 1961, Valdemar ascendeu à categoria sénior, mas, devido à equipa estar aí bem servida no sector defensivo, passou duas épocas apenas na categoria de reservas. Indo por fim “rodar” para ganhar experiência, rumando então ao União de Lamas por empréstimo. Depois disso, regressou volvido um ano, em 1964, na entrada de Flávio Costa no comando da equipa principal portista. Contudo, a intromissão do serviço militar veio atrasar os intentos, motivando que só em 1965/66, novamente com Pedroto a treinador, se começasse a afirmar, nesse ano em que foi distinguido com o Prémio da Juventude, do jornal Mundo Desportivo. 
Depois, em 1967, apareceu ainda com mais regularidade, a pontos de ter substituído Almeida na equipa titular, ficando lançado no primeiro plano do futebol azul e branco.