terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Espírito do Dragão


Jogos Olímpicos de Atlanta, “a 2 de Agosto de 1996, com a medalha de prata mais que assegurada, Fernanda Ribeiro proporcionou um dos momentos mais brilhantes do desporto português e uma das finais de 10000 metros mais espetaculares de sempre. À entrada da última volta, Fernanda Ribeiro tinha 20 metros de atraso para a chinesa Wang Junxia, recordista mundial da distância e já sagrada campeã olímpica dos 5000 metros, dias antes. Com um final de prova demolidor, a fundista nacional surpreendeu tudo e todos, incluindo a superfavorita chinesa e fez uma ultrapassagem impensável, disparando para um novo recorde olímpico de 31.01,63 e sagrando-se campeã olímpica dos 10000 metros, a terceira medalha de ouro na história olímpica de Portugal. Fernanda Ribeiro era a partir dessa altura campeã olímpica, campeã do mundo e campeã europeia, um feito só ao alcance dos melhores desportistas mundiais.” in wikipédia livre
Trago à memória a brilhante conquista de mais uma atleta do FC Porto para ilustrar aquilo que considero ser o verdadeiro espírito do Dragão, lutar até cair para o lado. Poderíamos assinalar muitos mais exemplos recentes de outras modalidades como o andebol ou o hóquei em patins, onde os nossos campeões lutam contra todas as adversidades até ao último suspiro nunca se dando por vencidos. Qualquer desportista portista sabe à priori que terá de lutar e sofrer incomparavelmente mais do que os do nosso rival, porque em igualdade de circunstâncias nunca lhes é dado o benefício da dúvida e quando se trata de instâncias federativas a balança pende sempre para o mesmo lado. Neste momento, assistimos no país a uma tentativa, por parte do clube de todos os regimes, de homogeneização do desporto em todas as modalidades com a conivência dos meios de comunicação social. Isto faz com que os méritos dos adversários nunca sejam reconhecidos e sempre envoltos num clima de suspeição, criando assim um ambiente propício a que sempre que se defrontam equipas dos dois clubes as coisa dêem para o torto, como foi o caso do hóquei no último fim de semana, e no final apareçam os comunicados a tentar justificar o injustificável: não saber perder.
Amândio Rodrigues

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