quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O dia seguinte


Depois da pausa para os jogos da seleção e do fecho definitivo do mercado, é tempo de fazermos uma breve reflexão sobre as consequências de tudo isto. O grande drama é este: os chamados grandes, nacionais, precisam de faturar uns milhões largos para se manterem à tona de água, alimentar toda a entourage que gravita à sua volta e continuarem competitivos e vitoriosos. Não se estranha por isso, que as cláusulas de rescisão sejam vistas com uma espécie de garantia, que nalguns casos dão escassa margem de manobra aos clubes para negociarem, mas que à partida nunca serão batidas na totalidade. Foi o que aconteceu com a venda de Hulk, do ponto de vista desportivo foi uma mau negócio, financeiramente, como já dissemos, foi o possível, no entanto há algo que devemos dar por adquirido: o clube vai continuar a ganhar, já assim foi no passado quando saíram jogadores carismáticos e vai com toda a certeza ser assim no futuro. O facto de a transferência ter acontecido depois do fecho do mercado em Portugal, impossibilitou os dirigentes da SAD portista de encontrarem um substituto, o que à primeira vista não é mau de todo. Não será muito fácil descobrir um jogador com as características do Incrível, primeiro porque não abundam e segundo porque os que há são inacessíveis para um clube da dimensão do nosso. Posto isto, se a venda de Hulk para o Zenit tem acontecido mais cedo, muito provavelmente seria contratado alguém para o seu lugar que seguramente não poderia dar as mesmas garantias. Assim até janeiro a contratação de um novo jogador vai depender muito do que Vítor Pereira consiga fazer com o plantel de que dispõe, pode muito bem acontecer que não seja necessário que tal suceda. Numa opinião muito pessoal, diria que o sucesso desta época passa muito por aquilo que o treinador azul e branco consiga extrair de um naipe de jovens jogadores sedentos de afirmação. Uma boa notícia: a continuidade de João Moutinho, de alma e coração no clube, que se afigura, na minha modesta opinião, mais importante do que a saída de Hulk. O reaparecimento de Varela no jogo de Portugal merece também um registo positivo, perfilando-se como um dos candidatos ao lugar em aberto na frente de ataque portista.
Amândio Rodrigues

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro Ricardo,

Se desejar, envio-lhe uma fotografia do jogo "Estreia na UEFA - 1956", de Bilbau.

João Moreira

Anónimo disse...

Força...

Anónimo disse...

Caro Ricardo,

Indique-me o e-mail para a enviar como anexo.

João Moreira