quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Só falta 1 ponto!

Apesar da má exibição e do péssimo resultado (4-1), fica a faltar apenas 1 ponto para o FC Porto se qualificar para os Oitavos da Champions. Depois de 80 minutos em que o FC Porto conseguiu dividir o jogo com o Liverpool, nos últimos dez, algumas falhas de concentração deitaram tudo a perder. A entrada do gigante Peter Crouch e alguns erros defensivos ditaram o avolumar do resultado. Apesar de os números terem sido exagerados, o Liverpool justificou a vitória porque conseguiu imprimir uma intensidade ao jogo que o FC Porto não soube e não pode neste momento contrariar. Jesualdo, talvez já a pensar no jogo da Luz, resolveu poupar Fucile, Raúl Meireles e Sektioui. A opção compreende-se pois o FC Porto manteve o primeiro lugar do grupo mas essas opções, principalmente a colocação de Marek Cech a defesa esquerdo, desiquilibram a equipa que neste momento está demasiado dependente de um núcleo de jogadores que são os alicerces do conjunto. Os menos utilizados Mariano Gonzalez, Marek Cech e Kazmierczak não têm neste momento ritmo para acompanhar os ingleses.
Tal como o "blog" tinha previsto, o Liverpool mantêm em aberto a hipótese de se qualificar (basta vencer em Marselha) enquanto que o Besiktas tem forçosamente de vencer no Dragão. Para o FC Porto, uma vitória na última jornada garante o primeiro lugar do grupo, e um empate garante a qualificação para os Oitavos. Já falta pouco!

O «cromo do dia» - Petar Borota

Petar Borota nasceu em Belgrado (Jugoslávia) a 5 de Março de 1952. Iniciou a carreira de guarda-redes ao serviço do OFK Belgrado em 1969, mas em 1976 transferiu-se para o rival Partizan de Belgrado onde permaneceu até rumar a Inglaterra para jogar no Chelsea. No clube londrino chegou a ser nomeado jogador do ano (1981) pelos adeptos mas o seu estilo algo excêntrico e pouco discreto (chegava a festejar os golos da sua equipa com piruetas e outras manifestações exuberantes) não caiu bem junto dos responsáveis do clube e acabou por ser vendido ao Brentford em 1982. Depois da aventura inglesa, chegaría a Portugal para jogar no Portimonense tendo na altura como colega e concorrente o lendário Vítor Damas. Antes de chegar ao FC Porto (1984/85) ainda passou pelo Boavista onde manteve a excentricidade que o caracterizava. No Bessa levava maços de tabaco para o banco enquanto que no FC Porto optava por revistas que ia lendo à medida que o jogo decorria!
No FC Porto, acabou por ficar ligado à fatídica eliminatória frente ao Wrexham do País de Gales. Zé Beto, o titular da baliza na altura, encontrava-se castigado em jogos das competições europeias avançando Borota para a titularidade no jogo frente aos galeses. Na segunda mão da eliminatória, uma exibição para esquecer do guarda-redes jugoslavo permitiu aos galeses seguir em frente na eliminatória depois de marcarem 3 golos nas Antas (4-3)!
Uma curiosidade: além do futebol, a pintura era um dos seus hobbies. Borota chegou a expor algumas das suas obras em museus de prestígio em Inglaterra. Há alguns anos atrás foi detido por estar envolvido num assalto a uma galeria de obras de arte em Belgrado!

A «foto do dia» - Benfica - FC Porto

Como o clássico está aí à porta, aproveitamos para recordar um Benfica-FC Porto disputado no antigo Estádio da Luz na época 1992/93. Foi o célebre jogo para a Taça de Portugal que coincidiu com a apresentação de Paulo Futre como reforço do Benfica para o que restava dessa época. Depois de um empate (1-1) nas Antas, ficou marcado o tira teimas para a Luz porque na altura, em caso de empate no primeiro jogo, jogava-se uma segunda mão em casa do adversário. Perante um Estádio da Luz repleto, e eufórico com a chegada de Paulo Futre, o Benfica acabaría por seguir em frente (2-0) vencendo depois o Boavista na final. O FC Porto, de Carlos Alberto Silva, sería campeão nacional nessa época. Na foto, Lubomir Vlk (que recordámos no «cromo do dia») e Fernando Couto tentam travar o brasileiro Isaías.

domingo, 25 de novembro de 2007

O bom hábito de vencer!

Depois de dois empates nas jornadas anteriores, pedia-se ao FC Porto que fosse convincente e autoritário no jogo de hoje frente ao invicto Vit. Setúbal. Sem deslumbrar, o campeão impôs-se com naturalidade e o Vitória nunca conseguiu incomodar Helton. Hoje, o FC Porto não deixou o Vitória jogar!
Depois da displicência na Amadora, o FC Porto voltou a estar concentrado e respeitou o seu adversário, depois foi só esperar pelo instinto de Lisandro e pela magia de Quaresma para assegurar mais uma vitória.
Apesar de se aproximarem dois jogos fundamentais, frente a Liverpool e Benfica, a equipa nunca entrou em poupanças e conseguiu manter um ritmo elevado até garantir a vantagem de dois golos. Foi uma exibição compacta e segura que confirmou a aptidão do FC Porto para colocar em prática equilíbrios tácticos que limitam o adversário e o impedem de controlar o jogo. O Vit. Setúbal é uma excelente equipa mas encontrou um FC Porto que aliou o rigor à qualidade de jogo. Afinal, a crise era apenas de concentração. O FC Porto continua a respirar saúde!
Seja qual for o resultado da próxima jornada na Luz, o campeão manterá a liderança que teima em segurar com maior ou menor vantagem sobre os perseguidores. São agora 24 meses consecutivos em 1º lugar!

A «foto do dia» - The Kop

Antecipando o embate da próxima Quarta-feira entre o Liverpool e o FC Porto, publicamos hoje na «foto do dia» o mítico Kop em Anfield Road. O "The Kop", como lhe chamam os adeptos dos reds, é um sector do estádio onde se concentram os mais ferverosos adeptos do Liverpool. São eles que empurram a equipa quando as coisas não correm bem e foi naquele sector que começou a ser entoado o famoso cântico «Youl'll never walk alone».
Situado atrás de uma das balizas, o "The Kop" foi construído em 1901 e é desde essa altura uma estrutura independente ao próprio estádio de Anfield Road. Inicialmente, foi concebido como uma bancada de lugares em pé com 100 degraus que suportavam, em dias de jogo, aproximadamente 10 mil pessoas. Mais recentemente, e depois da tragédia de Hillsborough, aquele sector do estádio sofreu uma remodelação que fez reduzir a capacidade da bancada para aproximadamente 5 mil pessoas. O Kop tornou-se mais cómodo para os espectadores mas menos empolgante para a equipa.
Foi o jornalista Ernest Edwards que baptizou aquela bancada como tributo aos militares ingleses que faleceram numa batalha na África do Sul a 24 de Janeiro de 1900. Nessa altura, o exército britânico tentava conquistar a montanha "Spioen Kop" mas essa dura batalha custou a vida a 340 soldados britânicos. Foi a partir dessa altura que o "The Kop" se tornou numa instituição dentro do próprio Liverpool.
"This is the Kop", dizem os reds!

O «cromo do dia» - Lubomir Vlk

É um jogador com um dos nomes mais estranhos que passaram pelo FC Porto. O seu apelido é constituído por apenas três letras e nenhuma delas é vogal. Lubomir Vlk (lê-se veleque e significa lobo em checo!) nasceu em Uherské Hradištì (Republica Checa) a 21-07-1964. Vlk foi um defesa esquerdo da extinta Checoslováquia que chegou ao FC Porto na época 1990/91 permanecendo na Invicta 3 épocas. Durante esse período acabou por não ser muito utilizado tendo realizado apenas 29 jogos e marcado 5 golos. Chegou ao FC Porto vindo do FC Vitkovice, o seu clube do coração, para onde regressou depois de deixar as Antas. As informações na internet sobre este antigo jogador do FC Porto são muito escassas. A última vez que se ouviu falar dele era Director Desportivo do FC Vitkovice da Républica Checa. Mas se alguém souber algo mais sobre este checo faça o favor de acrescentar.

sábado, 24 de novembro de 2007

A importância das modalidades amadoras

Enquanto a bola de futebol não volta a rolar, o "blog" aproveita para relembrar a importância das modalidades amadoras e homenagear a que mais títulos tem vencido: o hóquei em patins. Nos últimos 25 anos, o FC Porto foi campeão nacional por 16 vezes e venceu 6 competições internacionais!
Apesar de ser das modalidades com maior orçamento, o hóquei continua a ser a modalidade amadora mais acarinhada pelos sócios e adeptos do clube. Para isso muito contribuiu a saga vitoriosa dos anos 80 que outras modalidades, como o Basquetebol e o Andebol, nunca tiveram. Jogadores como Vítor Hugo, Frankelim, Tó Neves, Realista, António Alves, Vitor Bruno e Cristiano Pereira, entre outros, ficarão para sempre na nossa memória. Foi nesse período que o FC Porto coleccionou títulos a nivel nacional e internacional.
Mas é pena que a aposta no hóquei não se estenda ás outras modalidades, que têm visto o seu orçamento ser reduzido enquanto que no futebol há jogadores sob contrato que nunca vestiram a camisola do FC Porto. Apesar de tudo, o FC Porto tem conseguido rivalizar com outros clubes que dispõem de maior orçamento como o ABC, no Andebol, e a Ovarense, no Basquetebol.
A expansão do eclectismo é que parece estar fora dos projectos da Direcção do clube. É pena que não seja feito um esforço para recuperar modalidades como o Ciclismo e o Voleibol.
O clube devería ter uma estrutura própria que acompanhásse o dia-a-dia das modalidades amadoras e que garantisse o seu auto-sustento com recurso à publicidade e à quotização. Não sería de excluir, depois da inauguração do novo «Dragãozinho», a hipótese de ser criada uma quota especial destinada apenas às modalidades amadoras. E porque não direccionar uma percentagem das receitas da SAD para as outras modalidades?

O «cromo do dia» - Tommy Docherty

Foi mais um treinador conceituado que não conseguiu terminar com o jejum do FC Porto durante os difíceis anos da década de 60 e de grande parte da década de 70. O escocês Tommy Docherty chegou ao FC Porto na época 1970/71 mas só permaneceu no posto até à 25ª jornada sendo depois substituído por António Teixeira.
“The Doc”, alcunha que o tornou famoso no futebol, nasceu em Glasgow a 24 de Agosto de 1928. Docherty iniciou a carreira de jogador profissional ao serviço do Celtic em 1947, mas foi no Preston North End que obteve maior reconhecimento acabando mais tarde por chegar ao Arsenal (1958) e ao Chelsea (1961) onde iniciou a carreira de treinador. Foi no Chelsea que se tornou um treinador conceituado ao ponto da sua equipa na altura ter sido apelidada de "Docherty's Diamonds". Antes de chegar ao FC Porto ainda orientou o Queens Park Rangers e o Aston Villa. Apesar da experiência em Portugal não ter corrido bem, Docherty mantinha o seu prestígio intocável e foi com naturalidade que foi nomeado seleccionador escocês em 1972. Mas pouco tempo depois, não resistiu ao convite do histórico Manchester United e acabou por orientar o clube de Old Trafford durante cinco épocas. Terminaría a carreira de treinador ao serviço do Altrincham FC em 1988.
Recentemente, aquando da visita do FC Porto a Londres para defrontar o Chelsea, Tommy Docherty comentou a um canal de TV inglês: “a minha experiência no futebol português foi formidável. Devo dizer que adorei o clube, a cidade e as pessoas. Não esqueço os nomes dos meus jogadores nem esqueço o talento que tinham. O FC Porto de hoje é totalmente diferente do meu FC Porto. Cresceu e é hoje um clube fantástico."

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Ciclo de jogos fundamental!

Aproxima-se um período complicado para o FC Porto depois dos compromissos das Selecções. Além dos fundamentais jogos da Champions League, o FC Porto vai defrontar na Liga as três equipas que o antecedem na classificação: o Benfica, o Vit. Setúbal e o Vit. Guimarães (com um intervalo para a eliminatória da Taça de Portugal). Ou seja, depois de receber o Vit. Setúbal (4º classificado), o FC Porto vai a Anfield defrontar o Liverpool e estará na Luz três dias depois para jogar frente ao Benfica (2º classificado). Depois da eliminatória da Taça de Portugal, o FC Porto recebe o Besiktas na última jornada da Champions e fecha este ciclo fundamental com a recepção ao Vit. Guimarães (3º classificado). Um teste ao estofo do campeão!

A «foto do dia» - Paulo Futre

Na «foto do dia» de hoje recuamos a 27 de Maio de 1987 com uma das melhores exibições da carreira de Paulo Futre. A notável exibição frente ao Bayern de Munique na final da Taça dos Campeões no Estádio do Prater em Viena valeu-lhe a atenção de toda a Europa e foi com naturalidade que no Verão de 1987 chegou a Madrid para representar o Atlético, sendo apresentado como trunfo eleitoral de Gil y Gil nas eleições do clube. O populista empresário venceu confortavelmente o sufrágio e para as Antas voaram 650 mil contos, uma autêntica fortuna que nessa altura se tornou na maior transferência de sempre do futebol português até esse momento. Ainda durante esse Verão, Futre acabaría por obter o devido reconhecimento internacional ao receber a Bola de Prata da “France Football”, perdendo apenas para Ruud Gullit.
No FC Porto, realizou três épocas (entre 1984 e 1987) fantásticas, conquistando dois campeonatos (1984/85 e 1985/86), uma Supertaça (1986) e uma Taça dos Campeões (1987).

O «cromo do dia» - Alenitchev

Dmitri Anatolievich Alenitchev nasceu em Veliki Luki (Rússia) a 20/10/1972. Iniciou a carreira de profissional no Lokomotiv de Moscovo mas foi a partir de 1994 que começou a dar nas vistas ao serviço do rival Spartak de Moscovo naquela que foi a transferência sensação do futebol russo dessa época. Ao serviço do Spartak de Moscovo venceu três campeonatos e foi eleito em 1997 jogador do ano na Rússia. O sucesso no seu país levou-o a transferir-se para a AS Roma (na foto) na época 1998/99, mas só foi utilizado com regularidade na primeira época sendo depois emprestado ao Perúgia. Chegou ao FC Porto na época 2000/01 mas a sombra de Deco perseguiu-o durante algum tempo, até à chegada de Mourinho que resolveu formar um losângulo de meio-campo fantástico com Costinha, Maniche, Deco e Alenitchev. No FC Porto, acabou por ficar ligado a grandes momentos: marcou ao Marítimo na final da Taça de Portugal, marcou ao Celtic em Sevilha e marcou ao Mónaco em Gelsenkirchen. Isso fez dele um dos quatros jogadores que marcaram golos em diferentes finais europeias em dois anos consecutivos, os outros foram Ronald Koeman, Ronaldo e Steven Gerrard.
Depois de deixar o FC Porto em 2004, voltaría ao Spartak de Moscovo mas dois anos depois ficou em rota de colisão com os responsáveis do clube depois de conceder uma entrevista ao Sport-Express em que criticava o treinador Aleksandr Starkov. Foi o suficiente para ser colocado na lista de dispensas. Mais tarde, chegaría a acordo com o Spartak terminando ali a carreira.

domingo, 18 de novembro de 2007

Dragão celebrou 4 anos!

Inaugurado a 16 de Novembro de 2003, o Estádio do Dragão continua a ser hoje uma referência da arquitectura contemporânea e uma casa onde o FC Porto mantém a dinâmica de vitória construída e consolidada no velhinho Estádio das Antas. Foram 4 anos de sucesso!
Ao tornar-se no primeiro estádio de cinco estrelas do Mundo certificado no âmbito da qualidade (ISO 9001) e do ambiente (ISO 14001), o Dragão vê o seu prestígio aumentar e já não são surpreendentes os elogios que as delegações dos clubes fazem sempre que o visitam. Esse sucesso também pode ser comprovado pelo aumento das assistências em jogos do FC Porto. Enquanto que no antigo Estádio das Antas a média de assistências rondava os 30 mil espectadores, no Dragão a média sobe para quase 40 mil espectadores (a média actual é de 38 776), sendo que esta época a média se situa nos 39 413 espectadores. O melhor registo continua a ser o jogo de inauguração frente ao Barcelona com 52 004 espectadores. Mas o que mais surpreende é a regularidade das assistências que quase nunca baixa dos 30 mil espectadores. Aliás, só por 6 vezes a assistência baixou dos 30 mil espectadores em jogos oficiais: em 3 jogos da época 2004/05 (V. Setúbal, Gil Vicente e Beira-Mar), em 2 jogos da época 2005/06 (Marco e V. Setúbal), e em apenas 1 jogo da época 2006/07 (Naval). Mesmo o jogo particular, disputado num dia de semana, frente ao Dinamo de Moscovo teve 15 116 espectadores!
Apesar de tudo, o FC Porto tem potencial para encher o Dragão em todos os jogos, bastará para isso que a aposta no marketing e na proximidade com os sócios seja uma realidade já nos próximos anos. A recente campanha publicitária "Dragon seat" teve algum impacto na venda de lugares anuais mas foi apenas um grão de areia no deserto que tem sido o marketing e publicidade do FC Porto. A esse nível, a SAD não tem sabido potenciar os êxitos do clube e a imagem dos seus jogadores.

O «cromo do dia» - Araújo

António de Araújo nasceu em Paredes a 28/09/1923. Araújo foi um avançado que jogou no FC Porto durante grande parte da década de 40 e que, apesar da curta carreira, acabou por marcar aquela geração de futebolistas. Chegou ao FC Porto com apenas 19 anos mas logo viram nele potencial para integrar a equipa principal. Na época 1946/47 acabaría por ser o melhor marcador do campeonato com 36 golos em 25 jogos. Infelizmente, ficou ligado à pequena travessia do deserto que o FC Porto enfrentou durante esse período e que o afastou dos merecidos títulos. Mas os golos que marcou ao serviço do FC Porto cedo o levaram à Selecção Nacional e foi com naturalidade que manteve a veia goleadora ao serviço da Selecção. Foi ele o autor de dois golos à Espanha na primeira vitória oficial sobre os espanhóis (Travassos marcou os outros dois). Depois do sucesso que atingiu na Selecção Nacional acabou por ficar conhecido por «Sport Lisboa e Araújo» porque era com frequência o único jogador do FC Porto a impor-se na Selecção Nacional que naquele tempo era maioritariamente constituída por jogadores do Benfica, do Sporting e do Belenenses. Araújo foi mesmo responsável por não permitir que os «cinco violinos» tivessem na Selecção o mesmo estatuto e reconhecimento que tiveram no Sporting, isto porque o jogador do FC Porto relegava para o banco de suplentes o sportinguista Vasques.
Em 1947, no auge da sua carreira, foi-lhe diagnosticada uma doença na garganta que acabou por lhe afectar os rins. Na época seguinte ainda foi um dos protagonistas na célebre vitória do FC Porto sobre o Arsenal (3-2), mas a meio da época a doença de que padecia não o deixou continuar e foi forçado a abandonar os relvados durante quase dois anos. Quando regressou já não era o mesmo Araújo pois perdera muitas qualidades que fizeram dele um dos melhores avançados de sempre do futebol português. Ainda jogou no Tirsense e no União de Paredes antes de terminar a carreira.

A «foto do dia» - Quaresma, a bola e a pomba!

Como o «Harry Potter» nos últimos tempos tem andado desinspirado (na Amadora melhorou!), na «foto do dia» de hoje fazemos-lhe uma pequena homenagem e ficamos à espera de melhores dias. O cigano parece procurar alguma confiança depois de nos últimos jogos ter estado abaixo do que sabe e pode fazer. Diz, com a legitimidade dos craques, que quer jogar no Real Madrid! Não lhe levaremos a mal tal propósito. Só não gostávamos de o ver num clube com menos prestígio e ambição que o FC Porto. O Atl. Madrid não é clube para Quaresma, o «Harry Potter» precisa de uma retaguarda forte e de um treinador que o compreenda e lhe dê confiança, só assim pode ser imprevisível, criativo e até displicente, como só ele sabe!

sábado, 17 de novembro de 2007

Os lucros da SAD!

A SAD do FC Porto apresentou esta semana os resultados da sociedade durante o exercício de 2006/07. Um lucro apurado de 2,3 milhões de euros é um dos resultados mais positivos de sempre. Contudo, o passivo mantém-se nos 116 milhões de euros! Numa sociedade desportiva que recentemente transferiu três dos seus activos por 90 milhões de euros (Ricardo Carvalho + Pepe + Anderson), este resultado só demonstra a dificuldade de auto-sustento da SAD. Ou seja, mesmo com a venda de Pepe a só ser contabilizada no próximo exercício, a FC Porto SAD está dependente das vendas astronómicas de alguns jogadores. Também é verdade que o cada vez maior prestígio do clube na Europa tem influenciado e valorizado o passe de muitos jogadores. Quantos clubes têm ofertas de 30 milhões de euros pelos seus defesas centrais? Muito poucos certamente. Por isso, é de elementar justiça reconhecer o esforço de redução do passivo da SAD que ainda assim se situa num nível muito alto para um clube ganhador (imaginem o passivo dos nosso rivais!). Mas se a valorização dos activos tem sido um sucesso, a política de contratações parece por vezes obedecer a outros interesses que não os meramente desportivos. Quanto dinheiro foi gasto nos últimos 5 anos com a contratação de jogadores? E a opção de ter muitos jogadores sob contrato é a mais correcta num clube que quer apostar mais na formação? Concordo com a opinião de Jesualdo que diz que não é fácil entrar numa equipa de campeões mas mais difícil é gerir um clube que tem uma equipa de futebol com muitos e bons jogadores (alguns pagos a peso de ouro), e que trata com relativa indiferença as outras modalidades que quase têm que mendigar por patrocinadores para continuarem a existir. Veja-se o caso do Barcelona, esse sim um clube ecléctico e ganhador, que trata as outras modalidades com tanto ou mais carinho que o futebol.

A «foto do dia» - FC Porto 1993/94

Na «foto do dia» de hoje recordamos a equipa do FC Porto da época 1993/94, numa foto registada no Estádio dos Barreiros no Funchal. Nessa época, o FC Porto foi segundo classificado atrás do Benfica. O plantel com 20 portugueses e apenas 7 estrangeiros (Aloísio, José Carlos, Paulo Pereira, Timofte, Drulovic, Kostadinov e Vinha), garantiría a conquista da Taça de Portugal já sob o comando de Bobby Robson, e depois do afastamento de Tomislav Ivic. E não fosse o desperdício de pontos durante a primeira volta e Robson tería levado o FC Porto ao título pois terminou o campeonato a apenas dois pontos do Benfica de Toni. Nas competições europeias as coisas correram melhor. O FC Porto sería afastado apenas nas meias-finais da Liga dos Campeões pelo Barcelona depois de deixar pelo caminho o Floriana FC, o Feyenoord, o Werder Bremen e o Anderlecht (os dois últimos na fase de grupos). Nesse ano, a dupla Domingos-Kostadinov foi responsável por mais de metade dos golos do FC Porto!

O «cromo do dia» - Stéphane Paille

Stéphane Christophe Paille nasceu em Scionzier (França) a 27/06/1965. Iniciou a carreira de profissional no seu clube do coração, o Sochaux (na foto), na época 1982/83. Acabou por representar o Sochaux durante 9 épocas e ainda é hoje considerado um símbolo do clube pois foi lá que viveu os melhores momentos da sua carreira. Na época 1988/89 foi mesmo considerado jogador do ano em França e nos dois últimos anos ao serviço do Sochaux marcou 33 golos!
Depois do sucesso em França, escolheu o FC Porto para iniciar o percurso no estrangeiro mas o fantasma de Fernando Gomes perseguiu-o durante toda a época e marcou apenas 4 golos em 17 jogos. Ficou célebre um golo que marcou com a mão ao Estrela da Amadora na segunda mão da Supertaça Cândido de Oliveira que o FC Porto venceu por 3-0. Depois de deixar o FC Porto regressaría a França para representar o Caen terminando a carreira ao serviço dos escoceses do Hearts of Midlothian. A última vez que se ouviu falar dele treinava o Racing FC das divisões secundárias gaulesas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O novo «Dragãozinho»

Aproveitando a interrupção na Liga, devido aos compromissos das selecções, o "blog" vai abordar outros assuntos do quotidiano do mágico FC Porto, que têm tanta ou mais importância que os temas ligados ao futebol. Começamos hoje por abordar a construção do novo pavilhão do FC Porto (foto virtual em cima). Baptizado de Dragão Caixa (pra mim será sempre «Dragãozinho»), o novo projecto volta a ter como "pai" o Arquitecto Manuel Salgado que desenhou e projectou o lindíssimo Estádio do Dragão. O novo pavilhão será erguido ao lado do estádio, no espaço entre o Centro Comercial e a VCI, numa área disponível de 8300 m2.
A escolha do arquitecto parece consensual mas a lotação do recinto começa a levantar mais polémica. É que ficou estipulado no projecto um recinto que comporta apenas 2000 espectadores!
Durante as décadas de 80 e 90 era fantástica a empatia entre os jogadores das 3 modalidades (chegaram a ser 4 mas resolveram acabar com o voleibol!) que utilizavam o antigo pavilhão Américo de Sá, por vezes com assistências que rondavam as 5000 pessoas. Foi também ali, com um pavilhão por vezes superlotado, que o hóquei em patins garantiu os 6 (!) títulos internacionais que o FC Porto conquistou na modalidade. As modalidades amadoras não mereciam uma casa maior?
Na última AG do clube vários sócios levantaram essa questão mas a direcção do FC Porto defendeu-se com o argumento da beleza do projecto. Não duvidamos do bom gosto do arquitecto Manuel Salgado (sería impossível colocá-lo em causa depois de ver a majestosa obra arquitéctónica que é o Dragão!) mas também não duvidamos da legitimidade dos sócios em colocarem em causa um projecto caro (mas belo!) que contempla apenas 2000 pessoas.
O clube contraiu um empréstimo de 13 milhões de euros junto da CGD para colocar apenas 2000 pessoas no pavilhão em dias de jogos!?
Vão-se formar filas nas bilheteiras nos dias anteriores aos jogos?!
E o adepto comum, vai conseguir ter acesso ao «Dragãozinho»?
E em dias de jogos no Dragão, certamente que vão ficar muitos sócios de fora!
Não se devería ter acautelado esse aspecto? Afinal, não estamos a falar de uma obra para 50 ou mais anos?!

O «cromo do dia» - Fernando Riera

Fernando Riera Bauzá nasceu em Santiago do Chile a 27 de Junho de 1920. Riera foi treinador do FC Porto durante parte da época 1972/73, sucedendo a António Morais, e ainda hoje é considerado o treinador com mais sucesso na história do futebol chileno. Durante a década de 40, Riera foi um bem sucedido avançado chileno que se destacou na Universidad Católica e na Selecção do Chile. 'El Tata', como ficou conhecido, foi o primeiro jogador chileno a jogar na Europa (Stade de Reims e FC Rouen).
Finalizada a carreira de jogador, Riera iniciou o curso de treinador em França, estreando-se em Portugal para dirigir o Belenenses. Acabaría por treinar os 3 grandes portugueses: o Benfica em 1962/63 e de 1966 a 1968, o FC Porto em 1972/74 e o Sporting em 1974/75. Na América do Sul também orientou alguns históricos como o Boca Juniors da Argentina, o Nacional do Uruguai e o Monterrey do México. Ao serviço do FC Porto, Riera não chegaría ao final da época sendo substituído no cargo por António Feliciano. Nessa época, o FC Porto foi 4º classificado atrás de Benfica, Belenenses e Vit. Setúbal.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Displicência!

Inacreditável o empate (2-2) de hoje na Reboleira. Depois de uma boa exibição durante 60 minutos, o campeão revelou uma incrível displicência nos momentos finais. O esforço de Terça-feira, no jogo frente ao Marselha, não explica tudo. Hoje tratou-se de falta de concentração, que parece faltar sempre que o FC Porto tem vantagens confortáveis no campeonato. O FC Porto foi dono do jogo durante 1 hora. Nesse período, o triângulo triturador Assunção-Meireles-Lucho voltou a impor a lei do mais forte e o Estrela sentia-se asfixiado. Mas em 15 minutos tudo mudou! Depois das substituições, que se previam perante o desgaste de Lucho e Meireles, o FC Porto nunca mais voltou ao jogo. O Estrela, que nunca baixou os braços, limitou-se a aproveitar o desleixo do campeão para chegar à igualdade. Ironicamente, foi depois de Lisandro Lopez quase ter feito o terceiro golo, atirando ao poste, que o Estrela começou a acreditar.
A tradição de perda de pontos na Reboleira mantém-se. O Estádio José Gomes parece ter fantasmas!
Agora, 4 pontos de vantagem para o segundo até parecem curtos face ao bom futebol e consistência que o FC Porto tem mostrado. E atenção aos próximos dois jogos: recepção ao surpreendente Vit. Setúbal e visita à Luz!

domingo, 11 de novembro de 2007

A «foto do dia» - Tomislav Ivic (1977)

Tomislav Ivic nasceu na Croácia (Split) a 30 de Junho de 1933. Apesar de ter sido um jogador modesto, teve um percurso de relativo sucesso como treinador.
Ivic iniciou a carreira de treinador em 1969 no RNK Split e quatro épocas depois, já ao serviço do Hajduk Split, foi campeão jugoslavo. Como treinador foi campeão em 4 clubes: Hajduk Split, Ajax, Anderlecht e FC Porto.
Chegou ao FC porto na época 1987/88, vindo do Dinamo Zagreb, mas apesar de nas Antas ter vencido 5 troféus (Taça Intercontinental, Supertaça Europeia, Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Supertaça), a verdade é que nunca lhe foi reconhecido muito mérito nessas conquistas porque herdara a equipa campeã da Europa com Artur Jorge.
Tomislav Ivic foi sempre considerado pela imprensa, e pelos adeptos, um treinador demasiado conservador e defensivo. Em 87/88, quando orientou o FC Porto campeão europeu, Ivic chegou a ensaiar um sistema de três defesas. Foi em Setúbal numa partida com muitos golos (4-4). Nesse jogo, o FC Porto alinhou com 3 centrais: Geraldão, Eduardo Luís e Celso. Sem automatismos, nem vocação para jogar nesse sistema, a equipa foi incapaz de se encontrar permitindo 4 golos ao Vitória e garantindo o empate graças à presença de Rui Barros e Madjer no ataque. Apesar da má experiência em Setúbal, Ivic voltaría a repetir a "brincadeira" na segunda passagem pelo FC Porto em 1993/94. Foi na segunda mão da eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões frente ao Feyenoord. Depois da vitória nas Antas por 1-0 (golo de Domingos) o FC Porto apresentou-se na 'Banheira de Roterdão' com Aloísio, Jorge Costa, Zé Carlos e Fernando Couto! Um autêntico comboio em frente à baliza! Reparem no "onze" utilizado nessa partida: Baía, João Pinto, Zé Carlos, Fernando Couto, Aloísio, Jorge Costa, Rui Jorge, Secretário, Semedo, Jaime Magalhães e Kostadinov. Inevitavelmente, o jogo acabou empatado a zero seguindo o FC Porto para a fase de grupos. Mas nessa segunda passagem pelas Antas, o sucesso nada quis com Ivic que acabou por ser substituído a meio da época por Bobby Robson. Depois de sair do FC Porto não mais voltaría a ser campeão, vencendo apenas um troféu (Taça de Espanha) ao serviço do At. Madrid. O último clube que orientou foi o Olympique de Marselha na época 2001/02.
Nesta foto, surge ao serviço do Ajax pelo qual se sagrou campeão holandês na época 1977/78.

O «cromo do dia» - Inácio

Augusto Soares Inácio nasceu em Lisboa a 1 de Fevereiro de 1955. Iniciou a carreira profissional ao serviço do Sporting mas foi no FC Porto que obteve os maiores sucessos da sua carreira sagrando-se campeão nacional e campeão europeu.
Acabou por dividir equitativamente a sua carreira pelos dois clubes: jogou 7 épocas no Sporting e 7 épocas no FC Porto!
Inácio chegou ao FC Porto na época 1982/83 ainda a tempo de participar na saga vitoriosa dos anos 80.
Apesar da média estatura, Inácio foi um defesa agressivo que fazia todo o corredor esquerdo do campo e que cruzava com facilidade. Ainda é hoje considerado por muitos o segundo melhor defesa esquerdo de sempre da história do FC Porto, logo atrás do brasileiro Branco.
Depois de terminada a carreira de jogador, Inácio iniciou outra como treinador. Actualmente orienta o Foolad FC do Irão.

sábado, 10 de novembro de 2007

A um passo dos Oitavos!

Já falta pouco para garantir a passagem aos Oitavos-de-final da Champions. Depois da vitória frente ao Marselha, nova vitória em Anfield garantirá a passagem à fase seguinte, sendo que até um empate pode ser suficiente para ficar em segundo lugar do grupo. Se empatar em Liverpool, o FC Porto manterá uma distância irreversível para os ingleses que neste momento têm apenas 4 pontos. Ou seja, se Marselha e FC Porto não perderem na Turquia e em Inglaterra, respectivamente, fica garantida a passagem do FC Porto aos Oitavos. Mas tensão não vai faltar na batalha de Anfield porque ao Liverpool só a vitória interessa para depois decidir tudo na última jornada em Marselha, enquanto que o FC Porto tem alguma margem de erro porque na última jornada recebe o Besiktas e o empate nesse jogo pode ser suficiente. Mas a matemática diz-nos que até 8 pontos podem ser suficientes para atingir os Oitavos. Ou seja, mesmo perdendo os dois jogos o FC Porto pode ser qualificado mas estaría dependente da conjugação de alguns resultados.
Mas até lá, vai haver dois jogos na Liga, frente a E. Amadora e Vit. Setúbal, que é preciso vencer para chegar à Luz com vantagem confortável.

O «cromo do dia» - Tarik Sektioui

É uma homenagem mais do que merecida ao homem do "golo de outro Mundo"!
Tarik Sektioui nasceu em Fès (Marrocos) a 13-05-1977. Deixou Marrocos e veio para a Europa em 1997 para jogar no Auxerre. Logo na primeira época em França foi um dos nomeados para MVP na 'Ligue 1' mas na segunda temporada as coisas não lhe correríam tão bem e sería cedido ao Marítimo por 6 meses. A passagem pelo Marítimo não foi brilhante e Tarik acabaría por ir parar à Holanda para jogar no Willem II (na foto) onde permaneceu durante 5 épocas sendo nomeado capitão de equipa. Foi durante esse período que despertou o interesse dos maiores clubes holandeses acabando por ser contratado pelo AZ Alkmaar, de Co Adriaanse, na época 2004/05. Em Julho de 2006, Tarik concretizaría o sonho de chegar a um dos melhores clubes europeus. Co Adriaanse, que na altura orientava o FC Porto, não hesitou e foi buscá-lo ao AZ Alkmaar.
Apesar do relativo sucesso que teve nos clubes onde passou, pela Selecção Marroquina Tarik Sektioui contabiliza apenas 15 internacionalizações e 3 golos marcados.
Uma curiosidade: chegado o nono mês do calendário islâmico (o Ramadão) ,Tarik faz questão de cumprir o habitual jejum, altura em que apenas ingere líquidos durante o dia reservando a verdadeira refeição para o período da noite e sem nunca esquecer as 5 rezas diárias!
Um "mouro" que marcou um golo que fica na história! Revejam... http://www.dailymotion.com/relevance/search/Tarik+Sektioui/video/x3et3r_tarik-sektioui-vs-marseille-superbe_sport

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Alá iluminou o caminho!

Afinal, o 'Plano B' estava no banco! Foi depois das entradas de Postiga e Bolatti que o FC Porto conseguiu dominar o jogo e o adversário, acabando por vencer o Marselha por 2-1. Foram 15 minutos de sonho a contrastar com a primeira parte, que foi das piores da época. Nesse período, valeu o golo de outro Mundo de Tarik Sektioui. Alá iluminou-lhe o caminho!
O FC Porto de hoje foi a antítese de Marselha com a equipa a nunca se conseguir libertar do excelente plano que Eric Gerets aplicou no jogo de hoje. O Marselha controlou a partida durante 60 minutos e nesse período notou-se a ausência de Lucho Gonzalez, que é neste momento o jogador do FC Porto mais difícil de substituir. Valeu ao FC Porto o génio do marroquino e as acertadas substituições que Jesualdo efectuou na segunda-parte.
No FC Porto, Paulo Assunção e Lisandro Lopez voltaram a ser fundamentais. O brasileiro foi mesmo gigante pois conseguiu ser trinco, médio de transição e nº10! Quanto ao argentino, foi novamente fantástico mas isso já nem é novidade. Só não foi o melhor em campo porque Tarik Sektioui resolveu "enganar" meia equipa do Marselha!
A vitória de hoje permite ao FC Porto viajar a Inglaterra como líder do grupo com 8 pontos. Ou seja, uma vitória em Anfield garante a passagem aos Oitavos.

A «foto do dia» - FC Porto-Ajax (1988)

Em semana de competições europeias recordamos o duelo entre o FC Porto e o Ajax da segunda mão da Supertaça Europeia de 1988. Na foto, Bergkamp e Sousa disputam uma bola sob o olhar atento de Augusto Inácio. O FC Porto recebía o Ajax depois de ter vencido em Amesterdão por 1-0 (golo de Rui Barros). Nas Antas, nova vitória por 1-0 a garantir a primeira Supertaça Europeia da história do futebol português.
Esta competição foi criada em 1972 por Anton Witkamp, jornalista holandês do jornal De Telegraaf. De 1972 até 1997 eram realizadas duas partidas, a partir de 1998 só é feita uma partida sempre no Estádio Louis II no Mónaco.
Data: 13 de Janeiro de 1988.
Local: Estádio das Antas, no Porto.
FC Porto-1 Ajax-0
FC Porto: Mlynarczyk; João Pinto, Lima Pereira, Geraldão, Inácio; Bandeirinha (Semedo), Jaime Magalhães, Rui Barros; Sousa, André e Gomes (Jorge Plácido).
Treinador: Tomislav Ivic.
Ajax: Menzo; Blind, Larsson, Wouters, Hesp; Van 't Schip, Muhren, Winter; Bergkamp (Meijer), Bosman e Rob Witschge (Roy).
Treinador: Barry Hullshof.
Marcadores: 1-0, Sousa (70').
Vamos lá voltar a esse duelo em...http://www.youtube.com/watch?v=nNxDeXnqJzM

O «cromo do dia» - Fernando Couto

Fernando Manuel Silva Couto nasceu em Espinho a 02-08-1969. Iniciou o percurso juvenil no Sp. Espinho de onde saíu para o Lusitânia de Lourosa e de lá para o FC Porto. Depois de concluída a formação no FC Porto, Couto sería emprestado, em 1988, ao Famalicão (3ª Divisão) e na época seguinte à Académica (2ª Divisão) onde ficou apenas um ano, regressando ao FC Porto em 1990. Permaneceu nas Antas durante 4 anos onde se afirmou como titular ao lado de Aloísio, dupla que na altura era considerada uma das melhores da Europa. No FC Porto venceu 3 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal e 2 Supertaças Cândido de Oliveira. Acabaría naturalmente por rumar ao estrangeiro depois de se afirmar no FC Porto e na Selecção Nacional. No estrangeiro jogou em três clubes: Parma, Lázio e Barcelona. Aos 38 anos (!) continua a jogar na exigente Série A italiana onde faz a sua 12ª época. Apesar do fantástico percurso, nunca foi um jogador consensual, principalmente para os adversários que o acusam de ser demasiado agressivo.
Uma curiosidade: Couto recebeu alcunhas dos adeptos em vários clubes por onde passou. Quando jogou no Parma pela primeira vez, a sua irreverente cabeleira valeu-lhe a alcunha de 'Sansone' ('Sansão'); em Barcelona chamavam-lhe 'Tarzan de Camp Nou'; já na Lazio, onde jogou sete épocas, foi cognominado de 'il dolce gladiatore' ('o doce gladiador')!

domingo, 4 de novembro de 2007

Avança o Plano B?

E se Lucho não recuperar? É a grande incógnita do FC Porto a 2 dias de receber o Marselha numa partida fundamental da 4ª jornada da Champions. Tal como o "blog" tinha previsto, a posição 10 necessitava de ser reforçada porque depois da saída de Anderson ficou um "buraco" no meio-campo ofensivo do FC Porto que a chegada de Leandro Lima não chegou a tapar. Como se observou no jogo com o Belenenses, o jovem brasileiro ainda não está adaptado ao futebol europeu e a forma ingénua como ainda aborda alguns lances fazem dele apenas um promissor jogador. O verdadeiro 'Plano B' parece ser a ida ao mercado em Janeiro para contratar um experiente nº10. A ausência de 'El Comandante' obriga Jesualdo a alterar rotinas e a improvisar tacticamente pois o internacional argentino é mais do que "um dos melhores números oito do Mundo" como afirmou Jorge Jesus no final do FC Porto-Belenenses. Frente ao Marselha, Jesualdo pode colocar Kazmierczak no "onze" ou optar pelo avanço de Marek Cehc no terreno, mas a aposta do "blog" vai para o recuo de Lisandro Lopez, ficando as alas entregues a Quaresma e Tarik Sektioui. Postiga deve manter a titularidade depois do golo frente ao Belenenses.

A «foto do dia» - Mlynarczyc e Carlos Manuel

Na «foto do dia» de hoje recuamos até ao Mundial do México em 1986. Mlynarczyc e Carlos Manuel trocam cumprimentos no final do Portugal-Polónia (0-1), numa altura em que os clássicos entre FC Porto e Benfica animavam, e de que maneira, o campeonato em Portugal. Na altura, Portugal liderava o grupo depois de ter vencido a Inglaterra de Bobby Robson por 1-0, mas ao segundo jogo tudo mudou. Derrota por 0-1 frente à Polónia de Mlynarczyc, Boniek e Smolarek. Portugal regressaría a casa depois de no terceiro jogo ser derrotado por Marrocos (3-1) enquanto que a Polónia sería derrotada nos Oitavos-de-final pelo Brasil (4-0). Apesar de Saltillo e da má prestação da nossa Selecção, acabou por ser um Mundial inesquecível. È que Deus resolveu intervir e escolheu Maradona!
"Mexico 86, Mexico 86, onde se vive la emoción...Mexico 86, Mexico 86, el mundo unido por un balón!!!"

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Impossível ganhar sempre!

E lá se foram os recordes! A culpa é toda do Belenenses que é uma equipa organizada e tacticamente disciplinada. Apesar de tudo, os campeões lutaram até ao fim de forma a conseguir desempatar o jogo. O empate a uma bola acabou por ser um resultado que o Belenenses justificou porque o FC Porto jogou a passo durante 1 hora e só nos últimos minutos pressionou o adversário. Desta vez, o FC Porto não conseguiu entrar forte no jogo porque o Belenenses entrou muito desinibido e a lesão de Lucho só veio piorar as coisas. O FC Porto pareceu cansado e não "encaixou" bem o golo sofrido no início da segunda parte. Os jogadores ficaram obcecados com a 9ª vitória consecutiva e não conseguiram ter o discernimento necessário para voltar a marcar. Houve um natural abano emocional de quem quer ganhar sempre. É a sina dos campeões!
Durante a segunda parte, Jesualdo acabou por ler bem o jogo e foi corajoso ao retirar Leandro Lima que estava claramente a impedir as transições rápidas da bola como o Professor gosta. Apesar da garra e do querer que o FC Porto mostrou nos últimos minutos, o empate premiou a excelente organização do Belenenses que acabou por ficar na história. Travou dois recordes: o das vitórias consecutivas e o da inviolabilidade da baliza do FC Porto.
Mas os campeões alimentam-se de vitórias e por isso... venha o Marselha!

A «foto do dia» - Ferdinand Daucik

Foi o 28º treinador da história do FC Porto. Ferdinand Daucik nasceu na Eslováquia em 1910 e chegou ao FC Porto na época 1959/60 sucedendo ao italiano Ettore Puricelli. Daucik foi considerado um dos melhores defesas do futebol eslovaco e iniciou a carreira de treinador no Slovan Bratislava em 1942. Era na altura um treinador muito conceituado tendo passado por grandes clubes espanhóis como o Barcelona, o At. Bilbao e o At. Madrid. Foi campeão espanhol pelo Barcelona (2 vezes) e pelo At. Bilbao (1 vez), e ainda hoje é o terceiro treinador que mais partidas (488) dirigiu na história da Liga espanhola, atrás de Luís Aragonés e Miguel Muñoz. Mas no FC Porto não conseguiu igualar o sucesso que obteve em Espanha deixando o clube em 4º lugar na tabela classificativa dessa época, atrás de Benfica, Sporting e Belenenses. No final da época 1959/60 Daucik acabaría por ser substituído pelo brasileiro Otto Vieira.

O «cromo do dia» - André

Hoje recuperamos a rubrica o «cromo do dia» com uma foto de André ao serviço do Varzim. António dos Santos Ferreira André nasceu em Vila do Conde a 24-12-1957. O «carregador de piano», como ficou conhecido, jogou durante 11 (!) épocas consecutivas ao serviço do FC Porto e ainda hoje faz parte da equipa técnica dos dragões. Mas foi ao serviço do Varzim que começou por mostrar qualidades que fizeram dele um dos melhores trincos de sempre do futebol português. O FC Porto acabaría por contratá-lo no final da época 1983/84. Mais de 20 anos depois continua a servir o clube do seu coração e a transmitir a mística do clube aos mais jovens.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Um recorde inalcançável?

O fantástico início de campeonato do FC Porto tem proporcionado as mais variadas leituras estatísticas e o facto de não sofrer golos desde a 1ª jornada faz-nos recuar ao recorde de Vítor Baía, que na época 1991/92 esteve 12 (!) jornadas sem sofrer qualquer golo. Ainda hoje é a 11ª marca mundial! Baía esteve 1191 minutos sem sofrer golos para o campeonato. Foi na 17ª jornada que Baía sofreu um golo quando o FC Porto se deslocou a Guimarães e consentiu um empate (1-1). Paulo Bento marcou-lhe o golo...de grande penalidade! O guarda redes do FC Porto foi batido à 4ª jornada, num confronto com o Marítimo, ficando em branco até à 17ª! Impressionante!
Na selecção portuguesa, Vítor Baía também estabeleceu recordes. Em 1999 bate o recorde de inviolabilidade e está oito jogos consecutivos sem sofrer golos: Roménia (1-0), Eslováquia (3-0), Israel (3-0), Holanda (0-0), Azerbaijão (7-0), Liechtenstein (5-0), Eslováquia (1-0), Liechtenstein (8-0) e Andorra (4-0).
Quanto ao recorde no campeonato nacional, Helton, com a preciosa ajuda de Nuno, ainda não superou os 700 minutos, ou seja, está "apenas" a meio do recorde!

A «foto do dia» - FC Porto 1975/76

Hoje, na «foto do dia», recuamos 32 anos (as fartas cabeleiras comprovam-no)! Estávamos na época 1975/76 e em plena travessia do deserto no que a títulos diz respeito. O jejum de 19 anos do FC Porto estava quase a terminar e esta equipa tinha vários jogadores que se iríam tornar campeões nacionais três anos depois, comandados por José Maria Pedroto. Nessa época, o FC Porto contratou o treinador Branko Stankovic numa tentativa de levar o clube ao título nacional após vários anos de jejum, mas o jugoslavo não chegaría ao final da época sendo substituído no cargo por Monteiro da Costa. A verdade é que a troca de treinador não produziu grandes efeitos ficando o FC Porto num discreto 4º lugar da tabela classificativa dessa época, atrás de Benfica, Boavista e Belenenses, e com o Sporting em 5º lugar! Outros tempos...!