quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A passo até ás meias-finais!

Mais uma eliminatória da Taça, mais um jogo a passo do FC Porto. O campeão ainda não teve necessidade de forçar para chegar ás meias-finais da Taça. Mesmo a jogar a passo, e sem os habituais titulares, o FC Porto ainda não sofreu golos na competição. Depois de vencer em Chaves (2-0), o FC Porto venceu (2-0) o Desp. Aves no Dragão e, nos Oitavos-de-final, voltou a vencer sem sofrer qualquer golo (4-0 frente ao Sertanense). Hoje, o guarda-redes Nuno foi o maior responsável por nova vitória sem qualquer golo sofrido. Esta época, sempre que foi chamado à titularidade, Nuno não teve um único deslize e talvez merecesse maior utilização, mas a precoce eliminação da Taça da Liga não o permitiu. Destaque também para a exibição de Mariano Gonzalez. O argentino foi o melhor em campo e parece ter ganho confiança depois de ter marcado ao Paços de Ferreira. Será que ainda vai a tempo de ficar?
O FC Porto, com apenas 4 habituais titulares no «onze», fez um jogo pausado e depois de marcar, por Tarik Sektioui, limitou-se a controlar o tempo de jogo e a posse de bola. Talvez adivinhando um espectáculo aborrecido, não foram mais de 12 117 espectadores a assistir ao jogo do Dragão. Provavelmente, nas meias-finais o adversário já vai obrigar o FC Porto a levar as coisas mais a sério.
Agora, estamos com curiosidade em saber que tipo de poupanças fará Jesualdo no jogo do Bessa. Perante as escolhas de hoje, é provável que o Professor recorra à equipa habitual e guarde as substituições para a segunda parte, se o resultado o permitir claro!

«Curiosidades FCP» - O percurso do Mly

Já recordámos, no «cromo do dia», o guarda-redes que pegava na bola com uma mão e com a outra pedia aos companheiros para avançarem no terreno. Um gesto clássico do Mly!
Mlynarczyc é, juntamente com Vitor Baía, Américo, Mihaly Siska e Barrigana, um dos cinco melhores guarda-redes de sempre da história do FC Porto.
Depois de iniciar a carreira, demorou 9 anos até chegar a um grande clube polaco: o Widzew Lodz. Antes de representar esse histórico do futebol polaco, Mlynarczyc jogou em clubes de menor dimensão, primeiro no Dozamet Nowa Sól, depois no BKS Bielsko e, antes de ingressar no Widzew Lodz, no Odra Opole, também da Polónia. Chegaria ao FC Porto vindo dos franceses do Bastia, que na altura era último classificado do campeonato francês, o que deixou algo intrigados os adeptos do FC Porto, com a contratação de um guarda-redes que nessa altura estava (mal) habituado a sofrer golos. A apreensão não se confirmou, com o polaco a revelar-se um titular indiscutível pela segurança e tranquilidade com que defendia a baliza do FC Porto. Nesta foto, no Estádio das Antas, surge vestido da forma como nos habituámos a vê-lo, e como melhor o recordamos, de camisola amarela e calção preto.

A «foto do dia» - FC Porto 1994/95

Foi o primeiro campeonato da inédita sequência de 5 consecutivos, que o FC Porto venceu durante a década de 90. Bobby Robson foi o treinador que, nessa época, deu início ao Penta, uma caminhada que António Oliveira alicerçou e que Fernando Santos concluiu. Na época 1994/95, o FC Porto foi derrotado apenas 1 vez (2-1 na Madeira, frente ao Marítimo),tendo vencido 29 jogos e empatado apenas 4. Com os grandes, empate nas Antas (1-1) e vitória em Alvalade (0-1) frente ao Sporting, vitória nas Antas (2-1) e empate na Luz (1-1)frente ao Benfica. Os princípios de jogo de Bobby Robson ficaram bem vincados no número de golos marcados pelo FC Porto nessa época: 73 (o Benfica, segundo melhor ataque, ficou-se pelos 61). Só se podiam esperar muitos golos de um plantel que contava com Emil Kostadinov, Rui Barros, Ljubimko Drulovic, Domingos e Sergei Yuran , na frente de ataque.
Em cima: Baía, Zé Carlos, Emerson, Secretário, Jorge Costa e João Pinto;
Em baixo: Drulovic, Paulinho Santos, Domingos, Rui Filipe e Folha;

domingo, 24 de fevereiro de 2008

«Show» na ressaca de Gelsenkirchen

Depois do esforço inglório de Gelsenkirchen, nada melhor do que um tranquilo regresso a casa. Tranquilo devido à vitória expressiva (3-0), porque quem esperava uma atitude passiva dos campeões terá ficado surpreendido com a intensidade colocada no jogo durante toda a segunda parte. Apesar de não ter começado bem, o FC Porto conseguiu chegar ao golo ainda na primeira parte, devido à táctica suicída do Paços. José Mota resolveu surpreender com uma defesa em linha muito adiantada no campo. Lucho Gonzalez foi dos primeiros a perceber a táctica «kamikaze» do adversário e, com inteligência, colocou a bola nas costas da defesa do Paços para o primeiro golo de Lisandro Lopez.
Na segunda parte, o FC Porto surgiu obcecado com a baliza do Paços. Apesar de ter marcado mais dois golos, desperdiçou várias oportunidades e realizou uma exibição muito agradável. Pedro Emanuel, Paulo Assunção, Lucho, Bosingwa, Lisandro e Farías foram os melhores no FC Porto. Destaque para o fantástico momento de forma de Pedro Emanuel, que compensa a falta de velocidade com excelente posicionamento e poder de antecipação. Quanto a Paulo Assunção, está cada vez mais refinado. Agora, ao rigor defensivo juntou a certeza no passe e o remate de meia distância. Na frente, Farías e Lisandro dividiram o protagonismo. Enquanto que 'Licha' voltou a bisar, o altruísmo de Farías garantiu lucidez e clarividência ao ataque do FC Porto. Apesar do esforço de Gelsenkirchen, os dois avançados argentinos fartaram-se de lutar outra vez. Fantástica atitude!
Agora, pede-se a Jesualdo que tenha o bom senso de deixar meia equipa de fora do derby do Bessa, isto porque o jogo frente ao Schalke é fundamental. Haverá mais derbys tripeiros para disputar no futuro.

«Curiosidades FCP» - O jogo amigável frente ao Barcelona, disputado em Junho de 1949

Hoje recuperamos um cartaz (uma autêntica relíquia!) que promoveu um jogo amigável, disputado em Barcelona no distante ano de 1949, entre os catalães e o FC Porto. Eram jogos que nos anos 40 se disputavam com frequência, numa altura em que os calendários dos grandes clubes ainda o permitiam.
Apesar de nos anos 40 o FC Porto ter atravessado um período difícil (o último campeonato, com Siska, tinha sido ganho em 1939/40), mantinha o seu prestígio internacional intocável. A prova disso, foi o convite do Barcelona para um jogo amigável disputado a 12 de Junho de 1949. O Barça aproveitou o amigável para preparar a participação na Taça Latina, que os catalães venceram, ao derrotarem o Sporting por 2-1, na Final disputada em Chamartin. No ano anterior, o Barcelona tinha derrotado (2-1) o FC Porto na Final do Troféu Teresa Herrera, e no amigável voltou a vencer, desta vez por 3-1.
Aqui ficam os «onzes», de FC Porto e Barcelona, desse jogo (julgo que alguns jogadores do FC Porto surgem identificados apenas pelo primeiro nome):

Barcelona: Velasco, Sagrera, Curta, Torra, Calvet, Gonzalvo III, Navarro, Canal, Seguer, Fargas, Nicolau;
FC Porto: Barrigana, Virgílio, Alfredo, Carvalho, Joaquim, Romão, Lino, Gastão, Serafim, Veleira, Diogenes;

A «foto do dia» - O bilhete da inauguração do rebaixamento do Estádio das Antas

Foi um dia histórico para o velhinho Estádio das Antas. A 17 de Dezembro de 1986, ficou concluído um dos mais importantes melhoramentos da sua história: o rebaixamento do relvado. Uma promessa de Pinto da Costa que na altura permitiu aumentar a lotação das Antas para mais de 60 000 espectadores. Apesar dos custos que a obra comportou, o aumento da lotação do estádio permitiu ao clube aumentar as suas receitas de bilheteira e aumentar o número de associados.
O momento da inauguração do rebaixamento foi aproveitado pelo FC Porto para homenagear alguns atletas e para um jogo com o mesmo convidado da inauguração do estádio: o Benfica!
Nessa altura, o FC Porto tinha uma relação cordial com o seu eterno rival, que era dirigido por Fernando Martins, com quem Pinto da Costa ainda hoje mantém excelentes relações. O Presidente dos encarnados não hesitou ao ser convidado por Pinto da Costa para apadrinhar a estreia das novas bancadas e do novo relvado das Antas. O jogo entre as duas equipas estava marcado para as 21h30, mas acabou por começar perto das 23h em virtude da cerimónia que o antecedeu se ter prolongado por mais de 2 horas! A anteceder a partida, um cortejo com atetas e dirigentes onde se destacavam Aurora Cunha, que transportava o estandarte do clube, o bi-bota d'ouro Fernando Gomes, e o capitão da equipa de hóquei em patins, António Alves. A ocasião também foi aproveitada para Fernando Gomes receber das mãos de Silva Resende a Taça de Campeão Nacional, relativa à época 1985/86. Antes do jogo, ainda houve tempo para ser apresentado Walter Casagrande, um internacional brasileiro que representou o Brasil no Mundial do México, mas que nas Antas não teve sorte ao ser vítima de uma grave lesão, acabando mais tarde por revelar toda a sua classe ao serviço dos italianos do Torino.
Quanto ao jogo, e perante um Estádio das Antas lotado, a expectativa era enorme, com os adeptos do FC Porto a esperarem uma vitória depois dos encarnados terem vencido na inauguração do Estádio das Antas (curiosamente, o FC Porto também venceu na inauguração da Luz!). O Benfica apresentava-se nas Antas depois de ter sido copiosamente derrotado, no fim-de-semana anterior, pelo Sporting, nos célebres 7-1, enquanto que o FC Porto vinha de uma estrondosa vitória em casa, perante o Farense, por 8-3! Mas, ao contrário do que o estado de espírito das duas equipas fazia prever, o Benfica acabou por não ser afectado psicologicamente por essa goleada e impôs um empate (1-1) ao FC Porto no tempo regulamentar, com golos de Gomes e Chiquinho. O jogo seria decidido nos pontapés da marca de grande penalidade, com o FC Porto a levar a melhor depois de Mlynarczyck converter o último e decisivo penalti.
Aqui ficam os intervenientes desse histórico jogo:

FC Porto: Zé Beto; João Pinto, Eduardo Luís, André e Quim; Frasco, Jaime Magalhães, Jaime Pacheco, Sousa; Futre e Gomes. (Jogaram ainda: Elói, Madjer, Lima Pereira, Juary, Bandeirinha e Mlynarczyck);
Treinador: Artur Jorge
Benfica: Silvino; Dito, Samuel, Edmundo e Álvaro; Shéu, José Luis, Tueba e Nunes; Diamantino e Chiquinho (Jogaram ainda: Vando, Rui Pedro e César Brito);
Treinador: John Mortimore

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A segunda parte é no Dragão!

Resultado perigosíssimo (1-0) mas possível de alterar. É uma desvantagem ingrata para quem necessita de dar a volta à eliminatória. Se os alemães marcarem no Porto, serão precisos pelo menos 3 golos para seguirmos em frente. A boa notícia é que a segunda-parte é no Dragão!
Afinal, a talismã Gelsenkirchen foi tudo menos tranquilizadora! O FC Porto entrou muito mal no jogo. Foram 45 minutos com muitos passes errados e mau posicionamento defensivo. O Schalke 04, que alia a força do futebol anglo saxónico ao rigor táctico do futebol latino, acabou por justificar a vitória, porque criou mais e melhores oportunidades de golo. Na primeira parte, o FC Porto nunca conseguiu dar profundidade ao jogo. Bosingwa fez muita falta!
Talvez o FC Porto não estivesse preparado para o posicionamento táctico do adversário, porque as correcções feitas ao intervalo permitiram-lhe ter mais posse de bola mas, nessa altura, o Schalke jogou com o tempo e com o resultado. Respeitaram muito o FC Porto ao colocarem toda a gente atrás da linha da bola. Apesar de o FC Porto ter melhorado consideravelmente, no segundo tempo o jogo ficou mais fechado e foi preciso lutar muito para chegar à área dos alemães. Depois de Lisandro ter desperdiçado a melhor oportunidade de todo o jogo, valeu o acerto defensivo do FC Porto para adiar tudo para a escaldante 2ª mão no Dragão.
Agora, pede-se paciência e muita concentração!

O «cromo do dia» - Acácio Mesquita

Do famoso trio "diabos do meio-dia", era o único que ainda não tinhamos recordado. Acácio Mesquita nasceu a 18 de Julho de 1909. Mesquita foi um avançado que se destacou no FC Porto de final dos anos 20 e de toda a década de 30, tendo sido campeão nacional, primeiro com Joseph Szabo e mais tarde com Mihaly Siska. Ao lado de Pinga e de Valdemar Mota, formou um famoso trio que encantou o nosso futebol quando a modalidade dava os primeiros passos em Portugal. Acácio Mesquita era um atleta fantástico!
Nessa altura, eram vários os futebolistas que se destacavam noutras modalidades. Acácio Mesquita, além de se destacar, também coleccionava títulos e recordes, tendo sido recordista nacional do triplo salto, 110m barreiras e 4x100m. Além do futebol, também se envolveu noutra modalidade colectiva, o basquetebol.
Apesar das informações na internet, sobre este antigo avançado do FC Porto, serem muito escassas, é possível concluir que se tratou de um atleta notável. Pinga, na véspera da sua despedida como jogador de futebol confirmou-o: "Nós os três,... aquilo é que era jogar,... que desculpem a vaidade, mas parece-me que nunca mais se arranjam três rapazes da bola tão intimamente ligados a acertar na borracha. Se até nós, às vezes, nem sabíamos como aquilo era!"

«Curiosidades FCP» - A demolição das Antas

A demolição do Estádio das Antas iniciou-se em Março de 2004. Devido a um grave problema com a relva, o Dragão não pode começar a ser utilizado logo após a inauguração, o que obrigou o antigo Estádio das Antas a ser palco de mais oito jogos oficiais, o último dos quais contra o Estrela da Amadora, a 24 de Janeiro de 2004. A demolição começaria cerca de um mês e meio depois. Como a estrutura do Estádio das Antas era constituída por betão tradicional, os trabalhos de demolição foram controlados pelo Ministério do Ambiente. A demolição do estádio acabaria mais tarde por ser destacada no relatório de 2004 divulgado pelo Ministério.

Na primeira foto, verificamos que os trabalhos foram iniciados na Superior Norte do estádio, com o retirar das cadeiras e o início das escavações. Na segunda foto, recuperamos a fase final da demolição, com a Arquibancada a ser o último sector da estrutura a ser demolido. As cerca de 1050 toneladas de aço e ferro, que faziam parte da estrutura, foram encaminhadas para a siderurgia, enquanto que as cadeiras plásticas, que totalizavam cerca de 60 toneladas, assim como todos os elementos de plástico espalhados pelo recinto, foram igualmente enviados para uma empresa de reciclagem especializada. De destacar também o facto de não ter ocorrido qualquer acidente de trabalho durante todo o processo de demolição. Além disso, o prazo inicialmente previsto de quatro meses, para a demolição integral, foi rigorosamente cumprido.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Faltam 48 horas!

Já falta pouco para voltarmos a Gelsenkirchen. É o regresso mais aguardado do FC Porto a um estádio onde fez história. Recorde-se que o FC Porto já regressou ao estádio onde se sagrou pela primeira vez campeão europeu. O regresso ao Ernst Happel deu-se em Outubro de 2002, numa eliminatória da Taça UEFA, frente ao Áustria de Viena. Nessa altura, o FC Porto voltou a vencer em Viena, desta vez por 1-0 (golo de Derlei). Agora, ficará a faltar o regresso a La Cartuja (Sevilha), onde venceu a Taça UEFA.
Com a ausência de Bosingwa da convocatória, ficão a sobrar, dos campeões de 2004, Nuno e Pedro Emanuel, sendo que Nuno vai iniciar o jogo no banco de suplentes, resta Pedro Emanuel para passar o testemunho das boas sensações da Final de 2004. Em Gelsenkirchen, o resultado da Final foi um dos mais expressivos das últimas edições da Liga dos Campeões. Os 3-0 finais foram bem destacados no painel electrónico (na foto) que se eleva no topo da cobertura do Arena. Uma estrutura com 4 ecrãs de alta definição que permite a qualquer espectador visualizar com nitidez a informação transmitida nos painéis electrónicos do estádio. Esperemos que a imponência da Arena volte a inspirar o FC Porto!

A «foto do dia» - O L'Équipe de 4/11/2003

Aproveitando mais uma semana de Champions League, recuperamos, na «foto do dia», uma primeira página do jornal françês "L'Equipe". Uma edição de 4 de Novembro de 2003, no dia da visita do Marselha ao Estádio das Antas, para a 4ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, época 2003/04. O FC Porto recebia os franceses, nas Antas, depois de ter vencido, duas semanas antes, categoricamente em Marselha por 3-2. Antevendo um cenário complicado para o Marselha, o "L'Equipe" avançava com a hipótese de só uma vitória interessar aos marselheses, depois de terem sido derrotados por FC Porto e Real Madrid. O jornal françês recuperou uma foto do jogo do Vélodrome, com o defesa central Van Buyten e o avançado Didier Drogba a sofrerem a oposição de Costinha, Nuno Valente e Ricardo Carvalho. É curioso que, destes cinco jogadores, nenhum deles representa actualmente os clubes que se defrontaram nesse dia. Apesar da importância do jogo para o Marselha, o FC Porto voltaria a vencer, desta vez por 1-0, com um golo de Alenitchev, assumindo definitivamente o segundo lugar do Grupo F atrás do Real Madrid. Nessa edição do "L'Equipe" (em baixo), também é dado destaque aos 40 anos do antigo avançado do Marselha e da Selecção francesa, Jean Pierre Papin.

«Curiosidades FCP» - Cubillas no FC Porto

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recuperamos duas fotos do peruano Cubillas ao serviço do FC Porto, em jogos frente a Académica e Boavista, e destacamos algumas estatísticas associadas a este fantástico nº 10.
Apesar de não ter sido campeão ao serviço do FC Porto, o jogador peruano mostrou toda a sua classe durante o tempo em que permaneceu em Portugal. Teófilo Cubillas chegou ao Porto no dia 4 de Dezembro de 1973 e esteve três épocas e meia no FC Porto, marcou 65 golos e completou 108 jogos oficiais com a camisola 10. Como nessa altura já era um jogador consagrado, juntou-se uma pequena multidão para o receber na sede do FC Porto. O FC Porto desembolsou 6 325 contos para contratar o internacional peruano, que veio ganhar 125 contos por mês (Pavão ganhava apenas 50 contos!), uma autêntica fortuna para a época mas que se revelaria uma excelente aposta porque o peruano foi um dos jogadores que ajudou o FC Porto a voltar à ribalta do futebol português (o FC Porto seria campeão nacional pouco tempo depois de Cubillas abandonar o clube).
Na primeira época em Portugal, ficou célebre um jogo disputado nas Antas, frente ao Benfica, que a imprensa na altura resumiu a um duelo entre Cubillas e Eusébio, e que o FC Porto venceu (2-1) com o peruano a marcar o golo da vitória, depois de Eusébio ter empatado para o Benfica. Apesar de não ter vencido nenhum título ao serviço do FC Porto, Cubillas obteria o devido reconhecimento, uns anos mais tarde, ao ver o seu nome aparecer na lista feita por Pelé com os melhores jogadores do mundo de todos os tempos.
Vamos lá recordar dois golos do peruano (reparem que marcava os livres de trivela, "à Quaresma"!):

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Primeiro o Caldeirão...depois a Arena!

Quem esperava um FC Porto em contenção, na véspera de viajar para a Alemanha, terá ficado surpreendido com a atitude dos campeões. Muita pressão e alta intensidade no jogo de hoje na Madeira. Mas o maior responsável por essa atitude acabou por ser o adversário. Excelentes primeiros 20 minutos do Marítimo, com agressividade e na procura do golo. Os madeirenses fizeram 20 minutos "à Porto"!
E ainda bem que assim foi, porque isso obrigou o FC Porto a responder da mesma forma. À meia hora de jogo, a intensidade estava no máximo, com as duas equipas a dividirem os lances com muita entrega e agressividade. O FC Porto acabou por chegar primeiro ao golo, numa altura em que já dava mostras de querer agarrar no jogo. Excelente primeira parte das duas equipas!
No segundo tempo, o FC Porto foi fortíssimo. Muita pressão e constantes mudanças de ritmo dos campeões. Quando o Marítimo ficou reduzido a dez homens (por mão na bola!), já o FC Porto estava por cima. Depois do segundo golo, e já com Jesualdo a pensar em Gelsenkirchen, o FC Porto ainda foi a tempo de brindar os espectadores com uma perfeita demonstração da maneira mais simples de chegar ao golo no futebol moderno. Um lance clássico do FC Porto de Jesualdo. Pressão sobre a bola, a obrigar o adversário a errar, e transição rápida para o ataque, com triangulações perfeitas até Lisandro Lopez fazer o resto: 3-0!
Segue-se agora o celebrado regresso a Gelsenkirchen, na Terça-feira, com o FC Porto a chegar à Arena cheio de confiança, a marcar golos e a praticar bom futebol.

«Curiosidades FCP» - As Botas d'Ouro

O FC Porto é o 2º clube europeu com mais Botas d'Ouro conquistadas. O FC Porto venceu o troféu por três vezes, através de Fernando Gomes (2) e Mário Jardel (1). Actualmente, só o Dinamo de Bucareste supera o FC Porto. Os romenos venceram o troféu em 4 ocasiões (Dudu Georgescu por 2 vezes, Rodion Camataru e Dorin Mateut, por 1 vez).
A Bota de Ouro é um prémio instituído pela UEFA, órgão máximo da gestão do futebol europeu, para galardoar o melhor marcador dos campeonatos dos países membros. Um título que começou a ser atribuído a partir da época de 1967/68.
Fernando Gomes venceu pela primeira vez a Bota d'Ouro na época 1982/83, quando marcou 36 golos. Na época seguinte, o ponta-de-lança do Liverpool, Ian Rush, impediu que Gomes voltasse a ser o melhor marcador da Europa, ao apontar 32 golos com a camisola dos reds. Mas em 1984/85, Gomes voltaria a vencer o troféu, marcando 39 golos e superando o seu melhor registo até então. O próprio Marco Van Basten não conseguiu superar esta marca, quando marcou 37 golos em 1986/87.
O FC Porto voltaria a ter o melhor goleador da Europa na época 1998/99, quando Mário Jardel venceu o troféu depois de marcar 36 golos. Apesar dos excelentes registos de Gomes e Jardel, o recorde de golos numa só temporada continua a pertencer a Gerd Muller (Bayern de Munique), que na época 1969/70 marcou 48 golos!
Eusébio, Gerd Muller, Dudu Georgescu, Fernando Gomes, Mário Jardel e Ally McCoist foram os únicos a vencer o troféu por duas vezes.

A «foto do dia» - O primeiro golo na Arena

Como já só faltam 4 dias para o regresso a Gelsenkirchen, recuperamos uma foto do primeiro golo do FC Porto marcado no palco da mágica Final de 2004. Foi o brasileiro Carlos Alberto que, aos 39 minutos de jogo, inaugurou o marcador e abriu caminho à segunda Taça dos Campeões Europeus da história do FC Porto. Esperemos que na Terça-feira o FC Porto volte a marcar na Arena de Gelsenkirchen. Apesar do Schalke 04 não ser uma equipa da primeira linha do futebol europeu, os alemães são muito fortes em casa e desta vez, ao contrário da Final de 2004, os adeptos do FC Porto estarão em minoria. Além disso, o FC Porto já foi eliminado pelo Schalke 04 quando, na época 1976/77, os dois clubes se encontraram na 1ª eliminatória da Taça UEFA. Na 1ª mão, disputada em Lisboa, e depois de ter estado a perder 0-2, o FC Porto conseguiu chegar ao empate com golos de Rodolfo e de Cubillas. Na 2ª mão, depois de estar a vencer com dois golos de Oliveira, o FC Porto permitiu que os alemães dessem a volta ao jogo, e à eliminatória, depois de marcarem 3 golos nos últimos 15 minutos. Esperemos que a história não se repita!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Falta 1 semana para o regresso à Arena!

Mais cedo do que o previsto, o FC Porto regressa ao estádio onde venceu a Champions, em 2004. Antes do sorteio dos Oitavos-de-final, mais do que desejar o Schalke 04, todos os portistas desejavam regressar a Gelsenkirchen. Independentemente do adversário, serão sempre boas recordações para os adeptos e para os jogadores. Apesar de só Pedro Emanuel, Nuno e Bosingwa terem estado presentes na Final de 2004, todos os jogadores do actual plantel vão querer jogar na Arena. Esperemos que as boas sensações de 2004 ainda estejam por lá!
Apesar de ter de viajar, em poucos dias, à Madeira e à Alemanha, depois de defrontar o Schalke 04, o FC Porto terá um calendário que lhe vai permitir gerir o esforço da Champions. Serão seis (!) jogos consecutivos na cidade do Porto, e quatro deles no Dragão: recepção ao P.Ferreira, ao Gil vicente (Taça de Portugal), ao Schalke 04 e à Académica. Pelo meio, o FC Porto visita o Bessa, para o derby tripeiro, e termina este ciclo com a visita a Matosinhos, para defrontar o Leixões. Óptimo calendário!

O «cromo do dia» - Costinha

Francisco José Rodrigues da Costa, mais conhecido como Costinha, nasceu em Lisboa a 1 de Dezembro de 1974. Ficará para sempre na história do futebol português depois da sua carreira ter dado uma autêntica cambalhota, quando deixou a II Divisão B para jogar no AS Mónaco (na foto), de França.
Na época 1997/98, quando ainda era um desconhecido no futebol português, deixou o Nacional da Madeira, na altura na II Divisão B, para jogar na I Liga francesa. O mais surpreendente é que duas épocas depois seria campeão françês, sem nunca ter jogado na primeira divisão portuguesa.
Mas os primeiros tempos em França não foram fáceis, Costinha recorda frequentemente um episódio nos primeiros dias no clube monegasco: "Fui para o Mónaco, comecei a treinar e lesionei-me na primeira sessão. Se calhar, esse foi o momento determinante para ter ficado. Magoei-me na virilha e quando estou no quarto a descansar, à espera do dia seguinte, entram o Bernabia e o John Collins, olham para mim, depois um para o outro e dizem: «português, turista». Fiquei tão sentido que me levantei, e no dia seguinte estava a treinar, de manhã e à tarde."
Antes de chegar ao Nacional da Madeira, Costinha representou o Oriental e o Machico. Foi ao serviço do Machico, também da II Divisão B, que chamou a atenção dos responsáveis do Nacional que, na época 1996/97, o contrataram ao vizinho madeirense.
Costinha regressou de França em 2001/02, quando surgiu o convite do FC Porto para se estrear na primeira Liga portuguesa, o que lhe permitiu vencer mais títulos do que aqueles que tinha conquistado até então. No FC Porto, foi campeão nacional, venceu a Taça de Portugal, a Supertaça, a Taça UEFA, a Liga dos Campeões e a Taça Intercontinental. Depois de se impor na equipa do FC Porto, acabou por ser considerado um dos jogadores mais influentes do balneário. Para isso muito contribuiu a proximidade com um dos mais carismáticos capitães do FC Porto de toda a história do clube: Jorge Costa. Quando questionado se Jorge Costa foi uma grande influência, comentou: "Em Belém, a perdermos por 1-0, o Jorge Costa chega ao balneário ao intervalo e diz: se eu perco o jogo com estes gajos nunca mais jogo futebol na minha carreira. Ficámos a olhar para ele, todo vermelho e enervado, e ganhámos por 3-1".
Em 2005, Costinha seria um dos alvos do Dínamo de Moscovo que, além do trinco português, levou Nuno, Maniche, Seitaridis e Derlei para a Rússia. Nos cofres do FC Porto entraram mais de 30 milhões de euros.
Actualmente, Costinha representa a Atalanta de Bérgamo, depois de uma aventura em Espanha ao serviço do At. Madrid.

A «foto do dia» - Bilhete do Hertha Berlim - FC Porto (2ª fase de grupos da Champions)

Aproveitando o regresso a Gelsenkirchen, hoje recuperamos um bilhete de uma visita do FC Porto à Alemanha para defrontar o Hertha de Berlim. Os dois clubes encontraram-se na segunda fase de grupos da Champions League, época 1999/00. O Hertha de Berlim tinha sido a grande sensação da primeira fase de grupos, depois de ter vencido o Chelsea (2-1) e o AC Milan (1-0). O jogo de Berlim, disputado a 21 de Março de 2000, foi na última jornada do Grupo A, com o FC Porto e o Sparta de Praga a disputarem o 2º lugar do grupo, que daria acesso aos Quartos-de-Final da prova. Na última jornada, os checos recebiam o Barcelona, e só a vitória lhes interessava, enquanto que o FC Porto se deslocava a Berlim, onde um empate seria suficiente para garantir o acesso aos Quartos. Depois de já ter vencido os alemães nas Antas, por 1-0 (golo de Drulovic), o FC Porto voltou a vencer o Hertha, no Olímpico de Berlim, também por 1-0 (golo de Clayton aos 69 min.). Apesar da vitória ter garantido o apuramento, o FC Porto ainda teve o auxílio do Barcelona que venceu os checos, em Praga, por 2-1. Barcelona e FC Porto avançaram para os Quartos.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Depressa e bem!

O FC Porto venceu hoje o Sertanense por 4-0 num jogo com pouca história e que mais não foi do que um treino que permitiu a Jesualdo Ferreira testar outras soluções. O sonho do Sertanense durou apenas 7 min., quando Tarik Sektioui marcou o primeiro golo do jogo. A partir daí, foi só esperar que o Sertanense subisse um pouco no terreno para o FC Porto voltar a marcar. O 3-0 ao intervalo permitiu ao FC Porto gerir melhor o jogo e, quando Farías bisou, aos 3 minutos da segunda parte, o único interesse do jogo passou a ser a possibilidade de o Sertanense marcar um golo ao campeão. Golo que acabou por não surgir, apesar do esforço dos homens da Sertã. Apesar do mau estado do relvado, o FC Porto conseguiu controlar o jogo sem nunca forçar. Jesualdo incluiu apenas 4 titulares na equipa que iniciou o jogo frente ao Sertanense. Num «onze» com poucos automatismos, o FC Porto teve que ser sério e não ter receio de dividir alguns lances com os jogadores do Sertanense.
Segundo a imprensa desportiva on-line, os destaque do FC Porto foram Farías e Raúl Meireles. O ponta-de-lança argentino transpira confiança, enquanto que Raúl Meireles é sempre sério na abordagem ao jogo, independentemente da qualidade do adversário. Pela negativa, a exibição de Mariano Gonzalez. O internacional argentino continua a desperdiçar oportunidades, o que até nem surpreende devido ao excesso de peso de um jogador que chegou ao estágio de pré-epoca pesadíssimo. Assim vai ser difícil o FC Porto adquirir o seu passe, depois de o argentino já ter sido dispensado pelo Inter de Milão.

A «foto do dia» - Mário Soares e os vencedores da Taça de Portugal 1977

Hoje, na «foto do dia», recuperamos uma foto de finais dos anos 70, quando o FC Porto venceu a Taça de Portugal e deu início ao fantástico percurso sob o comando de José Maria Pedroto.
Na foto, o 'capitão' António Oliveira (de barba!) apresenta a Mário Soares toda a equipa do FC Porto, com Pedroto a ser dos últimos a receber os parabéns do ex-Primeiro Ministro, depois da conquista da Taça.
Essa Taça de Portugal, antecedeu a conquista do primeiro campeonato do FC Porto depois de um longo jejum. Pedroto tinha acabado de regressar ao clube depois de ter deixado o FC Porto em 1968/69. Apesar de nessa primeira passagem pelo clube, como treinador, não se ter sagrado campeão nacional, Pedroto venceria a Taça de Portugal da temporada 1967/68, no seu primeiro titulo como treinador, derrotando na final da competição o Vitoria de Setúbal por 2-1. Acabaria por ser o mesmo Pedroto a recuperar um título que fugia ao FC Porto desde essa altura. Apesar de em 1976/77 o FC Porto ter terminado o campeonato nacional em 3º lugar, a 10 pontos do Benfica, venceria nessa época a Taça de Portugal, numa final onde derrotou o SC Braga por 1-0.
Curiosamente, só por uma vez o FC Porto jogou fora durante toda essa edição da competição, e foi logo na primeira eliminatória frente ao Ac. Viseu (vitória por 0-2). Seguiram-se jogos em casa com o Alba (8-0), com o Montijo (7-1), com o Aliados de Lordelo (9-0), com o Sporting (3-0), e, nas meias-finais, com o Fafe (3-0).
Foi apenas a 4ª Taça de Portugal que o FC Porto conquistou até essa altura. Uma prova do imenso sucesso do clube após a revolução de Abril (actualmente o FC Porto tem 13 títulos!).

«Curiosidades FCP» - A 1ª vitória em San Siro

“Hoje arrancámos para um FC Porto de aura europeia”. Foram as primeiras palavras de José Maria Pedroto depois de eliminar o AC Milan, em pleno San Siro, da Taça dos Clubes Campeões Europeus, época 1979/80. Depois de empatar nas Antas a zero, o FC Porto derrotou o Milan em Itália por 1-0, com um golo de Duda (na foto), aos 60 minutos de jogo. O campeoníssimo Milan, orientado pelo carismático Nils Liedholm e com Albertosi, Franco Baresi, Walter Novellino, Gianni Rivera, Fabio Capello e Albertino Bigon, entre outros, no plantel, caía aos pés do FC Porto de José Maria Pedroto, naquela que foi a primeira vitória do FC Porto em San Siro.
Segundo relatos da época, a anteceder essa partida houve uma grande polémica entre Pedroto e o então seleccionador nacional, Mário Wilson. O ex-treinador do Benfica convocou vários jogadores do FC Porto para representar Portugal num jogo particular contra a Espanha, que seria disputado na cidade de Vigo. Esse jogo seria realizado entre os dois jogos do FC Porto para a Taça dos Campeões Europeus frente ao AC Milan, o que evidentemente prejudicava a preparação da equipa de Pedroto. Ficou acertado que os jogadores do FC Porto se iriam juntar ao grupo da Selecção Nacional, que vinha de Lisboa, na Estação de Comboios de Campanhã, no Porto. Aí, em vez dos jogadores do FC Porto, estava uma verdadeira multidão em fúria que apedrejou o comboio que transportava a Selecção de Portugal.
Apesar de ter eliminado o Milan, José Maria Pedroto foi multado pelas instâncias federativas em 500 escudos e, em jeito de reacção, acrescentou: “Quando disse que Mário Wilson, como treinador, era um palhaço, não tive intenção de ofender os palhaços.”

PS: Se alguém souber os «onzes» dessa histórica partida, faça o favor de acrescentar. Obrigado.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Rodriguez e as relações Benfica/FC Porto

Na sua edição de ontem, o jornal «A Bola» garante que o FC Porto sondou o empresário do uruguaio Christian Rodriguez (na foto), de forma a obter informações para uma eventual transferência do jogador para o FC Porto. A notícia até nem surpreende, tendo em conta o grande número de jogadores que já foram alvo de interesse dos dois clubes num passado recente. Aliás, depois do desentendimento entre Pinto da Costa e José Veiga, as relações entre FC Porto e Benfica têm sido tudo menos cordiais. Mas vamos lá recordar como tudo começou.
Em 1998 teve início o processo que levaria ao ódio que muitos dizem ser eterno entre Pinto da Costa e José Veiga. Apesar de ainda hoje não se saberem todos os motivos da zanga entre Veiga e Pinto da Costa, tudo teve origem numa divergência antes da saída de Sérgio Conceição do FC Porto. Após esse desentendimento, Veiga ainda levou às Antas uma proposta da Lázio por Sérgio Conceição, mas o negócio acabou por ser finalizado pelo empresário Luciano D'Onófrio. A partir desse momento, José Veiga deixou de negociar com o FC Porto e com Pinto da Costa. Uns anos mais tarde, motivado por um sentimento de vingança, Veiga resolve aliciar Luis Filipe Vieira com dois jogadores do FC Porto, dos quais era representante, Drulovic e João Manuel Pinto. O então responsável pelo futebol do Benfica resolve, de forma habilidosa, quebrar um acordo verbal, celebrado entre os três grandes, que não permitia o aliciar de jogadores que ainda estivessem vinculados ao clube que representavam.Terminado o contrato com o FC Porto em 2000/01, Drulovic transferiu-se livremente para o Benfica na época seguinte. Um processo conturbado, já que o FC Porto lhe propôs a renovação do contrato quando o sérvio já se tinha comprometido com o Benfica. Luis Filipe Vieira, aproveitando o desentendimento de José Veiga com o FC Porto, rompeu o acordo verbal que existia entre os três grandes, argumentando que os jogadores lhe tinham sido oferecidos por um empresário, e deu início à actual guerra entre os dois clubes. Depois disso, o FC Porto garantiria a aquisição de alguns jogadores por quem o Benfica se interessara. Paulo Santos, Maniche, Marco Ferreira, Jankauskas, Hélder Postiga, Hugo Leal, Sokota, Kazmierczak e Edgar foram apenas alguns dos jogadores resgatados pelo FC Porto ao seu rival. Mas pelos vistos, outros se seguirão!

A «foto do dia» - O cartaz promocional do Cardiff City - FC Porto (1968)

Hoje recuperamos o cartaz promocional da 1ª eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças, entre o Cardiff City e o FC Porto, relativa à longínqua época de 1968/69.
O Cardiff City foi o quinto clube que o FC Porto defrontou nas competições europeias. Depois da estreia, em 1956/57, frente ao Athletic Bilbao, seguiram-se o Red Star Bratislava, o Olympique Lyon, o 1860 Munique e, em 1968, os galeses do Cardiff City. Apesar de ter empatado em Cardiff (2-2), num jogo disputado a 18 de Setembro de 1968, o FC Porto seguiu em frente, depois de vencer os galeses, em casa, por 2-1.
Os «Blue Birds», como ficaram conhecidos na Grâ-Bretanha, foram até hoje a única equipa, fora de território inglês, a vencer a FA Cup (Taça de Inglaterra). O feito foi conseguido na época 1966/67, quando o Cardiff City venceu o Arsenal por 1-0. Depois de vencer os londrinos na Final da FA Cup, os galeses ganharam o direito de disputar a Taça UEFA, atingindo as meias finais da competição em 1967/68.
O Cardiff City foi fundado em 1899, e pelos seus quadros passaram alguns jogadores conceituados como Tony Vidmar, Robert Earnshaw e John Toshack, entre outros. Apesar de actualmente não ter o reconhecimento de outrora, o Cardiff City continua a ter muitos simpatizantes em território britânico. O futebolista do Manchester United, Ryan Giggs, e a banda 'rock' Super Furry Animals, são alguns dos muitos fans deste histórico clube galês, que se cruzou com o FC Porto em 1968.

«Curiosidades FCP» - O emblema do FC Porto

O actual emblema do FC Porto, apesar de ter sofrido algumas alterações durante a sua história, ainda mantem alguns traços do símbolo que inicialmente foi concebido para promover e identificar o clube.
O primeiro emblema do FC Porto foi criado em 1910. Um símbolo muito simples: uma bola de futebol azul com as iniciais FCP a branco. Em 1922, o emblema do FC Porto sofreu a maior alteração de toda a sua história, ficando muito próximo daquele que hoje conhecemos. O mentor do novo emblema foi um antigo jogador do FC Porto, Augusto Baptista Ferreira, mais conhecido por Simplício, que resolveu unir o símbolo do FC Porto ao brasão da cidade (que em 1940 também foi alterado, passando a ser aquele que conhecemos actualmente). Simplício criou um emblema belíssimo, com muita história associada e bem representativo da cumplicidade entre o clube, a cidade do Porto e as suas gentes. Sobre a antiga bola de futebol azul foi acrescentado o brasão da cidade (na foto), onde estão as armas que D. Maria II atribuiu ao Porto em Janeiro de 1837, com a figura do Dragão no topo, um símbolo de misticismo e de poder, e em cujo pescoço está uma fita com a palavra Invicta. Um título acrescentado aos que a cidade na altura já possuía: Antiga, Mui Nobre e Sempre Leal.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Fim-de-semana gordo!

Foi um fim-de-semana em cheio para as principais modalidades do FC Porto. Depois das vitórias de Sábado, no Hóquei, no Andebol e no Futebol, no Domingo foi a vez da secção de Basquetebol mostrar o caminho para os ambicionados títulos. Fantástica, e emocionante, a vitória na Final da Taça da Liga sobre a Ovarense, após dramático prolongamento, por 67-64. Um triplo de Frederick Gentry, convertido no último segundo, valeu ao FC Porto a vitória na 19ª edição da Taça da Liga. Nuno Marçal foi eleito o MVP do jogo.
Defrontando o adversário da Final do play-off da época passada, o FC Porto deu uma excelente demonstração de querer ao vencer a Ovarense com muitos jogadores formados no clube e perante uma equipa com um orçamento bem mais elevado.
Neste fim-de-semana, o FC Porto deu uma impressionante demonstração de vitalidade nas suas principais modalidades. No Andebol, vitória sobre o Espinho por esclarecedores 33-16, no Hóquei, demonstração de força dos Hexacampeões com vitória na Luz por 4-2, no Futebol, goleada por 4-0 sobre a União de Leiria, e no Basquetebol, vitória dificílima sobre o eterno rival Ovarense.
É a 4ª Taça da Liga de Basquetebol que o FC Porto venceu nos últimos 9 anos da competição, recuperando um título que vencera pela última vez em 2003/04, nos Açores.
Obrigado rapazes!

O «cromo do dia» - Rolando

Foi um dos mais carismáticos capitães de equipa de toda a história do FC Porto.
José Rolando Andrade Gonçalves nasceu no Porto a 11 de Junho de 1944. Rolando foi um excelente defesa central que representou o FC Porto durante mais de uma década, entre 1963 e 1976, e que ainda jogou uma época no Salgueiros, emprestado pelo FC Porto, quando foi promovido a sénior. Rolando, juntamente com Américo, Custódio Pinto, Rodolfo (de quem foi adjunto no Tirsense), Pavão e Nóbrega, entre outros, acabou por marcar uma época no FC Porto. Aliás, Rolando era o capitão do FC Porto no fatídico jogo com o Vit. Setúbal, aquando do falecimento de Pavão. Apesar de Pavão ser o líder natural dessa equipa, devido à personalidade que evidenciava fora e dentro de campo, no início dessa época havia pedido para deixar de ser o capitão, cargo que voltou a pertencer a Rolando. Depois de se assumir como um dos melhores defesas centrais da sua geração, Rolando seria chamado a representar a Selecçção Nacional, acabando por ser internacional A por 8 vezes. Apesar de nessa altura nunca se ter sagrado campeão nacional pelo FC Porto, sê-lo-ia mais tarde, como técnico das camadas jovens do seu clube do coração.
Actualmente, ainda é funcionário do FC Porto no Departamento de Futebol, servindo as camadas jovens do clube e o seu gabinete de prospecção.

A «foto do dia» - Bilhete da Final da Taça de Portugal de 1984

Antecipando o jogo sensação da Taça de Portugal, do próximo fim-de-semana, entre o Sertanense e o FC Porto, recuperamos um bilhete da inédita Final da Taça de Portugal, entre o FC Porto e o Rio Ave, disputada a 1 de Maio de 1984.
Os dois clubes encontraram-se no Estádio Nacional tendo o FC Porto vencido os vila condenses por 4-1. O FC Porto chegou ao Jamor depois de eliminar o Sporting nas meias-finais, enquanto que o Rio Ave eliminou o Vit. Guimarães, ambos após um segundo jogo, depois dos empates nas primeiras partidas.
Nessa Final da Taça, o FC Porto foi orientado pelo adjunto António Morais, uma vez que a doença de Pedroto já o impossibilitava de ir para o banco. Do outro lado, estava o Rio Ave orientado por Félix Mourinho, com o defesa central Baltemar Brito, que seria adjunto de Mourinho no FC Porto, e com o médio Quim, que se transferiu para o FC Porto dois anos mais tarde. Apesar de nessa edição da prova o Rio Ave ter sido a equipa sensação, os vila condenses não conseguiram surpreender o FC Porto que, duas semanas depois, marcaria presença na Final da Taça das Taças, em Basileia, frente à Juventus.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Tango argentino no fado de Quaresma!

Confirmou-se o excelente momento de forma do FC Porto. Depois das boas exibições frente ao Braga e frente ao Sporting, o campeão voltou a empolgar. Apesar do União de Leiria ser último classificado, o FC Porto entrou muito forte no jogo e respeitou o seu adversário. Grande primeira parte dos campeões, com muita intensidade e sempre à procura do golo. Excelente dinâmica ofensiva!
Na primeira parte, Farías, Lisandro Lopez, Lucho Gonzalez e Quaresma "atropelaram" a defesa do União com excelentes combinações de ataque: 3-0 ao intervalo!
O bom momento de Farías foi premiado com dois golos. Dois cruzamentos teleguiados de Quaresma,...dois golos de "Tecla" Farías! Um avançado que mantém o título de 2º melhor marcador do futebol argentino em actividade, atrás de Martin Palermo, tem que ter qualidade!
No FC Porto, a cumplicidade entre os argentinos foi muito forte, e com um Quaresma "possuído" na procura do golo, seria difícil ao União de Leiria fazer melhor.
Na segunda parte, os campeões baixaram o ritmo de jogo e depois do quarto golo, e das substituições, o jogo não fluiu com a mesma naturalidade. Valeram os frenéticos 60 minutos iniciais!
Segue-se, depois da Taça de Portugal, a visita à Madeira para defrontar o Marítimo.

«Curiosidades FCP» - O Mundialito de 1987

O Mundialito de Clubes foi uma competição não-oficial, que envolvia clubes da Europa e da América do Sul, realizada durante a década de 80 na cidade de Milão, e que era organizada por um canal de televisão italiano, o Canale 5.
A edição de 1987 contou com as presenças do Barcelona (cartaz na foto), do Inter, do FC Porto, do AC Milan e do PSG. A competição, disputada no sistema de todos contra todos, realizou-se no Estádio San Siro, no Verão de 1987. O FC Porto chegava ao Mundialito como campeão da Europa, depois de ter vencido o Bayern, umas semanas antes, em Viena. O AC Milan venceu o torneio consentindo apenas um empate, enquanto que o FC Porto seria segundo classificado com 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota. No primeiro jogo, o FC Porto foi derrotado pelo AC Milan 2-0 (Virdis aos 30' e Borghi aos 47'), vingando-se 4 dias mais tarde com uma vitória sobre os eternos rivais do AC Milan, o Inter, também por 2-0 (Jorge Plácido aos 20' e Frasco aos 49'). No seu terceiro jogo na competição, o FC Porto empatou com o Barça 1-1 (André aos 85' e Lopez aos 16'), despedindo-se do Mundialito com uma vitória sobre o PSG por 1-0 (Sousa aos 5'). O avançado Virdis, do AC Milan, foi o melhor marcador do torneio, com 3 golos.
Aqui ficam os resultados e classificação final da competição:

AC Milan - FC Porto 2-0
Inter - Paris St Germain 0-0
Inter - Barcelona 3-1
Paris St Germain - AC Milan 0-1
FC Porto - Inter 2-0
Barcelona - Paris St Germain 3-1
FC Porto - Barcelona 1-1
AC Milan - Inter 0-0
Paris St Germain - FC Porto 0-1
Barcelona - AC Milan 0-1

Classificação:
1º AC Milan: 7 pontos
2º FC Porto: 5 pontos
3º Inter: 4 pontos
4º Barcelona: 3 pontos
5º PSG: 1 ponto

A «foto do dia» - FC Porto 1938/39

Hoje recuperamos uma foto de finais dos anos 30 quando o FC Porto se sagrou bi-campeão nacional. Estávamos na época 1938/39 e numa altura em que o FC Porto já tinha abandonado o Campo da Rua da Rainha, passando a jogar no Campo da Constituição, mas com os encontros mais importantes a continuarem a ser realizados no campo do Lima, que era utilizado pelo Académico.
Sob o comando de Mihaly Siska, que foi campeão pelo FC Porto nas décadas de 20 e 30, e com Pinga (na foto, é o 2º em baixo a contar da esq.) a assumir o maior protagonismo, o FC Porto venceu o campeonato nacional sendo derrotado apenas 1 vez (4-1 frente ao Benfica), numa competição disputada por 8 clubes. O FC Porto venceu 10 dos 14 jogos que realizou nessa época, registando duas goleadas: frente ao Casa Pia (10-0) e frente ao Académico do Porto (1-12). Costuras, do FC Porto, seria o melhor marcador da prova, com 18 golos.
Na época seguinte, o FC Porto voltaria a ser campeão, mas depois desse bi-campeonato, o clube passou 15 épocas sem vencer o título, de 1940 a 1955.