segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Preparar o futuro e hipotecar o presente!

Esta pode muito bem ter sido uma das jornadas mais importantes da Liga. Foi por isso surpreendente que o FC Porto tenha abordado o ‘clássico’ de forma algo passiva: esperando pelo adversário e jogando para o ‘pontinho’. Este jogo marcava a terceira tentativa de afirmação do FC Porto 2011/12 depois dos empates com Benfica e Zenit. E a pressão que o FC Porto enfrentava até era ‘saudável’, pois a vitória deixava-nos na frente da Liga e de auto-estima reforçada. Voltámos a não convencer!
Noutras circunstâncias, com um Sporting verdadeiramente candidato ao título e com o FC Porto isolado no 1º lugar da Liga, o empate até seria um bom resultado. Mas só nessas circunstâncias. Esperemos que isto não tenha sido o ‘click’ que faltava ao Benfica para assumir definitivamente o comando do campeonato….
O que estava em causa não era a nossa possível descida ao 2º lugar da Liga (qualquer que fosse o resultado do ‘clássico’ de Alvalade, o FC Porto ficaria sempre a depender de si próprio para chegar ao título), mas sim a capacidade do FC Porto dar um sinal aos adeptos e aos adversários que, independentemente da época algo atípica, continuava a ser autoritário no campeonato.
Seis meses depois do início da época continua a não haver qualquer cumplicidade e entendimento entre os homens que formam o ataque do FC Porto. Hulk está deslocado, enquanto que Cristian Rodriguez e Djalma, apesar de bons profissionais, são incapazes de um ‘golpe de asa’ que leve a equipa ao golo. Não se entende a demora no lançamento definitivo de jovens como James Rodriguez, Kléber ou Iturbe. Está-se a preparar o futuro e a hipotecar o presente!

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