O que inicialmente nos
chamou a atenção na entrevista que Vítor Pereira concedeu ao jornal ‘O JOGO’
foi que o treinador do FC Porto é de facto um homem sincero, verdadeiro e
humilde (e essas características podem ter sido fundamentais no último terço da
época). Vítor Pereira não teve receio de se expor, ainda que as circunstâncias
em que chegou ao clube não fossem as mais estimulantes: os jogadores tinham
menos motivação depois das conquistas com Villas-Boas e é mais difícil
conquistar a empatia da equipa quando se “sobe” de adjunto a treinador
principal. Ainda assim, ‘sinal +’ para a forma como Vítor Pereira soube ganhar
a confiança dos jogadores: sem chicote e com (muita) paciência!
Mas o que mais nos
intrigou na entrevista foi aquele pequeno excerto em que se abordaram as
derrotas em Coimbra (para a Taça de Portugal) e em Barcelos (para o campeonato).
Vítor Pereira associou esses dois momentos à perda de concentração de alguns
jogadores e à turbulência do período de fecho e reabertura do mercado. Para nós, uma justificação
algo inócua. Ou seja, continua por explicar a “ausência” dos jogadores nesses
dois jogos (e em outros que acabaram por ser ganhos à tangente!). Será essa a
grande incógnita para a próxima época: o grau de cumplicidade entre Vítor
Pereira e os jogadores tornará o futebol do FC Porto menos aborrecido e
previsível do que em 2011/12?
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