Aproveitando os rumores
sobre uma possível transferência de Fernando, hoje abordamos a importância que
a delicada ‘posição 6’ tem ganho no 4-3-3 que o FC Porto tem privilegiado. Foi
desde a ‘era Mourinho’ que o jogador da ‘posição 6’ começou a obedecer a
determinadas características que o tornam essencial no momento da perda da
bola. É esse momento específico do jogo que tem condicionado a opção por
jogadores com as características de Costinha, Paulo Assunção e Fernando. Mas
será que a dinâmica e eficácia do ‘4-3-3’ depende assim tanto de um jogador com
determinadas características?
Fernando (e antes dele
Paulo Assunção) é fortíssimo a antecipar a opção de passe do adversário no
momento em que este sai para o contra-golpe. Ao antecipar esse movimento, o
atual trinco do FC Porto impede com facilidade (através da falta ou do desarme)
que o adversário explore o desposicionamento da nossa equipa. Ou seja, é
preciso ter disponibilidade física e mental para estar 90 minutos de jogo
apenas a controlar e a antecipar os movimentos adversários. Defour (o mais
sério substituto de Fernando) terá essa disponibilidade? Talvez não, pois é um
jogador com “pouco nervo”, menos esclarecido no desarme e que raramente tem o
foco nas virtudes do adversário. Ainda assim, o belga oferece outras soluções:
melhor visão periférica e qualidade de passe no primeiro momento da transição
defesa-ataque. E quem sabe se não será fundamental atribuir-lhe uma nova responsabilidade,
levando-o a sentir-se cada vez mais importante no «onze».
Talvez não se
deva dramatizar tanto esta diferente abordagem ao jogo do jogador da ‘posição
6’. O que se perde numas coisas, pode ganhar-se noutras. E a verdade é que
nunca vimos Defour comprometer. É uma boa base para começar!
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