segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A «foto do dia» - “Soccer from the Shoulder”

Hoje voltamos a recordar Tommy Docherty, mais um dos conceituados técnicos estrangeiros que não foram capazes de interromper a privação de títulos que o FC Porto viveu durante o segundo maior jejum da sua história (nenhum campeonato nacional conquistado entre 1959 e 1978).
Este simpático e afável técnico escocês orientou o FC Porto durante a época 1970/71. No entanto, a sua passagem pelo nosso país foi curta, pois os maus resultados e a impaciência dos dirigentes (o FC Porto estava sensivelmente a meio daquela “seca” de 19 anos sem vencer o campeonato) acabaram por ditar o afastamento de Docherty ainda antes do final do campeonato.
Em cima, recuperámos a capa de “Soccer from the Shoulder”, um livro que resume o pequeno ciclo que Tommy Docherty viveu, no início da sua carreira enquanto jogador, ao serviço de 3 clubes britânicos: o Celtic de Glasgow, o Preston e o Arsenal (na capa do livro, Docherty surge com a camisola do clube londrino).

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Descomprimir!

Depois de ter atingido o clímax no jogo da semana passada, frente ao Benfica, o FC Porto corria agora o risco de ficar com poucos estímulos para o jogo frente ao Portimonense. Tal como tínhamos alertado a meio da semana anterior, o verdadeiro trabalho de André Villas-Boas ia começar agora. É preciso gerir o deslumbramento e alguma falta de motivação resultante da confortável vantagem pontual na tabela classificativa.
Nestas circunstâncias, o Portimonense até acabou por ser o adversário ideal para o FC Porto retomar a sua impressionante série de invencibilidade na Liga. Os algarvios correm muito, mas são algo desorganizados a defender e não possuem nenhum jogador que assuma e “agarre” no jogo a meio-campo. A irreverência dos jovens Candeias e Ivanildo nem chegou a fazer cócegas ao preguiçoso FC Porto de ontem. Com mais esta vitória, o FC Porto eleva a sua relação entre golos marcados e sofridos para um interessante ‘score’ de 27-4. Sendo agora esse o primeiro critério de desempate entre dois clubes igualados na tabela classificativa, isso significa que o FC Porto terá de perder 11 pontos para ser arredado do primeiro lugar. Excelente “almofada”!
Uma comparação: por esta mesma altura da época passada, o ‘FC Porto de Jesualdo’ estava a 5 pontos do primeiro classificado, já tinha sido derrotado duas vezes e apresentava um ‘score’ de 21-9 entre golos marcados e sofridos. Ou seja, menos 6 golos marcados e mais 5 sofridos!
Isto significa que o FC Porto de Villas-Boas já ganhou legitimidade para nos oferecer uma exibição menos exuberante como a de ontem.
Positivo (+):
- o golo de Walter (o avançado brasileiro continua um pouquinho pesado, mas tem respondido com golos sempre que é chamado a substituir Falcão);
- Belluschi e Ruben Micael: foram eles a resgatar o jogo da monotonia, descobrindo linhas de passe onde outros só viam pernas do adversário;
- poucos treinadores na Europa revelam tanta confiança nos habituais suplente como Villas-Boas tem revelado (o treinador do FC Porto dá-se ao luxo de não forçar a utilização de jogadores como Sapunaru, Maicon e Falcão);
- apesar do exibição menos conseguida, o FC Porto manteve a baliza inviolável (estamos a falar da defesa menos batida dos melhores campeonatos europeus!);
Negativo (-):
- a numerosa presença de público no Dragão (mais de 40 mil espectadores) merecia mais golos e uma postura mais séria e assertiva por parte da equipa;
- o ritmo médio/baixo que o FC Porto imprimiu durante todo o jogo fez com que a incerteza no resultado se prolongasse até aos… 89 minutos!;

«Curiosidades FCP» - A carreira do Flávio

Continuamos a recordar ex-jogadores do FC Porto que deixaram saudades nos adeptos. Hoje, recordamos a carreira de Flávio, o craque brasileiro que representou o FC Porto no início da década de 70 (chegou às Antas no início da época 1971/72).
Este avançado foi contratado ao Fluminense por 2375 contos, um valor exorbitante para a época mas que o FC Porto não hesitou em suportar como forma de responder à cada vez maior influência que Eusébio assumia no futebol português e no «onze» do nosso maior rival.
Apesar de não ter conseguido conquistar qualquer título com a camisola do FC Porto, Flávio acabaria por formar com Abel uma dupla de avançados que permanece na memória de muitos portistas.
Segundo uma edição especial da revista brasileira ‘Placar’,«Flávio é o oitavo maior goleador do mundo, com 1070 golos marcados durante toda a sua carreira».
Aqui ficam duas listas, uma com curiosidades sobre o Flávio e outra com todos os clubes que este fantástico ‘artilheiro’ brasileiro representou ao longo da sua carreira:
- Foi campeão gaúcho pelo Internacional de Porto Alegre em 1961;
- É um dos maiores goleadores da história do Corinthians, com 166 golos;
- Foi o melhor marcador do campeonato carioca de 1969 pelo Fluminense (é o quarto maior goleador da história do clube);
- Foi o melhor marcador do FC Porto em 1971/72 e 1972/73;
- Foi campeão brasileiro pelo Internacional de Porto Alegre em 1975;
- Foi o melhor marcador do campeonato brasileiro de 1975;
- Realizou vários jogos ao lado de Pelé como titular na Selecção brasileira;
Clubes que Flávio representou:
1961 - 1964: Internacional de Porto Alegre
1965 - 1969: Corinthians
1969 - 1970: Fluminense
1971 - 1974: FC Porto
1974 - 1976: Internacional de Porto Alegre
1976 - 1977: Pelotas
1977 - 1978: Santos
1978 - 1979: Figueirense
1979 - 1980: Brasília
Em cima, recuperámos algumas fotos que registam a passagem de Flávio por alguns dos clubes mais conceituados que representou durante a sua carreira: Corinthians (1ª foto), FC Porto (2ª foto) e Internacional de Porto Alegre (3ª foto).

A «foto do dia» - Um bilhete da época 1993/94

Como esta semana não há competições europeias, em vez de um ingresso de um jogo europeu recuperamos uma espécie de ‘Lugar Anual’ do antigo Estádio das Antas. Este ‘camarote’ deu acesso a todos os jogos do campeonato nacional 1993/94.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O ‘tiki-taka’ e o gerir do deslumbramento

Primeiro o ‘tiki-taka’: é evidente que este FC Porto tem muitas semelhanças com as equipas que ao longo das últimas décadas melhor conjugavam os resultados e o espectáculo (‘FC Porto de Mourinho’ e ‘FC Porto de Artur Jorge’). Na pré-época, escrevi aqui que os princípios de jogo de Villas-Boas seriam ideais para potenciar um meio-campo formado por Fernando, Moutinho e Belluschi (ou Ruben Micael). Na altura, ‘meio a brincar-meio a sério’, lembro-me de ter falado no ‘tiki-taka’, expressão que os espanhóis celebrizaram e que caracteriza o actual modelo de jogo do Barcelona e da Selecção espanhola. É claro que (ainda) é excessivo comparar o futebol do ‘FC Porto de Villas-Boas’ com o do ‘Barcelona de Guardiola’ (não o é se soubermos medir as exigências e salvaguardar as devidas proporções entre a liga espanhola e a portuguesa). O FC Porto até tem Hulk,… mas o ‘Barça tem Messi… E o FC Porto tem Moutinho e Belluschi… Mas o ‘Barça’ tem Xavi e Iniesta…
A certeza é que este futebol curto e de bola na relva encanta a crítica e o público. Um pequeno aparte: se Jesualdo Ferreira fez um trabalho fantástico com jogadores como Hulk, Falcão ou Álvaro Pereira, também é justo reconhecermos que Villas-Boas tem sabido potenciar as qualidades de jogadores como Sapunaru, Belluschi ou Maicon. E ainda não percebemos o motivo pelo qual o nosso maior rival continua a lamentar a saída de dois jogadores (Dí Maria e Ramires) quando o FC Porto perdeu dois alicerces do ‘tetra’: Bruno Alves e Raul Meireles. Que culpa tem o FC Porto que os seus adversários em Portugal não o consigam acompanhar?
Agora o deslumbramento: ok, este FC Porto joga muito à bola, mas agora fica a sensação que a montanha já foi escalada, pelo menos até à próxima fase da Liga Europa, ou seja, vem aí o trabalho mais difícil para Villas-Boas: saber gerir este momentâneo deslumbramento causado pela precoce qualificação para a fase seguinte da Liga Europa, pela estrondosa vitória sobre o Benfica e pelos 10 pontos de vantagem sobre o(s) segundo(s) classificado(s) da Liga.
É aí que entra a Liga Europa, que pode muito bem ser o estímulo que manterá o FC Porto desperto e alerta no campeonato. Aliás, quanto mais cedo chegar a fase de eliminatórias melhor. Este ‘super FC Porto’ vai precisar depressa de adversários europeus que o obriguem a crescer e a dar cada vez mais importância aos pequenos detalhes. Após este primeiro terço da época, abre-se agora um novo ciclo para o ‘FC Porto de Villas-Boas’. É a difícil fase de gestão do sucesso e das expectativas de quem só lá mais para a frente voltará a encontrar adversários que o coloquem verdadeiramente à prova.
Em cima, nas fotos, recuperámos mais alguns momentos da noite assombrosa do Dragão.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Com o Benfica às cavalitas!

Vamos começar pelo fim: há um ano atrás, por esta mesma altura, Jorge Jesus saiu de Alvalade (11ª jornada) com um empate (0-0), resultado que foi pretexto para o actual treinador do Benfica dizer que o Sporting ficava definitivamente afastado da luta pelo título (o Benfica saiu de Alvalade com uma vantagem de 11 pontos sobre o Sporting). Assim, foi com alguma surpresa que agora o ouvimos dizer que os 10 pontos de desvantagem para o FC Porto «são recuperáveis pois ainda estamos no primeiro terço do campeonato». Enfim, para Jesus 1 ponto faz toda a diferença!
Para o Benfica, esta derrota (a 7ª da época!) traz-lhe ainda mais inconvenientes na sua luta pela “verdade desportiva” (seja lá o que isso for!). Liderar a tabela dos comunicados emitidos começa a ser insuficiente para quem ostenta o maior orçamento de sempre para o Futebol.
E no final, quando questionado sobre se o FC Porto foi melhor que o Benfica, Jorge Jesus preferiu refugiar-se na noite imparável de Hulk. Ó Jesus, deixa-te de tangas, este FC Porto joga muito à bola. Ponto final!
Conclusão: o futebol (e a táctica, pois Villas-Boas voltou a ser mais astuto que Jorge Jesus) venceu a propaganda e a tagarelice.
Nota: hoje nem vou fazer destaques pela positiva e negativa (isso fica para meio da semana). Este foi o meu ‘post’ mais curto no rescaldo de um jogo do FC Porto. Há muito pouco para dizer, jogámos futebol TOTAL e o Benfica levou um banho de bola.

«Curiosidades FCP» - Os ‘clássicos’ em 1977/78

Em semana de FC Porto-Benfica, recuamos aos dois ‘clássicos’ que foram fundamentais na atribuição do título em 1977/78, época que coincidiu com o quebrar do nosso maior jejum no que à conquista de campeonatos diz respeito.
Em cima, recuperamos uma foto histórica. O protagonista é o brasileiro Ademir, aqui a celebrar um golo que ainda hoje muitos portistas consideram ser um dos mais importantes da história do clube. Um golo que permitiu ao FC Porto empatar (1-1) esse ‘clássico’ disputado nas Antas e manter o comando isolado de um campeonato que viria a vencer com recurso ao ‘goal-average’.
A segunda foto também é relativa à mesma época, mas ao ‘clássico’ disputado no Estádio da Luz, ainda durante a 1ª volta do campeonato. Nesse jogo, o ‘FC Porto de Pedroto’ conseguiu sair ileso da Luz e logo aí ganhar uma ligeira vantagem sobre o ‘Benfica de John Mortimore’.
Na foto, vemos Simões e Gabriel a realizarem um autêntico bloqueio ao benfiquista Nené. O empate (0-0) que se registou no final da partida permitiu ao FC Porto manter uma curta vantagem sobre o Benfica. Curiosamente, o nosso maior rival acabaria por terminar esse campeonato sem qualquer derrota, não conseguindo, ainda assim, ser campeão.

A «foto do dia» - Um dos primeiros cartões de sócio

Hoje recordamos um dos primeiros cartões de sócio (frente e verso) da história do FC Porto. Um objecto que remonta ao início do século XX (anos 20) mas que, em termos de formato e estética, não é assim tão diferente dos cartões de sócio que são utilizados actualmente. A maior diferença reside no facto de na altura os dados do associado (nome e nº de sócio) e a assinatura do presidente da direcção ainda serem escritos à mão.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Voltamos dentro de momentos

Está a ser uma semana algo atípica no Dragão. Não é estranho um jogo frente ao nosso maior concorrente na fase de grupos da Liga Europa ser relegado para segundo plano? É! Pelo menos até Cristian Rodriguez cometer um disparate e deixar a equipa algo assustada com a superioridade numérica dos turcos. Ou seja, um jogo que estava a ser relativamente tranquilo e de ritmo médio/baixo, como convinha ao FC Porto, passou a ser tenso e electrizante. Salvou-se o ‘objectivo qualificação’, mas o FC Porto desgastou-se mais do que aquilo que Villas-Boas pretenderia.
Ontem, o FC Porto abdicou de alguns habituais titulares de forma a gerir o momento mais excitante da época. No próximo Domingo, frente ao Benfica, não estarão apenas 3 pontos em jogo. Para o FC Porto de Villas-Boas, o ‘clássico’ é uma espécie de último teste no seu até agora imaculado caminho de afirmação. Ainda assim, garantir já ontem o apuramento para a fase seguinte da Liga Europa foi uma formalidade que o FC Porto não quis deixar de cumprir.
Julgamos que Bernd Schuster não estava a fazer ‘bluff’ quando, na recepção ao FC Porto, confessou que o Besiktas iria tentar qualificar-se em segundo lugar do grupo. Não tem apenas a ver com a actual diferença de potencial entre as duas equipas, mas sim com a consolidação do FC Porto desde o início da década de 80, altura em que Schuster vestia a camisola do Barcelona e connosco se cruzou. Mais uma vez, confirma-se que é no estrangeiro que o FC Porto continua a ser mais respeitado e reconhecido.
Agora, segue-se o tão ansiado ‘clássico’. Um jogo que o ‘FC Porto de Villas-Boas’ vai querer vencer (mesmo que um empate também nos deixe numa situação confortável) e, ao mesmo tempo, desfrutar. Ou seja, é pouco provável que no Domingo venhamos a encontrar um FC Porto demasiado mecânico e muito focado no resultado. Esta equipa já nos mostrou que os jogos são para ser abordados de forma descomplexada e desinibida. O Benfica que se prepare, pois este FC Porto gosta de se divertir e entreter o público!
Positivo (+):
- Falcão: desgastou-se imenso, mas a sua persistência foi premiada com uma grande-penalidade “cavada” pelo próprio;
- Hulk confirmou o grande momento de forma que atravessa, mas Villas-Boas "castigou-o" com a substituição depois da sobranceria que o ‘Incrível’ revelou num lance (a melhor jogada da noite!) que podia ter dado o segundo golo ao FC Porto;
- a raça e o empenhamento de Fucile voltam a deixar dúvidas sobre qual o lateral direito a utilizar frente ao Benfica;
Negativo (-):
- Cristian Rodriguez: sente-se que neste momento é um jogador algo irritado com a sua condição de suplente, mas foi a sua expulsão (que o próprio provocou!) que virou o jogo do avesso;
- a aposta em Guarín para a ‘posição 6’ (o colombiano é um “animal” que não pode estar “enjaulado” em tão curto raio de acção);
- notou-se que os níveis de concentração e de agressividade dos jogadores do FC Porto diminuíram, o que se deveu, naturalmente, à aproximação do jogo com o Benfica;

A «foto do dia» - Basileia a ‘preto-e-branco’

Em semana de Liga Europa, recuamos à nossa primeira presença numa final europeia com uma foto a ‘preto-e-branco’ da final de Basileia (vitória da Juventus, por 2-1). Os protagonistas são Vermelhinho (FC Porto) e Sergio Brio (Juventus), um conceituado defesa italiano que representou a «Vecchia Signora» durante mais de uma década, tornando-se um dos poucos jogadores italianos a vencer todas as competições da UEFA.

«Curiosidades FCP» - O bilhete do Partizan de Belgrado - FC Porto, Liga dos Campeões 2003/04

Mais um bilhete de um jogo europeu do FC Porto. Desta vez recuamos apenas 7 anos para recuperarmos o ingresso relativo ao primeiro jogo da caminhada que nos levou até Gelsenkirchen. Foi no Estádio Partizana, em Belgrado, que o ‘FC Porto de Mourinho’ iniciou a longa aventura na edição de 2003/04 da ‘Champions’.
Apesar de ter marcado primeiro, por intermédio de Costinha, aos 22 minutos, o FC Porto traria apenas um ponto da sua visita a Belgrado, isto porque Delibasic igualou a partida aos 54 minutos de jogo.
Nesse mesmo dia, o Real Madrid venceu (4-2) o Marselha no outro jogo do Grupo F.

«Curiosidades FCP» - Zico e Juary

Voltamos a dedicar um ‘post’ ao suplente mais famoso da história do FC Porto. Desta vez recuperamos uma foto de Juary ao lado do conceituado Zico. Os dois brasileiros cruzaram-se no ‘Calcio’ durante a época 1983/84, Juary ao serviço do Ascoli (o brasileiro mudou-se para as Antas dois anos depois) e Zico vestindo a camisola da Udinese.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nem a chuva pára o FC Porto!

Desta vez resolvi fazer algo diferente. Como me atrasei a fazer o rescaldo do Académica-FC Porto (o jogo foi Sábado à noite e no Domingo não tive tempo de dar um saltinho à blogosfera), optei por fazer um breve resumo daquilo que foi escrito sobre o jogo noutros ‘blogs’ portistas que tenho por hábito visitar. Aqui ficam algumas opiniões e respectivos endereços na ‘net’ (nota: tomei a iniciativa de retirar apenas alguns excertos sobre aquilo que achei mais relevante):
«… A segunda homenagem, é aos adeptos do FC Porto que estiveram em Coimbra e em especial às claques. Com um tempo terrível, abalaram, aos milhares, até à cidade do Mondego e durante os 90 minutos não se calaram no apoio à equipa. Como portista só tenho que lhes agradecer - escusam de vir os puritanos, os certinhos, com a conversa do costume, que às vezes as claques fazem isto e mais aquilo. Nessas alturas merecem críticas, mas na maioria das vezes, como foi o caso de ontem, merecem fortes elogios. Com eles o FC Porto nunca caminhará sozinho.»
http://dragaodoente.blogspot.com/
«Nas bancadas despidas (apenas 8000 adeptos) já se perspectivava que o jogo ia ser interrompido, mas o árbitro não entendeu assim e achou que era possível jogar naquelas condições. Desta forma só num lance fortuito ou de bola parada o resultado podia ser alterado. À passagem dos 40 minutos nova carga de água se abateu em Coimbra e o relvado (que ia apresentando algumas melhorias) voltou a piorar… não havia nada a fazer, este jogo era para ser disputado na raça. Com o final do jogo notou-se claramente no semblante dos jogadores e treinador do FC Porto que não se tinham ganho apenas 3 pontos.»
http://reflexaoportista.blogspot.com/
«E um jogo sem futebol decide-se na garra e na sorte. Estando apenas um dos factores em discussão, em garra goleámos! Grande demonstração de vontade! O destino tem trazido ao FC Porto de Villas Boas os mais difíceis testes. Mas seja a jogar com 10 elementos, seja a jogar num pântano a equipa responde da mesma maneira: É para ganhar! E assim foi, apesar de algum azar e falta de tranquilidade na finalização. Escusávamos de ter de ler na capa de um certo jornal que fomos salvos pela barra. É óbvio que quem viu o jogo percebe que foi a Académica que foi salva pelas condições do terreno, pelo poste no penalti de Moutinho, pela lesão de Fernando e pelos falhanços de Hulk e Falcao. Mesmo sem futebol lutámos e merecemos vencer. Sem espinhas!»
http://basculacao.blogspot.com/
«Um golaço de Varela também pareceu saído de um jogo normal. Mas não foi. Normal só mesmo a vitória do FC Porto. Normal de novo a cretinice dos tvi's de ocasião, que fazem e desfazem ao longo do jogo, ensinam e estimulam, descrêem e acreditam, desfalecem e arrebitam, dão vitórias como certas (como em Guimarães...) e derrotas como garantidas até tudo ficar preso pelo fio da imponderabilidade, acrescida de condições inclementes de chuva e campo alagado, favorecendo ressaltos e trambolhões e até espicaçando a subjectividade do árbitro.»
http://portistasdebancada.blogspot.com/
«Do jogo de ontem, há a elogiar a excelente atitude da equipa, combativa, guerreira, a lutar contra as adversidades de uma forma incrível e com grande espírito de entreajuda! Salientar nomes pode parecer injusto, pelo brilhante contributo de todos os jogadores. No entanto, não consigo deixar de evocar um nome que, não só neste jogo, mas em grande parte da época, tem sido um autentico “playmaker” da equipa com imensa classe e categoria. Um autentico “mágico”, que trata a bola com uma delicadeza e técnica invulgares. Depois de uma época intermitente e muitas “embirrações” de Jesualdo Ferreira, Beluschi está a tornar-se, do meu humilde ponto de vista, um dos jogadores mais importantes da “máquina ofensiva” de AVB! Que classe do argentino!»
http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
«O FC Porto procurou manter a bola longe da sua baliza, o que conseguiu na grande maioria do tempo jogado e apesar de tudo ainda foi a equipa que mais fez para ganhar o encontro.
Silvestre Varela decidiu o jogo ao marcar um belo golo, num remate à meia volta que traiu o guarda-redes contrário. Uma verdadeira pedrada no charco.Vitória trabalhosa, desgastante mas justíssima face ao volume de oportunidades criadas.
Sobre o jogo nada mais vale a pena acrescentar. Vale a pena é denunciar o péssimo trabalho da TVI, que não foi capaz de fazer uma transmissão decente, que nem as más condições climatéricas atenuam. À estupidez habitual dos comentadores de serviço juntou-se a incompetência técnica! Haja paciência!»
http://dragaopentacampeao2.blogspot.com/

«Curiosidades FCP» - A transferência de Seninho para o Cosmos

Recentemente recuperámos aqui uma foto de Seninho, o ex-avançado do FC Porto eternamente recordado por aqueles dois preciosos golos marcados em Old Trafford (derrota do FC Porto, por 5-2) que nos permitiram ultrapassar o Manchester United depois daquela sensacional vitória nas Antas, por 4-0, em eliminatória da extinta Taça dos Vencedores das Taças.
Hoje, recordamos a transferência de Seninho para o Cosmos, de Nova Iorque, e recuperamos duas fotos (na última surge de costas, com o nº 11 e o nome estampados na camisola) do ex-jogador do FC Porto com a camisola deste histórico clube da liga norte-americana.
Seninho rumou aos Estados Unidos no final dos anos 70 e já depois de se ter sagrado campeão nacional com o ‘FC Porto de Pedroto’, em 1977/78 (marcou 4 golos nessa histórica caminhada que nos levou ao título). Aqui ficam alguns excertos de uma entrevista que o ex-avançado do FC Porto concedeu à imprensa portuguesa:
«Em muitos livros e muitas reportagens, dizem que era o António Oliveira que era para ir para o Cosmos de Nova Iorque - e isso é verdade - mas eles já andavam de olho em mim. Viram-me nesse jogo (da Taça das Taças, frente ao Manchester United) e em mais 4 ou 5 e acabaram por escolher-me. Até vieram a Portugal certificar-se das minhas potencialidades. Mas, das cinco ou seis vezes que vieram, quiseram também avaliar o meu carácter, já que ia para uma equipa com 12 nacionalidades diferentes. E isso, há 30 anos, não era fácil. Primeiro tinha de estar o grupo, a equipa, e só depois os jogadores.»
Aquando da entrevista sobre a sua saída para o Cosmos, Seninho aproveitou também para recordar os dois históricos golos que marcou em Old Trafford: «No primeiro, fiz uma arrancada, driblei dois ou três adversários e rematei com o pé esquerdo. Como estava a chover ligeiramente, a bola ganhou muita velocidade quando bateu na relva e o guarda-redes não teve hipótese.» Já no segundo, o decisivo, tudo foi diferente: «Há um lançamento do Octávio, domino a bola, consigo deitar o guarda-redes e como tinha pouca posição, tentei enquadrar-me com a baliza, já que estavam dois adversários em cima da linha. Depois, enfiei a bola no buraco. O ambiente no estádio era de doidos. Os cânticos dos adeptos ingleses faziam estremecer o solo, mas quando peguei na bola e deitei o guarda-redes, ficou um silêncio arrepiante, até ao momento do golo. Inesquecível», confessou.

«Curiosidades FCP» - Madjer e o Racing Club de Paris

É um dos ex-jogadores do FC Porto a quem o ‘Paixão pelo Porto’ mais ‘posts’ tem dedicado. Falamos de Rabah Madjer, o argelino do calcanhar de Viena.
Hoje, recuperamos um ‘cromo’ que retrata a sua passagem pelo Racing Club de Paris, clube que Madjer representou entre 1983 e 1985 (antes de chegar ao FC Porto ainda jogou noutro clube francês, o Tours).
Uma curiosidade: no Racing, Madjer foi orientado por Victor Zvunka, histórico treinador francês que recentemente foi despedido do comando técnico da Naval.

A «foto do dia» - Gomes e Falcão

Esta é daquelas fotos que nem necessitava de comentários. Foi um dos momentos mais marcantes da cerimónia de entrega dos Dragões de Ouro: Falcão a receber das mãos do eterno nº 9 do FC Porto um merecidíssimo Dragão d’Ouro. A confirmá-lo estão as palavras que Pinto da Costa lhe dedicou na cerimónia da passada Quarta-feira, em Espinho: «Posso dizer-te o que já te disse no final de vários jogos. Tenho uma grande admiração por ti. Não só pelos golos, mas pela forma como trabalhas para os outros». Justo!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Máquina oleada!

Continua a nossa saga de invencibilidade. No entanto, desta vez o FC Porto não se limitou a vencer o jogo e a ser melhor que o seu adversário: fez questão de oferecer aos adeptos uma exibição de gala. Neste momento, este FC Porto é uma máquina a jorrar bom futebol. Uma locomotiva a andar demasiado depressa. É o TGV de Villas-Boas!
Três meses depois do início da época o FC Porto tem praticamente estabilizado o seu método de jogo e intérpretes. Aliás, neste momento existe apenas um lugar no «onze» que coloca dúvidas a Villas-Boas: o lateral-direito (a saída de Belluschi do «onze» terá apenas a ver com alguma rotatividade). Actualmente, o treinador do FC Porto tem necessidade de optar entre a dinâmica e velocidade de Fucile, e a consistência táctica e jogo mais posicional de Sapunaru (talvez consoante o esquema e as características do adversário, pelo menos enquanto nenhum dos dois se afirmar). Esta estabilidade que o FC Porto tem revelado parece estar para durar, ou seja, fica a sensação que a equipa não vai ficar abalada pela provável perda de pontos que, num futuro mais ou menos próximo, irá sofrer. Mas será pouco provável vermos este FC Porto entrar num mini-ciclo de maus resultados. Esta não é uma equipa de fogachos nem de ‘bons começos’.
A estrutura do FC Porto soube ler e interpretar o 3º lugar da época passada e responder de forma agressiva e assertiva à “ousadia” do ‘Benfica de Jesus’. Era necessário um novo discurso e uma nova forma de abordar os jogos que, reconheçamos, nos surpreendeu pela rapidez com que foi colocada em prática. Excelente trabalho!
Agora, antes da recepção ao Benfica, o TGV vai passar por Coimbra. Vamos lá ver se a consistente e motivadíssima ‘Académica de Jorge Costa’ consegue travar o comboio de Villas-Boas.
Positivo (+):
- a exibição do FC Porto: empolgante!
- Hulk e Falcão: ontem, a cumplicidade entre os dois atingiu níveis estratosféricos; Paixão pelo jogo, entrega, golos, assistências,… Enfim, partiram tudo! (nota: será exagerado dizermos que Hulk tem o mesmo ADN de Ronaldo e Messi?);
- mais um jogo brutal de João Moutinho (corre, defende, ataca, desarma, remata,… e nunca se cansa!);
- o futebol adornado de Ruben Micael (parece que joga de pantufas) foi muito útil no jogo de ontem;
- a excelente coordenação defensiva do FC Porto (perdemos a conta ao nº de vezes que os avançados da U. Leiria caíram em situação de fora-de-jogo);
Negativo (-):
- é difícil falar de algo negativo numa exibição quase perfeita do FC Porto, ainda assim destacamos dois detalhes: a exibição algo confusa de Fucile e a falta de serenidade que Fernando (fez um excelente jogo!) revelou no lance da grande-penalidade;

«Curiosidades FCP» - Oliveira e Pedroto

Nas «Curiosidades FCP» recordamos dois dos principais protagonistas do bi-campeonato que o FC Porto conquistou no final da década de 70. António Oliveira e José Maria Pedroto foram ambos fundamentais no quebrar daquele longo jejum de 19 anos que o FC Porto passou sem vencer o campeonato nacional.
O ex-avançado do FC Porto foi mesmo um dos jogadores em quem Pedroto mais confiou durante aquelas duas históricas edições do campeonato nacional, a prová-lo está o facto de Oliveira ter sido utilizado em todos os jogos (30) no campeonato de 1977/78 e de ter sido nomeado ‘capitão’ de equipa na edição do ano seguinte, em 1978/79.

A «foto do dia» - Vasili Kulkov

Hoje, na «foto do dia», recordamos o russo que, juntamente com o seu compatriota Sergei Yuran, formou a dupla que foi protagonista da transferência sensação do Verão de 1994 na liga portuguesa, ao trocar o Benfica pelo FC Porto.
Kulkov representou o FC Porto apenas durante uma época, o tempo suficiente para se sagrar campeão nacional e formar ao lado de Emerson uma extraordinária dupla no meio-campo do ‘FC Porto de Bobby Robson’.

«Curiosidades FCP» - Pavilhão Américo de Sá

Deixamos o universo do Futebol para recuperarmos uma foto do velhinho Pavilhão Américo de Sá, local onde actuavam as equipas de Voleibol, Basquetebol, Andebol e Hóquei em Patins do FC Porto antes da demolição do antigo Estádio das Antas.
O ‘Américo de Sá’ chegou a comportar mais de 5 mil pessoas e tornou-se mítico depois das muitas tardes/noites de glória que ali se viveram, principalmente no Hóquei em Patins.
Esta histórica infra-estrutura foi demolida em Janeiro de 2001 e só recentemente foi substituída pelo belíssimo ‘Dragão Caixa’ (ou ‘Dragãozinho’, como se deveria chamar não fossem os sempre inevitáveis interesses comerciais).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O FC Porto diverte e diverte-se!

Desde logo devemos começar por reconhecer que este Besiktas não é tão organizado como aquela equipa que defrontou o FC Porto na Liga dos Campeões, em 2007/08. Ainda assim, não é fácil para ninguém vencer no Estádio Inonu. Ou seja, independentemente das circunstâncias em que o FC Porto defrontou os turcos (têm alguns jogadores lesionados e as coisas não lhes têm corrido bem no campeonato), há que valorizar a nossa vitória. Um triunfo construído com aquilo que o FC Porto de Villas-Boas tem apresentado de melhor nesta época:
- postura agressiva na recuperação da bola, pressão alta e saída para o ataque em posse e com critério (na 1ª parte);
- excelente postura e organização táctica, e ainda melhor ocupação do espaço (na 2ª parte);
Quanto ao Besiktas, tentou explorar a actual (e talvez única) insuficiência deste ‘FC Porto de Villas-Boas’: o ‘um-contra-um’ sobre os laterais e as bolas colocadas nas costas dos mesmos (ontem, os turcos beneficiaram de um estranho alheamento do jogo de Álvaro Pereira).
Apesar das 3 boas exibições que até agora realizou na Liga Europa, a verdade é que o FC Porto continua sem ser testado por um “adversário a sério” na Europa. Isso não é mau de todo, pois é sinal que o clube atingiu um determinado estatuto e que esta época estamos fortes. Ou seja, é provável que só numa fase adiantada da competição nos coloquem verdadeiramente à prova.
Com este resultado, o FC Porto quase garante o apuramento e pode agora dar-se ao luxo de fazer descansar alguns dos habituais titulares nos 3 restantes jogos da Liga Europa. Esse é o grande benefício que o FC Porto retirou da vitória de ontem: a possibilidade de agora se concentrar na Liga portuguesa numa altura em que se aproximam jogos com os seus dois maiores rivais na competição. Lá mais prá frente “regressamos” à Liga Europa!
Positivo (+):
- Hulk: marcou 2 golos a jogar sozinho contra toda a defesa do Besiktas (estamos curiosos em saber, durante o próximo Verão, que valores atinge o leilão pelo avançado brasileiro);
- Rolando: é um jogador pouco exuberante, mas ontem foi insuperável no jogo aéreo e começa finalmente a perder alguma discrição e a assumir o comando da defesa;
- o espírito de sacrifício que o FC Porto mostrou na 2ª parte, principalmente dos jogadores a quem foi pedido maior esforço quando a equipa ficou reduzida a 10 jogadores: Fernando, Belluschi, Moutinho e Cristian Rodriguez;
- a fantástica atmosfera que os adeptos do Besiktas constroem no seu estádio empolga o clube da casa mas também motiva os adversários;
- notou-se que o FC Porto estava preparado para a eventualidade de ficar reduzido a 10 jogadores, um novo cenário trabalhado no Olival por André Villas-Boas;
Negativo (-):
- a ausência de Quaresma acabou por retirar ao jogo alguma carga emocional;
- o árbitro: invalidou um golo legal a Falcão e deixou vários cartões por mostrar aos turcos;
- será que o esforço físico da 2ª parte terá consequências no jogo com a U. Leiria?

«Curiosidades FCP» - Fernando Gomes e a Selecção

Aproveitando os recentes jogos que Portugal disputou na fase de qualificação para o ‘Euro 2012’, recordamos a difícil relação que Fernando Gomes manteve com os golos sempre que vestiu a camisola da Selecção portuguesa.
Gomes estreou-se pela primeira vez na Selecção a 9 de Março de 1975. No total, o mítico ponta-de-lança do FC Porto realizou 48 partidas pela Selecção. Uma quantidade de jogos que ao serviço do FC Porto lhe teria permitido ostentar uma média apreciável de ‘golos por jogo’ mas que com a camisola da Selecção não lhe permitiu ir além dos 13 golos marcados.
Esse reduzido ‘score’ é ainda hoje um dos grandes enigmas do futebol português e da Selecção nacional, que talvez possa ser explicado com o deficiente aproveitamento que os sucessivos seleccionadores nacionais tiraram das características do Bi-Bota d’Ouro.
Apesar do menor protagonismo que Gomes assumiu na Selecção, o eterno ponta-de-lança do FC Porto esteve presente em duas importantes competições ao nível de Selecções: o ‘Euro 84’, disputado em França, e o ‘México 86’.

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - Hamburgo, Taça UEFA 1975/76

Continuamos a recordar ingressos relativos a jogos do FC Porto nas competições europeias. Desta vez, recuamos a uma das primeiras participações do FC Porto na extinta Taça UEFA com o bilhete que deu acesso ao FC Porto - Hamburgo, da 3ª eliminatória da Taça UEFA 1975/76. Um ingresso que custou a módica quantia de 60$ (sessenta escudos!).
Nessa edição da competição, o FC Porto começou por eliminar o Avenir Beggen (Luxemburgo) e o Dundee United (Escócia), encontrando os alemães do Hamburgo na 3ª eliminatória. Esse era um FC Porto orientado pelo sérvio Branko Stankovic e comandado em campo por Teofilo Cubillas e, na altura, pelos ainda jovens António Oliveira e Fernando Gomes.
Na 1ª mão, o FC Porto foi derrotado na Alemanha por 2-0 (Alfredo Murça, aos 15’ na p.b., e Volkert, aos 89’) e viu desde logo reduzidas as expectativas para o encontro da 2ª mão (2-1), disputado nas Antas a 10 de Dezembro de 1975. Apesar do Hamburgo ter sentenciado a eliminatória logo aos 29 minutos, com um golo de Reimann, o FC Porto daria a volta ao jogo com golos de Júlio, aos 31’, e Teofilo Cubillas, aos 72’.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Já temos alternativa a Falcão!

Apesar da menor motivação que estes jogos da Taça provocam nos jogadores, a competição tem a virtude de ser uma prova onde as equipas se apresentam quase sempre descomplexadas e com poucas preocupações defensivas. Ou seja, é sempre uma oportunidade de ver muitos golos e futebol desinibido.
Ontem, mais do que o resultado (seria um terramoto se este FC Porto fosse eliminado pelo Limianos) o que nos despertava mais interesse no jogo eram algumas curiosidades: - confirmar os elevados índices de motivação e a plena integração de Otamendi; - avaliar o potencial do colombiano James ‘menino prodígio’ Rodriguez; - ver o comportamento de Sereno depois de algumas comprometedoras ‘gaffes’ de pré-época; - confirmar a maior disponibilidade física e mental de jogadores como Walter e Rúben Micael;
Algo surpreendentemente, o modesto e frágil Limianos apresentou-se bem posicionado em campo e quis sempre jogar, uma postura positiva e que lhe valeu um golo para mais tarde recordar.
No FC Porto, foi a irreverência dos mais jovens que ajudou a garantir a festa da Taça. A grande novidade acabou mesmo por ser a “chegada” do ponta-de-lança. Três meses depois do início da época, Walter confirmou ser alternativa a Falcão.
Agora, segue-se uma sequência de jogos um pouco mais exigente para o FC Porto, que defronta 3 equipas bem posicionadas na tabela da Liga portuguesa (U. Leiria, Académica e Benfica) e o seu mais directo, e mais forte, adversário na fase de grupos da Liga Europa (Besiktas).
Positivo (+):
- Walter está agora bem mais identificado com o espírito do FC Porto de Villas-Boas (no final, reconheceu que não é vergonha nenhuma ser suplente de Falcão, uma afirmação altruísta e que jogará a seu favor no futuro);
- Hulk joga sempre motivado, quer o adversário se chame Limianos ou Barcelona;
- foram os jovens Castro, Ukra e James Rodriguez que na 2ª parte resgataram o jogo da monotonia;
- a númerosa presença de público (o FC Porto aderiu ao espírito da Taça e colocou os bilhetes a preços super-acessíveis);
- as conferência de imprensa de Villas-Boas continuam a ser uma mais-valia no prestígio e imagem do clube (além de falar ao coração dos adeptos, o actual treinador do FC Porto também utiliza um vocabulário rico e cativante na antevisão e no rescaldo dos jogos);
Negativo (-):
- Ruben Micael ainda está longe dos níveis de intensidade necessários para roubar um lugar no «onze» a um dos seus dois concorrentes directos: Belluschi e/ou Moutinho;

«Curiosidades FCP» - A despedida de ‘Jardigol’

Hoje prestamos um pequeno tributo a Mário Jardel, que recentemente não perdeu a oportunidade de se deslocar a Sófia para ver o FC Porto jogar frente ao CSKA. No final dessa partida, ‘Jardigol’ confessou ter estado à conversa com Pinto da Costa sobre a possibilidade de lhe ser oferecido um jogo de despedida da carreira de jogador no Estádio do Dragão.
«Quero agradecer a toda a direcção do FC Porto pela recepção que me proporcionaram aqui. Em Dezembro vou conversar com o clube para fazer o meu jogo de despedida e quem sabe no futuro trabalhar para o FC Porto. Era um sonho meu voltar ao clube, pela minha história com aquela camisola», confessou no final do FC Porto-CSKA de Sófia.
Para além do sonho de ficar ligado ao clube, Jardel recebeu a garantia que iria ter uma despedida no Porto. «Hoje eu estou bem, por isso vamos deixar o tempo falar, mas para já é seguro que o presidente Pinto da Costa deu o ‘ok’ à minha despedida no Estádio do Dragão com os meus amigos». Está para breve o regresso de Jardel ao Dragão.