segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O campeão segue compacto e seguro


Vítor Pereira foi pertinente no lançamento do ‘clássico’: o treinador do FC Porto preferiu alertar para a imprevisibilidade que um ‘clássico’ sempre envolve do que chamar a atenção para os defeitos e virtudes do nosso adversário (teria de abordar mais defeitos do que virtudes, o que poderia trazer alguma sobranceria à equipa do FC Porto). Esse discurso serviu para manter a equipa mobilizada e focada na importância do jogo.
A abordagem acabou por fazer toda a diferença, principalmente nos primeiros 20 minutos de jogo. É que se os jogadores do FC Porto tivessem interiorizado que este Sporting tem mais defeitos do que virtudes, dificilmente teriam sufocado o adversário nos primeiros minutos de jogo.
E este era um ‘clássico’ muito traiçoeiro para o FC Porto, pois nunca é fácil abordar um jogo deste tipo com o estatuto de super-favorito. Mas o FC Porto soube ser humilde (nunca hesitou em baixar as linhas quando a isso foi obrigado) e inteligente (imprimiu um ritmo forte nos primeiros minutos, fase em que o Sporting ainda não estava organizado). Apesar de a equipa ter acusado a saída de Maicon (já é o melhor central do campeonato!), o FC Porto conseguiu manter um bloco coeso e compacto.
Só é pena que o segundo golo do FC Porto tenha surgido de grande-penalidade, isso só vai servir para alimentar aqueles porno-debates televisivos sobre arbitragem. Nós preferimos destacar o jogo colectivo e compacto que o FC Porto neste momento exibe, o melhor do campeonato nesse particular. 

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