segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ilibados!

O Tribunal de Instrução Criminal do Porto decidiu não levar a julgamento Pinto da Costa e Reinaldo Teles pelo processo relativo ao jogo FC Porto - Estrela, da época 2003/04. Além de ter ilibado Pinto da Costa, o juiz de instrução Artur Ribeiro ordenou que fosse enviada ao DIAP certidão das declarações prestadas pela testemunha Carolina Salgado, com vista a um eventual procedimento criminal por testemunho agravado falso. Ou seja, o testemunho de Carolina Salgado, além de não ser credível, foi considerado falso. Carolina Salgado arrisca agora uma pena de prisão até 5 anos.
Ainda bem que Maria José Morgado não é juíza! Ser juiz pressupõe ser imparcial, justo e neutral, adjectivos que não se aplicam à Procuradora. Recorde-se que o processo FC Porto - Estrela foi reaberto pela equipa de Maria José Morgado depois de ter sido arquivado por falta de provas. A Procuradora abriu um precedente gravíssimo ao reabrir um processo tendo por base declarações de uma alternadeira! Um capricho da Procuradora que, sem provas consistentes que incriminassem Pinto da Costa, resolveu ter em conta os testemunhos pouco lúcidos de Carolina Salgado.
Mas o juiz entendeu que "só ficcionando ou conjecturando" se encontraria "nexo de causalidade" entre os factos relatados por Carolina Salgado e o que de facto deu origem à acusação. Isto retrata bem a lucidez da testemunha!
A ansiedade em levar Pinto da Costa a tribunal era tão grande que a Procuradora, obcecada com o sub-mundo do futebol, se precipitou e chamou a depor a perturbada Carolina Salgado.
Uma impaciente esta Maria José Morgado!

O «cromo do dia» - Dale Dover

Voltamos a deixar o universo do futebol para recordarmos uma figura mítica do Basquetebol do FC Porto: Dale Dover.
Este norte-americano é ainda hoje a maior lenda do basquetebol do FC Porto e talvez o melhor jogador de toda a história da nossa Liga. Dover chegou ao FC Porto no início da década de 70 (jogou com Alberto Babo e com Fernando Gomes, o actual administrador da SAD do FC Porto), apresentando no currículo uma passagem marcante pela formação da Universidade de Harvard.
Inicialmente, Dover fora contratado para jogar na equipa do Banco Pinto de Magalhães mas o próprio Afonso Pinto de Magalhães, na altura Presidente do FC Porto, quando viu Dover jogar deu imediatamente ordens para o jogador representar a equipa do FC Porto tal o seu potencial. Apesar de nessa altura o FC Porto jogar em casa emprestada, no Pavilhão Rosa Mota ou no pavilhão do Futebol Clube de Gaia, a verdade é que se começaram a reunir autênticas multidões nos pavilhões aonde o FC Porto se deslocava, com o claro objectivo de ver jogar o melhor basquetebolista norte-americano que passou pelo nosso país.
Dover tornou-se jogador/treinador do FC Porto e acabou por ser ele o maior responsável pelo regresso do FC Porto aos títulos, em 1971/72, depois de um longo jejum de 19 anos. Apesar de só ter representado o FC Porto durante 3 épocas (saiu em 1974), ainda hoje os mais velhos se recordam (e veneram!) deste fantástico basquetebolista.

A «foto do dia» - A festa do golo de Zé Carlos

Hoje recordamos a festa do terceiro golo do FC Porto na vitória por 3-2 frente ao Werder Bremen, na 1ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, época 1993/94. Foi Zé Carlos a garantir a vitória nessa partida. Um brasileiro que chegou ao FC Porto no início da década de 90, vindo do Flamengo, e que esteve emprestado ao Gil Vicente antes de se afirmar definitivamente nas Antas. Apesar de não ter sido muito utilizado, devido à forte concorrência de Stéphane Demol, Aloísio, Fernando Couto e Jorge Costa, Zé Carlos ainda participou em alguns jogos da Liga dos Campeões. Neste jogo, disputado no Estádio das Antas a 24 de Novembro de 1993, o FC Porto esteve a vencer o Werder Bremen por 3-0 mas nos últimos 5 minutos sofreu dois golos que quase colocaram em causa a vitória no primeiro jogo da fase de grupos da Champions. O FC Porto já vencia por 2-0, com golos de Domingos aos 7' e Rui Jorge aos 34', quando Zé Carlos garantiu a vitória aos 82'. Os alemães ainda reduziram por Hobsch, aos 85', e por Rufer, aos 86', mas já não foram a tempo de igualar a partida.

sábado, 28 de junho de 2008

Negociável mas...

Pois é, parece que é desta que o «Harry Potter» vai deixar o Dragão. O cerco intensifica-se e Quaresma já garantiu que está na hora de voltar a emigrar. Apesar de tudo se conjugar para a saída do cigano, a verdade é que o FC Porto não está a facilitar nas negociações com o Inter de Milão. O objectivo parece claro: bater o record da transferência de Anderson, que saiu para Manchester a troco de 31 milhões de euros. Para superar essa quantia, o Inter está disponível a incluir jogadores no negócio de forma a reduzir a cláusula de rescisão, mas é pouco provável que o FC Porto vá ceder a essas pretensões já que num passado recente apenas a transferência de Deco envolveu outro jogador no negócio, precisamente Quaresma.
É curioso que, apesar de Quaresma ser o jogador mais caro do plantel do FC Porto, a sua influência no «onze» não é tão significativa como a de Bruno Alves, Lucho Gonzalez ou Lisandro Lopez. Ou seja, o FC Porto tem a possibilidade de fazer um grande negócio sem hipotecar a estrutura que tem garantido os títulos. Contudo, José Mourinho sabe que ali se esconde muito potencial e que a nossa Liga começa a ser "curta" para Ricardo Quaresma. Fica uma certeza, haverá adeptos a lamentar a saída e outros a congratularem-se com o negócio. Tal como as exibições em campo, a saída do «Harry Potter» não será consensual.
Agora, esperemos que não seja difícil convencer Lucho a ficar. 'El Comandante' é o verdadeiro imprescindível!

«Curiosidades FCP» - O último troféu internacional que o Bi-Bota d'Ouro levantou

Foi há mais de 20 anos que o eterno capitão Fernando Gomes levantou o último troféu internacional conquistado com a camisola do seu clube de sempre. Foi no final do jogo frente ao Ajax, relativo à 2ª mão da Supertaça europeia, disputada no Estádio das Antas a 13 de Janeiro de 1988, que o Bi-Bota d'Ouro se despediu das conquistas internacionais que o acompanharam nos últimos anos da sua carreira nas Antas.
Foi de frente para a antiga Arquibancada do Estádio das Antas que Gomes ergueu a Supertaça que lhe acabava de ser entregue por um responsável da UEFA (na foto são ainda visíveis Rui Barros e Lima Pereira).
Apesar do treinador de então, Tomislav Ivic, ter assumido numa entrevista que “Gomes é finito!”, a empatia e cumplicidade do ponta-de-lança com os sócios e adeptos mantinha-se intocável. Arriscamos a dizer que o carisma e popularidade de Fernando Gomes junto dos adeptos não tiveram sequência em mais nenhum jogador que tenha passado pelo FC Porto num passado recente (talvez Vítor Baía se aproxime...).
Apesar do desgaste provocado pelas declarações de Tomislav Ivic, o treinador que se seguiu, Quinito, tratou de repor o prestígio e influência do jogador, afirmando: “Comigo, é Gomes e mais dez!”. Gomes até renovou o contrato mas acabou por deixar o FC Porto na época seguinte, depois de um atrito com Octávio Machado, e ingresssar no Sporting. Um "erro de casting" corrigido dois anos depois com o regresso à cidade Invicta. Por agora fica uma certeza: Gomes vai voltar a servir o FC Porto, só não se sabe é quando!

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - FC Sion, Taça dos Campeões Europeus 1992/93

Depois de eliminar o US Luxembourg na 1ª eliminatória da Taça dos Campeões Europeus, época 1992/93, o FC Porto teve de ultrapassar o FC Sion, da Suiça, para aceder à fase de grupos da competição.
No jogo da 1ª mão, o FC Porto conseguiu arrancar um precioso empate (2-2) no EstádioTourbillon. Nessa partida, o FC Porto esteve a perder por 2-0 e só muito perto do final conseguiu igualar o jogo. Os suiços adiantaram-se no marcador na segunda-parte por Orlando, aos 55', e, 6 minutos depois, Roberto Assis marcou o segundo para o FC Sion, colocando o resultado num perigosíssimo 2-0 e fazendo soar o alarme na equipa do FC Porto que, após um forcing final, conseguiu igualar com golos de Semedo, aos 80', e de Fernando Couto, aos 82'. Nessa altura, os internacionais brasileiros Roberto Assis (que jogou no Sporting) e Túlio, e o internacional suiço Marc Hottiger, eram os pilares da equipa do FC Sion que se sagrou campeã da Suiça em 1992.
A 2ª mão da eliminatória disputou-se no Estádio das Antas a 4 de Novembro de 1992. Depois de uma primeira-parte sem golos, o FC Porto arrancou para uma segunda-parte de sonho conquistando definitivamente o acesso à fase de grupos da Champions. Os suiços foram "atropelados" com 4 golos sem resposta (Jorge Costa aos 50', Domingos aos 55', Kostadinov aos 63' e Jaime Magalhães aos 87').
Depois de eliminar o FC Sion, o FC Porto ficou colocado no Grupo B juntamente com AC Milan, PSV Eindhoven e IFK Gotemburgo.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

De Rui Águas a Cristian Rodriguez

A recente transferência de Cristian Rodriguez do Benfica para o FC Porto foi apenas mais um episódio nas desavenças entre os dois rivais nos últimos 20 anos. Tudo começou com a ida de Rui Águas (nesta foto surge ao lado de André num dos míticos clássicos dos anos 80) e Dito para as Antas, no Verão de 1988. Foi a primeira transferência controversa entre os dois clubes e a que originou um dos maiores conflitos entre FC Porto e Benfica. No final da época anterior, e depois do FC Porto ter tudo acertado com o Vit. Guimarães para a transferência do jogador Ademir, o Benfica resolveu boicotar o negócio entre os dois clubes aliciando o jogador com quem acabou por chegar a acordo. Ademir acabou por se transferir para o Benfica mas na época seguinte o FC Porto resolveu contra-atacar e foi à Luz resgatar Rui Águas e Dito, na transferência sensação do Verão de 1988.
Depois desse episódio, foram vários os jogadores que se viram envolvidos em transferências entre os dois clubes. Apesar de nem todos terem obtido sucesso depois da mudança, é o FC Porto que leva claramente vantagem das constantes trocas de camisola entre jogadores dos dois clubes. Rui Águas, Iuran, Kulkov, Deco, Maniche e Jankauskas foram excelentes apostas que acabaram por ter sucesso e ficar ligados a algumas das mais importantes conquistas do FC Porto a nível nacional e internacional. Dito, Pedro Henriques, Panduru e Sokota não tiveram a mesma sorte e acabaram por ser muito pouco utilizados. Arriscamos a dizer que, tendo em conta o seu potencial, o uruguaio Cristian Rodriguez vai certamente ficar incluído no grupo dos bem sucedidos.
Além de terem conquistado títulos ao serviço do FC Porto, alguns dos resgatados ao Benfica também proporcionaram mais-valias na altura de deixarem as Antas, pois Deco e Maniche renderam ao FC Porto aproximadamente 30 milhões de euros.
Quanto aos transferidos das Antas para a Luz, são vários os “flops” nos raides surpresa dos encarnados à Invicta. Paulo Pereira, João Manuel Pinto, Peixe, Drulovic e Féher foram muito pouco utilizados na Luz, não tendo o Benfica conseguido valorizar nenhum dos jogadores que depois acabaram por ser dispensados ou emprestados a outros clubes.

«Curiosidades FCP» - O Campo da Constituição nos anos 30

Hoje recuperamos o velhinho Campo da Constituição num clássico, entre FC Porto e Benfica, ali disputado na longínqua época de 1938/39 e que terminou empatado (3-3).
Foi em 1911 que o FC Porto colocou a possibilidade de mudar de casa depois do espaço ocupado pelo Campo da Rainha ter sido disponibilizado para a construção de uma fábrica. Um ano depois, e em Assembleia Geral, foi encontrada uma solução: arrendar um terreno na Rua Constituição por 350 escudos anuais!
O novo campo foi inaugurado no dia 1 de Janeiro de 1913 e ainda hoje, quase 100 anos depois, continua a ser utilizado pelas camadas jovens do FC Porto. Durante um largo período, o Campo da Constituição serviu também de casa a outros clubes, como o Salgueiros, o Vilanovense ou o Sporting de Espinho, a quem o FC Porto subalugava as instalações. Contudo, com a cada vez maior projecção e ambição do FC Porto, o Campo da Constituição começou a revelar-se um espaço demasiado exíguo, já que nos grandes jogos estava quase sempre lotado (reparem que na foto é visível o povo nas janelas e nas varandas).
O recinto chegou a comportar 20 000 pessoas mas até à construção do Estádio das Antas o FC Porto viu-se obrigado a disputar os grandes jogos no Campo do Ameal, do Sport Progresso, ou no Estádio do Lima, do Académico.

sábado, 21 de junho de 2008

Rodriguez e o Heptacampeonato!

Hoje acordei com uma mensagem no telemóvel: "Rodriguez no FC Porto!". Mas o Sábado estava apenas a começar e, ao final da tarde, o Hóquei em Patins do FC Porto garantiu o Heptacampeonato no Pavilhão da Luz.
Apesar de não ser surpreendente, a contratação de Cristian Rodriguez não deixa de ser uma boa notícia, tendo em conta os conturbados momentos que o FC Porto viveu nas últimas semanas. Depois das vitórias no campo e na secretaria, também vencemos o primeiro round no mercado de transferências de Verão.
Tal como tínhamos previsto, a decisão da UEFA, em readmitir o FC Porto na Liga dos Campeões 2008/09, teria efeitos na construção e reforço dos plantéis das 3 equipas portuguesas que tinham interesse na decisão do organismo máximo do futebol europeu. E as consequências aí estão, para bem de uns e mal de outros!
Rodriguez é uma excelente aquisição que, apesar de representar um custo significativo ao nível do seu vencimento, vem reforçar o meio-campo/ataque do FC Porto e, ao mesmo tempo, vem fragilizar o Benfica que fica privado de um dos melhores (talvez o melhor!) jogadores do seu actual plantel. Além disso, o uruguaio é um 2 em 1: pode desempenhar funções no lado esquerdo do ataque e também pode ser utilizado na posição 10. Cristian Gabriel Rodríguez Barotti torna-se no quarto reforço do FC Porto para a nova época, juntando-se a Rolando e a mais dois sul-americanos, Tomás Costa e Nelson Benítez.
Quanto ao Hóquei em Patins, vitória por 4-3 no quarto jogo da final dos “play-off”, a garantir o 17º título do FC Porto na modalidade. Apesar de já se encontrar em vantagem (2-1) na final dos "play-off", o FC Porto preferiu garantir já hoje a conquista do título, evitando um sempre imprevisível quinto jogo. No jogo de hoje, depois dos dois golos de Reinaldo Ventura, o Benfica ainda chegou à igualdade mas no segundo tempo o FC Porto voltou a estar em vantagem com golos de André Azevedo e Caio. Perto do final o Benfica ainda reduziu para 3-4 mas já não foi a tempo de impedir a festa do Hepta em pleno Pavilhão da Luz.
Até hoje, nenhum clube venceu 8 títulos consecutivos nas 5 modalidades mais seguidas pelos adeptos: Futebol, Hóquei em Patins, Voleibol, Basquetebol e Andebol. Se na próxima época o FC Porto vencer o 8º título consecutivo no Hóquei em Patins vai estabelecer um novo record nacional, superando os melhores registos do Instituto Superior Técnico (7 títulos consecutivos no Voleibol) e do Benfica (7 títulos consecutivos no Basquetebol).

A «foto do dia» - Os vencedores da Taça de Portugal 1957/58

Hoje recuperamos a 2ª vitória do FC Porto na Taça de Portugal com o «onze» que defrontou o Benfica na Final do Jamor em 1957/58. Foi sob o comando do brasileiro Otto Bumbel que o FC Porto conquistou a Taça de Portugal, derrotando o Benfica no Jamor por 1-0. Dois anos depois da dobradinha de Dorival Yustrich, o FC Porto voltava a conquistar um troféu que acabou por abrir caminho à conquista do campeonato nacional da época seguinte, já com Béla Guttmann no comando técnico da equipa.
Nessa altura, as eliminatórias da Taça de Portugal eram jogadas a duas mãos e os dois vencedores das meias-finais disputavam com dois clubes das ex-colónias o acesso à Final. Designavam-se por meias-finais da Metrópole e do Ultramar.
Depois de eliminar sucessivamente Sp. Braga, Marítimo e Sporting, o FC Porto defrontou o Desportivo de Lourenço Marques nas meias-finais da Metrópole e Ultramar (na outra meia-final: Ferroviário de Angola-Benfica). Apesar de Benfica e FC Porto serem obrigados a defrontar equipas das ex-colónias em fase tão adiantada da prova, os jogos frente a esses clubes eram uma mera formalidade, tal a diferença de potencial entre os grandes portugueses e as equipas do império colonial.
O FC Porto venceu os dois jogos frente ao Desportivo de Lourenço Marques, por 6-2 e 9-1, acabando depois por derrotar o Benfica no Estádio Nacional por 1-0. Depois dessa vitória, o FC Porto demorou 10 anos a voltar a conquistar a Taça de Portugal.

«Curiosidades FCP» - As duas vitórias na Taça Intercontinental

Foi o francês Henri Delaunay que, em 1960, criou a Taça Intercontinental, uma competição disputada entre os melhores clubes da Europa e da América do Sul. Delaunay foi dirigente do Étoile des Deux Lacs e posteriormente Secretário Geral da Federação Francesa de Futebol e da UEFA, tendo nessa altura criado esta competição que já viu por duas vezes inscrito na lista de vencedores um clube português, o FC Porto.
Actualmente, AC Milan e Real Madrid são os únicos clubes europeus com mais Taças Intercontinental conquistadas que o FC Porto. Os italianos detêm mesmo o record de vitórias na prova com 4 títulos conquistados, enquanto que os espanhóis venceram a competição por 3 vezes. No segundo pelotão encontramos o Ajax, o Bayern de Munique, o Inter de Milão, a Juventus e o FC Porto. Ou seja, só 7 clubes europeus venceram a competição mais do que uma vez, e o FC Porto foi um deles. O FC Porto venceu (2-1) o Peñarol do Uruguai, em 1987, no Estádio Olímpico de Tóquio e repetiu a vitória (8-7 em g.p.) 17 anos depois frente ao Once Caldas da Colômbia, desta vez no Estádio Internacional de Yokohama.
A foto que hoje recuperamos foi captada no final do jogo de Tóquio, em 1987, e nela é possível identificar vários jogadores e dirigentes que nessa altura serviam o clube: Lima Pereira, Gomes, Pôncio Monteiro, Guilherme Aguiar, Mlynarczyc, Celso, Zé Beto, Jaime Magalhães, Quim, Rui Barros, Inácio, Geraldão e Sousa, entre outros. E a neve, claro!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Queres mesmo sair Lucho?

O melhor e mais elegante jogador da nossa Liga sente que chegou a altura de deixar o FC Porto e o futebol português. "Pessoalmente, penso que este é o momento de procurar outro desafio. Já tenho 27 anos e gostaria de experimentar outro país", comentou esta semana Lucho Gonzalez numa entrevista ao jornal 'O Jogo'. Será que é desta que o jogador preferido do "blogger" vai abandonar o Dragão?
O FC Porto foi sempre campeão com Lucho. Foram 3 épocas do argentino ao serviço do FC Porto que corresponderam a 3 vitórias consecutivas no campeonato. É curioso que 'El Comandante' representou dois clubes argentinos exactamente durante o mesmo período de tempo que esteve no Dragão: 3 épocas no Huracán e 3 épocas no River Plate. Apesar de ter representado equitativamente os três clubes, foi no FC Porto que acabou por marcar mais golos. Arriscamos a dizer que de todos os jogadores que neste momento fazem parte do plantel do FC Porto, é a Lucho Gonzalez a quem mais associamos o tricampeonato. Se o médio argentino sair, não é só o FC Porto que fica mais pobre, a nossa Liga perde um jogador de classe mundial e que muitos duvidavam que alguma dia jogasse no campeonato português.
Uma curiosidade: Lucho Gonzalez tem dez tatuagens no corpo, incluindo uma do seu ídolo, Diego Maradona, e outra com o nome da mulher em caracteres chineses.

A «foto do dia» - Um postal de Manchester

Hoje recuperamos um postal comemorativo da vitória (5-2) do Manchester United sobre o FC Porto na 2ª mão da 2ª eliminatória da extinta Taça dos Clubes Vencedores das Taças, época 1977/78. Apesar de os ingleses terem perpetuado a 2ª mão da eliminatória, com o postal alusivo ao jogo, a verdade é que o FC Porto tem mais e melhores motivos para recordar essa eliminatória. É que o jogo da 1ª mão, disputado nas Antas a 19 de Outubro de 1977, marcou uma das melhores exibições europeias do FC Porto em toda a sua história. Uma vitória por 4-0 (Duda aos 8', Duda aos 24', Duda aos 54' e Oliveira aos 60') surpreendeu os ingleses e a Europa do futebol. Um «hat-trick» de Duda, que dois anos depois seria decisivo frente ao AC Milan em San Siro, e um golo de Oliveira deixaram os ingleses praticamente fora dos Quartos-de-final.
Depois da derrocada das Antas, o United tudo fez para em Old Trafford amenizar os 4 golos sofridos no Porto. E a verdade é que o jogo da 2ª mão não foi nada fácil para o FC Porto. Apesar da eliminatória nunca ter estado em perigo, os ingleses protagonizaram um autêntico assalto à baliza do FC Porto e só um inspirado Seninho (autor de dois golos) permitiu ao FC Porto avançar para os Quartos-de-final. Os ingleses venceram o FC Porto por 5-2 num jogo que guarda um feito curioso. Além dos dois golos de Seninho, o já falecido Alfredo Murça, que tinha marcado na vitória por 1-0 frente ao Colónia na eliminatória anterior, também bisou nessa partida mas com dois golos marcados... na própria baliza!
Os ingleses adiantaram-se no marcador por Coppell logo aos 8' mas Seninho sossegou a equipa e os adeptos (o jogo de Old Trafford foi transmitido para Portugal pela RTP) aos 29' com o golo do empate. Os ingleses voltariam a marcar aos 39', por Murça (p.b.), e aos 44', por Nicholl. Ao intervalo, e apesar das vantagem trazida das Antas, um inesperado 3-1 a favor dos ingleses dava para desconfiar. O início da segunda parte foi terrível para o FC Porto porque Coppell voltou a marcar (aos 65') e colocou alguma incerteza quanto ao vencedor da eliminatória. A angústia do FC Porto terminaría aos 85' com o segundo golo de Seninho que arrumou de vez com a eliminatória. Os ingleses voltariam a marcar já em cima dos 90', por Murça (p.b.), mas o FC Porto já estava definitivamente nos Quartos.
Depois da brilhante, e épica, eliminatória frente ao Manchester, o FC Porto seria eliminado da competição nos Quartos-de-final pelo Anderlecht, da Bélgica.

O «cromo do dia» - Mielcarski

Grzegorz Mielcarski nasceu a 19 de Março de 1971 em Chelmno (Polónia). Este antigo avançado da Polónia representou o FC Porto durante 4 épocas mas, logo na primeira época, uma grave lesão nos ligamentos do joelho impediu-o de ser utilizado com maior regularidade nas 3 épocas seguintes. Nessa altura, partilhou idêntica infelicidade com outro jogador de leste que também tinha acabado de chegar ao FC Porto, o húngaro Péter Lipcsei. Quando chegaram, demonstraram ambos grande potencial mas as sempre complicadas e demoradas recuperações não lhes permitiram a afirmação que o potencial de ambos previa.
Mielcarski iniciou a carreira profissional no Olimpia Poznan e dois anos depois já se aventurava no estrangeiro para jogar no Servette, da Suiça. A experiência não correu bem e, com apenas 23 anos, acabou por regressar à Polónia para jogar no Górnik Zabrze. Antes de chegar ao FC Porto, em 1995/96, ainda representou um clube grande do futebol polaco, o Widzew Lódz. Foi neste histórico clube polaco que Mielcarski confirmou a sua veia goleadora, acabando por ser adquirido pelo FC Porto na época seguinte e já depois de ter ajudado a Polónia a conquistar a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Barcelona. Nas Antas, mesmo sem ser muito utilizado, venceu as três provas nacionais (Campeonato, Taça e Supertaça) apesar de ter marcado apenas 8 golos durante as 4 épocas que permaneceu no FC Porto. Além da grave lesão que o atormentou, ainda teve de travar uma luta por um lugar no ataque do FC Porto com Rui Barros, Domingos, Artur, Jardel e Edmilson, entre outros. Depois de deixar o FC Porto, Mielcarski representou sucessivamente, e durante 1 época, três clubes diferentes: Salamanca, Pogon e AEK de Atenas, acabando depois por regressar à Polónia, e ao Amica Wronki, onde terminou a carreira.
Em 2006 era director desportivo do Wisla Cracóvia mas demitiu-se das suas funções após uma série de discordâncias com os responsáveis do clube polaco. Na altura, o seu grande amigo e treinador do Wisla, Dan Petrescu, reconheceu que a saída de Mielcarski foi um erro: "Estou triste com a sua saída. O Grzegorz tinha uma filosofia semelhante à minha. Era a pessoa com quem melhor me relacionava em Cracóvia". Foi a última vez que ouvimos falar neste antigo ponta-de-lança do FC Porto e da Selecção da Polónia.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Aí vamos nós Champions!

A UEFA confirmou que o FC Porto foi admitido a participar na Champions League de 2008/09. O organismo máximo do futebol europeu ficará agora a aguardar uma decisão do Conselho de Justiça da Federação para se voltar a pronunciar. No entanto, uma decisão definitiva já não terá implicações nesta época, ou seja, o FC Porto vai continuar a partilhar com o Manchester United a primeira posição nos clubes com maior número de presenças na prova. «...O FC Porto foi admitido a participar na UEFA Champions League de 2008/09. Esta decisão deve-se essencialmente ao facto dos procedimentos legais em Portugal ainda não terem terminado», lê-se no comunicado da UEFA.
Mais do que premiar a equipa que dentro de campo garantiu o direito de participar na prova, a decisão da UEFA vem penalizar quem quis fazer valer os seus argumentos na secretaria. Para o FC Porto, esta decisão permite-lhe agora "arrumar a casa". Apesar de Pinto da Costa ter garantido que a decisão da UEFA não condicionaría a próxima época, é natural que nos próximos dias haja novidades quanto a permanências, saídas e entradas no plantel. Sejamos claros, é completamente diferente planear uma época com ou sem Champions League, até na gestão das expectativas dos adeptos. A Champions League é a cereja no topo do bolo dos grandes clubes europeus.
Na impossibilidade de apagar a má imagem do FC Porto a nível internacional, depois do escândalo Apito Dourado, valha-nos a complexidade da lei e o bom senso da UEFA para revogar a decisão de excluir o FC Porto da Champions. Não se pode revogar também a memória?

Eusébio: "Faz falta à Selecção um ponta-de-lança como Fernando Gomes."

Foi uma declaração que recentemente surpreendeu os jogadores da linha avançada da Selecção portuguesa. "Faz falta à Selecção um ponta-de-lança como Fernando Gomes, que em 3 cruzamentos fazia pelo menos 1 golo", comentou recentemente Eusébio quando confrontado com as actuais lacunas na Selecção portuguesa.
As recentes declarações do "King" são um pretexto para recordarmos as prestações do Bi-Bota d'Ouro ao serviço da nossa Selecção. A verdade é que as palavras de Eusébio são algo excessivas tendo em conta apenas as estatísticas associadas às prestações de Fernando Gomes pela nossa Selecção. Apesar do antigo ponta-de-lança apresentar uma fantástica média de golos marcados ao serviço do FC Porto, as prestações do Bi-Bota d'Ouro ao serviço da Selecção portuguesa não são proporcionais às recentes declarações de Eusébio. Apesar da sua carreira na Selecção Nacional ter sido longa (estreou-se em 1975), Gomes marcou apenas 13 golos em 48 jogos por Portugal. Contudo, Gomes foi importantíssimo em duas fases de qualificação: para o Euro 84 e para o Campeonato do Mundo do México 86. Foi pena que depois, durante a fase final dos dois torneios, os golos lhe tenham virado as costas. Na verdade, os seleccionadores nacionais não souberam, ou não conseguiram, tirar o devido proveito das características do Bi-Bota d'Ouro, que ao serviço do FC Porto apresenta a impressionante marca de 288 golos marcados durante a sua carreira. Notável!
De qualquer forma, fica a homenagem do "King" ao maior goleador de todos os tempos do futebol português.
A ilustar o "post", uma foto de Gomes a disputar uma bola perante o olhar de Stuart Pearce e Brian Robson no jogo entre Portugal e a Inglaterra do Mundial do México 1986.

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - Vardar Skopje, Taça dos Clubes Campeões Europeus, época 1987/88

Hoje recuamos à 1ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus, época 1987/88, com o bilhete do FC Porto - Vardar Skopje, relativo à 1ª mão da eliminatória.
O Vardar Skopje é um clube da República da Macedónia que na altura disputava o campeonato da Jugoslávia. O Vardar foi protagonista de uma autêntica proeza pois foi o único clube macedónio a vencer o campeonato da ex-Jugoslávia quando, em 1987, conseguiu quebrar a hegemonia dos históricos Estrela Vermelha, Partizan de Belgrado, Dinamo de Zagreb e Hajduk Split, que nessa altura disputavam a mesma liga ainda antes do desmantelamento da Jugoslávia. Actualmente, o clube disputa a liga da Macedónia e as conquistas têm sido bem mais frequentes, isto porque depois de deixar a liga jugoslava o Vardar já se sagrou por 5 vezes campeão da Macedónia. Depois da conquista do título de 1987, o Vardar Skopje ganhou o direito de no ano seguinte disputar a Taça dos Clubes Campeões Europeus, mas os jugoslavos não tiveram sorte porque logo na primeira eliminatória cruzaram-se com o detentor do troféu, o FC Porto.
A 1ª mão disputou-se nas Antas a 16 de Setembro de 1987 tendo o FC Porto vencido o Vardar por 3-0 (Rabah Madjer aos 12', Antonio Sousa aos 52' e Rabah Madjer aos 84'). Apesar de não ter marcado qualquer golo ao FC Porto nas duas mãos da eliminatória, o Vardar tinha ao seu serviço o temível ponta-de-lança Darko Pancev. Este antigo avançado da Jugoslávia, que foi campeão da Europa pelo Estrela Vermelha, é ainda hoje o melhor marcador da história do Vardar com a impressionante média de 132 golos em 207 jogos.
Apesar da eliminatória ter ficado resolvida nas Antas, o FC Porto voltaria a vencer em Skopje também por 3-0 (Antonio Sousa aos 38', Jaime Magalhaes aos 64' e Rabah Madjer aos 66').
Depois do Vardar Skopje seguiu-se o Real Madrid na 2ª eliminatória.

sábado, 14 de junho de 2008

Cavaco emendou Sampaio

Foi tardia mas justa a homenagem ao jogador com mais títulos conquistados a nível mundial. Vítor Baía foi condecorado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, com o grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. O complemento perfeito aos 32 títulos conquistados pelo «99». Vítor Baía entrou no lote restrito de desportistas distinguidos no 10 de Junho, do qual fazem parte Eusébio, Figo e José Mourinho. Este galardão é uma Ordem honorífica que visa distinguir a prestação de serviços relevantes a Portugal, no país ou no estrangeiro, ou serviços na expansão da cultura portuguesa, sua História e seus valores.
Apesar do FC Porto e Vítor Baía terem justificado uma condecoração por alturas da conquista da Liga dos Campeões (ou da Taça Intercontinental), o Presidente da República de então, Jorge Sampaio, não se dignou a receber e a condecorar o FC Porto quando mais se justificava. Recorde-se que nesse ano o ex-Presidente da República resolveu condecorar outras personalidades que pouco ou nada de relevante trouxeram à imagem do país ou à sociedade civil. Mais do que uma escolha consensual, as opções de Jorge Sampaio pareceram meros caprichos ou gostos particulares que na altura não obtiveram o consenso de grande parte da opinião pública. Senão reparem, entre os distinguidos encontravam-se: Catarina Furtado, o cantor Luís Represas, a jornalista Leonor Pinhão, o cineasta (?!) João Botelho e a ex-ministra da Saúde de Cavaco Silva, Leonor Beleza. É no mínimo surpreendente o campeão da Europa ter ficado de fora. Um preconceito do ex-Presidente da República que Cavaco Silva emendou com a distinção concedida a Vítor Baía.

PS: tal como tínhamos previsto, os argumentos jurídicos apresentados pelo FC Porto poderiam ser suficientemente consistentes numa possível anulação da decisão da Comissão de Controlo e Disciplina da UEFA. O Comité de Apelo anulou a primeira decisão e o processo volta à primeira instância. Por agora, os «batoteiros de Platini» voltam à Champions enquanto que os oportunistas vão ter que esperar!

«Curiosidades FCP» - O regresso de Pedroto

Hoje recuperamos a assinatura de um dos contratos mais importantes da história do FC Porto e do futebol português.
O marcante segundo regresso de Pedroto ao FC Porto como treinador foi patrocinado pelos dois homens que o ladeiam na foto: Américo de Sá e Pinto da Costa.
Foi no final da época 1975/76 que o Presidente Américo de Sá deu plenos poderes a Pinto da Costa para negociar com José Maria Pedroto o seu regresso ao clube como técnico. Segundo relatos da época, Pedroto terá imposto apenas uma condição para assinar contrato com o FC Porto: que Pinto da Costa fosse o Chefe do Departamento de Futebol. E assim foi!
Depois de na primeira época (1976/77) ter vencido a Taça de Portugal, a dupla Pedroto-Pinto da Costa garantiu o regresso do clube ás vitórias no campeonato nacional, na época 1977/78, depois do mais longo jejum da sua história. Mais tarde, Pedroto e Pinto da Costa viríam a incompatibilizar-se com o Presidente Américo de Sá, dando origem ao célebre «Verão Quente» de 1980 que abordaremos num próximo "post".

sexta-feira, 13 de junho de 2008

A «foto do dia» - A revista «Onze» de Dezembro de 1987

Hoje recuperamos a 1ª página da edição portuguesa da revista «Onze» que antecipava a Final da Taça Intercontinental, entre o FC Porto e o Peñarol do Uruguai, disputada em Dezembro de 1987, em Tóquio.
A revista «Onze» era uma publicação francesa que passou a ser denominada «Onze Mondial» depois de 1989. A «Onze Mondial» só por uma vez premiou um português com o troféu em ouro, foi quando nomeou José Mourinho treinador do ano em 2005 (Figo e Ronaldo foram segundos classificados em 2000 e 2007, respectivamente). Esta edição da antiga «Onze» está associada a uma das melhores épocas de sempre do FC Porto a nível nacional e internacional. Nessa época, o FC Porto de Tomislav Ivic só caiu na Taça dos Campeões Europeus depois de ser eliminado pelo Real Madrid na 2ª eliminatória da competição. Ao campeonato nacional, à Taça de Portugal, à Supertaça europeia e à Taça Intercontinental faltou apenas juntar a Taça dos Campeões Europeus para a época ser perfeita.
Nesta foto, captada no Estádio das Antas antes do jogo de Tóquio, o FC Porto surge com o equipamento alternativo e com algumas alterações no «onze» mais utilizado por Ivic. João Pinto, André e Fernando Gomes cederam os seus lugares aos menos utilizados Bandeirinha, Jaime Pacheco e Jorge Plácido.
Em cima: Mlynarczyk, Geraldão, Celso, Bandeirinha, Jorge Plácido, Inácio;
Em baixo: Jaime Magalhães (cap.), Madjer, Jaime Pacheco, Rui Barros, Sousa;

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Conformados?

Além da defesa do FC Porto ser complicada a nível jurídico, a defesa da imagem e da credibilidade do clube junto dos seus adeptos também não está a ser famosa.
Na entrevista à SIC, Pinto da Costa pareceu sempre mais conformado do que indignado.
Aliás, a presença do Presidente na SIC pareceu demasiado forçada. Não houve nenhum coelho saído da cartola nem justificações que tranquilizassem os adeptos. Afinal, não havia muito para dizer. O Presidente gastou o tempo com argumentos que possam vir a compensar uma suposta suspensão. "A cotação das acções até subiu" e "o investimento na equipa de futebol não vai abrandar" afirmou Pinto da Costa. É realmente isso que está em causa?
Esgotados os verdadeiros argumentos de defesa, parece chegada a altura em que os recursos e os apelos se vão eternizar. Agora, só os erros no processo e as lacunas na lei podem salvar o FC Porto. Ou isso ou os lobbies junto do CJ da Federação!
Se de facto o FC Porto for castigado pela UEFA, será importante um assumir de culpa de toda a SAD e não fazer recair no Gabinete Jurídico as responsabilidades por não ter encontrado na lei argumentos suficientes para ilibar o FC Porto de uma trapalhada da qual os serviços jurídicos não são os únicos culpados. Mais grave do que a falta de argumentação foi a indignação já ter dado lugar a algum conformismo.
No futuro, com que legitimidade vamos apontar o dedo a outros?
E a oposição, o que pensa sobre tudo isto? Talvez com receio de em próximas eleições não receberem o apoio de Pinto da Costa, os opositores, em vez de se assumirem, resguardam-se atrás de uma solidariedade "camuflada" para com a SAD, uma espécie de «não semear ventos para não colher tempestades».

«Curiosidades FCP» - Cubillas na «Flama»

A revista «Flama» foi uma publicação portuguesa fundada a 5 de Fevereiro de 1937 e que nessa altura estava ligada à Juventude Escolar Católica. Quando surgiu, a «Flama» custava cinquenta centavos, ficando uma assinatura de 24 edições por 12 escudos, subindo para 15$ se enviada para o Império Colonial, ou 18$, se enviada para o estrangeiro.
Neste número, o destaque foi o camisola 10 do FC Porto e da Selecção do Perú: Teofilo Cubillas. Apesar de nessa altura já ser um jogador reconhecido internacionalmente, Cubillas ainda não recebia a atenção que merecia, principalmente da imprensa de Lisboa, sendo muito raro ser destaque de qualquer publicação com sede na capital. Foi com surpresa que foi capa desta edição da «Flama», de 1974, onde nos foi dada a conhecer a vida do internacional peruano fora dos relvados. É no mínimo curiosa a declaração de Cubillas que a «Flama» trouxe à capa: "Adoro a contabilidade"!
A tradição de entrevistar grandes figuras do mundo do espectáculo trouxe grande popularidade à revista, sobretudo nos anos 60, quando eram as estrelas do showbizz que tinham honras de capa. A receita do sucesso da «Flama» residia na combinação de assuntos políticos importantes com o destaque dado às figuras do mundo do espectáculo. A revista atingiu, entre 1967 e 1971, o seu recorde de vendas, na ordem dos 30 mil exemplares semanais.
Depois do sucesso no início da década de 70, a «Flama» deixaria de ser publicada a 2 de Setembro de 1976, devido a dificuldades financeiras.

A «foto do dia» - Os capitães no Riazor

A «foto do dia» de hoje foi captada no final do Deportivo da Corunha-FC Porto, relativo ás meias-finais da Liga dos Campeões, época 2003/04. Pedro Emanuel (substituiu Carlos Alberto aos 68') e Jorge Costa celebram junto aos adeptos do FC Porto o acesso à Final da competição, depois da vitória por 1-0 (golo de Derlei aos 60') no Riazor.
Ao conseguir empatar (0-0) no Dragão, o Depor recebeu o FC Porto com legítimas esperanças de atingir a Final, depois de não ter sofrido qualquer golo no Riazor nas eliminatórias anteriores. Os espanhóis derrotaram sucessivamente o PSV Eindhoven, o Mónaco, o AEK de Atenas, a Juventus e o AC Milan. 11 golos marcados e nenhum sofrido eram o "score" que o Deportivo ostentava aquando da visita do FC Porto à Corunha. Depois de terem "arrumado" o AC Milan em casa com 4 golos sem resposta, os avançados do Deportivo não conseguiram marcar qualquer golo nos dois jogos das meias-finais, sendo por isso natural a satisfação de Pedro Emanuel e Jorge Costa que, perante os «pesos pesados» Diego Tristán e Pandiani, conseguiram manter a baliza de Vitor Baía inviolável. Foi a única vez durante toda a competição que os avançados do Deportivo ficaram em branco em jogos realizados no Riazor. Apesar de tudo, a presença nas meias-finais da Liga dos Campeões marcou a melhor participação do Depor nas competições europeias em toda a sua história. O FC Porto roubou-lhes o sonho da Final!

sábado, 7 de junho de 2008

O castigo da Liga vs o castigo da UEFA

Nos últimos dias tem havido alguns «opinion makers» que, talvez de forma habilidosa, têm associado e colocado no mesmo saco o castigo da Comissão Discilplinar da Liga e a exclusão da Liga dos Campeões decretada pela UEFA. Apesar de ambas estarem relacionadas com uma suposta tentativa de suborno, as consequências para o FC Porto podem ser bem diferentes nos dois casos. Senão vejamos:
1) O castigo da Comissão Disciplinar da Liga
A recente punição que resultou na perda de 6 pontos e na suspensão do presidente do FC Porto foi o maior rombo na imagem do clube durante a presidência de Pinto da Costa. Só uma pequena lacuna na lei impediu que o FC Porto pudesse descer de divisão em vez de ser castigado com a perda de apenas 6 pontos. Em vez do assumir de culpa, certamente que o FC Porto teria recorrido da decisão se a descida de divisão se concretizasse. Além disso, o pedido de anulação da sentença, devido à suposta ilegalidade na utilização das escutas telefónicas, nunca será suficiente para num futuro próximo restabelecer a credibilidade do FC Porto. Tudo isto já seria suficiente para marcar uma Assembleia Geral, que nunca deverá ser interpretada como uma moção de censura mas apenas como forma de esclarecer os associados das opções tomadas na defesa do clube.
2) A exclusão da Liga dos Campeões
O castigo da UEFA é totalmente diferente da punição da Comissão Disciplinar da Liga, desde logo por ter como base uma lei que entrou em vigor depois da data a que os factos dizem respeito. Todos sabemos que nestas coisas a UEFA tem o mau hábito de utilizar normas internas à revelia do Direito comunitário. Ou seja, não seria nada surpreendente se o FC Porto vencesse o recurso a apresentar junto do Tribunal Arbitral do Desporto. Aliás, não seria a primeira vez que a UEFA via uma sua norma ser contrariada pelo Direito comunitário. É por esse motivo que o órgão máximo do futebol europeu já por diversas vezes ameaçou as Federações suas filiadas com castigos se recorressem aos tribunais civis, exactamente por temer que as suas deliberações sejam contrariadas por um Tribunal Civil. O FC Porto pode mesmo tornar-se pioneiro na luta contra a retroactividade da lei e, talvez quem sabe, vir a originar uma nova norma decretada pelo Tribunal Arbitral do Desporto à semelhança da Lei Bosman ou da Lei Webster;

«Curiosidades FCP» - A despedida de Pinga

Apesar da imprensa desportiva continuar a omitir os feitos e as qualidades de Pinga (enquanto que abundam as referências a Eusébio e aos «cinco violinos»), o «Paixão pelo Porto» vai continuar a trazer à memória um dos melhores (senão o melhor!) jogadores portugueses que representaram o FC Porto em toda a sua história. Ainda hoje muitos adeptos do Sporting e do Benfica não conhecem este autêntico génio que representou o FC Porto e a Selecção Nacional durante as décadas de 30 e 40. Hoje recordamos a sua despedida (em cima, nas fotos) do futebol que ocorreu a 6 de Julho de 1946 no Estádio do Lima. Um ano antes da despedida, e já na curva descendente da carreira, Pinga submeteu-se a uma delicadíssima operação ao menisco que nunca foi devidamente debelada, tendo a prolongada recuperação obrigado o jogador a terminar a carreira um ano depois (reparem que na foto ainda é visível o joelho esquerdo de Pinga envolto numa ligadura). Nesse dia, a população do Porto prestou-lhe a devida homenagem e foi num misto de consternação e gratidão que se realizou toda a cerimónia. O cartaz que promovia a despedida do jogador continha uma frase reveladora da paixão e devoção que Pinga nutria pelo clube e pela cidade: "Fraquejaram os músculos, mas o meu coração continua a lutar pelo Clube, pelo Desporto e pelo Porto."

A «foto do dia» - O bilhete do AC Milan - FC Porto, Liga dos Campeões 1996/97

Hoje recuperamos a segunda vitória do FC Porto em San Siro, depois do primeiro triunfo em 1979/80, com o bilhete do jogo relativo à 1ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, época 1996/97. O FC Porto foi sorteado no Grupo D, juntamente com AC Milan, IFK Gotemburgo e Rosenborg, e logo na 1ª jornada deslocou-se a San Siro para defrontar o poderoso AC Milan de Baresi, Maldini, Savicevic, Boban, Albertini, George Weah e Roberto Baggio, entre outros.
O jogo de Milão marcou o início da melhor presença do FC Porto em fases de grupos da Liga dos Campeões. O jogo realizou-se a 16 de Setembro de 1996 e o bilhete que deu acesso ao San Siro teve um preço bastante convidativo, já que nessa altura 20 000 liras correspondiam a aproximadamente 2000$ (10 euros).
Apesar do AC Milan ter estado por duas vezes à frente do marcador, o FC Porto venceu por 3-2 depois de uma fantástica reviravolta nos últimos 20 minutos de jogo. Depois de ir para o intervalo a perder por 1-0 (golo de Marco Simone aos 15'), o FC Porto fez uma segunda parte de sonho acabando por vencer o AC Milan. Logo à abrir o segundo tempo, o brasileiro Artur fez o empate (aos 53'), mas os italianos voltariam para a frente do marcador aos 69', com um golo do liberiano George Weah. Os últimos 20 minutos de jogo foram épicos para o FC Porto e para Mário Jardel. Dois golos de «Super Mário», aos 76' e aos 82' , aniquilaram o AC Milan e selaram a reviravolta no jogo. Dezassete anos depois, o FC Porto de Aloísio, Jorge Costa, Sérgio Conceição, Zahovic, Drulovic e Mário Jardel, entre outros, igualava o feito de 1979/80, quando o FC Porto de Pedroto venceu o AC Milan em San Siro por 1-0 (golo de Duda).
O FC Porto acabaria por ceder apenas um empate (1-1 nas Antas com o AC Milan) na fase de grupos da Champions 1996/97, alcançando 16 pontos e garantindo a qualificação para os Quartos-de-final a duas jornadas do final.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A Champions sem o FC Porto

Pois é, é difícil de acreditar. É que a Champions tem um pouco de FC Porto! Se há clubes que têm prestigiado a competição, o FC Porto é um deles, sendo neste momento o clube europeu com mais presenças na prova (ex aequo com o Manchester United).
Depois da decisão de hoje da UEFA, e perante a passividade da Federação Portuguesa de Futebol, o FC Porto optou por guardar os seus argumentos para o recurso que vai efectuar junto do Comité de Apelo. Se a decisão da UEFA se mantiver (exclusão por 1 época), estará em causa o próprio prestígio do futebol português, ou seja, o clube português que mais pontos garante nas competições europeias deveria ter visto os seus interesses serem defendidos de outra forma por parte da Federação Portuguesa de Futebol. Além disso, não colocando em causa a suposta tentativa de corrupção que ditou a suspensão, a UEFA estará a abrir um precedente se castigar o FC Porto com base numa lei que entrou em vigor depois da data a que os factos dizem respeito e tendo por base um castigo numa competição (Liga portuguesa) que nem sequer é organizada pelo orgão máximo do futebol europeu.
Perante estes factos, o recurso do FC Porto é perfeitamente legítimo e não seria surpreendente se o Comité de Apelo, ou o Tribunal Arbitral de Desporto, anulasse a decisão da Comissão de Controlo e Disciplina. É que ao contrário do recurso do processo Apito Final, o apelo do FC Porto, relativo à suspensão da UEFA, parece ter possibilidades de ser bem mais consistente do que o apresentado pela SAD na defesa de Pinto da Costa, depois da acusação no caso da suposta tentativa de suborno.
De qualquer forma, o FC Porto pôs-se a jeito e por isso, venham daí as consequências!

A «foto do dia» - O «onze» que defrontou o Benfica nas Antas, época 1977/78

Hoje recuperamos um «onze», e um dia, que ficarão para sempre na história do FC Porto. Ainda hoje muitos portistas o consideram um dos jogos mais importantes da história do FC Porto e do futebol português.
Disputava-se a época 1977/78 e o FC Porto recebia o Benfica com grandes possibilidades de aumentar a diferença na tabela classificativa e garantir um título que lhe fugia hà 18 anos. Foi, como se deve compreender, um jogo com muita tensão e nervosismo. Depois de na 1ª volta ter empatado (0-0) na Luz, o FC Porto necessitava pelo menos de não perder para garantir uma pequena vantagem, que se revelaria fundamental, em caso de empate entre os dois clubes no final do campeonato.
Nesse clássico, o Benfica marcou primeiro e colocou ainda maior pressão e intranquilidade na equipa do FC Porto. A procura do empate foi épica com a angústia a terminar aos 83 (!) minutos de jogo quando o brasileiro Ademir marcou o golo pelo qual ainda hoje continua a ser recordado. O empate (1-1) acabou por deixar tudo na mesma na frente do campeonato, tendo no final da prova havido necessidade de apurar o campeão através da diferença de "goal average"! O FC Porto valeu-se dos 81 golos marcados para superar o Benfica no "fotofinish" (terminaram ambos com 51 pontos).
É curioso que nessa época o Benfica protagonizou uma autêntica proeza pois não foi derrotado nenhuma vez e acabou por não ser campeão. Quanto ao FC Porto, foi derrotado apenas pelo Estoril (2-0) e em casa consentiu apenas dois empates (1-1 frente ao Benfica e 0-0 frente ao Boavista).
Em cima: Duda, Murça, Simões, Freitas, Gabriel, Fonseca;
Em baixo: Rodolfo, Octávio, Ademir, Gomes, Oliveira;

O «cromo do dia» - Armando Manhiça

Armando António dos Santos Manhiça nasceu a 12 Abril de 1943 em Lourenço Marques (actual cidade de Maputo/Moçambique).
Manhiça foi um defesa central que se notabilizou em Portugal ao serviço do Sporting e do FC Porto, em finais da década de 60 e início dos anos 70. Além de ter representado dois grandes do futebol português, Armando Manhiça também foi internacional por Portugal duas vezes, tendo, numa dessa ocasiões, a oportunidade de defrontar o Brasil de Jairzinho, Rivelino e Tostão, entre outros.
Antes de chegar a Portugal, este antigo defesa central do FC Porto ainda representou dois clubes na sua terra natal: a Académica de Chamanculo e o Sporting de Lourenço Marques.
Armando Manhiça representou o FC Porto entre 1970/71 e 1972/73, tendo nessa altura jogado ao lado de outros grandes nomes da história do clube como Rolando, Pavão, Abel ou Nóbrega, entre outros.
É curioso que Armando Manhiça sofreu um pequeno acidente, que viria a condicionar a sua carreira, umas semanas antes da tragédia que vitimou Pavão em pleno relvado das Antas. Depois desse acidente, o antigo defesa central do FC Porto acabou por ser obrigado a terminar a carreira precocemente, regressando a Moçambique. Finalizada a carreira de jogador, Manhiça optou por ficar ligado ao futebol, tendo obtido algum sucesso na sua carreira como técnico, nomeadamente na Guiné-Bissau onde já foi seleccionador nacional.
A última vez que se ouviu falar dele estava a ser acompanhado a nível clínico, depois da imprensa noticiar que alguns problemas de saúde o andavam a afectar.

domingo, 1 de junho de 2008

Ainda há boas notícias

Depois das trapalhadas que nas últimas semanas envolveram o Futebol do FC Porto, aí está o inevitável Hóquei em Patins a devolver-nos as boas sensações das vitórias. Excelente início da Final do play-off com vitória sobre o Benfica por 6-0. Agora, ficam a faltar duas vitórias para o Hepta!
Não foi um FC Porto muito diferente daqueles que garantiram os 6 títulos anteriores, equipa autoritária e sempre a assumir o risco de querer vencer. Reinaldo Ventura (2), Emanuel Garcia, Filipe Santos, Jorge Silva e Caio foram os autores dos golos da primeira vitória do play-off. Destaque também para Edo Bosch que continua a exibir-se em grande plano e que ficará certamente na história do Hóquei do FC Porto, juntamente com Franklim, como um dos melhores guarda-redes que serviram o Hóquei do clube em toda a sua história.
Quanto ao Futebol, na Quarta-feira cá estaremos para comentar a decisão da UEFA quanto à participação do FC Porto na próxima Liga dos Campeões. Mas a 3 dias da decisão, a intranquilidade da SAD não augura nada de bom. Depois de optar por não recorrer do castigo de perda de 6 pontos no campeonato nacional, a SAD do FC Porto já coloca a hipótese de intentar uma acção no Tribunal Administrativo contra a Liga e que poderá também envolver a Federação Portuguesa de Futebol. Em causa estão as quebras de receitas da participação do clube na Champions e o desvalorizar do passe dos jogadores. O FC Porto anda zangado com o mundo! Falta saber o que pensam os accionistas maioritários deste autêntico "disparar em todas as direcções". É caso para dizer que é «pior a emenda que o soneto». Apesar da transformação do clube em SAD ter tornado o FC Porto mais profissional e organizado, logo mais ambicioso, a verdade é que nos últimos tempos o lado mais brejeiro do clube mostrou-nos o preço a pagar pela negligência. Agora a sério, o discurso da "perseguição contra as gentes do Norte" já não é compatível com o FC Porto do séc. XXI!

«Curiosidades FCP» - A história do FC Porto nas "Selecções Desportivas"

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recuperamos uma capa de uma edição de 1978 das "Selecções Desportivas" que continha um extra sobre «a vida do grande clube nortenho». A revista "Selecções Desportivas" era de periodicidade mensal e surgiu em 1977 com um custo de 12$50. A revista era constituída por 36 páginas e surgiu como complemento de outra publicação dessa altura, os "Ídolos do Desporto". Foram ambas fundadas por Henrique Parreirão que era também director destas duas publicações desportivas que saíram para as bancas na década de 70. Apesar de as duas revistas terem um formato semelhante, a "Selecções Desportivas" dava maior destaque ao historial e às estatísticas do futebol nacional e internacional, enquanto que a revista "Ídolos do Desporto" se dedicava fundamentalmente á vida e carreira dos futebolistas portugueses.
Nesta edição, a "Selecções Desportivas" debruça-se sobre a história do FC Porto trazendo à capa três treinadores que ficaram na história do clube: Joseph Szabo, que conquistou o primeiro Campeonato da Liga em 1934/35, Dorival Yustrich, o grande responsável pelo regresso do clube aos títulos em 1955/56, e José Maria Pedroto, o principal mentor do FC Porto dos dias de hoje. Infelizmente, os "Ídolos do Desporto" e as "Selecções Desportivas" deixaram de estar disponíveis nas bancas no início dos anos 80.

A «foto do dia» - Geraldão e Aaron Winter

Hoje recuperamos uma foto de dois jogadores que marcaram uma época no FC Porto e no Ajax de Amesterdão: Geraldão e Aaron Winter.
O holandês Aaron Winter iniciou a carreira no Ajax de Amesterdão em 1986, com apenas 19 anos, e dois anos depois já fazia parte da selecção holandesa que esteve presente no Euro 88. Além de ter participado nos dois jogos da Supertaça europeia frente ao FC Porto, Aaron Winter também fazia parte do plantel do Ajax quando os holandeses se cruzaram com o FC Porto na Taça dos Clubes Campeões Europeus, época 1985/86.
Quanto ao brasileiro Geraldão, chegou ao FC Porto na época 1987/88, vindo do Cruzeiro, e logo na primeira época liderou uma defesa constituída ainda por Inácio, João Pinto, Eduardo Luís, Celso e Lima Pereira (o jovem central Fernando Couto ainda não era convocado com regularidade). Inicialmente, Geraldão fez dupla com Celso e com Lima Pereira, no FC Porto de Tomislav Ivic, e, nas duas últimas épocas ao serviço do FC Porto, com Paulo Pereira e com Stephane Demol, no FC Porto de Artur Jorge.
Nesta foto, Geraldão e Aaron Winter disputam um lance durante a 1ª mão (0-1) da Supertaça europeia, disputada a 24 de Novembro de 1987 no Estádio De Meer, entre o Ajax e o FC Porto.