sexta-feira, 21 de junho de 2013

A delicada ‘posição 6’


Aproveitando os rumores sobre uma possível transferência de Fernando, hoje abordamos a importância que a delicada ‘posição 6’ tem ganho no 4-3-3 que o FC Porto tem privilegiado. Foi desde a ‘era Mourinho’ que o jogador da ‘posição 6’ começou a obedecer a determinadas características que o tornam essencial no momento da perda da bola. É esse momento específico do jogo que tem condicionado a opção por jogadores com as características de Costinha, Paulo Assunção e Fernando. Mas será que a dinâmica e eficácia do ‘4-3-3’ depende assim tanto de um jogador com determinadas características?
Fernando (e antes dele Paulo Assunção) é fortíssimo a antecipar a opção de passe do adversário no momento em que este sai para o contra-golpe. Ao antecipar esse movimento, o atual trinco do FC Porto impede com facilidade (através da falta ou do desarme) que o adversário explore o desposicionamento da nossa equipa. Ou seja, é preciso ter disponibilidade física e mental para estar 90 minutos de jogo apenas a controlar e a antecipar os movimentos adversários. Defour (o mais sério substituto de Fernando) terá essa disponibilidade? Talvez não, pois é um jogador com “pouco nervo”, menos esclarecido no desarme e que raramente tem o foco nas virtudes do adversário. Ainda assim, o belga oferece outras soluções: melhor visão periférica e qualidade de passe no primeiro momento da transição defesa-ataque. E quem sabe se não será fundamental atribuir-lhe uma nova responsabilidade, levando-o a sentir-se cada vez mais importante no «onze». 
Talvez não se deva dramatizar tanto esta diferente abordagem ao jogo do jogador da ‘posição 6’. O que se perde numas coisas, pode ganhar-se noutras. E a verdade é que nunca vimos Defour comprometer. É uma boa base para começar!

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