O regresso do FC Porto ao
Dragão, depois da vitória (também por 4-0) frente ao Vit. Guimarães, ficou
marcado por mais uma exibição segura e, aqui e ali, entusiasmante. Se recuarmos
a Setembro de 2011, chegamos facilmente à conclusão que este FC Porto joga
melhor futebol do que há um ano atrás. E há outro ‘upgrade’ em relação à época passada: este ano parece
haver mais “fome de golos” nestes jogos de dificuldade média-baixa. Um óptimo
sintoma! Ainda assim, nota-se neste
momento que o ataque é o único sector onde há menos rotinas e entendimento. Compreensível,
pois há 2 jogadores (Kléber e Iturbe) que chegaram o ano passado ao clube e
outros dois (Jackson e Atsu) que só chegaram esta época. Ou seja, sobram apenas
Varela e James com ‘mais anos de FC Porto’. Se a isso juntarmos uma média de
idades relativamente baixa (22 anos) destes 6 jogadores disponíveis para o
ataque, chegamos à conclusão que Vítor Pereira pode vir a ter aqui um problema.
Em caso de lesões ou
castigos, teremos sempre de recorrer a 3 jovens jogadores (Iturbe, Kléber ou
Atsu) com pouca experiência a este nível. Ou seja, se na defesa e no meio-campo
parece haver alguma harmonia entre o nº de jogadores disponíveis e a maturidade
que se exige a quem joga no FC Porto, no ataque a baixa média de idades pode tornar-se
um ‘handicap’. E não é apenas esse item a influenciar neste momento o ataque do
FC Porto. Nota-se que também falta cumplicidade entre alguns jogadores. James
Rodriguez e Jackson Martinez formam neste momento o único elo de cumplicidade
que existe entre os 6 jogadores que Vítor Pereira dispõe para o ataque
(compreensível, pois são ambos colombianos e já se conheciam da Selecção). Ou
seja, vamos precisar de tempo para que todos os outros criem rotinas. Até lá,
vamos sendo suportados pelos excelentes alicerces (guarda-redes, defesa e
meio-campo) que o FC Porto providenciou para 2012/13 e pela.... cultura de vitória!
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