segunda-feira, 21 de março de 2011

Preparem os fogos… e a Luz!

Apenas 72 horas depois da batalha frente ao CSKA de Moscovo, o FC Porto voltou às vitórias na Liga. De facto, Villas-Boas tem razão ao dizer que a dinâmica de vitória serve para camuflar o desgaste físico e manter os jogadores motivados. Ainda assim, depois do golo da Académica, o FC Porto conseguiu colocar em campo ritmo e intensidade alta. Se calhar até foi melhor que a ‘Briosa’ tenha marcado primeiro, isso “acordou” um FC Porto que começou por abordar o jogo de forma algo despreocupada.
Agora, segue-se a tão ansiada visita à Luz. Se o Benfica perder pontos no jogo de hoje, o FC Porto garante o título se não perder na Luz. No entanto, se o Benfica vencer em Paços de Ferreira, o FC Porto vai correr maiores riscos no 'clássico', pois vai querer oferecer a vitória aos adeptos e isso pode colocar em causa o ‘manter da invencibilidade’ (há uma grande vontade de terminar a Liga sem derrotas). O melhor é esperar pelo final do jogo da Mata Real…
Positivo (+):
- o ambiente do Estádio do Dragão: cheira a campeão!
- a 2ª parte do FC Porto (os últimos 15 minutos do primeiro tempo já antecipavam aquilo que foram os segundos 45 minutos: um carrossel de futebol de ataque!);
- Guarín voltou a desbloquear o jogo (marcou em força e com a parte de dentro do pé esquerdo: quando há confiança….);
- depois de um curto período (entre Novembro e Fevereiro) em que vários jogadores pareciam estar em défice físico, entramos agora num ciclo em que alguns deles (Fucile, Fernando, Guarín, Varela,…) parecem estar a atingir uma espécie de segundo pico de forma;
- os “amarelados” do FC Porto conseguiram ficar todos disponíveis para a Luz;
- o ‘FC Porto de Villas-Boas’ tem agora o desafio de tentar fazer o que o ‘Benfica de Jesus’ não conseguiu na época passada: a festa do título em casa do maior rival!
Negativo (-):
- a entrada do FC Porto em jogo foi algo aburguesada (30 minutos de ressaca pós-jornada europeia);
- a menor cumplicidade entre Hulk e Falcão (tem havido sempre um pé ou um ressalto a impedir que o entendimento entre os dois resulte em golo);

A «foto do dia» - Américo e Eusébio

Começamos a antecipar o ‘clássico’ com uma foto onde vemos Eusébio ao lado de Américo, um dos mais carismáticos guarda-redes da história do FC Porto e que representou o clube durante aqueles ‘anos difíceis’, os que coincidiram com uma quase ausência de títulos.
Nesta foto (gentilmente cedida pelo Armando Pinto), vemos Américo (com o equipamento enlameado, uma das suas imagens de marca) e o jogador do Benfica num dos muitos ‘clássicos’ que ambos disputaram na carreira. Neste, disputado nas Antas, durante a época 1965/66, o FC Porto saiu vencedor: 2-0!

«Curiosidades FCP» - A dupla Gomes/Oliveira e o bi-campeonato

Já aqui dedicámos vários ‘posts’ a António Oliveira e a Fernando Gomes (mais ao Bi-Bota, claro!). Hoje, recuperamos mais algumas fotos destes dois históricos jogadores do FC Porto e recordamos a importância que ambos tiveram no bi-campeonato (1977/78 e 1978/79) que o FC Porto conquistou no final dos anos 70.
Além de terem sido dos jogadores mais utilizados por Pedroto nesses dois campeonatos, Gomes e Oliveira também foram os maiores goleadores da equipa, sendo responsáveis, naquelas duas épocas, por mais de metade dos golos que o FC Porto marcou na competição. Enquanto que Gomes somou 52 golos (25+27) naquelas duas edições da Liga, Oliveira foi responsável por 35 golos (19+16). No seu conjunto, os dois avançados do FC Porto marcaram 87 golos nas edições de 1977/78 e 1978/79 da Liga portuguesa. Tendo em conta que o FC Porto marcou 151 golos nesses dois campeonatos, isso significa que os nossos dois históricos avançados foram responsáveis por quase 60% dos golos que o FC Porto somou nessas duas ligas. Notável!

sexta-feira, 18 de março de 2011

As casas de apostas é que têm razão!

Está ser uma bela aventura esta (breve) passagem do FC Porto pela Liga Europa. Depois do percurso imaculado na fase de grupos, seguiram-se duas autênticas eliminatórias de ‘Champions’: jogos intensos e emocionantes frente a dois adversários que colocaram novos problemas ao FC Porto e que fizeram a equipa de Villas-Boas ‘crescer’. Isto tem sido uma espécie de preâmbulo do que vamos encontrar na ‘Champions’ durante a próxima época. Agora, vamos lá ver se a equipa suporta a responsabilidade que lhe é atribuída pelas casas de apostas, que consideram o FC Porto o principal candidato a vencer a competição.
Ao contrário do que aconteceu na 2ª parte da partida frente ao Sevilha (o FC Porto deixou que os espanhóis levassem o jogo para o campo do imprevisível), desta vez fomos capazes de impor e controlar o ritmo de jogo. Ah, e os postes e o guarda-redes adversário também não atrapalharam tanto como no jogo frente ao Sevilha!
Ou seja, ontem, o que o CSKA fez de positivo no jogo fê-lo por mérito próprio e não por erros que o FC Porto tenha cometido (a propósito: Tosic, o autor do golo, é um excelente driblador).
Agora, nos Quartos-de-final, não há muito por onde escolher. Além disso, depois de eliminar Sevilha e CSKA de Moscovo, o FC Porto está preparado para tudo!
Positivo (+):
- Otamendi, numa exibição colectiva quase perfeita (o FC Porto foi um autêntico bloco!), destacamos apenas aquele que melhor representou o que o FC Porto foi ontem: concentração, entreajuda, espírito de sacrifício,… Jogo brutal do central argentino!
- a estabilidade emocional do FC Porto (é claro que o golo marcado no primeiro minuto ajudou muito, mas a equipa nunca se perturbou com a posse de bola dos russos e as temíveis transições rápidas);
- o FC Porto respeitou muito o seu adversário (justifica-se que o tenha feito, pois os russos venceram 3 dos 4 jogos que disputaram fora na competição e são uma equipa organizada, disciplinada tacticamente e criativa no ataque);
- num momento da época em que vários jogadores se apresentam algo desgastados fisicamente, é bom ter alguns bem frescos: Fucile, Otamendi, Guarín, Fernando, Hulk,…
Negativo (-):
- o elevado custo dos ingressos (40€ para o público: um absurdo!), impediu que o Estádio do Dragão registasse a assistência que a equipa merecia;

A «foto do dia» - Fonseca

Hoje, na «foto do dia», recordamos um histórico guarda-redes portista: Fonseca, o ‘keeper’ da equipa que, com José Maria Pedroto, reconquistou o título depois do maior jejum da nossa história.
Este guarda-redes, que também representou o Benfica no início da década de 70, vestiu a camisola do FC Porto durante 6 épocas consecutivas, e quase sempre como titular.
Depois do Fonseca, seguiu-se aquele pequeno ciclo com Zé Beto.

«Curiosidades FCP» - O bilhete do Anderlecht - FC Porto, Taça dos Vencedores das Taças 1977/78

Recentemente fizemos aqui referência ao Anderlecht - FC Porto, da 2ª mão dos Quartos-de-final da Taça dos Vencedores das Taças 1977/78, com o programa oficial do jogo de Bruxelas. Hoje, recuperamos o ingresso/convite que deu acesso ao jogo do ‘Émile Versé Stadion‘ (actualmente o Anderlecht joga no ‘Constant Vanden Stock’), disputado a 15 de Março de 1978 (fez agora 33 anos que os dois clubes se cruzaram na prova).
Apesar da vantagem trazida do jogo da 1ª mão (1-0, golo de Fernando Gomes) o ‘FC Porto de Pedroto’ foi eliminado pelo Anderlecht (de Raymond Goethals) depois de ser derrotado em Bruxelas por 3-0 (golos de Rensenbrink, Nielsen e Vercauteren).
Os belgas atingiram nessa época a 3ª (!) final consecutiva da Taça dos Vencedores das Taças, acabando por conquistar a prova depois de derrotarem o Áustria de Viena (de Hermann Stessl), na final, por 4-0.

«Curiosidades FCP» - Juary e o Inter

Em semana de competições europeias, recordamos o suplente do FC Porto que mais golos marcou em jogos europeus, Juary. Desta vez, recuperamos uma foto do avançado brasileiro com a camisola do Inter de Milão, o primeiro ‘grande’ que representou na Europa (aqui fica o link para alguns dos golos que Juary marcou em Itália: http://www.youtube.com/watch?v=rbyLuyJtevo

terça-feira, 15 de março de 2011

E vão treze-pontos-treze de avanço!

Começamos pelo fim: neste momento, nenhum portista (e nenhum benfiquista!) fica indiferente ao facto do FC Porto poder vir a fazer a festa do título em casa do seu maior rival. A contagem decrescente para o título não pára: faltam 8 pontos para o FC Porto ser campeão!
Ontem, seria difícil pedir mais e melhor depois da desgastante jornada no sintético do Estádio Luzhniki e da longa viagem que se seguiu. Fica apenas uma questão: até que ponto a utilização, no jogo de Leiria, de jogadores mais fatigados fisicamente poderá condicionar a nossa prestação frente ao CSKA?
Sabe-se que o FC Porto raramente se desvia dos seus objectivos (uma virtude!), mas os 10 pontos de vantagem (antes do jogo!) na Liga e a qualidade do banco de suplentes (Ruben Micael, Maicon, Cristian Rodriguez,…) poderiam ser uma tentação que levasse Villas-Boas a deixar de fora do «onze» alguns habituais titulares.
Nestas alturas, quando um objectivo está quase garantido (campeonato) e se segue um jogo importante (Liga Europa), os treinadores podem escolher entre dois tipos de abordagem: iniciar o jogo com alguns habituais suplentes no «onze», correndo o risco de ‘andar atrás do prejuízo’, ou abordar o jogo com o «onze» habitual e depois substituir 2 ou 3 jogadores se a vitória estiver garantida antes dos 60/70 minutos de jogo. Villas-Boas optou (e bem!) pela segunda hipótese. Com o que não contava era com uma equipa, o U. Leiria, que começou por não querer jogar!
Agora, na quinta-feira, segue-se o segundo jogo com o CSKA. A vitória pela margem mínima no jogo da 1ª mão pode-se tornar uma armadilha para o FC Porto se os russos marcarem primeiro. Concentração máxima!
Positivo (+):
- o FC Porto venceu e mantém a invencibilidade na Liga (já agora, e se não for pedir muito, aguentem lá mais 7 jogos!), e apresenta o segundo melhor 'goal-average' (53-7) entre os líderes dos 5 principais campeonatos europeus (só somos superados pelo Barcelona, que tem 79 golos marcados e 14 sofridos);
- Hulk tem duas coisas em comum com Cristiano Ronaldo: a paixão pelo jogo e a obsessão pelos golos;
- Guarín continua a sua saga de golos de meia-distância: o ‘cowboy’ da Colômbia está com tanta confiança que agora até adorna os lances e faz passes de 50 metros; Quem diria!?
- o bom momento que os 4 (Fernando, Moutinho, Belluschi e Guarín) médios do FC Porto atravessam garante a permanência e qualidade do triângulo de meio-campo durante o próximo ciclo de jogos;
Negativo (-):
- a utilização de João Moutinho durante mais de 1 hora de jogo terá sido algo excessiva: o mais regular médio do FC Porto é também aquele que, neste momento, parece mais desgastado e faltam apenas 72 horas para o CSKA;
- Ruben Micael continua a sua ‘travessia do deserto’;

«Curiosidades FCP» - A caricatura do ‘Bi-Bota’

Já aqui tínhamos recuperado algumas caricaturas de jogadores do FC Porto das décadas de 70 e 80. Hoje, recuperamos a de Fernando Gomes, o nosso Bi-Bota d’Ouro foi mais um dos que foram retratados pelo mestre Francisco Zambujal nos seus famosos ‘cartoons’.

A «foto do dia» - FC Porto 1980/81

Hoje, na «foto do dia», recuamos ao ‘FC Porto de Hermann Stessl’ com um «onze» portista da época 1980/81, uma das temporadas menos conseguidas do clube nos gloriosos anos 80 (conquistámos apenas a Supertaça Cândido de Oliveira, disputada em Dezembro de 1981, ou seja, já com a época 1981/82 a decorrer).
Este é um «onze» que após as conquistas com José Maria Pedroto, no final da década de 70, já reflectia um natural fim de ciclo de uma geração de jogadores (Fonseca, Freitas, Simões,…) e o início de uma outra (Sousa, Frasco,…) que marcaria o início do ciclo ‘FC Porto europeu’.
Em cima (da esq. p/ dta): Gabriel, Teixeira, Walsh, Freitas, Simões, Rodolfo e Fonseca;
Em baixo (da esq. p/ dta): Duda, Frasco, Albertino e Sousa;

«Curiosidades FCP» - Toni

Recuamos ao início da década de 90 para recordarmos Toni, um ponta-de-lança formado nas camadas jovens do FC Porto e que fez parte do plantel sénior durante as épocas em que o brasileiro Carlos Alberto Silva orientou a equipa.
Apesar de ter nascido na Guiné-Bissau, Toni tem dupla nacionalidade, tendo sido um dos destaques da Selecção portuguesa no Campeonato do Mundo de Sub-20, realizado no nosso país.
No FC Porto, acabou por ser pouco utilizado, principalmente devido à eficácia e cumplicidade da temível dupla Domingos/Kostadinov.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sol da Colômbia derreteu Moscovo!

Depois de um curto período de férias, nada melhor do que regressar aos ‘posts’ após uma bela vitória na Liga Europa. E já são 6 vitórias fora de casa desde o início da competição, ou seja, tantas quantos os jogos até agora realizados. Brilhante!
Mesmo sabendo que defrontava um adversário consistente e tacticamente disciplinado, o FC Porto não deixou de jogar no meio-campo adversário e ter mais posse de bola. Villas-Boas prometeu e cumpriu: o FC Porto foi dominador. Uma atitude que não deixa de ser algo arriscada para quem joga no campo do adversário, mas da qual Villas-Boas não quer abdicar independentemente do nome do adversário ou das condições climatéricas. Excelente postura!
Comparando o futebol do CSKA de Moscovo com o do nosso anterior adversário na competição, o Sevilha, rapidamente chegamos à conclusão que os russos (eliminaram o Sevilha na ‘Champions’ da época passada) são mais organizados e disciplinados tacticamente. No entanto, esse jogo parece encaixar melhor naquele que é praticado pelo FC Porto. O estilo que o Sevilha utiliza quando ataca (transições rápidas e sucessivos cruzamentos para a área) causou muitos problemas ao FC Porto.
Ontem, notou-se que o CSKA de Moscovo estudou bem o FC Porto. Os russos optaram por ‘partir’ a equipa: atacavam com muita gente, mas também defendiam com muitos jogadores e numa linha defensiva baixa, ou seja, optaram por deixar um ‘buraco’ no meio-campo, um posicionamento que o FC Porto demorou a saber aproveitar.
Agora, Villas-Boas não deve ter receio de dar descanso a alguns jogadores (Rolando, Moutinho,…) já no próximo jogo da Liga portuguesa. A Liga Europa está a ficar cada vez mais “apertada” e foi precisamente para se poder concentrar nesta competição que o FC Porto conquistou uma vantagem de 11 pontos (na prática são 12) sobre o 2º classificado do campeonato.
Positivo (+):
- confesso que fiquei algo apreensivo com a titularidade de Guarín (Belluschi garantia outra qualidade de passe, um trunfo para combater o ‘jogo de posse’ dos russos), mas o colombiano marcou um belo golo (está numa fase da carreira em que não necessita de rematar tantas vezes à baliza para fazer um golo) e foi o jogador do FC Porto que melhor se adaptou ao relvado sintético;
- Helton (a realizar a melhor época da carreira), Rolando (sempre autoritário), Otamendi (subtil a forma como interceptou alguns lances perigosos) e Fucile (concentrado e disponível) foram o garante da consistência defensiva;
- a 2ª parte do FC Porto: a equipa foi mais agressiva na procura da bola e mais incisiva no ataque (e ainda nos demos ao luxo de terminar o jogo com sucessivas trocas de bola, um ‘meiínho’ que irritou bastante Leonid Slutsky, o técnico do CSKA);
Negativo (-):
- a postura ambiciosa que o FC Porto sempre coloca em campo deixa-lhe um problema: fica sempre algum espaço nas costas da defesa, um risco que uma equipa que quer ser grande tem que correr;
- na 2ª mão, o FC Porto tem que ter mais atenção às diagonais de Doumbia e aos constantes movimentos de recuo de Vágner Love para a ‘posição 10’;

A «foto do dia» - Benni McCarthy

Em semana de confronto com o CSKA de Moscovo (jogo da 1ª mão dos Oitavos-de-final da Liga Europa) recordamos a primeira visita do FC Porto a Moscovo com uma foto do autor do golo que nos garantiu a vitória (0-1) no segundo jogo que realizámos com os russos (no primeiro, não fomos além de um empate a zero, no Dragão).
O protagonista é Benni McCarthy, aqui a festejar o golo que nos permitiu manter as esperanças de acesso aos Quartos-de-final da ‘Champions’ 2004/05 (o FC Porto confirmaria o apuramento na última jornada da fase de grupos, com aquela saborosa e suadíssima vitória sobre o Chelsea, por 2-1).

«Curiosidades FCP» - Os bilhetes do Feyenoord - FC Porto, 2ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões 1993/94

Em semana de Liga Europa, voltamos aos bilhetes de jogos do FC Porto nas competições europeias.
Já aqui tínhamos feito referência ao Feyenoord - FC Porto, da 2ª mão da 2ª pré-eliminatória da ‘Champions’ 1993/94, disputado na ‘Banheira de Roterdão’ a 3 de Novembro de 1993. Hoje, recuperamos dois ingressos (para sectores diferentes do ‘Estádio De Kuip’) relativos a esse jogo que ficou na história pela tensão que o envolveu e pela importância que teve para os dois emblemas (na altura, a fase de grupos era disputada por apenas 8 clubes e era a primeira vez que os holandeses poderiam aceder a essa fase da competição).
Após a suadíssima vitória no jogo das Antas (1-0, golo de Domingos aos… 90 minutos!), o FC Porto conseguiu sair incólume de Roterdão com um plano de contenção e calculismo (4 defesas-centrais no «onze» inicial!) em que o nosso treinador de então, o croata Tomislav Ivic, era mestre: 0-0 foi o resultado.

«Curiosidades FCP» - Alfredo Murça

Hoje, nas «Curiosidades FCP», dedicamos um ‘post’ ao Alfredo Murça, um dos imprescindíveis pilares defensivos do ‘FC Porto de Pedroto’, de final da década de 70. Deixamos aqui algumas fotos e curiosidades sobre este sóbrio e eficiente lateral-esquerdo (falecido recentemente, a 24 de Agosto de 2007, devido a doença prolongada):
- nasceu na Costa da Caparica, a 17 de Janeiro de 1948;
- iniciou a sua carreira de futebolista no ‘Grupo Desportivo Pescadores da Costa da Caparica’, mudando-se depois para o histórico Belenenses;
- foi vice-campeão pelo Belenenses na época de 1972/73, sob o comando de um técnico que também orientou o FC Porto: Alejandro Scopelli;
- mudou-se para o FC Porto em 1974/75;
- foi utilizado em todos os jogos (e marcou 2 golos) na histórica campanha que levou o FC Porto ao título em 1977/78;
- fez parte de um dos mais consistentes e eficazes ‘quartetos defensivos’ da história do FC Porto e do futebol português: Gabriel, Simões, Freitas e Murça;
- vestiu a camisola do FC Porto durante 7 épocas consecutivas;
- ao serviço do FC Porto foi bi-campeão nacional (1977/78 e 1978/79) e vencedor de uma Taça de Portugal (1976/77);
- na temporada de 1981/82 mudou-se para o V. Guimarães, onde jogou 3 temporadas e onde reencontrou José Maria Pedroto;
- foi cinco vezes internacional ‘A’;
- depois de terminada a carreira de jogador, voltou a colaborar com o FC Porto como treinador adjunto e observador;

quinta-feira, 3 de março de 2011

O tira-teimas da estatística

Antes de gozar um curto período de férias (voltamos aos ‘posts’ logo após o CSKA de Moscovo - FC Porto, da 1ª mão dos Oitavos-de-final da Liga Europa), o ‘Paixão pelo Porto’ faz aqui uma curta análise ao ciclo que vivemos actualmente.
A constante troca de argumentos entre Villas-Boas e Jorge Jesus é pretexto para olharmos um pouco para o mais fiável dos avaliadores, a estatística. A verdade é que neste momento encontramos poucas razões para a euforia que se vive em torno da campanha do nosso maior rival na Liga. Limitemo-nos aos factos: ao compararmos os principais ‘itens’ que normalmente acompanham este tipo de estatísticas, verificamos que o ‘FC Porto de Villas-Boas’ supera o ‘Benfica de Jesus’ (estamos a referir-nos ao da época passada, o tal que era considerado “estratosférico” pela imprensa indígena!) em quase todos eles.
Comecemos pelo mais importante e decisivo: a diferença de pontos na Liga. Enquanto que, actualmente, a vantagem do FC Porto atinge os 8 pontos (na prática são 9), na época passada, à passagem da mesma 21ª jornada, o ‘Benfica de Jesus’ penava para cavar uma diferença para o 2ª classificado (apenas 1 ponto de vantagem sobre o Sp. Braga).
Mas é na consistência defensiva e no resguardo da sua baliza que o FC Porto rebenta com a escala! Neste momento, soma apenas 4 pontos perdidos e 7 golos sofridos no campeonato. Um registo avassalador e que esmaga o conseguido pelo ‘Benfica de Jesus’, na época passada, à passagem da mesma 21ª jornada: 11 pontos perdidos e 11 golos sofridos. Ou seja, o ‘FC Porto de Villas-Boas’ tem mais 7 pontos que o sobrevalorizado Benfica da época passada. Incomparável!
De facto, as ausências de Falcão e Álvaro Pereira condicionaram um pouco o jogo do FC Porto e acabaram por coincidir com aquele curto período em que esteve em jogo a nossa continuidade na Taça da Liga e na Taça de Portugal. Agora, o FC Porto parece estar a voltar àquelas exibições empolgantes do primeiro terço da época. Em boa altura o faz, pois aproxima-se um ciclo decisivo no campeonato e na Liga Europa. Vêm aí tempos excitantes!