Apesar de terem chegado ao FC Porto vindos de dois clubes históricos do futebol mundial (Inter de Milão e River Plate), os argentinos ainda não convenceram totalmente a super-exigente massa adepta portista.
É curioso que, quando jogavam na Argentina, foram ambos colegas de outros dois argentinos que reencontraram no FC Porto. Farías foi companheiro de Lucho Gonzalez, no River Plate, enquanto que Mariano Gonzalez foi colega de Lisandro Lopez, no Racing de Avellaneda. Actualmente, passam ambos pelo seu melhor momento desde que chegaram ao FC Porto. A maior utilização e os golos que têm conseguido marcar também têm contribuído para a maior confiança que têm revelado.
Mariano faz, em Maio, 28 anos, enquanto que Farías completa, no mesmo mês, 29 anos. Assim, vai ser difícl a SAD efectuar mais valias com a venda dos seus passes. Ou seja, a alternativa passa mesmo por convencerem Jesualdo a mantê-los no plantel para amortizarem os seus passes com mais alguns golos e boas exibições.
Farías é um caso curioso. O ponta-de-lança argentino foi, ao serviço do Estudiantes, o melhor marcador do 'Torneo Apertura 2003'. No total, Farías apontou 96 golos em 205 jogos ao serviço deste histórico clube argentino.
Então, o que tem faltado a 'Farígol'? Essencialmente, tempo de jogo e um sistema que se adapte melhor ás suas características. Farías não é o jogador ideal para acompanhar as transições rápidas do FC Porto, mas é muito útil quando a equipa precisa de furar barreiras defensivas muito densas. O ponta-de-lança argentino tem-se revelado uma óptima alternativa a Hulk e tem sido um suplente (quase) perfeito. Mais útil que Adriano? Nunca vamos saber, mas foi mais caro que o ponta-de-lança brasileiro que Jesualdo nunca apreciou. Os 4 milhões de euros que o FC Porto pagou pelo seu passe têm mesmo que ser correspondidos com alguns golos. Vamos lá ver se, até final da época, 'Farígol' nos consegue convencer definitivamente.
Mariano Gonzalez é um caso diferente. Continuo a pensar que, face ao seu peso excessivo, vai ser difícil jogar com regularidade num clube como o FC Porto. Jesualdo tem confiança ilimitada nas suas capacidades, mas o médio argentino tem sido apenas útil, o que é pouco para o valor (aproximadamente 3 milhões de euros) que o FC Porto despendeu com o seu passe.
Mariano é um jogador esforçado e generoso, mas que depende demasiado da (pouca) convicção que, por vezes, parece ter no seu próprio valor. Da falta de confiança do treinador é que o médio argentino não se pode queixar!Estamos curiosos para ver a atitude e rendimento destes dois argentinos até final da época. É neste momento difícil (mas ao mesmo tempo excitante, pela proximidade da conquista do título), em que a equipa se vê privada de dois jogadores fundamentais (Hulk e Lucho), que melhor poderemos avaliar a postura de alguns jogadores. Será que Mariano e Farías vão correr pelo tetra?

Actualmente, o FC Porto é o 6º clube europeu com mais presenças na final da prova (ex-aequo com Manchester United e Real Madrid). O AC Milan é o primeiro clube desta lista, com 7 presenças. Seguem-se Barcelona (6), Liverpool (6), Bayern de Munique (4), Ajax (4), FC Porto (3), Manchester United (3) e Real Madrid (3). 


No FC Porto, Gabriel venceu 2 Campeonatos nacionais, 1 Taça de Portugal e 2 Supertaças Cândido de Oliveira. Apesar de não ter sido um defesa goleador, durante os anos em que representou o FC Porto marcou 5 golos no campeonato nacional, estreando-se a marcar na época 1977/78. A nível europeu, merece destaque o golo que marcou ao Colónia, na 1ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças, época 1977/78. Foi Gabriel a igualar o jogo de Colónia, quando, aos 60 minutos, marcou o primeiro golo do FC Porto nessa partida (2-2 no final, com Octávio a igualar novamente o jogo, aos 69'). O FC Porto garantiu a qualificação para a 2ª eliminatória depois de vencer os alemães, nas Antas, por 1-0 (golo de Alfredo Murça). Depois da conquista dos títulos, Gabriel ainda chegou a ser nomeado 'capitão' de equipa (sucedeu a Rodolfo). O antigo lateral-direito do FC Porto viu ser-lhe atribuída a braçadeira de 'capitão' no reinado de Hermann Stessl, durante a época 1981/82. Na época seguinte, Gabriel já esteve na 'sombra' de João Pinto, tendo realizado apenas 8 jogos. Era altura de outro quarteto defensivo marcar a história recente do clube: João Pinto, Eurico, Lima Pereira e Inácio.
Com 29 anos, e face à ascensão de João Pinto, Gabriel optou por abandonar o clube, pois já não teria possibilidades de jogar com regularidade. Ainda assim, continuou a representar outro grande do futebol português, o Sporting. Gabriel chegou a Alvalade no início da época 1983/84. Apesar de não ter vencido nenhum troféu ao serviço dos 'leões', permaneceu em Alvalade durante 4 épocas. bv4q.jpg)

A derrota acabou por surgiu ao quinto confronto com os holandeses. Depois de ter saído invicto nos dois jogos que realizou no antigo Estádio De Meer, o FC Porto, de Fernando Santos, foi derrotado no novo ArenA de Amesterdão, por 2-1 (Rudy aos 57', Zahovic aos 69' e Litmanen aos 86'), em jogo da 2ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões 1998/99.
A partir dessa altura, e em cada clube que representava, sucediam-se as alcunhas. No Parma, a sua farta cabeleira valeu-lhe a alcunha de 'Sansone' (Sansão), enquanto que no Barcelona foi apelidado de 'Tarzan de Camp Nou'. No entanto, foi em Itália que melhor o caracterizaram, ao atribuirem-lhe a alcunha de 'Il Dolce Gladiatore' (O Doce Gladiador), pois ao perfil rebelde e de constante atrito com os adversários juntava um comportamento cordial para com colegas e adeptos. 

Além do historial de visitas do United nos ser favorável, há mais dois dados que alimentam o nosso nervoso miudinho: o FC Porto nunca perdeu em casa com equipas inglesas (já venceu o Wolverhampton, o Arsenal, o Manchester United e o Chelsea) e, sempre que atingiu as meias-finais de uma competição europeia, só por uma vez não chegou à final. Foi em 1993/94, quando foi derrotado (3-0) pelo Barcelona nas meias-finais da Liga dos Campeões. Em todas as outras ocasiões o FC Porto atingiu a Final. Foi assim em 1983/84, quando eliminou o Shakhtar Donetsk nos Quartos-de-final da Taça das Taças. Em 1986/87, quando afastou o Brondby nos Quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Em 2002/03, quando eliminou o Panathinaikos nos Quartos-de-final da Taça UEFA e, em 2003/04, quando afastou o Lyon, também nos Quartos-de-final da Liga dos Campeões.
Ou seja, em 5 presenças nas meias-finais, o FC Porto apurou-se para 4 finais e só foi derrotado numa delas (em Basileia, frente à Juventus). Maldita história que ainda nos faz ficar mais ansiosos! 


Quanto à generalidade da imprensa inglesa (mal habituada, tal como Alex Ferguson), em vez de dar mérito à exibição do FC Porto optou por criticar o comportamento do Man Utd. Ainda assim, o 'Daily Telegraph' soube reconhecer a superioridade do FC Porto, ao admitir que o United desceu à terra. O título «Down to earth» era acompanhado de uma foto do desolado Wayne Rooney.
Na página dedicada ao jogo, o jornalista presente em Old Trafford alerta o United para o facto de ser necessário fazer história em Portugal, em virtude do FC Porto ainda não ter perdido em casa com nenhuma equipa inglesa: «After a 2-2 draw at Old Trafford in the first leg of their Champions League quarter-final, United may have to make history in Portugal».
Quanto ao 'The Sun', trouxe à capa Adebayor e Wayne Rooney. Este tablóide britânico resumiu bem o que se passou na noite anterior nos dois jogos das equipas inglesas. «Drew it... Blew it», foram assim classificados o empate conseguido pelo Arsenal, em Espanha, e o comprometedor 2-2 do United, frente ao FC Porto.