segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Um carrossel


O jogo deste fim-de-semana, frente ao Marítimo, surgia como um espécie de primeiro tira-teimas em relação ao que o FC Porto fez nos primeiros dois jogos oficiais da época. A exibição escorreita e empolgante na Supertaça contrastou com o confuso e pouco fluído jogo do Bonfim. Reconheça-se ainda assim que nenhuma equipa grande se sente confortável enfrentando um adversário combativo (o Vitória jogou a vida em cada bola dividida!) e num relvado em péssimas condições como o que o FC Porto encontrou em Setúbal (queremos acreditar que os responsáveis do Vitória tudo fizeram para melhorar as condições do terreno de jogo…). O ‘elan’ de ontem foi completamente diferente: estádio cheio, publico entusiasta e um adversário com futebol positivo mas que pouco pode fazer para contrariar o jogo cativante e envolvente do FC Porto (aquelas triângulações no meio-campo adversário são deliciosas!), um carrossel a que faltaram mais golos por, aqui e ali, termos caprichado demasiado na definição do último passe e remate.
O FC Porto (ainda) não é a máquina trituradora que a exibição na Supertaça parecia anunciar mas que há boas vibrações no nosso jogo, lá isso há. Julgamos que desta vez, e ao contrário do que aconteceu na época anterior, o FC Porto não vai querer deixar que o campeonato se decida nos pormenores. 

Futre


Anderlecht - FC Porto (1-0) Playoff da 'Champions' 2000/01


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Exigentes só depois do fecho de mercado


As quase 4 décadas que o FC Porto leva de sucessivas conquistas tornaram-nos adeptos cada vez mais exigentes e menos condescendentes. Isso também se reflete de cada vez que chega um novo treinador. Paulo Fonseca realizou apenas dois jogos oficiais (6 golos marcados e apenas 1 sofrido), no entanto, as suas opções já são dissecadas de forma meticulosa (chega-se ao ponto de questionar o motivo de um jogador que estava no banco não ter entrado 5 ou 10 minutos antes…). Até arriscamos a dizer que treinadores como Pep Guardiola ou Carlo Ancelotti (também chegaram agora a Bayern de Munique e Real Madrid, respetivamente) têm mais condescendência dos adeptos que Paulo Fonseca.
As 3 últimas semanas de Agosto são sempre um período conturbado e condicionado pelo mercado de transferências. Faz todo o sentido que o treinador do FC Porto goze de alguma tolerância por parte dos adeptos nestas primeiras semanas de competição oficial. Seremos mais exigentes e vigilantes depois da data de fecho de mercado. Até lá, o importante será garantir mais duas vitórias (Marítimo e Paços de Ferreira) de forma a iniciarmos o ciclo pós-fecho de mercado (e pós-jogos da Seleção) na frente da Liga. É justo que a qualidade do futebol apresentado pelo FC Porto seja esmiuçada um pouco mais tarde, em Setembro, já com o plantel fechado e jogadores de cabeça limpa. Pra já, concentremo-nos na possibilidade de fazer 9 pontos!    

Madjer e a Intercontinental


O FC Porto na Volta 1934


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Wonderkid


A sempre imprevisível 1ª jornada da Liga acabou por ser generosa para o FC Porto que venceu um jogo confuso e difícil, e viu o maior rival deixar 3 pontos na Madeira.
Foi um FC Porto por vezes demasiado seguro de si (principalmente os defesas, muito pouco práticos) e que teve no relvado um adversário tão complicado como o Vitória. Não serve de atenuante ao jogo menos conseguido do FC Porto, mas julgamos que o mau estado do relvado terá prejudicado mais a equipa que teve menos espaço para jogar. E o FC Porto até estava a fazer (quase) tudo bem até à desatenção que levou ao golo do Vitória. 
Acabou por ser o prodígio Quintero a desbloquear um jogo que o sempre irritante José Mota (sabe que tem tempo de antena garantido sempre que barafusta contra o FC Porto) quis insinuar ter sido decidido pelo árbitro. Não foi, foi o wonderkid a decidir!

Gomes


FC Porto 1985/86


Em cima (da esq. p/ dta): Eurico, Lima Pereira, Fernando Gomes, Inácio, João Pinto e Zé Beto;
Em baixo (da esq. p/ dta): Frasco, Jaime Magalhães, André, Quim e Futre; 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Um modelo fisicamente mais exigente


É uma das primeiras conclusões a tirar do FC Porto 2013/14. Os princípios que Paulo Fonseca pretende impor são muito dinâmicos, mas também exigem mais disponibilidade física aos jogadores. O FC Porto coloca agora mais gente na área do adversário. No entanto, o que pode parecer ameaçador para os adversários também nos vai exigir mais em termos de transição defensiva: os jogadores vão correr mais e ter raios de ação mais largos, um primeiro grande contraste com o futebol mais posicional e disciplinado (e também mais aborrecido!) do FC Porto de Vítor Pereira. Esta época impõe-se uma gestão mais cuidadosa na vertente física. Mas Paulo Fonseca tem uma boa almofada: um plantel mais forte que em 2012/13, o que pode ajudar a estender até Maio este futebol mais vertical e empolgante mas também mais desgastante fisicamente. 

Branco (no Génova)


Cubillas


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Um FC Porto gourmet


Sem qualquer arrogância: isto já começa a ser uma tradição, o Agosto futebolístico abre com a vitória do FC Porto na Supertaça. É claro que este ano as circunstâncias em que chegávamos a Aveiro eram um pouco diferentes. A fasquia estava um pouquinho mais alta em virtude da expectativa gerada pela chegada de Paulo Fonseca e de um possível ‘upgrade’ no futebol apresentado na época passada pelo FC Porto de Vítor Pereira. Fonseca passou o primeiro teste. A comparação será algo prematura, mas o FC Porto foi bem mais entusiasmante ontem do que no jogo da Supertaça da época passada (o adversário também nos pareceu menos bem preparado do que a Académica de Pedro Emanuel). E o FC Porto até jogou melhor do que o resultado final pressupõe. Foi um FC Porto gourmet como há muito não víamos.
A 20ª Supertaça da nossa história é um bom começo de época e permite-nos consolidar a vantagem no número total de títulos conquistados no Futebol. Recordar que a meio da época passada os adeptos (e os responsáveis!) do nosso maior rival estavam convencidos que poderiam igualar o FC Porto. Não só não igualaram, como agora ainda assistem ao alargar da nossa vantagem: 74-69!
A visita a Setúbal, na estreia do campeonato, será bem mais agradável já com um título conquistado. 

O duende verde do Avellino


Mielcarsky


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Oportunidade para uma boa primeira impressão


Amanhã não jogaremos apenas a conquista da Supertaça. Com a expectativa e o entusiasmo que este novo ciclo está a gerar nos adeptos, a exibição e o estilo do ‘FC Porto de Paulo Fonseca’ também vão estar em avaliação.
O jogo apático e pouco alegre (e resolvido apenas no minuto 90!) da Supertaça da época passada, frente à Académica, ainda está na nossa memória, ou seja, mais do que a conquista do troféu, o que mexe com as expectativas dos adeptos portistas é o tipo de futebol que o ‘FC Porto de Paulo Fonseca’ vai apresentar já amanhã. Não haverá uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão. 

Dorival Yustrich


Nº 2


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Quintero e Lucho


A exibição de Juan Quintero no jogo do passado domingo veio baralhar um pouco os planos que Paulo Fonseca tinha para os primeiros jogos oficiais da época. Não sabemos se a opção que o treinador do FC Porto assumiu relativamente ao posicionamento em campo dos jogadores (atribuiu logo no início do estágio as posições a cada um) ainda poderá ser alvo de ajustamentos. Seria saudável se assim fosse, pois Quintero e Lucho Gonzalez (os casos mais evidentes, por agora) poderão vir a ser mais úteis noutros lugares. O colombiano tem cultura tática (a passagem pelo futebol italiano ajudou-o) e pode aproveitar a inconstância que Kelvin e Iturbe ainda revelam, pelo menos até à chegada do provável reforço para as alas.
Quem também pode beneficiar das dificuldades de afirmação de Kelvin e Iturbe é Lucho Gonzalez. ‘El Comandante’ parece ainda não estar assim tão à vontade na ‘posição 10’ (algo natural, pois a sua visão periférica do campo torna-o um perfeito nº 8), mas pode ficar sem concorrente direto se Quintero for ‘desviado’ para a faixa. Vamos lá ver se Lucho ainda vai a tempo de moldar o seu jogo às características de um ‘camisola 10’ ou se Paulo Fonseca será obrigado a recuá-lo no terreno. A passagem pelo banco de suplentes também pode ser equacionada. Mas atenção, ‘El Comandante’ gosta de se sentir útil e importante…. 

Madjer (no Valência)


Gastão e Jaburú


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O importante é levantar a Taça, no sábado


Foram poucas as novidades (uma boa notícia!) na passagem do FC Porto pela Emirates Cup. A equipa continua a conceder poucas oportunidades de golo aos adversários (apenas 2 golos sofridos, e ambos de penalti). É expectável que a defesa continue a ser o grande alicerce do FC Porto em 2013/14. Deve ser uma excelente garantia para um treinador saber que vai começar a trabalhar uma equipa com uma base tão sólida e consistente.
Mas os jogos da Liga portuguesa têm outras particularidades e, tal como o Celta de Vigo provou, o FC Porto pode ainda não estar preparado para tudo. Ainda assim, a pré-época merece nota claramente positiva. Mantiveram-se os hábitos de vitória e Paulo Fonseca conseguiu fazer um trabalho sem contratempos: não houve lesões graves e nenhum jogador deixou o plantel em plena pré-época. Não se pode é dizer que as poucas dúvidas do treinador tenham sido desfeitas nestes dois jogos. Os dois lugares em aberto no «onze» continuam 'tremidos'. Defour está a ser muito pressionado por Josué e Hector Herrera (joga simples e de cabeça levantada), enquanto que Iturbe e Kelvin dividem percentagens de apostas para acompanhar Varela e Jackson no ataque. Sejam quais forem as escolhas, ganhar a Supertaça, com uma exibição mais vistosa do que a realizada há um ano atrás, também em Aveiro, é o nosso próximo objetivo. 

Magalhães


Supertaça 1984/85: FC Porto - Benfica (0-0)


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Os substitutos de James e Moutinho


A uma semana do início das competições oficiais ainda são muitas as dúvidas de Paulo Fonseca relativamente aos jogadores que, teoricamente, serão os substitutos de James e Moutinho. É justo afirmar que estaríamos sempre dependentes do tempo, seria impossível ao treinador do FC Porto encontrar dois substitutos que, logo nos primeiros jogos oficiais, igualassem o nível atingido por James e Moutinho (apesar de o primeiro já ter terminado a época passada algo “desligado”).
O companheiro de Varela e Jackson no ataque sairá do grupo constituído por Kelvin (ainda não encontrou o timing de soltar a bola), Izmailov (lesionado!), Licá (ainda lhe “pesa” a camisola) e Iturbe. Bernard continua a ser apenas um sonho….
Iturbe esteve muito apagado (a equipa também!) com o Celta de Vigo, mas o rendimento do argentino nos jogos anteriores faz-nos acreditar que será ele a fazer companhia a Jackson e Varela no jogo da Supertaça. Não tem a classe nem o discernimento de James, mas tem mais nervo e vontade que o colombiano.
O lugar de Moutinho deverá ser atribuído a Defour (legítimo face ao tempo que leva no Dragão). O belga raramente compromete, mas não tem sido capaz de um ‘golpe de asa’ (progressão com bola, passe de rutura ou remate de longa distância) que leve a equipa ao golo. Toda a gente tem sido tolerante com Defour, mas duvidamos que tivesse tantas oportunidades no «onze» se fosse português e não tivesse custado 6 milhões de euros. Não seria surpreendente se nos próximos jogos Paulo Fonseca optasse por Josué ou Herrera no lugar do belga. Os jogos da Emirates Cup e da Supertaça serão decisivos.

Mly


Rui Barros (entre Zavarov e Laudrup)