sábado, 28 de março de 2009

Mourinho e o FC Porto

É uma relação que podia ser quase perfeita, mas que um momento menos feliz do ex-treinador do FC Porto tornou indiferente para alguns sócios e adeptos do FC Porto (nos quais me incluo!). Uma birra, ainda em pleno relvado de Gelsenkirchen, que o manteve afastado da equipa e que o fez abandonar, voluntariamente, os festejos que se estenderam do Aeroporto Francisco Sá Carneiro ao Estádio do Dragão. Como já tinha tudo acertado com o Chelsea, Mourinho preferiu assumir uma postura individualista, ficando à margem da equipa e criando uma espécie de enigma à volta de si próprio. Uma atitude desagradável e desproporcionada. Essa é uma mancha que alguns adeptos do FC Porto nunca lhe vão perdoar.
A presunção de José Mourinho manteve-se depois de deixar o FC Porto. Logo no ano seguinte, o FC Porto defrontou o Chelsea na Liga dos Campeões e, no jogo do Dragão, venceu os ingleses por 2-1 (golos de Damien Duff, Diego e Benni McCarthy). No final, Mourinho voltou-nos a brindar com a sua arrogância: «Quero voltar a defrontar o FC Porto num jogo... mais a sério!» (nota: quando jogou no Dragão, o Chelsea já estava apurado para os Oitavos-de-final). Quando deixou o FC Porto, Mourinho partiu do princípio que sería mais fácil voltar a ser campeão da Europa se estivesse no comando técnico de clubes como o Chelsea ou o Inter de Milão. Enganou-se! Não só a responsabilidade é maior, como a organização e cultura desses clubes não é tão sólida como aquela que Mourinho encontrou no FC Porto. Algo que o treinador português nunca soube valorizar!
No entanto, Mourinho parece querer esquecer esses tempos e, recentemente, tem insistido em recordar com orgulho a sua passagem pelo FC Porto, sendo de destacar as últimas declarações do treinador português, que garante que aquela equipa do FC Porto, em 2003/04, foi a melhor que já orientou.
Nota-se alguma nostalgia no discurso de Mourinho quando fala do «FC Porto europeu»: "Naquela altura, ninguém sabia quem era aquele treinador que correu que nem um louco pela linha lateral", afirmou Mourinho, recordando o seu memorável festejo quando o FC Porto empatou a um golo em Inglaterra, eliminando o Manchester United na edição de 2003/04 da Champions. Essa foi a última equipa romântica que Mourinho orientou. Que pena aquela birra em Gelsenkirchen!

O «cromo do dia» - Frasco

Recordamos mais um jogador formado nas escolas do Leixões e que, em finais da década de 70, trocou Matosinhos pelas Antas: António Frasco.
António Manuel Frasco Vieira nasceu a 16 de Janeiro de 1955, em Leça da Palmeira. Médio centro de baixa estatura (media apenas 1,68m), Frasco era aquilo que hoje se designa por 'box-to-box', ou seja, um médio-centro que não se limitava ás tarefas defensivas e que, com uma técnica apurada, gostava de auxiliar o ataque.
Sendo exímio na posse de bola, era o típico jogador a que os treinadores recorriam quando pretendiam controlar o jogo e fazer alguma contenção. Frasco era um mestre a esconder a bola!Depois de representar o Leixões durante várias épocas, Frasco chegaría ao FC Porto em 1978/79, acabando por ser, logo na época de estreia nas Antas, um dos jogadores que mais jogos realizou. Tinha 24 anos e foi, ao lado de Costa e Rodolfo, um dos 3 centro campistas mais utilizados por Pedroto na conquista do bicampeonato, em 1978/79.
Apesar do «Mestre», entretanto, ter deixado o clube, Frasco continuaría a ser muito utilizado por Hermann Stessl e, em 1983/84, novamente com Pedroto e António Morais, esteve no «onze» do FC Porto que defrontou a Juventus, em Basileia, na Final da Taça dos Vencedores das Taças. No ano seguinte, voltaría a ser preponderante no meio-campo (com Quim, André e Jaime Magalhães) do FC Porto, aquando do regresso do clube à conquista do campeonato nacional, com Artur Jorge.
Em 1986/87, já com 32 anos, Frasco ainda foi dos mais utilizados na campanha que levou o FC Porto a Viena. Na final, frente ao Bayern de Munique, entrou aos 65 minutos para o lugar de Inácio, numa altura em que o «pressing» sobre os alemães se acentuava. Depois de se sagrar campeão europeu, ainda venceu a Taça Intercontinental e a Supertaça europeia. Em 1987/88, e apesar de ter realizado menos jogos, foi o suplente mais utilizado por Tomislav Ivic. Nessa altura, Jaime Magalhães, Sousa, André e Jaime Pacheco, eram os preferidos do treinador jugoslavo para o meio-campo do FC Porto.
Com 34 anos, Frasco terminaría a sua passagem pelo FC Porto. No final da época 1988/89, sería um dos visados no processo de renovação «pós-Viena». Nessa época, foi utilizado em apenas 4 partidas do campeonato nacional. No entanto, foram 11 épocas consecutivas de azul-e-branco. Sensacional!
Ao serviço do FC Porto, venceu 4 campeonatos nacionais, 2 Taças de Portugal, 4 Supertaças Cândido de Oliveira, 1 Taça dos Campeões Europeus, 1 Supertaça Europeia e 1 Taça Intercontinental. Belo palmarés!
Depois de deixar o FC Porto, ainda regressou ao Leixões para disputar o campeonato nacional da II Divisão Zona Norte. No total, realizou 325 jogos na I Divisão, tendo marcado 22 golos. Frasco também foi internacional por Portugal em 23 ocasiões. No seu curriculo a nível da Selecção, destaca-se a presença no Euro 84, em França.
Depois de terminar a carreira de jogador, foi técnico principal de algumas equipas das divisões secundárias e, actualmente, continua a colaborar com o FC Porto a nível das camadas jovens.
Em cima, a ilustrar o 'post', destaque para duas fotos onde surge o antigo médio do FC Porto. Na última, surge ao lado de Celso e Eduardo Luís, aquando da recente homenagem aos campeões de Viena. E na segunda, surge num «onze» do FC Porto da época 1979/80. Em cima (da esq. p/ dta): Teixeira, Rodolfo, Freitas, Simões, António Oliveira; Fonseca; Em baixo (da esq. p/ dta): Frasco, Fernando Gomes, Bife, Sousa; Alfredo Murça;

A «foto do dia» - O 'miúdo' Luís Oscar González

Sendo, actualmente, o jogador do FC Porto preferido do 'blogger', é natural que 'El Comandante' vá continuando a merecer destaque do 'paixaopeloporto.blogspot.com'.
Hoje recuperamos uma foto que regista a sua passagem pelos escalões de formação do Huracan. Foi neste histórico clube argentino que, aos 14 anos, Luís Oscar González começou a jogar futebol. O actual 'capitão' do FC Porto estreou-se na primeira Liga argentina, com a camisola do Huracan, em Abril de 1999. No entanto, o Huracan foi despromovido e Lucho teria que aguardar mais 2 épocas para chegar a um clube ganhador, o River Plate. Foi no clube de Buenos Aires que conquistou os primeiros títulos. Um hábito que o acompanhou até Portugal, porque o FC Porto foi sempre campeão com Lucho!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Vai renovar?

Se a época terminasse agora, renovava! Mas,.. falta garantir os títulos! Senão reparem, um treinador que é exímio no trabalho semanal, que faz a sua equipa progredir a nível táctico, que tem sabido valorizar os activos da SAD (o trabalho individual, que faz com os jogadores, é notável!), que mantém a equipa competitiva a nível nacional, e que ultrapassou a 'barreira' dos Oitavos-de-final da Champions, não devería ter o seu contrato renovado? Sim, se no final da época continuar a garantir títulos!
A génese do FC Porto é essa, o continuar a ganhar! Não basta ter competência (e Jesualdo tem) para o treinador ficar. Sejamos claros, muito dificilmente Jesualdo verá o seu contrato ser renovado se o FC Porto ficar em segundo lugar do campeonato. No FC Porto não há projectos a médio-prazo, o treinador tem que ganhar sempre!
Apesar de não ser um treinador consensual, na SAD e junto dos adeptos, julgo que Jesualdo Ferreira garantirá a sua continuidade à frente do FC Porto se garantir um de três objectivos:
- vencer a dobradinha (Liga e Taça de Portugal);
- vencer a Liga dos Campeões (e o FC Porto garantir, pelo menos, o 2º lugar do campeonato);
- vencer o campeonato nacional e eliminar o Manchester United;
Ou seja, das 3 hipóteses, duas delas implicam ser campeão nacional e a outra implica ser... campeão europeu!Actualmente, os treinadores dos grandes clubes são avaliados não só pelos resultados desportivos a nível nacional mas também pelos resultados financeiros que resultam de boas participações na milionária Liga dos Campeões. Ou seja, podemos concluir que estes dois factores foram responsáveis pela última renovação de contrato de Jesualdo Ferreira.
No entanto, Jesualdo tem contra si o facto de já estar no Dragão há 3 épocas consecutivas. Só Artur Jorge ficou tanto tempo (6 épocas) como técnico do FC Porto durante a presidência de Pinto da Costa, mas conseguiu-o em duas fases distintas (de 1984/85 a 1986/87 e de 1988/89 a 1990/91). Ou seja, ninguém permaneceu 4 épocas consecutivas!
Uma barreira que Jesualdo Ferreira pode quebrar, porque dificilmente a SAD escolherá outro técnico se o FC Porto for campeão nacional. Se optar por mudar, e saindo Jesualdo como tetra-campeão, a SAD vai deixar o novo treinador com a ingrata tarefa de ter que fazer melhor que o Professor. E aqui, fazer melhor significa ser novamente campeão e chegar ás meias-finais da 'Champions' (se, entretanto, o FC Porto não ultrapassar o Manchester). Ou seja, é provável que tudo vá depender das competições que o FC Porto conseguir conquistar até final da época. Se for campeão nacional, dificilmente Jesualdo sairá do FC Porto.

A «foto do dia» - Antas, anos 50

A «foto do dia» de hoje é um «2 em 1». Recuamos ao início dos anos 50 com duas fotos da zona das Antas. Na primeira, já é visível o campo de treinos que nasceu junto ao Estádio das Antas e que, durante muitos anos, foi utilizado pela equipa principal do FC Porto para treinar e para realizar os habituais exercícios de aquecimento antes de um jogo oficial. Na segunda foto, temos uma excelente vista aérea da zona das Antas, logo após a construção do estádio. Destaque para a longa Av. Fernão de Magalhães e para a, ainda despida, Praça Velasquez (ou Praça Francisco Sá Carneiro). A Praça Velasquez foi (e continua a ser!), durante muitos anos, um local de discussão e de debate da actualidade do clube. É para esta mítica Praça que confluem 3 grandes freguesias da cidade do Porto: Campanha, Bonfim e Paranhos.
A localização do Estádio das Antas foi alvo de muita discussão, tendo na altura havido uma corrente maioritária que pretendia que o novo estádio fosse construído na Fonte da Moura. No entanto, acabou por vingar a 'tese das Antas', em virtude do espaço leste da cidade estar, nessa altura, praticamente despovoado. A construção do estádio começou a ser discutida ainda no início dos anos 30, mas só em 1937 começaram a ser tomadas medidas no sentido de concretizar o objectivo, com a criação de um empréstimo obrigacionista. Dez anos depois foi comprada uma área de 48.000 metros quadrados na zona das Antas. A primeira pedra foi lançada, em acto simbólico, em Dezembro de 1949, tendo a obra começado cerca de um mês depois. Mais tarde, concluiu-se que havería necessidade de comprar mais alguns terrenos adjacentes. Comprados os referidos terrenos, a área total ascendeu aos 63.220 metros quadrados. A capacidade original do estádio era de 44 000 espectadores, distribuídos por três bancadas (duas bancadas superiores e uma bancada central). O lado leste do campo não tinha bancada, sendo chamado de Porta da Maratona.
Mais de 50 anos depois, foi altura do Estádio do Dragão também voltar a dar uma nova vida aquela zona da cidade.

«Curiosidades FCP» - O 'capitão' de vermelho

Hoje recordamos a aventura no estrangeiro de um dos 'capitães' de equipa do FC Porto que mais títulos conquistou (a par de Fernando Gomes, João Pinto e Vítor Baía) em toda a história do clube: Jorge Costa.
O «Bicho», como era conhecido entre os colegas, deixou o FC Porto a meio da época 2001/02 para jogar no Charlton, de Inglaterra. Um atrito com Octávio Machado, a que se juntou o célebre episódio da braçadeira, levaram o 'capitão' rumo a uma aventura inglesa. No entanto, e apesar de ter deixado o seu clube de sempre, continuou a ser um jogador carismático, até para os adeptos do clube britânico, que, carinhosamente, o apelidavam de «The Tank».
No final do contrato de empréstimo, o Charlton tudo fez para accionar a sua cláusula de opção sobre o jogador, mas o FC Porto, e José Mourinho, convidaram-no a regressar ás Antas.Depois de fazer parte da equipa que, além de vários troféus nacionais, conquistou a Taça UEFA, a Liga dos Campeões e a Taça Intercontinetal, Jorge Costa seria novamente afastado do «onze» do FC Porto, desta vez pelo técnico Co Adriaanse. No início da época 2005/06, e apesar de ter afirmado à imprensa (de forma elogiosa) que considerava Jorge Costa o «senhor FC Porto», o holandês deixou claro que não contava com o «eterno capitão» para ser uma das primeiras opções no «onze». Jorge Costa viu-se assim obrigado a deixar o FC Porto pela segunda vez, juntando-se ao ex-companheiro do FC Porto e da Selecção nacional, Sérgio Conceição, no Standard de Liège, clube onde terminou a carreira de futebolista.
Apesar de, recentemente, ter assumido numa entrevista a um diário desportivo que estava arrependido de ter deixado o FC Porto, Jorge Costa será para sempre recordado como um dos rostos mais ambiciosos da história do clube. Um 'winner' (vencedor), como dizem os ingleses!

segunda-feira, 23 de março de 2009

A um passo do Jamor!

Uma vitória (2-0) por dois golos de diferença foi uma boa forma do FC Porto se estrear no novo formato das meias-finais da Taça de Portugal, agora jogadas a duas mãos.
O FC Porto realizou um jogo agradável. Sem deslumbrar mas com fluidez e procurando sempre marcar mais um ou outro golo. Conseguiu-se o essencial: não sofrer golos e garantir uma vantagem confortável para o jogo da 2ª mão. Faltou apenas 'matar' a eliminatória com o 3º golo. De qualquer forma, se o Estrela quiser estar presente no Jamor, terá agora de cometer o feito de vencer o FC Porto por 3-0 (!) ou forçar um prolongamento (se vencer 2-0). Mesmo que o FC Porto se apresente na Amadora com um «onze» composto por jogadores menos utilizados, vai ser tremendamente difícil ao nosso adversário conseguir dar a volta à eliminatória. Mas,... nunca fiando!
Hoje, o FC Porto colocou menos intensidade no seu jogo, mas compensou-nos com interessantes mudanças de ritmo e com mais de meia-dúzia de boas oportunidades de golo.
Nota-se que a equipa está muito confiante e não entra em ansiedade se, num ou noutro lance, a bola não entra na baliza do adversário. A equipa atravessa uma fase em que é paciente e confia em si própria. Sem 'stress'!A prova desse bom momento está bem à vista num jogador como Mariano Gonzalez. O argentino, que muitas vezes se mostrava inseguro quando jogava no Dragão, é agora um jogador confiante e que não se deixa abalar por um ou outro lance menos conseguido. Mariano atravessa o seu melhor momento desde que chegou ao FC Porto, mas vai ser complicado jogar com regularidade se Hulk, Lisandro e Rodriguez continuarem com a 'corda toda'.
O outro destaque individual do jogo de hoje vai para Raúl Meireles. Que grande momento de forma! O 'geómetra' farta-se de 'fazer piscinas' e ainda vai 'lá acima' aplicar a sua temível 'meia-distância'.
Agora, com a interrupção no calendário, é altura de recuperar Fucile para Manchester e recarregar baterias. O FC Porto vai entrar num ciclo com jogos de 3 em 3 dias. São 7 jogos em apenas 22 dias:
4 de Abril: Vit. Guimarães-FC Porto (Liga);
7 de Abril: Manchester United-FC Porto (Champions);
11 de Abril: FC Porto-E. Amadora (Liga);
15 de Abril: FC Porto-Manchester United (Champions);
19 de Abril: Académica-FC Porto (Liga);
22 de Abril: E. Amadora-FC Porto (Taça);
26 de Abril: FC Porto-Vit. Setúbal (Liga);

A «foto do dia» - A 1ª página do 'Record', de 26 de Fevereiro de 2004

Ainda a propósito do sorteio da 'Champions', que colocou novamente o Manchester United no caminho do FC Porto, recuamos à eliminatória de 2003/04 com a 1ª página do jornal 'Record', do dia seguinte ao da vitória do FC Porto sobre os ingleses, no Estádio do Dragão.
'Dragões dão banho de bola a Manchester sem fôlego', titulava o 'Record' no rescaldo do jogo da noite anterior.
Apesar da imprensa, e dos adeptos, recordarem com mais frequência o jogo da 2ª mão, que garantiu o acesso do FC Porto aos Quartos-de-final, foi no jogo do Dragão que o FC Porto mostrou que era de facto superior aos ingleses. Essa partida marcou a melhor exibição do FC Porto nessa edição da 'Champions'. Depois do United inaugurar o marcador (por Fortune, aos 14 minutos), o FC Porto lançou-se numa autêntica corrida contra o tempo, de forma a garantir vantagem para o jogo da 2ª mão.
No entanto, o golo da vitória só chegou muito perto do final do jogo. Depois de Benni McCarthy igualar a partida, ainda na 1ª parte, o FC Porto realizou um segundo tempo de sonho. A superioridade do FC Porto estava a ser tão evidente que, a partir dos 63 minutos, José Mourinho não teve receio em jogar com dois pontas-de-lança (Jankauskas e Benni McCarthy). O golo da vitória chegaría aos 78 minutos!

«Curiosidades FCP» - Cubillas entre Maradona e Pelé

Hoje, no 'paixaopeloporto.blogspot.com', voltamos a recordar um dos jogadores mais esquecidos do nosso futebol, mas que para muitos foi o melhor jogador estrangeiro que já actuou em Portugal: Teófilo Cubillas.
Antes de chegar ao nosso país para vestir a camisola nº 10 do FC Porto, o perúano foi considerado, em 1972, o melhor futebolista a actuar na América do Sul. Uma distinção que teve origem numa escolha feita por vários jornalistas sul-americanos e que tinha o objectivo de promover os jogadores daquele continente. À semelhança do que já acontecia na Europa, onde a 'France-Football' elegía o melhor jogador europeu, também na América do Sul foi criada esta votação, que já premiou outros 'monstros' do futebol sul-americano, como Pelé (Brasil), Maradona (Argentina), Elías Figueroa (Chile) e Enzo Francescoli (Argentina), entre outros.
Esta eleição teve início em 1971, quando Lázaro Candal, cronista do jornal 'El Mundo', decidiu eleger o melhor jogador sul-americano.
Através de uma votação feita por jornalistas de diversos países, a América escolhería o seu melhor futebolista, numa distinção reconhecida pela Federação Internacional de Futebol e pela Confederação Sul-Americana de Futebol.
Em 1972, Cubillas foi eleito através de uma votação que envolveu a participação de 15 jornalistas, e que teve o seguinte resultado final:
1º Teófilo Cubillas (Alianza Lima): 41 pontos
2º Pelé (Santos): 32 pontos
3º Jairzinho (Botafogo): 28 pontos
4º Tostão (Vasco): 16 pontos
5º Ademir da Guia (Palmeiras): 15 pontos
Além de ter sido considerado o melhor jogador sul-americano, Cubillas também foi, nessa mesma época, o melhor marcador da Taça Libertadores. Os golos foram uma aptidão que o perúano continuou a revelar quando chegou ao FC Porto.
Apesar de não ser um avançado, Cubillas tinha facilidade em chegar à área adversária e aplicar o seu forte pontapé, que também utilizava na marcação de livres directos (uma curiosidade: o perúano é o 4º mais bem sucedido marcador de livres directos em Campeonatos do Mundo, atrás de Pelé, David Beckham e Rivelino).
No FC Porto, foi o goleador da equipa em 1975/76, com a sensacional marca de 28 (!) golos marcados (Gomes e Seninho, por exemplo, marcaram apenas 10 golos nessa época).
No entanto, além de ter sido votado o melhor jogador sul-americano em 1972, Cubillas também foi nomeado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) um dos melhores futebolistas sul-americanos de todos os tempos. Esta entidade colocou Cubillas numa lista de 20 jogadores que incluía, entre outros, Pelé (Brasil), Maradona (Argentina), Alfredo di Stefano (Argentina e Colômbia), Mário Kempes (Argentina) e Zico (Brasil).
É pena que, num país como Portugal, onde abundam as referências a Eusébio e aos «cinco violinos», não seja dado o devido destaque ao antigo nº 10 do FC Porto e da Selecção do Perú.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Regressamos a Old Trafford!

Sim, bem sei que os ingleses estão sedentos de uma vingança mas como já lá garantimos duas qualificações europeias, nada nos garante que não haverá 'duas sem três'! Era bonito o FC Porto repetir no 'Teatro dos Sonhos' as eliminatórias de 1977/78, na Taça dos Vencedores das Taças, e de 2003/04, na Liga dos Campeões (em baixo, o bilhete dessa partida). Nessas duas épocas, e apesar de não ter vencido em Old Trafford, o FC Porto eliminou os ingleses depois de vencer nas Antas, por 4-0 (em 1977/78), e no Dragão, por 2-1 (em 2003/04).
É curioso que o Manchester United era considerado favorito em ambas as ocasiões e acabou eliminado. Por isso, nada a temer em nova visita ao 'Teatro dos Sonhos'. Não adianta escolher adversários no sorteio porque as equipas mais fortes chegarão à final!Além do histórico de confrontos entre os dois clubes ser equilibrado (o United eliminou o FC Porto em 1996/97, nos Quartos-de-final da Liga dos Campeões), os títulos internacionais conquistados pelos dois clubes também mostram que os ingleses não são assim tão favoritos. Os dois clubes juntos venceram 13 títulos internacionais (o United venceu 7 e o FC Porto 6). Ou seja, os ingleses possuem apenas mais um título internacional que o FC Porto.
Pessoalmente, preferia que tivesse saído o Liverpool. Não por ser uma equipa menos forte que as outras 3 equipas inglesas presentes no sorteio, mas apenas por ser a única das 'fabulous four' da Premier League (Arsenal, Liverpool, Chelsea e Manchester United) que o FC Porto ainda não venceu no Estádio do Dragão. Depois de vencermos o Manchester United, em 2003/04, e o Chelsea, em 2004/05, ambos por 2-1, derrotámos (2-0) o Arsenal na edição desta época da 'Champions'. Ou seja, fica a faltar a vitória sobre o Liverpool para garantirmos o pleno sobre os 4 grandes de Inglaterra. Fica para uma próxima oportunidade...

PS: a imprensa indígena já começou a tirar mérito à nossa passagem aos Quartos-de-final da Liga dos Campeões 2003/04 ao lembrar que, no jogo de Old Trafford, e antes de Costinha (na foto) igualar a partida, um dos árbitros auxiliares decidiu assinalar um fora-de-jogo inexistente a Paul Scholes, naquele que seria o segundo golo dos ingleses nessa partida. O que se esquecem de referir é que o Manchester, de 'Sir' Alex Ferguson, levou uma autêntica tareia (!) no jogo da 1ª mão. No entanto, os ingleses saíram do Dragão derrotados (2-1) por apenas um golo de diferença, naquela que foi a maior demonstração de força do FC Porto de José Mourinho na caminhada que levou a Gelsenkirchen. Um 'banho de bola' que a imprensa indígena prefere não relembrar.

«Curiosidades FCP» - Rolando, 40 anos depois

Apesar do FC Porto ser uma autêntica escola de defesas centrais, este ano optou por reforçar o centro da defesa no mercado nacional, adquirindo o jovem central Rolando. O ex-jogador do Belenenses chegou ao FC Porto de forma discreta, mas hoje é um parceiro inseparável de Bruno Alves no centro da defesa. Não é habitual uma dupla de centrais ser tão alta (ambos com 1,90m) e, ao mesmo tempo, complementar-se tão bem. Uma bela surpresa no FC Porto 2008/09.
Esta época, e após aquelas 3 derrotas consecutivas, foi Rolando a dar o primeiro grito de revolta quando, aos 70 minutos de jogo, 'desbloqueou' o jogo de Kiev.
Perante a natural afirmação do parceiro de Bruno Alves, somos obrigados a recuar mais de 40 anos e a outro defesa central (também foi utilizado a médio defensivo) de nome 'Rolando', um dos mais saudosos 'capitães' de equipa do FC Porto.
Rolando foi um extraordinário defesa central que representou o FC Porto durante mais de uma década, entre as épocas 1963/64 e 1975/76. O seu perfil de líder depressa deixou marca no balneário, tornando-se uma voz de comando no FC Porto da década de 60 e inicíos dos anos 70.
Apesar de fazer uma dupla fantástica com Bruno Alves, o 'actual' Rolando ainda não atingiu o estatuto que o ex-'capitão' do FC Porto exibia. O 'antigo' Rolando (na foto) foi “apenas” um dos jogadores mais carismáticos de sempre em toda a história do clube.
No entanto, como nessa altura o FC Porto andava afastado dos títulos, Rolando ficaría apenas associado à conquista da Taça de Portugal 1967/68. Uma escassez que esperamos não vir a afectar o 'actual' Rolando.

quarta-feira, 18 de março de 2009

O FC Porto 2008/09 'nasceu' em Kiev

Depois dos ciclos complicados das últimas semanas, é altura de fazermos um balanço do que tem sido, até ao momento, a (excelente) prestação do FC Porto.
Apesar da época ter sido iniciada em pleno Verão, foi no Inverno de Kiev que o FC Porto 2008/09 começou a ganhar vida. Esse jogo, além de ter marcado uma viragem numa série de maus resultados, foi uma injecção de adrenalina na equipa e nos próprios adeptos. Foi como se a época tivesse começado naquele preciso momento, aos 90 minutos de jogo, quando Lucho Gonzalez marcou o golo da vitória (2-1) do FC Porto sobre o Dinamo. Foi nesse jogo, em Kiev, que o FC Porto ganhou convicção sobre o seu próprio valor.Animicamente, a equipa atravessava o pior momento desde o início da época. O FC Porto vinha de duas derrotas para o campeonato (Leixões e Naval) e, na jornada anterior da 'Champions', tinha sido derrotado em casa pelo Dinamo de Kiev. O que fazer depois de 3 derrotas consecutivas? Mudar de treinador ou esperar que a equipa desse a volta? O FC Porto esperou! Afinal, a época estava apenas a começar e o apuramento para os Oitavos-de-final da 'Champions' ficava em aberto se... o FC Porto vencesse em Kiev!
Se bem se recordam, o FC Porto iniciava aí um ciclo de jogos que podia condicionar toda a época. Depois de derrotado por Leixões, Naval e Dinamo de Kiev, o FC Porto deslocava-se à Ucrânia e, 3 dias depois, jogava em Alvalade a continuidade na Taça de Portugal.
Não sabemos o que terá acontecido depois daquelas 3 derrotas mas o que é certo é que o FC Porto só voltou a perder na vulgar Taça da Liga. Uma impressionante série de bons resultados que nos garante o primeiro lugar do campeonato (o FC Porto chegou a ter 7 pontos de atraso para o Benfica!), os Quartos-de-final da 'Champions' e a Meia-final da Taça de Portugal. Notável!
No entanto, o jogo de Kiev não marcou apenas o regresso ás vitórias. Nesse jogo, os jogadores mostraram que estavam, definitivamente, ao lado do treinador. Sabendo que Jesualdo atravessava um momento delicado, os jogadores entraram em campo determinados a vencer o Dinamo. Só uma grande equipa conseguia apresentar aquela postura ambiciosa depois de 3 derrotas consecutivas. Fomos a Kiev resgatar o carácter e a cultura de vitória dos tricampeões!

PS: não resisti a trazer aqui uma declaração de Gaspar Ramos (antigo responsável pelo futebol do Benfica) feita à 'Antena 1': «O Benfica tem vindo a demonstar intranquilidade e irregularidade exibicional, fez um ou outro jogo mais conseguido, nomeadamente com o FC Porto, talvez pela motivação dos jogadores, um pouco ao estilo das equipas pequenas»!

«Curiosidades FCP» - A vitória do Benfica na inauguração do Estádio das Antas

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recuamos a 28 de Maio de 1952 e ao jogo que marcou a inauguração do Estádio das Antas.
A cerimónia de inauguração contou com a presença do General Craveiro Lopes, então Presidente da República, que desceu ao relvado para colocar no estandarte do FC Porto a Medalha de Mérito Desportivo e para passar revista à guarda de honra, formada por um batalhão de milícias da Mocidade Portuguesa. Além do General Craveiro Lopes, a inauguração do estádio contou com outro ilustre convidado, o Benfica! Como foram convidados de honra, os encarnados levaram consigo um troféu (na foto) com 18 quilos de peso, destinado ao vencedor dessa partida.
No entanto, o resultado desse jogo acabou por não ser propriamente o que os portistas desejavam que ficasse associado à inauguração do novo estádio: 2-8! Uma vitória benfiquista que, no dia seguinte, gerou controvérsia na cidade do Porto, pois levantaram-se suspeitas e muito se especulou sobre o possível estado ébrio de alguns jogadores. Quem o confirmou foi Virgílio, o célebre defesa direito do FC Porto e da Selecção Nacional, que, numa entrevista aquando da demolição do estádio, recordou o dia da inauguração: «Disseram que estávamos embriagados, porque tínhamos ido almoçar ao restaurante Abadia. Mas é mentira! Estivemos muito tempo parados, ao sol, a aguardar o final das formalidades da inauguração, enquanto os jogadores do Benfica estavam no balneário e subiram ao relvado frescos. Isso fez a diferença. Nós queríamos muito ganhar, mas nesse dia nada saiu bem».
Apesar da derrota, o sonho de todos os portistas foi transformado em realidade. O FC Porto passava a ter um espaço condizente com o estatuto que, nessa altura, já ostentava. Para Virgílio, o melhor «foi deixar a caixinha de fósforos que era o Campo da Constituição e passar a jogar naquele estádio. Foi como despir um fato de ganga e vestir um fato de gala».
Em cima, a ilustrar o 'post', 3 fotos da inauguração do antigo Estádio das Antas. Na primeira, os benfiquistas Francisco Moreira e Manuel Arsénio (autor do primeiro golo no Estádio das Antas) surgem a transportar o pesado troféu (reparem que se vê o emblema do FC Porto na base) que o Benfica conquistou depois da vitória sobre o FC Porto.
É curioso que, dois anos mais tarde, a 1 de Dezembro de 1954, o FC Porto retribuiu a "gentileza" e também venceu (3-1) na inauguração do Estádio da Luz. Naquele tempo, as relações entre os dois clubes eram tão diferentes que Urgel Horta, Presidente do FC Porto e deputado da Assembleia Nacional, afirmou: «Daqui, do alto da minha tribuna de deputado, velho praticante e dirigente, saúdo o Benfica, apontando-o como exemplo que deve ser imitado e seguido, a bem da Nação». Outros tempos!

O «cromo do dia» - Duda

José Francisco Leandro Filho (Duda) nasceu a 4 de Agosto de 1947, em Maceió (Alagoas). Este antigo avançado do FC Porto foi um dos jogadores que estiveram ligados ao regresso do clube aos títulos, em finais da década de 70.
Duda não era o típico avançado que jogava fixo na área. O brasileiro tinha tendência para descair sobre uma das faixas e, como aliava um bom jogo de cabeça a um forte pontapé, finalizava com facilidade. E era um avançado corajoso!
Duda chegou a Portugal, vindo do Recife (Brasil), para jogar no Vit. Setúbal (em baixo, na foto). Logo na 1ª época ao serviço dos vitorianos, em 1971/72, sagrou-se vice-campeão nacional com José Maria Pedroto. Em Setúbal, jogou ao lado de figuras míticas do Vitória: Carlos Cardoso, Octávio Machado (que reencontrou no FC Porto), Matine, José Torres, Arcanjo e Jacinto João, entre outros. Durante a sua estadia no Bonfim, foi o melhor marcador do Vitória no campeonato nacional durante 3 épocas consecutivas: em 1972/73, em 1973/74 (marcou 24 golos e só foi superado pelo sportinguista Yazalde) e em 1974/75.
Antes de chegar ao FC Porto, Duda ainda representou o Sevilha. No entanto, o seu rendimento em Espanha nunca igualou o nível que atingiu ao serviço do Vitória. Regressaría a Portugal no ano seguinte para jogar no FC Porto.
Logo na 1ª época de azul-e-branco, em 1976/77, venceu a Taça de Portugal e foi o segundo melhor marcador da equipa no campeonato nacional, com 11 golos (ex-aequo com António Oliveira e atrás de Fernando Gomes). Nos dois anos seguintes, seria ainda mais preponderante no bicampeonato que o FC Porto conquistou com José Maria Pedroto. Nesses dois anos, Duda foi, juntamente com Fernando Gomes, António Oliveira e Seninho, um dos avançados mais utilizados pelo «mestre». No campeonato nacional de 1977/78, os quatro juntos marcaram 60 golos!!!
No entanto, e apesar de ter sido fundamental no regresso do FC Porto aos títulos, Duda continua a ser mais recordado por duas noites de sonho em jogos das competições europeias. O avançado do FC Porto foi o maior protagonista de duas célebres eliminatórias que o FC Porto disputou durante esse período, frente ao Manchester United, na Taça das Taças 1977/78, e frente ao AC Milan, na Taça dos Clubes Campeões Europeus 1979/80.
Na Taça das Taças, em 1977/78, o FC Porto, depois de eliminar os alemães do Colónia, defrontou o Manchester United, na 2ª eliminatória. Na 1ª mão, uma vitória por 4-0 (Duda aos 8', Duda aos 24', Duda aos 54' e Oliveira aos 60') surpreendeu os ingleses e a Europa do futebol. Um «hat-trick» de Duda e um golo de António Oliveira deixaram o United praticamente fora dos Quartos-de-final. Depois dos 4-0 das Antas, resistimos ao "dilúvio" de Old Trafford (derrota por 5-2) e seguimos em frente.
O outro grande momento de Duda nas competições europeias ficou guardado para o Estádio San Siro. Depois do 0-0 da 1ª mão, o avançado do FC Porto marcou, ao conceituado Albertosi, o golo que eliminou os italianos da Taça dos Clubes Campeões Europeus 1979/80. O campeoníssimo AC Milan, orientado pelo carismático Nils Liedholm e com Franco Baresi, Walter Novellino, Gianni Rivera, Fabio Capello e Albertino Bigon, entre outros, no plantel, caía aos pés do FC Porto de José Maria Pedroto, naquela que foi a nossa primeira vitória naquele mítico estádio. “Hoje arrancámos para um FC Porto de aura europeia”, foram as primeiras palavras de José Maria Pedroto depois de eliminar os italianos.
Depois disso, Duda ainda jogaría mais uma época no FC Porto, acabando por deixar as Antas em 1980/81 (participou em apenas 10 jogos), numa altura em que o FC Porto era orientado pelo austríaco Hermann Stessl.
Em cima, a ilustrar o 'post', um «onze» do FC Porto da época 1979/80. Em cima (da esq. p/ dta.): Rodolfo, Simões, Lima Pereira, Murça, Romeu e Fonseca; Em baixo (da esq. p/ dta.): Frasco, Gomes, Albertino, Sousa e Duda;

Nota: se alguém souber onde o Duda jogou depois de deixar o FC Porto, faça favor de acrescentar. Não consegui apurar todos os clubes que representou, mas julgo que a meio da década de 80 ainda jogou nas divisões distritais do Porto.

segunda-feira, 16 de março de 2009

20 pontos para o tetra!

A partir de hoje, entramos em contagem decrescente para o tetra! Com a derrota do Benfica, e tendo em conta que o FC Porto tem vantagem no confronto directo com o Sporting, ficam-nos a faltar 20 pontos para a reconquista do campeonato. Com 8 jornadas por disputar, e pressupondo que o Sporting vence todos os seus jogos (pouco provável!), o FC Porto dispõe de uma margem que lhe obriga a vencer apenas 6 partidas até final da Liga. Ou seja, se vencer todos os jogos (4) que tem por disputar no Dragão até final do campeonato, o FC Porto só necessitará de vencer 2 jogos fora de sua casa, isto se não for derrotado nos outros dois. A matemática também dá confiança!
Hoje, as dificuldades que o FC Porto tem sentido para vencer no Dragão foram completamente afastadas por uma exibição autoritária e de bom futebol. É uma pena Lisandro não estar com aquele instinto da época passada porque este FC Porto merecia um ponta-de-lança em forma!Apesar da Naval ter apresentado uma estratégia ambiciosa, querendo jogar no campo todo, a vitória do FC Porto ficou-se mais a dever à alegria que os nossos jogadores colocaram em campo do que à estratégia do adversário. O FC Porto fez 75 minutos de futebol de ataque!
Foi uma vitória (2-0) a que só faltaram mais um ou dois golos. Este FC Porto parece estar muito próximo de atingir aquela fase da época em que uma equipa joga em harmonia e cheia de confiança. E a condição física? Óptima! Depois dos sufocantes 90 minutos de jogo frente ao At. Madrid, a equipa parecia nem ter jogado a meio da semana. Lucho, Meireles e Rodriguez, por exemplo, revelaram uma disponibilidade física impressionante. Este FC Porto demorou a 'atingir o ponto', mas agora está cada vez mais complicado passar-lhe a perna. Até Sapunaru e Mariano Gonzalez, que se sentiam sempre demasiado tensos quando jogavam no Dragão, parecem agora novos jogadores. Mais uma vez, somos obrigados a elogiar o trabalho de casa de Jesualdo Ferreira. O treino diário é a sua maior virtude. Assim, não é de todo precipitado falar-se na renovação do contrato do Professor. No seu 3º ano no Dragão, Jesualdo mantém o FC Porto forte!

«Curiosidades FCP» - A última presença nos 'Quartos'

Com a presença do FC Porto garantida nos Quartos-de-final da 'Champions' 2008/09, recuamos à última presença do clube nesta fase da prova com um bilhete, e uma foto, do jogo frente ao Lyon, relativo à 2ª mão dos Quartos-de-final da Liga dos Campeões 2003/04.
Nessa época, Lyon, Real Madrid, Mónaco, Chelsea, Arsenal, AC Milan e Deportivo da Corunha eram os potenciais adversários do FC Porto nos 'Quartos'. Ditou o sorteio que o FC Porto defrontasse os campeões de França.
Na 1ª mão, disputada no Estádio do Dragão a 23 de Março de 2004, o FC Porto venceu o Lyon por 2-0 (golos de Deco e Ricardo Carvalho). A vantagem conquistada no primeiro jogo prova que o FC Porto de Mourinho era de facto muito forte. Apesar do Lyon se ter apresentado no Dragão com uma das melhores equipas de sempre do futebol francês (Coupet, Edmilson, Essien, Malouda, Diarra, Élber, Luyindula, Govou e Juninho, entre outros, faziam parte do habitual «onze» de Paul Le Guen), o FC Porto ganhou uma surpreendente vantagem de dois golos para o jogo da 2ª mão.Duas semanas depois, a passagem ás meias-finais foi confirmada com um empate (2-2) no Estádio Gerland. Uma noite de sonho para Maniche, que foi o autor dos dois golos do FC Porto, aos 6' e 47'. Os franceses também marcaram por duas vezes, por Luyindula, aos 14', e por Élber, aos 90'. Nessa partida, José Mourinho fez alinhar um «onze» muito idêntico ao que disputou a final, frente ao Mónaco, em Gelsenkirchen. Houve apenas duas alterações em relação ao jogo com o Lyon. Apesar de também terem sido utilizados na final, Benni McCarthy e Alenitchev cederam os seus lugares a, respectivamente, Derlei e Pedro Mendes.
A foto que hoje recuperamos é, precisamente, de um lance em que McCarthy intervém. O ponta-de-lança do FC Porto surge a disputar uma bola com Edmilson, momentos antes do trinco brasileiro ter sido expulso (aos 77 minutos).

quinta-feira, 12 de março de 2009

Mais uma aventura do nosso FC Porto!

Choraram as espanholas e sorriu o Dragão! Depois da epopeia de 2003/04, o FC Porto volta a querer deixar a sua marca na Liga dos Campeões. Agora, vamos lá assumir que queremos estar nas 'Meias'!
Hoje, o clube europeu com mais presenças na prova (já são muitos anos a virar frangos!) fez um jogo tacticamente perfeito. E a nossa segunda-parte? Enormíssima!
O somatório das duas mãos (2-2), acaba por dar a ideia que os espanhóis discutiram a eliminatória. Puro engano! O FC Porto foi sempre superior. 180 minutos por cima!
O respeito que o At. Madrid revelou pelo FC Porto ficou bem demonstrado na opção de deixar Forlan no banco. Abel Resino sabia que, se o FC Porto marcasse primeiro, o Atlético ficaria em posição delicada na eliminatória. Assim, colocou Maxi Rodriguez como médio interior e Pongolle no «onze». O At. Madrid até equilibrou as coisas mas notava-se que, se tivesse que arriscar, ía acabar por ter problemas.
Surpreendentemente, os espanhóis optaram por nunca arriscar, jogando no erro do adversário. O problema é que este FC Porto, quando joga concentrado, 'não vai em cantigas'! O At. Madrid esteve sempre longe da baliza de Helton. O FC Porto controlou e dominou o jogo. Quem joga com aquela alma merece chegar longe!
Apesar de toda a equipa ter feito um jogo equilibrado (Sapunaru fez o seu melhor jogo desde que chegou ao FC Porto), merece destaque o jogão de Raúl Meireles. O 'geómetra' defendeu, atacou, passou, desarmou e... correu 11 quilómetros!
Depois de ter dado alguma iniciativa ao adversário, o FC Porto fez uma segunda-parte perfeita. Com o At. Madrid a ver jogar, sucederam-se os lances de perigo junto da baliza de Leo Franco. A meio da segunda-parte já os espanhóis se mostravam resignados. Hoje ninguém marcava golos ao FC Porto!
Agora, nos Quartos-de-final, não há muito por onde escolher. São 4 equipas inglesas, mais o Bayern, o Barça e... o Villarreal!

PS: depois daquela birra de Mourinho, na final da Liga dos Campeões 2003/04, comecei a desejar que o ex-técnico do FC Porto não voltasse a uma final da 'Champions' (esta época já está fora!). Mourinho nunca soube dar o devido valor à organização e cultura do FC Porto. A maldição de Gelsenkirchen continua!

A «foto do dia» - O elástico Neuer

Num dia em que Leo Franco, o guarda-redes do At. Madrid, tudo fez para roubar ao FC Porto os Quartos-de-final da 'Champions', recuamos apenas 1 ano com o momento em que Neuer, o guarda-redes do Schalke 04, nos barrou a passagem aos Quartos-de-final da Liga dos Campeões 2007/08.
O guarda-redes alemão, além da excelente exibição que realizou durante os 120 minutos de jogo, ainda resolveu, durante as grandes penalidades, desafiar as leis da gravidade! Sensacional elasticidade após remate de Lisandro Lopez.
Apesar do FC Porto ter sido superior ao Schalke, Neuer resolveu guardar para esse dia o seu momento de glória.
Na edição deste ano, não fossem os dois golos marcados pelo FC Porto no Vicente Calderón e o guarda-redes do At. Madrid seria, tal como Neuer, o grande herói dos Oitavos-de-final da 'Champions' 2008/09.

«Curiosidades FCP» - O guarda-redes Dorival Knipel

Hoje recordamos a carreira de futebolista do técnico que foi responsável pela conquista da primeira dobradinha da história do FC Porto: Dorival Yustrich. Com o treinador brasileiro, o FC Porto interrompeu um jejum de 16 anos e, na mesma época (1955/56), venceu o campeonato nacional e a Taça de Portugal.
Mas antes de se tornar um treinador conceituado, Yustrich foi um excelente guarda-redes. Durante as décadas de 30 e 40, o ex-treinador do FC Porto defendeu as cores de dois históricos clubes brasileiros: Flamengo e Vasco da Gama.
Nascido a 28 de Setembro de 1917, Dorival Knipel iniciaría a carreira de futebolista no início dos anos 30.
Com 18 anos, começou por defender as redes do Flamengo, onde jogou até 1944. Foi nessa altura que a imprensa brasileira o baptizou de 'Yustrich', devido ás semelhanças físicas com Juan Elias Yustrich, o célebre guarda-redes argentino do Boca Juniors.
Ao serviço do Flamengo, Yustrich conquistou o campeonato do Rio de Janeiro, em 1939, e o tricampeonato, de 1942 a 1944. No final da época de 1944, transferiu-se para um dos rivais do Flamengo, o Vasco da Gama.
Apesar do menor sucesso obtido ao serviço do Vasco, Yustrich acabaría por ficar ligado à famosa equipa do Vasco, o «Expresso da Vitória», que conquistou vários títulos no final dos anos 40. Depois de deixar o Vasco da Gama, Yustrich ainda representou o América, também do Rio de Janeiro.
Em cima, a ilustrar o 'post', dois «onzes» de Flamengo e Vasco da Gama de, respectivamente, 1942 e 1944. Yustrich é (em ambas as fotos) o terceiro, em cima, a contar da esquerda.

domingo, 8 de março de 2009

Sem vacilar!

Nestas alturas, em que os clubes sentem a pressão dos adversários na tabela classificativa, a atitude e entreajuda de uma equipa são bons critérios para se avaliar o seu carácter e personalidade. Nesse aspecto, o FC Porto não vacilou. Abordou bem o jogo e entrou em campo determinado a marcar mais golos que o adversário. Gostamos de o ver a assumir essa responsabilidade. Sempre à procura do golo!
Mesmo com Lisandro e Rodriguez fora do «onze», o FC Porto manteve aquela agressividade ofensiva que, em jogos fora do Dragão, começa a ser a sua imagem de marca. Com essa atitude, e a jogar fora de casa, o FC Porto é muito forte. Mesmo contra um Leixões a perder gás, a vitória (4-1) de hoje demonstra a firmeza dos tricampeões.
No FC Porto, é de salientar a exibição de Hulk e do trio Fernando-Lucho-Meireles. Não tem sido frequente jogarem os 3 tão bem, mas hoje fizeram-no em simultâneo. Destaque positivo também para os dois centrais. Mais uma exibição sem mácula de Rolando e Bruno Alves. Na nossa Liga, continua a ser difícil marcar golos ao FC Porto!
Se o FC Porto tivesse outras alternativas no banco de suplentes, hoje seria um jogo em que as poderia utilizar sem colocar em causa a liderança do campeonato. Saúde-se, por isso, a recente opção de contratar jogadores portugueses a actuar na nossa Liga. Era altura de mudar de estratégia. Silvestre Varela e Miguel Lopes (está por confirmar o interesse do FC Porto em Beto e Orlando Sá) são óptimas opções para reforçar o plantel. Assim, evita-se o risco de inadaptação dos jogadores e o custo dos seus passes é inferior (em alguns casos em 50%) ao valor pago pelo FC Porto por alguns estrangeiros que adquiriu esta época. Benitez e Sapunaru não servem, Guarín chegou ao FC Porto pesadíssimo e sem ritmo, e Mariano Gonzalez é apenas esforçado. Quanto ao reforço Andrés Madrid, é ainda uma incógnita.
Neste momento, quantos jogadores do banco do FC Porto podem, com eficácia, substituir os habituais titulares? Dois: Stepanov (quando joga concentrado!) e Tomás Costa. Farías, apesar de ser um ponta-de-lança oportuno e com 'faro de golo', é um jogador fisicamente frágil e, aos 28 anos, tem pouca margem para 'crescer'.
Esperemos que os primeiros sinais de desgaste físico (em Lucho, Meireles, Fucile, Lisandro,...) consigam ser camuflados com um ou outro 'remendo' vindo do actual banco de suplentes. Depois da equipa ter consolidado rotinas e automatismos, seria ingrato ver o FC Porto 'morrer na praia'. Pouco provável depois da demonstração de força que deu hoje!

«Curiosidades FCP» - A caminhada do Celtic

Apesar de derrotados pelo FC Porto na final da Taça UEFA 2002/03, os adeptos do Celtic continuam a mostrar grande orgulho na carreira da equipa em todas as eliminatórias que disputaram na competição até se cruzarem com o FC Porto, em Sevilha. Na loja do clube, em Glasgow, e no site do Celtic, na internet, abundam os objectos (DVD's, bandeiras, livros, canecas,...) alusivos ao trajecto dos escoceses na Taça UEFA 2002/03. Recuperamos 3 desses objectos: o DVD 'The Road to Seville' e dois programas não-oficiais (edições piratas) da final de Sevilha.
O Celtic de Glasgow foi o primeiro clube britânico a conquistar a Taça dos Clubes Campeões Europeus. A vitória (2-1) de 1967, frente ao Inter de Milão, em Lisboa, continua a merecer grande destaque por parte do marketing do clube escocês, que mantém na montra vários artigos alusivos à histórica final do Jamor.
Contudo, o trajecto na Taça UEFA 2002/03 foi bem mais complicado que o percurso realizado pelos 'Lisbon Lions' na Taça dos Clubes Campeões Europeus 1966/67. Aliás, se não tivesse sido derrotado pelo FC Porto, em Sevilha, o Celtic teria realizado um percurso brilhante nessa edição da Taça UEFA. Além de terem disputado mais eliminatórias do que em 1966/67, os escoceses ainda tiveram que ultrapassar adversários mais conceituados do que aqueles que defrontaram na Taça dos Clubes Campeões Europeus.
No entanto, e ao contrário do que aconteceu em 2002/03, a vitória do Celtic, em 1966/67, foi conquistada com uma equipa composta apenas por jogadores escoceses. Os 'Lisbon Lions' foram todos formados no 'Celtic Park'!
Quanto aos trajectos do Celtic nessas duas edições das competições europeias, o percurso de 2002/03 continua a merecer maior atenção por parte dos adeptos do clube escocês. Enquanto que, em 1966/67, o Celtic só necessitou de ultrapassar 4 eliminatórias para atingir a final (os escoceses eliminaram o Zurique, o Nantes, o Vojvodina e o Dukla de Praga), em 2002/03, foram obrigados a disputar 6 eliminatórias antes de defrontarem o FC Porto. E que eliminatórias! Depois de afastar o acessível FK Suduva (Lituânia), e ainda antes de defrontar o Boavista nas meias-finais, o Celtic teve que ultrapassar duas equipas da 'Premier League' (Blackburn Rovers e Liverpool), uma equipa da Liga espanhola (Celta de Vigo) e outra da 'Bundesliga' (Estugarda).
Perante os obstáculos que tiveram que superar, é natural que os adeptos do Celtic olhem com orgulho para a campanha da equipa na Taça UEFA 2002/03.

«Curiosidades FCP» - Aloísio, o 'Mr Tackle'

Enquanto que no 'Rugby', e no futebol americano, o 'tackle' (placagem) é descrito como o acto de agarrar e derrubar o adversário, impedindo o mesmo de progredir no terreno, no futebol, a expressão é aplicada quando um jogador, ao deslizar sobre a relva, desarma o seu adversário. Falamos da clássica 'entrada em carrinho'.
Hoje, nas «Curiosidades FCP», recordamos um dos mestres do 'tackle': Aloísio.
O gesto é muito célebre em Inglaterra, onde os jogadores recorrem, frequentemente, a este tipo de desarme para roubar a bola ao adversário. O 'tackle', ou 'desarme em carrinho', é hoje uma autêntica instituição no futebol britânico. Este gesto, com muitos admiradores na 'Premier League', é descrito em Inglaterra como uma aptidão a que o jogador recorre para, deliberadamente, escorregar com umas das pernas sobre a relva e, sem cometer falta, roubar a bola ao opositor.
O ex-defesa central do FC Porto foi, durante muitos anos, um dos grandes mestres do desarme em carrinho. Contudo, Aloísio só começou a recorrer a este tipo de gesto à medida que foi perdendo velocidade. Ou seja, o 'tackle' acaba por também estar relacionado com a experiência que o jogador vai adquirindo e que lhe permite, mesmo perdendo em velocidade para o seu adversário, chegar mais cedo à bola. Um 'timing' de antecipação que Aloísio utilizava com mestria. Apesar de não ser uma das aptidões que o ex-jogador do Barcelona possuía antes de chegar ao FC Porto, o 'tackle' acabou por ser um movimento a que recorreu muitas vezes no final da sua carreira.
Em cima, a ilustrar o 'post', duas fotos que demonstram a habilidade de Aloísio neste tipo de lances. Na primeira, num 'tackle' sobre Giovane Élber, durante o jogo, entre o FC Porto e o Bayern de Munique, da 2ª mão dos Quartos-de-final da Liga dos Campeões 1999/2000. E na segunda, num desarme sobre Luís Figo, durante um clássico, disputado em Alvalade, entre Sporting e FC Porto.

quinta-feira, 5 de março de 2009

E o Basquetebol?

Futebol: 1º classificado. Andebol: 1º classificado. Hóquei em Patins: 1º classificado. Basquetebol: 8º classificado ?! Pois é, para quem acompanha as modalidades de pavilhão, é estranho ver o Basquetebol do FC Porto num modesto 8º lugar da tabela classificativa. Neste momento, até está em causa a presença nos play-off!
Uma das piores épocas de sempre que, num clube com cultura de vitória e habituado a ganhar em todas as frentes, não pode ser encarada apenas como um percalço. Aliás, já em anos anteriores, apesar das coisas não terem corrido tão mal, a organização em torno da secção de Basquetebol não estava a acompanhar a estratégia aplicada ás outras modalidades (Futebol, Hóquei em Patins e Andebol). Trocas constantes de treinadores, falta de liderança, norte-americanos sem valor para jogar no FC Porto,... Enfim, tudo o que o passado vitorioso do FC Porto na modalidade não merecia ver posto em causa.
Nos últimos anos, e apesar do FC Porto ter estado presente em várias finais, já se notava que as coisas não estavam a correr bem. E ainda assim, o FC Porto tem conseguido vencer no Basquetebol: 1 Liga (em 2003/04), 3 Taças de Portugal (em 2003/04, 2005/06 e 2006/07), 2 Taças da Liga (em 2003/04 e 2007/08) e 1 Supertaça (em 2003/04). Contudo, até os técnicos que deixaram o clube depois da conquista de vários troféus (como Luís Magalhães e Alberto Babo, por exemplo) foram críticos na altura de fazer o balanço da sua passagem pelo clube. Esta época, a situação agravou-se porque a falta de liderança, e os conflitos entre os jogadores, estão claramente a dividir o plantel. Nem o técnico Júlio Matos, que trouxe consigo a mística e vários títulos conquistados (como jogador e como treinador nas camadas jovens), tem conseguido unir o plantel.
O que tem faltado ao Basquetebol? Basta olhar para as outras modalidades. Tem faltado liderança e alguém competente que consiga 'fazer a ponte' entre o treinador e a administração.
Fernando Gomes, administrador da SAD do FC Porto e ex-jogador de Basquetebol do clube, tem sido, nos últimos anos, a pessoa que tem acompanhado com mais atenção o Basquetebol do clube. Não colocando em causa as aptidões do actual administrador da SAD do FC Porto, talvez a modalidade merecesse outra atenção e proximidade. Só assim se pode ter alguma estabilidade de forma a garantir que jogadores e treinadores representem o FC Porto durante várias épocas consecutivas (foi dessa forma que se consolidou a hegemonia do FC Porto no Futebol e no Hóquei em Patins). Com este constante 'entra e sai' não vamos lá!
Neste momento, só os mais atentos sabem os nomes dos norte-americanos do FC Porto. A velocidade com que estes jogadores deixam o clube nem sequer nos possibilita reter o seu nome. Chega a haver jogadores de Basquetebol que ficam à experiência durante uma semana! Se no Futebol também fosse assim...
Conclusão: não vale a pena trocar constantemente de treinador e gastar dinheiro com norte-americanos que não acrescentam qualidade ao plantel. Só faz sentido continuar com o Basquetebol se for para ganhar.