sexta-feira, 30 de maio de 2008

Primeira baixa no plantel!

As más notícias não largam o FC Porto. Ontem, o Comité de Controlo e Disciplina da UEFA decidiu instaurar um processo disciplinar ao FC Porto na sequência do Apito Final e aquele que Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez consideravam ser o jogador mais importante da equipa rescindiu o contrato. Enquanto que a decisão da UEFA será tomada no próximo dia 4 de Junho, a decisão de Paulo Assunção é definitiva: rescisão do contrato!
Depois das ameaças físicas que o jogador sofreu, adivinhava-se que algo não estava bem. A renovação, mais do que complicada, parecia mesmo fora de hipótese. Agora, o futuro clube (fala-se na Fiorentina e no At. Madrid) de Paulo Assunção terá de indemnizar o FC Porto no valor dos vencimentos a que o jogador teria direito a receber por mais um ano de contrato, aproximadamente 600 mil euros. Um valor irrisório tendo em conta a importância que o jogador tinha no «onze» do FC Porto. De qualquer forma, não haveria muito a fazer por parte da SAD do FC Porto, ou cobria a proposta milionária que apresentaram ao jogador ou arriscava-se a sofrer o primeiro rombo no barco. E assim foi, a razão foi mais forte que o coração. Compreende-se a posição da SAD, apesar de ser um excelente profissional e um jogador correctíssimo, Paulo Assunção estaria mesmo a pedir uma fortuna para prolongar o seu contrato. É pena o vencimento que o jogador reclama não se enquadrar nos valores praticados em Portugal para um médio defensivo com a sua idade (28 anos). A sua saída só traz uma vantagem: abre a porta ao aparecimento de outro jogador no «onze» do FC Porto, talvez Mario Bolatti. Está desfeito o triângulo (Assunção-Meireles-Lucho) que se complementava na perfeição.

«Curiosidades FCP» - O TSV Munique 1860 na Final da Taça das Taças, época 1964/65

Hoje recuperamos um «pin» comemorativo da presença do TSV 1860 München na Final da Taça das Taças, época 1964/65. No «pin» constam os emblemas de todos os clubes que os alemães encontraram até à Final de Wembley: US Luxembourg, FC Porto, Légia de Varsóvia, Torino e West Ham.
O TSV Munique 1860 teve o seu período de glória durante a década de 60, vencendo a Taça da Alemanha, em 1964, e o campeonato alemão, em 1966. Actualmente, o antigo clube de Rudi Voller disputa a segunda divisão alemã depois de ter sido relegado ao segundo escalão em 2003/04.
Em 1964/65, depois de ter vencido o Olympique Lyon na 1ª eliminatória, o FC Porto, de Otto Glória, foi afastado da competição pelo TSV Munique 1860, de Max Merkel, logo na 2ª eliminatória. Os alemães venceram nas Antas por 0-1 (Heiss aos 22') e consentiram um empate em Munique (1-1, com golos de Heiss aos 37' e de Valdir aos 44'). Depois de eliminar o FC Porto, o TSV Munique 1860 só seria derrotado na Final da competição pelo West Ham (2-0), num jogo disputado em Londres, no Estádio do Wembley.
Quanto ao FC Porto, depois de ser afastado das competições europeias, foi segundo classificado no campeonato nacional, a 6 pontos do Benfica, e foi eliminado da Taça de Portugal na 2ª eliminatória, também pelos encarnados.

terça-feira, 27 de maio de 2008

A vez do Hóquei em Patins

Depois do Andebol e do Basquetebol terem falhado a conquista do campeonato nacional, sobra apenas o Hóquei em Patins para levar o FC Porto ao título numa das suas 3 modalidades de pavilhão mais seguidas pelos adeptos (o FC Porto continua sem Voleibol!).
Os Hexacampeões de Hóquei em Patins já possuem neste momento o record nacional de mais títulos conquistados consecutivamente na modalidade, superando os 5 títulos consecutivos do Paço d'Arcos, na década de 40, e do próprio FC Porto, na década de 80. Aliás, se o FC Porto vencer o Heptacampeonato (7 títulos consecutivos) iguala os melhores registos consecutivos em duas das quatro modalidades de pavilhão, no Basquetebol e no Voleibol. Até hoje, as melhores sequências nas 4 modalidades pertencem ao Sporting (5 títulos consecutivos no Andebol), ao Instituto Superior Técnico (7 títulos consecutivos no Voleibol), ao Benfica (7 títulos consecutivos no Basquetebol) e ao FC Porto (6 títulos consecutivos no Hóquei). Ou seja, o Hóquei do FC Porto pode igualar Benfica e Instituto Superior Técnico nas 7 conquistas consecutivas, o Heptacampeonato, nas modalidades de pavilhão.
A final do play-off decide-se à melhor de três partidas e começa a ser disputada no próximo Sábado, aguardando o FC Porto o seu adversário da Final, que será o Benfica ou a Oliveirense.

«Curiosidades FCP» - O golo mais importante da época 1976/77

Na semana que antecedeu a Final do Jamor recordámos a celebradíssima vitória na Taça de Portugal, época 1976/77, quando o FC Porto conquistou o troféu ao vencer o Sp. Braga na final por 1-0. Hoje, recuperamos, em duas fotos, o momento da festa do único golo dessa partida, marcado pelo inevitável Fernando Gomes.
Quem não souber de que jogo se trata ficará certamente surpreendido ao ver Fernando Gomes festejar um golo de forma tão efusiva, e logo ele que marcou tantos golos ao serviço do FC Porto. Mas este foi um dos golos mais importantes da carreira do Bi-Bota d'Ouro. Trata-se "apenas" do golo que permitiu ao FC Porto regressar aos títulos depois de 9 anos de jejum. O último título conquistado havia sido a Taça de Portugal de 1967/68, frente ao Vit. Setúbal, na 1ª passagem de Pedroto pelo clube como treinador.
Na foto, além de Fernando Gomes, são ainda visíveis António Oliveira e Murça (?) que tentam segurar o Bi-Bota d'Ouro depois da marcação de um golo que ficou na história do FC Porto e do futebol português.

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - Tottenham, Taça das Taças, época 1991/92

Hoje recuamos aos Oitavos-de-final da extinta Taça dos Clubes Vencedores das Taças, época 1991/92. O bilhete é relativo à 2ª mão da eliminatória, entre o FC Porto e o Tottenham Hotspur. Um bilhete caríssimo (6 contos!) e que apresenta duas gralhas: disputava-se a 2ª mão (e não a 1ª como indicado no topo) e o jogo das Antas disputou-se a 7 de Novembro de 1991 (e não a 23 de Outubro de 1991, data do jogo da 1ª mão).
Depois de derrotar o Valletta FC (Malta) na 1ª eliminatória, o FC Porto, de Domingos e Kostadinov, defrontava o Tottenham, de Gary Lineker, nos Oitavos-de-final. Os Spurs tinham vencido a Taça de Inglaterra no ano anterior e apresentavam-se como um dos principais candidatos a vencer a Taça das Taças.
Depois de ser derrotado por 3-1 (Lineker aos 14', Durie aos 32', Kostadinov aos 51' e Lineker aos 83') no White Hart Lane, em Londres, o FC Porto de Carlos Alberto Silva necessitava de marcar pelo menos dois golos nas Antas para poder seguir em frente.
A 2ª mão disputou-se a 7 de Novembro de 1991 e, apesar de ter dominado o encontro desde o início, o FC Porto não conseguiu marcar qualquer golo, registando-se um empate (0-0) no final da partida. Seguiu o Tottenham para os Quartos-de-final. Mas os ingleses, apesar de serem um forte candidato a erguer o troféu, seriam eliminados logo na eliminatória seguinte pelo Feyenoord.

sábado, 24 de maio de 2008

O eterno segundo classificado!

Mais uma vez, o Basquetebol do FC Porto "morreu na praia". Depois de ter igualado (3-3) a Final do play-off, o FC Porto foi hoje derrotado pela Ovarense por 70-49 e disse adeus ao título. O FC Porto esteve irreconhecível no jogo desta tarde e ao intervalo já perdia por 41-26. Afinal, as 3 vitórias na Final do play-off foram apenas um balão de oxigénio. Hoje, ficou clara a diferença de potencial entre as duas equipas. O FC Porto nunca conseguiu discutir o resultado.
Apesar de em quase todas as épocas o FC Porto discutir os primeiros lugares da classificação, a verdade é que nos últimos 30 anos o clube só por 6 vezes foi campeão nacional de Basquetebol. Por outro lado, os segundos lugares acumularam-se de forma quase consecutiva. Nas últimas 3 décadas o FC Porto tem coleccionado segundas posições sempre que discute o play-off com outros dois históricos da modalidade: Benfica e Ovarense.
Apesar de ainda hoje ser o clube que mais títulos conquistou em todos os escalões (dos iniciados aos séniores), o FC Porto não tem conseguido transformar os êxitos das camadas jovens em boas prestações da equipa sénior. Nos séniores, a aposta em jogadores formados nas camadas jovens do clube só faz sentido se for complementada com a aquisição de 2 ou 3 norte-americanos de qualidade e que façam realmente a diferença. Se assim não for, continuaremos a ser o eterno segundo classificado da Liga.

O «cromo do dia» - Vasiliy Kulkov

Vasiliy Sergeevich Kulkov nasceu em Moscovo (Rússia) a 11 de Junho de 1966. Iniciou a carreira profissional em 1986 ao serviço do Presnya Moskva, tendo marcado 8 golos na segunda época em que representou os moscovitas, a sua melhor marca desde que iniciou a carreira. Antes de ingressar no Spartak Moscovo, em 1989, Kulkov ainda jogou uma época no Spartak Ordzhonikidze, também da Rússia. Foi nessa altura que se estreou como internacional na Selecção da ex-União Soviética, ainda antes do desmantelamento da URSS, prosseguindo depois ao serviço da Rússia o seu percurso a nível de selecções. Pelas duas selecções realizou 21 jogos, tendo apontado 4 golos. Ainda antes de chegar a Portugal, para representar o Benfica, Kulkov jogou durante 3 épocas no Spartak Moscovo, tendo oportunidade de se sagrar campeão russo e de disputar as meias-finais da Taça dos Campeões Europeus, época 1990/91. Nessa época, o Spartak Moscovo foi eliminado nas meias-finais da prova pelo Marselha, isto depois de ultrapassar o Sparta de Praga, o Nápoles e o Real Madrid. Depois das excelentes temporadas que realizou no Spartak Moscovo, Kulkov deixaria a Rússia em 1991 para jogar no Benfica, onde permaneceu durante 3 épocas. No Verão de 1994, esteve envolvido, juntamente com o seu compatriota Sergei Yuran, na transferência sensação do defeso futebolístico português. Os russos deixaram o Benfica e assinaram pelo FC Porto, pelo qual foram campeões nessa mesma época. Ao serviço do FC Porto, Kulkov realizou 24 jogos e marcou 2 golos. Apesar de só ter representado o FC Porto durante um ano, Kulkov fez uma excelente época e formou com o brasileiro Emerson uma dupla fantástica e que se complementava na perfeição no meio-campo do FC Porto de Bobby Robson. Depois de deixar o FC Porto, Kulkov só voltaria a jogar com regularidade em 1998, na segunda época ao serviço do Zenit de São Petersburgo, isto depois de ter representado consecutivamente, e durante apenas uma época, o Spartak Moscovo, o Millwall e novamente o Spartak Moscovo, em 1997. Já em final de carreira, Kulkov ainda jogou no Krylya Sovetov Samara, em 1998, e ainda foi a tempo de regressar a Portugal para uma última época ao serviço do Alverca, em 1999. Depois de terminada a carreira de jogador, Kulkov regressaria a Portugal como técnico adjunto de Anatoly Byshovets, no Marítimo, mas a Federação Portuguesa de Futebol e a Associação Nacional de Treinadores concluiram que Kulkov não tinha habilitações para ser técnico adjunto, acabando o russo por rescindir o contrato.

A «foto do dia» - FC Porto 2001/02

Hoje recuamos à era pré-Mourinho com uma foto de um «onze» do FC Porto relativo à pré-época 2001/02. Na altura, o FC Porto de Octávio Machado fazia os primeiros testes para uma época que acabou por não ficar na história. Antes da chegada de Mourinho, o FC Porto viveu um período de indefinição, acentuado por algumas escolhas menos consensuais do técnico Octávio Machado. Reparem que na foto são visíveis os famosos 3 trincos que Octávio tornou célebres numa frase que ainda hoje é muito recordada: "Os trincos podem ser os melhores avançados". E lá estão eles na foto: Costinha, Paredes e Fredrik Soderstrom!
À predileccção de Octávio pelos trincos juntava-se um plantel demasiado extenso (mais de 30 jogadores!) e composto por 10 nacionalidades diferentes! Não foi por isso surpresa que após a chegada de Mourinho se tenha assistido a uma autêntica sangria no plantel do FC Porto. Senão reparem, na época seguinte deixaram o FC Porto: Sergei Ovchinnikov, Ricardo Silva, Hugo Ibarra, Nélson, Sousa, Quintana, Silvio Maric, Rubens Júnior, Miran Pavlin, Peixe, Paredes, Soderstrom, Esnaider, Ivan Kaviedes e Pena.
Depois da renovação vieram os títulos!
Em cima: Paredes, Capucho, Costinha, Jorge Andrade, Ricardo Silva e Vítor Baía;
Em baixo: Soderstrom, Deco, Secretário, Hélder Postiga e Mário Silva;

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Vamos a 7º jogo!

O FC Porto não se entrega! Depois da derrota em Ovar, que colocou a Ovarense a um triunfo da conquista da Liga, o FC Porto venceu hoje em Matosinhos por 71-69 e adiou tudo para o último e decisivo encontro em Ovar, a disputar no próximo Sábado.
Independentemente do resultado do 7º jogo do play-off, o FC Porto já demonstrou que, mesmo com um orçamento mais reduzido que o do seu adversário e com um plantel menos rico, é possível vencer a Liga. Depois de no ano anterior as duas equipas terem disputado o play-off em circunstâncias idênticas, já se defrontaram esta época em duas finais, da Taça da Liga e da Taça de Portugal. Depois de ter vencido a Taça da Liga, o FC Porto tem oportunidade de regressar aos triunfos na Liga Profissional depois da conquista do título em 2003/04. Apesar de este ano alguns norte-americanos (Frederick Gentry e Brandon Payton) do FC Porto terem acrescentado pouca qualidade ao plantel, o bom trabalho do técnico Alberto Babo e a aposta do clube nas camadas jovens começam a dar os seus frutos, esta época com dois jogadores (Paulo Cunha e Nuno Marçal) a serem frequentemente utilizados no cinco inicial.
Apesar de no próximo Sábado a Ovarense jogar em casa, a pressão está do lado do nosso adversário. No 7º jogo do play-off tudo é possível!

«Curiosidades FCP» - A primeira passagem de Pedroto pelo FC Porto

Apesar de ainda hoje serem mais recordados os seus feitos como técnico, José Maria Pedroto também se destacou ao serviço FC Porto como jogador. Pedroto representava o Belenenses quando, depois de grande insistência por parte dos responsáveis do FC Porto, acedeu a mudar-se para as Antas no início da época 1952/53. Na altura, Pedroto não estava muito interessado em abandonar o Belenenses e, por esse motivo, para se vincular ao FC Porto pediu aos seus dirigentes uma autêntica fortuna para a época: 150 contos! Mas como os responsáveis do FC Porto consideravam Pedroto um reforço fundamental acederam ao pedido do jogador e acertaram com o Belenenses a transferência mais cara do futebol português até então. No total, saíram dos cofres do FC Porto 500 contos, arrecadando o Belenenses 335 contos com a transferência. O Belenenses utilizaria uma parte desse montante na construção do Estádio do Restelo, o que hoje permite ter uma ideia aproximada dos valores envolvidos na transferência.
Pedroto permaneceu no FC Porto como jogador durante oito épocas consecutivas, vencendo dois títulos de Campeão Nacional (1955/56 e 1958/59) e duas Taças de Portugal (1955/56 e 1957/58). Com Béla Guttmann, em 1958/59, Pedroto realizou apenas 5 jogos oficiais, pois nessa altura já contava com 30 anos de idade e já estava muito perto do final da carreira.
É curioso que o FC Porto só voltou a vencer um título quando Pedroto regressou ao clube já como treinador. Foi em 1967/68 com a conquista da Taça de Portugal. Quanto ao campeonato nacional, o FC Porto também só voltou a conquistá-lo no segundo regresso de Pedroto ao clube como técnico, em 1977/78.
Nesta foto, Pedroto surge ao lado de outro grande nome da história do FC Porto e do futebol português, Osvaldo Silva, num dos últimos jogos em que Pedroto representou o FC Porto como jogador.

A «foto do dia» - O penalti de Claudio Lopez

Recordámos recentemente o bilhete da 2ª mão da meia-final da Taça UEFA 2002/03, entre a Lazio e o FC Porto. Hoje recuperamos o momento mais importante dessa partida quando Vítor Baía impediu que Claudio Lopez colocasse a Lazio em vantagem. Jogavam-se os primeiros minutos da 2ª parte e a Lazio arriscava tudo na esperança de anular a desvantagem trazida do Porto (os romanos necessitavam de marcar 3 golos depois da derrota por 4-1 nas Antas). Foi nessa altura que surgiu o lance crucial do jogo. Uma bola dividida, entre Vítor Baía e Simone Inzaghi, levou o árbitro francês Gilles Veissiére a interpretar o lance como faltoso e a marcar uma grande penalidade contra o FC Porto. Apesar de Sinisa Mihajlovic ser nessa altura o habitual marcador de grandes penalidades da Lazio, o argentino Claudio Lopez, que já tinha marcado nas Antas, pediu ao técnico Roberto Mancini para ser ele a apontar o castigo máximo. Contudo, à confiança demonstrada pelo avançado argentino respondeu Baía com uma defesa fantástica que permitiu manter o 0-0 (resultado com que o jogo terminou) no melhor período da Lazio durante o jogo. As mãos do Vítor gelaram o Olímpico de Roma!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Precisam-se laterais!

Depois da saída de Bosingwa, e da incerteza relativamente à permanência no plantel de Marek Cech e Lino, soou o alarme no Dragão quanto ao reforço das laterais direita e esquerda.
Aliás, a lateral esquerda é neste momento a posição no plantel do FC Porto mais difícil de reforçar. Senão reparem, só nos últimos 4 anos foram contratados 7 jogadores que não conseguiram fazer esquecer Nuno Valente. Areias, Leandro, Rossato, Ezequias, Lucas Mareque, Marek Cech e Lino nunca conseguiram conquistar o seu espaço sendo necessário adaptar um defesa direito (Fucile) para dar consistência ao flanco esquerdo. Até César Peixoto chegou a fazer o lugar, e não se saiu nada mal!
É curioso que na lateral direita acontece exactamente o contrário, ou seja, tem sido o sector defensivo menos problemático de reforçar e tem permitido muitas mais-valias ao FC Porto nos últimos anos. Paulo Ferreira, Seitaridis e Bosingwa (ainda estão por explicar as verdadeiras razões da ausência do jogador na Final da Taça) renderam ao FC Porto aproximadamente 50 milhões de euros.
Nos últimos dias, a imprensa tem dado destaque a três jogadores que podem interessar ao FC Porto no reforço das laterais: o polaco Pawel Golanski, o brasileiro Kléber (em cima) e o português João Pereira.
Dos três, o lateral português é o que terá mais possibilidades de ingressar no plantel tendo em conta que representaria um menor investimento (entre 2 a 3 milhões de euros). Quanto aos outros dois, Pawel Golanski é um lateral que joga no Steaua de Bucareste e que estará presente no Euro 2008 ao serviço da Polónia. Contudo, o excêntrico presidente do Steaua, Gigi Becali, pede 5 milhões de euros pelo jogador. Quanto ao brasileiro Kleber, actualmente joga no Santos depois de uma passagem discreta pelo Hannover (Alemanha) e pelo Basel (Suíça). Mas o lateral brasileiro também não é um jogador barato e já conta com 28 anos. Para já, e enquanto os laterais não chegam, estão confirmados Rolando (ex-Belenenses) e Tomás Costa (ex-Rosário Central).

«Curiosidades FCP» - O jovem internacional Aloísio

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recordamos o internacional Aloísio que representou o FC Porto durante mais de 10 épocas.
Aloísio Pires Alves estreou-se na Selecção do Brasil ainda antes de chegar à Europa, quando representava o Internacional, clube onde iniciou a carreira. Já depois de ser internacional pelo Brasil, Aloísio foi contratado pelo Barcelona, em 1988/89. No mesmo ano, foi titular do Barcelona e da Seleção Olimpíca do Brasil, que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul sob o comando do técnico Carlos Alberto Silva.
Apesar de se ter estreado muito cedo na seleccção canarinha, Aloísio acabou por ser apenas 7 vezes internacional pelo Brasil, isto devido à forte concorrência de vários defesas centrais de qualidade que representaram o Brasil durante as décadas de 80 e 90. Além de ter sido medalha de prata em Seul, Aloísio também foi campeão do mundo de sub-20, quando o Brasil arrecadou o título mundial em 1983.
A ilustrar o "post", uma foto de um «onze» da Selecção do Brasil onde Aloísio se cruzou com Taffarel, Romário e os ex-sportinguistas André Cruz e Careca, entre outros.
Em cima: André Cruz, Taffarel, Luis Carlos Winck, Batista, Aloísio, Ademir;
Em baixo: Milton, Edmar, Careca, Geovani, Romário;

A «foto do dia» - Dois bilhetes do Polonia Warszawa - FC Porto, Taça UEFA 2002/03

Hoje recuamos apenas 6 anos com dois bilhetes da 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça UEFA, época 2002/03, entre o FC Porto e o Polonia Warszawa. Os bilhetes são referentes ao mesmo jogo mas são de sectores diferentes do estádio.
O Klub Sportowy Polonia Warszawa foi fundado em 1911 e é o clube mais antigo da capital da Polónia tendo surgido da junção de várias equipas de liceus e escolas de Varsóvia. Os polacos foram o primeiro adversário do FC Porto na caminhada até à Final de Sevilha. O nome do clube apresenta uma curiosidade: designa-se e escreve-se mesmo Polonia, e não Polska (polaco) ou Poland (anglo-saxonico), porque o nome escolhido foi a designação do país em Latim seguido do nome da capital, este já em polaco (Warszawa). Os polacos já foram duas vezes campeões da Polónia (em 1946 e 2000) e já passaram pelo clube alguns jogadores conceituados. Emmanuel Olisadebe, por quem o FC Porto já se interessou, foi o último craque a representar o clube polaco. O jogador naturalizado polaco chegou a Varsóvia vindo directamente do futebol nigeriano e assinou o seu primeiro contrato profissional precisamente com o Polonia Warszawa. Foi na eliminatória de acesso à Liga dos Campeões 2000/01, entre o Polonia Warszawa e o Panathinaikos, que o interesse dos gregos surgiu acabando Olisadebe por rumar à Grécia.
Quanto à eliminatória, entre o FC Porto e o Polonia Warszawa, ficou praticamente decidida na 1ª mão, disputada nas Antas a 19 de Setembro de 2002. É que o FC Porto esmagou os polacos com uma goleada (6-0) que impossibilitou o Polonia Warszawa de discutir o acesso à fase seguinte no Stadion Polonii. Jankauskas (aos 20' e aos 56'), Derlei (aos 37'), Maniche (aos 55') e Hélder Postiga (aos 69' e aos 89') foram os autores dos golos do FC Porto que permitiram que a 2ª mão se tornasse num autêntico passeio a Varsóvia. Após a goleada das Antas, José Mourinho optou por deixar de fora da convocatória, no jogo da 2ª mão, alguns habituais titulares. O segundo jogo disputou-se no Stadion Polonii a 3 de Outubro de 2002 e os polacos, feridos no orgulho, acabaram por amenizar a goleada das Antas e venceram o FC Porto por 2-0 (Lukasiewicz aos 67' e Kus aos 81').
Depois de eliminar o Polonia Warszawa, o FC Porto defrontou o Austria de Viena na 2ª eliminatória.

domingo, 18 de maio de 2008

Uma semana para esquecer!

Começou mal e acabou pior a semana do FC Porto. Depois do Apito Final, da possibilidade de ficar fora da Liga dos Campeões e dos casos Bosingwa e Paulo Assunção, a derrota na Final da Taça de Portugal. Pior era impossível!
O FC Porto que esteve hoje no Jamor foi uma equipa sem alegria, demasiado tensa e que por vezes pareceu zangada consigo própria. Um reflexo da semana agitada que o clube e a SAD viveram.
Quanto ao jogo, Jesualdo resolveu apresentar uma nova variante do 4-3-3: colocou João Paulo a defesa-esquerdo e retirou Tarik do «onze». Mas a maior surpresa acabou por ser a posição ocupada por João Paulo que, mais que um lateral, foi um autêntico terceiro central. Essa opção, além de ter obrigado Raul Meireles a correr quilómetros, retirou profundidade à equipa, que já estava limitada ofensivamente com a ausência de Tarik. Apesar da análise à posteriori, pareceu-nos uma postura algo medrosa do treinador do FC Porto.
Além das opções de Jesualdo, o FC Porto também se pode queixar da pouca coerência do árbitro da partida. Apesar de ter analisado correctamente a expulsão de João Paulo, não revelou a mesma coragem quando deveria ter mostrado o segundo cartão amarelo a Abel e quando deixou passar em claro uma falta de Polga sobre Lisandro, da qual viria a resultar o primeiro golo do Sporting. Só Benquerença é que não viu!
O FC Porto acabou por jogar melhor só com 10 jogadores porque à falta de alegria respondeu com muita entrega e concentração, o que é revelador da má colocação da equipa em campo e da má abordagem ao jogo.
Apesar do final de época conturbado, o tricampeonato acaba por saber a pouco depois das boas exibições e da consistência revelada em boa parte da época. A 6ª dobradinha vai ter que esperar!

O «cromo do dia» - Carlos Duarte

Carlos Duarte nasceu em Nova Lisboa (Huambo - Angola) a 25 de Março de 1933. Este antigo jogador do FC Porto foi um temível extremo-direito que representou o clube durante quase uma década, de 1953 a 1962. Carlos Duarte era um clássico extremo-direito que aliava à velocidade um drible curto quase sempre em direcção à baliza adversária. No FC Porto dos anos 50, ficaram na memória de vários portistas as excelentes combinações entre Carlos Duarte e Hernâni, quase sempre pelo lado direito do ataque do FC Porto. A cumplicidade entre os dois encantava os adeptos.
Carlos Duarte fez parte do plantel do FC Porto que se sagrou campeão nacional por duas vezes durante a década de 50, primeiro com Dorival Yustrich, em 1955/56, e 3 anos mais tarde com Béla Guttmann, em 1958/59. Segundo relatos da época, terá sido em 1958 que o AC Milan ofereceu 600 contos pelo seu passe mas o FC Porto acabou por recusar a proposta dos italianos que propunham um contrato de 3 anos ao jogador. Apesar de ter ficado no FC Porto, Carlos Duarte seria vítima de uma grave lesão no joelho durante um jogo entre o Espanhol de Barcelona e o FC Porto, disputado em Setembro de 1959. Depois da delicada operação, e da recuperação que se seguiu, Carlos Duarte ainda regressou aos relvados mas os seus níveis físicos já não eram aqueles que o tornaram num dos melhores extremos-direitos da história do FC Porto e do futebol português, o que o obrigou a terminar a carreira em 1962.
Apesar de ter nascido em Angola, Carlos Duarte foi internacional por Portugal 7 vezes, tendo-se estreado pela Selecção em 22 de Novembro de 1953.
Em 2003, o FC Porto prestou-lhe a devida homenagem atribuindo-lhe um «Dragão d'Ouro», como a «Recordação do Ano».

A «foto do dia» - O «HSV Journal» de Novembro de 1989

Hoje recuperamos uma primeira página do «HSV Journal» que antecipava os Oitavos-de-final da Taça UEFA, época 1989/90, entre o FC Porto e o Hamburgo.
O «HSV Journal» é uma publicação que acompanha o dia-a-dia do clube alemão. Nesta edição, de Novembro de 1989, o grande destaque foi a visita do FC Porto ao Volksparkstadion para defrontar o Hamburgo, na 1ª mão dos Oitavos-de-final da Taça UEFA 1989/90.
Depois de eliminar o Flacara Moreni (Roménia) e o Valência (Espanha), o FC Porto discutiu o acesso aos Quartos-de-final com o Hamburgo, que acabou por eliminar o FC Porto. Depois de ter perdido em Hamburgo por 1-0 (golo de Von Heesen aos 48'), o FC Porto venceu a 2ª mão da eliminatória mas a vantagem não foi suficiente para aceder aos Quartos-de-final. Apesar de ter sido derrotado por 2-1 (Eck aos 42', Nascimento aos 45' e Jorge Couto aos 63'), o Hamburgo seguiu em frente graças ao golo marcado no Porto. Esse jogo ainda é hoje muito recordado devido à péssima actuação do árbitro que protegeu claramente os alemães. Já com o resultado em 2-1, Geraldão cabeceou uma bola e, sobre o risco de baliza, um jogador alemão evitou o golo com o braço. O árbitro nada assinalou...
No final da partida, os protestos do público e dos responsáveis do FC Porto valeram uma multa da UEFA e a interdição das Antas, sendo o FC Porto obrigado, na época seguinte, a defrontar o Portadown (Irlanda do Norte) em Setúbal, no Estádio do Bonfim.
Depois de ultrapassar o FC Porto, o Hamburgo seria eliminado logo na eliminatória seguinte pela Juventus, de Rui Barros.
Os dois clubes voltaram a encontrar-se recentemente na fase de grupos da Liga dos Campeões, época 2006/07, tendo o FC Porto vencido os dois jogos frente aos alemães, por 4-1 no Dragão e por 3-1 em Hamburgo.

sábado, 17 de maio de 2008

Vencer na 25ª presença na Final

Faltam 48 horas para o FC Porto poder assegurar a sua 6ª dobradinha na história do futebol português.
Na 25ª presença na Final da Taça de Portugal, além da dobradinha, o FC Porto também pode igualar o Sporting no nº de troféus conquistados até hoje: 14. É curioso que os dois clubes disputam a 25ª Final da Taça de Portugal, apesar de só se terem defrontado 3 vezes.
Apesar de ser o clube com mais finais perdidas (11), nos últimos 20 anos o FC Porto venceu a competição por 8 vezes e esteve presente em 10 finais, ou seja, o FC Porto disputou uma Final da Taça de Portugal a cada dois anos. Das 5 dobradinhas conquistadas até hoje, 4 foram conseguidas durante esse período, o que é bem revelador do domínio do FC Porto no futebol português das últimas 2 décadas.
Nas 11 finais que perdeu, em 8 delas o FC Porto foi derrotado pelo Benfica. Apesar de no início da década de 80 o FC Porto lutar com o Benfica pela hegemonia do futebol português, em apenas 6 épocas (de 1979/80 a 1984/85) o FC Porto foi derrotado 4 vezes pelo Benfica em finais da Taça de Portugal.
Esperemos que no Domingo a tendência nas finais frente ao Sporting se mantenha: o FC Porto venceu duas e perdeu apenas uma.
Em cima, a ilustrar o "post", surge Vitor Baía a erguer a Taça de Portugal relativa à época 2005/06, quando o FC Porto derrotou o Vit. Setúbal por 1-0.

«Curiosidades FCP» - A importância da Taça de Portugal 1976/77

Aproveitando a presença do FC Porto na Final da Taça de Portugal do próximo Domingo, recuamos mais de 30 anos com a conquista da Taça de Portugal mais importante da história do clube. Estávamos na época 1976/77 e o FC Porto não vencia um título há 9 anos, desde a conquista da Taça de Portugal de 1967/68, frente ao Vit. Setúbal. Quanto ao campeonato nacional, o jejum durava há 18 anos!
Foi, como se deve calcular, um título muito celebrado e que permitiu ao FC Porto de José Maria Pedroto ganhar embalo e confiança para a conquista do campeonato nacional da época seguinte.
Na foto, é visível o contentamento de Fernando Gomes com a conquista de um troféu que, nos últimos 20 anos, se tornou bem mais habitual para o FC Porto.
Nessa Final, o FC Porto venceu o Sp. Braga por 1-0, em pleno Estádio das Antas, e garantiu apenas a sua 4ª Taça de Portugal até então.
Aqui ficam os «onzes» dessa histórica Final:
FC Porto: Torres; Gabriel, Carlos Simões, Freitas e Murça; Octávio, Rodolfo e Taí (Seninho); Duda (Celso), Fernando Gomes e Oliveira.
Sp. Braga: Fidalgo; Artur, Serra, Ronaldo e Manaca; Pinto, Beck (Caio) e Marinho; P. Rocha, Chico Gordo e Chico.
Golos: Fernando Gomes;

A «foto do dia» - Um «onze» de início da década de 70

Hoje recuamos até ao período de travessia do deserto, entre 1959 e 1978, com uma foto de um «onze» do FC Porto de inícios da década de 70.
Antes do celebradíssimo título de 1977/78, o FC Porto passou por um período difícil com várias épocas sem conseguir lutar pelos primeiros lugares do campeonato. Aliás, nessa altura o FC Porto ficou várias vezes fora dos lugares do pódio e até chegou a classificar-se em 9º (!) lugar (em 1969/70), o que seria impensável actualmente. Apesar de nesse período terem passado pelo FC Porto alguns treinadores conceituados (Tommy Docherty, Fernando Riera, Béla Guttmann e Branko Stankovic, entre outros), o clube mantinha-se arredado dos títulos. Mas antes da conquista do campeonato de 1977/78, o FC Porto esteve muito perto de se sagrar campeão nacional em 2 ocasiões: em 1961/62, quando foi segundo classificado a 2 pontos do Sporting, e em 1968/69, quando voltou a ser segundo a 2 pontos do Benfica.
Na foto é possível identificar alguns jogadores que ficaram na história do clube mas que durante o final dos anos 60 e início da década de 70 não venceram qualquer troféu no FC Porto. Nobrega, Abel, Pavão, Rolando e o guarda-redes Rui, entre outros, apesar da sua qualidade não tiveram a possibilidade de festejar qualquer título.
Em cima (da esq. para a dir.): Manhiça, Pavão, Leopoldo, Rolando, Gualter, Rui;
Em baixo (da esq. para a dir.): Ricardo, Béné, Nobrega, Abel, Lemos;

PS: relativamente à foto, quem souber de que época e de que jogo se trata faça favor de acrescentar. Obrigado.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Uma semana difícil

Pois é, não está a ser fácil para o FC Porto a semana que antecede a Final da Taça de Portugal. Primeiro foi a decisão da Comissão Disciplinar da Liga, que condenou Pinto da Costa a 2 anos de suspensão e o FC Porto a uma penalização de 6 pontos. Hoje, o jornal "A Bola" colocou a possibilidade de o FC Porto ser afastado da Liga dos Campeões 2008/09. Ao que parece, uma alínea D do ponto 1.04 do Regulamento da Liga dos Campeões, que foi criada em Janeiro de 2007, impede a inscrição de um clube que esteja ou tenha estado envolvido em alguma actividade relacionada em combinar ou influenciar o desfecho de um jogo, a nível nacional ou internacional. Contudo, ao início da tarde, José Manuel Meirim, professor de Direito Desportivo, garantiu que a norma foi incluída no regulamento da Liga dos Campeões apenas em 2007/08 e surge na sequência do Calciocaos. Na época 2006/07, o Milan, punido na temporada anterior por viciação de resultados, participou na Champions. O Professor de Direito Desportivo concluiu que "a norma só se deve aplicar se no campeonato anterior uma equipa manejou, tentou e conseguiu alterar o resultado desportivo. Nesse caso, faz sentido que essa equipa não entre porque a forma de ter obtido mérito desportivo, nessa época, foi adulterada”.
Mas a semana do FC Porto não tem sido atribulada apenas devido ao Apito Final. Ainda hoje, e também segundo o jornal "A Bola", Paulo Assunção terá sido ontem coagido por quatro indivíduos que lhe exigiram que renovasse o seu contrato com o FC Porto. Parece que o jogador terá sido mesmo alvo de ameaças fisícas se não renovasse com o FC Porto nos próximos dias. Mas além de Paulo Assunção, houve outro jogador do FC Porto que viu a semana que antecede a Final da Taça ser menos tranquila que o habitual. Bosingwa teve que se deslocar a Inglaterra de forma a concluir os exames médicos e acertar tudo com o Chelsea. Apesar da viagem relâmpago, fica a interrupção na preparação. Esperemos que no Domingo ambos se apresentem psicologicamente libertos.

A «foto do dia» - Os bilhetes da Final, e da Finalíssima, da Taça de Portugal 1999/00

Recuperámos recentemente uma foto da Finalíssima da Taça de Portugal, entre o FC Porto e o Sporting, relativa à época 1993/94 mas os dois clubes voltaram a encontrar-se no Jamor no final da época 1999/00. Depois de um empate (1-1 após prolongamento) na Final, disputada a 21 de Maio de 2000, houve novamente necessidade de disputar uma Finalíssima. E o FC Porto voltou a vencer!
O Sporting chegou ao Jamor como campeão nacional mas o FC Porto, orientado por Fernando Santos, não lhe permitiu a dobradinha, repetindo a vitória após segundo jogo, tal como tinha sucedido na época 1993/94.
A Finalíssima disputou-se a 25 de Maio de 2000, tendo o FC Porto vencido o Sporting por 2-0. Já na segunda-parte, um golo de Clayton e outro de Deco permitiram ao FC Porto vencer a sua 10ª Taça de Portugal.
Aqui fica o percurso do FC Porto até à Final:
4ª eliminatória: Ribeira Brava 0-4 FC Porto
5ª eliminatória: FC Porto 4-1 Sp. Braga
Oitavos-de-final: isento
Quartos-de-final: FC Porto 3-0 Fafe
Meias-finais: FC Porto 3-0 Rio Ave
Final: FC Porto 1-1 Sporting
Finalíssima: FC Porto 2-0 Sporting

«Curiosidades FCP» - O «Mãos de Ferro»

Já recordámos Barrigana na rubrica «cromo do dia». Hoje recuperamos algumas curiosidades deste fantástico guarda-redes que passou pelo FC Porto durante a década de 40 e inícios da década de 50. Barrigana chegou ao FC Porto depois do misterioso desaparecimento do guarda-redes húngaro Bela Andrasik. Segundo relatos da época, Andrasik era um espião antinazi que foi aconselhado pelo FC Porto a abandonar o país, devido a pressões da PIDE. Perante o súbito desaparecimento do guarda-redes húngaro, o FC Porto foi obrigado a encontrar uma alternativa. Aproveitando as excelentes relações que nessa altura tinha com o Sporting, o FC Porto convidou Barrigana para ser o substituto de Bela Andrasik. O «Mãos de Ferro» não hesitou e aceitou o convite, já que nessa altura era suplente de Azevedo no Sporting.
No FC Porto mostrou todo o seu potencial, sem contudo ter ganho qualquer campeonato nacional. O futebol, tal como a vida, não é justo e Barrigana viu-se arredado de qualquer título durante os 12 (?) anos que representou o FC Porto. É curioso que Barrigana chegou ao FC Porto pouco tempo depois da conquista do título de 1939/40 e acabou por deixar o clube antes da conquista do campeonato nacional de 1955/56. Apesar de tudo, só recentemente Vitor Baía ultrapassou o «Mãos de Ferro» no grupo de guarda-redes do FC Porto com mais jogos disputados no Campeonato Nacional. Ou seja, enquanto que Vitor Baía foi o futebolista que mais títulos venceu a nível mundial, Barrigana não conquistou nenhum. O destino afastou-o dos títulos!
E já agora, sabem de onde vem a alcunha de «Mãos de Ferro»? Foi uma expressão utilizada por um jornalista francês, num jogo da Selecção Nacional, para destacar a forma corajosa e destemida como o guarda-redes do FC Porto abordava os lances.
Barrigana faleceu a 29 de Setembro de 2007, aos 85 anos, no Hospital de Águeda, na sequência de vários problemas pulmonares.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Mais um jackpot!

Já é oficial! O FC Porto informou hoje a CMVM que chegou a acordo com o Chelsea para a cedência, a título definitivo, de José Bosingwa a troco de 20,5 milhões de euros. Mais um jackpot da FC Porto "Casino" SAD!
A verdade é que neste capítulo, a SAD do FC Porto não pode ser acusada de não valorizar os seus activos. E nem é preciso serem regularmente capa de jornal!
Com mais uma transferência milionária, o FC Porto é neste momento um dos clubes europeus que melhor tem gerido as suas receitas com a cedência de jogadores que se valorizaram na proporção das exibições e resultados do clube. O FC Porto é o clube que possui o maior orçamento da Liga (muito distante dos rivais!) e o que suporta melhores salários, mas isso também implica ganhar mais vezes e atrair melhores jogadores. O ciclo orçamento elevado-mais vitórias-valorização dos activos tem sido interpretado na perfeição no Dragão. Apenas um senão, o FC Porto também se tornou atractivo a empresários que procuram dinheiro fácil. Mas isso são consequências com as quais os grandes clubes têm que saber lidar!
Depois de vencer a Taça UEFA, em 2002/03, e a Liga dos Campeões, em 2003/04, nunca mais o FC Porto parou de fazer mais-valias que são preciosas para a saúde financeira do clube e da SAD. Só nos últimos 4 anos, foram mais de 150 (!) milhões de euros que entraram na SAD do FC Porto, e neste montante nem sequer estamos a considerar transferências que renderam ao FC Porto entre 5 a 8 milhões de euros (Nuno Valente, Costinha, Derlei, Pedro Mendes, Diego, Hugo Almeida, McCarthy, Luis Fabiano e Carlos Alberto, entre outros). Aqui ficam as 8 mais rentáveis:
Ricardo Carvalho: 30 milhões de euros
Paulo Ferreira: 20 milhões de euros
Deco: 15 milhões de euros + Quaresma
Maniche: 15 milhões de euros
Seitaridis: 10 milhões de euros
Pepe: 30 milhões de euros
Anderson: 28 milhões de euros
Bosingwa: 20,5 milhões de euros

A «foto do dia» - FC Porto - Juventus, Final da Taça das Taças 1983/84

Regressamos à Final da Taça das Taças, entre o FC Porto e a Juventus, com uma foto de um lance dessa partida. Uma autêntica relíquia a preto e branco!
Paolo Rossi, Boniek, Jaime Pacheco e António Sousa disputam uma bola perante o olhar do árbitro da ex-RDA, Adolf Prokop. O árbitro alemão acabou por ser o alvo dos responsáveis e dos jogadores do FC Porto que, no final da partida, consideraram que a arbitragem de Prokop influenciou o resultado (2-1). Apesar de algumas decisões controversas da equipa de arbitragem, a falta de experiência internacional talvez tenha sido o maior adversário do FC Porto na final de Basileia, além da superior qualidade da Juventus de Geovanni Trappatoni. Os italianos formavam uma super equipa que nessa altura era a espinha dorsal da selecção italiana. Tacconi, Gentile, Scirea, Cabrini, Tardelli, Platini, Paolo Rossi e Boniek, entre outros, formavam um plantel fantástico e que no ano seguinte seria campeão da Europa, ao vencer (1-0) o Liverpool no Heysel, em Bruxelas.
Depois da primeira experiência em Basileia, o FC Porto regressaria a uma final europeia 3 anos depois, vencendo o Bayern em Viena.

«Curiosidades FCP» - O Hóquei nos anos 90

Numa altura em que a equipa de Hóquei em Patins do FC Porto está a uma vitória da final do play-off (venceu no Sábado a Juventude de Viana por 4-2), aproveitamos para recuperar uma foto de uma equipa de Hóquei em Patins do FC Porto do final dos anos 90.
Depois da saga vitoriosa dos anos 80, o FC Porto viveu um período de renovação logo no início da década de 90. Durante esse período, o FC Porto esteve 7 anos sem vencer o campeonato nacional, de 1990/91 até 1998/99. Em finais da década de 90, o FC Porto voltou a reunir um dos plantéis mais fortes de sempre do Hóquei em Patins português. O conceituado António Livramento tinha ao seu dispor um plantel com alguns jogadores das camadas jovens do FC Porto e outros que, pela sua experiência, foram o complemento perfeito para as vitórias que se seguiram.
A imagem foi captada no antigo Pavilhão Américo de Sá e nela é possível identificar os já na altura experientes Tó Neves, Pedro Alves e Paulo Alves, enquanto que os ainda jovens Reinaldo Ventura e Filipe Santos davam o toque de irreverência ao plantel do FC Porto dessa altura. Depois de vencer as Taças de Portugal de 1995/96 e 1997/98, o FC Porto regressou aos títulos de campeão em 1998/99. Depois disso, seguiram-se 7 títulos em apenas 8 anos. E se voltar a vencer o campeonato nacional esta época, o FC Porto atingirá o Heptacampeonato! Um registo impressionante e difícil de igualar nas próximas gerações.

domingo, 11 de maio de 2008

Terminar a Liga a vencer

O FC Porto entrou e saiu da Liga 2007/08 a vencer. No jogo de hoje, a vitória frente à Naval (0-2) permitiu ao FC Porto regressar às vitórias depois da estranha exibição frente ao Nacional.
Com apenas 2 habituais titulares no «onze» inicial, o FC Porto sentiu algumas dificuldades nos primeiros 20 minutos de jogo. Nesse período, a Naval incomodou bastante o jovem Ventura, que acabou por ser um dos destaques do FC Porto. Depois do início algo trapalhão, o FC Porto assentou o jogo e chegou ao final da primeira parte a vencer por 2-0. Mesmo com dois golos antes do intervalo, o jogo foi sempre aborrecido e por alguns momentos fez lembrar um jogo de pré-época. Valeu pelo regresso do FC Porto às vitórias. Apesar da natural falta de ligação entre sectores, a imagem já foi bem melhor que a da semana passada.
Além de Ventura, destaque também para os dois pontas-de-lança do FC Porto no jogo de hoje. Farías, mesmo sem deslumbrar, bisou, enquanto que Adriano foi esforçado. Uma exibição em forma de desabafo depois das notícias do interesse do PAOK no ponta-de-lança brasileiro. Adriano quer ficar!
O FC Porto termina a Liga com o fantástico score de 60 golos marcados e apenas 13 sofridos. Se o FC Porto não recorrer do castigo da perda de 6 pontos, o recorde da maior vantagem para o segundo classificado vai manter-se na posse do Benfica que, na época 1972/73, venceu o campeonato com uma distância de 18 pontos para o segundo classificado, o Belenenses. Contudo, mesmo com a perda desses 6 pontos, o FC Porto de Jesualdo já superou o melhor registo de um FC Porto campeão, porque independentemente do resultado do jogo do segundo classificado, a diferença será sempre superior aos 15 pontos de distância a que o FC Porto de Tomislav Ivic deixou o Benfica em 1987/88.

O «cromo do dia» - Costa

José Alberto Costa nasceu no Porto a 31 de Outubro de 1953 e foi um excelente extremo-esquerdo que se destacou no FC Porto de José Maria Pedroto em finais da década de 70 e inícios da década de 80.
Costa era um jogador muito rápido, forte fisicamente e que gostava de ir à linha e cruzar. Um clássico extremo-esquerdo!
Começou a carreira nas camadas jovens do Vila Real, chegando a um histórico do futebol português no início da década de 70, quando representou a Académica. Curiosamente, foi ao serviço da Académica que se estreou na Selecção Nacional (Costa foi internacional AA por 24 vezes). Depois das excelentes temporadas que realizou em Coimbra, Pedroto contratou-o para o FC Porto em 1978/79, sendo logo campeão nacional na época de estreia nas Antas. Seguiram-se mais 6 épocas ao serviço do FC Porto. Durante esse período, Costa sagrou-se campeão nacional mais uma vez, em 1984/85, com Artur Jorge, e venceu ainda 1 Taça de Portugal (1983/84) e 3 Supertaças Cândido de Oliveira.
Apesar de nas últimas épocas, ao serviço do FC Porto, ter sido menos utilizado, devido à concorrência de Vermelhinho e mais tarde de Paulo Futre, Costa ainda participou na Final da Taça das Taças (1983/84) frente à Juventus, em Basileia. O antigo extremo-esquerdo do FC Porto entrou aos 82 minutos de jogo, substituindo o defesa Eduardo Luís, mas já não foi a tempo de ajudar o FC Porto a dar a volta ao jogo. Costa deixaria o FC Porto no final da época seguinte, em 1984/85, e ainda jogou durante mais duas épocas na 1ª Divisão portuguesa, primeiro no Vit. Guimarães e na época seguinte no Marítimo.
Depois de terminar a carreira de jogador, Costa iniciou a carreira de treinador, primeiro como adjunto e mais tarde como técnico principal.

A «foto do dia» - A Finalíssima da Taça de Portugal 1993/94

Começamos a antecipar a Final da Taça de Portugal da próxima semana, entre o FC Porto e o Sporting, com uma foto relativa à Finalíssima da época 1993/94. Nessa altura, em caso de empate na Final, e após prolongamento, não se recorria à marcação de grandes penalidades, havendo necessidade de um segundo jogo para se apurar o vencedor da Taça.
A Final disputou-se no Estádio do Jamor a 5 de Junho de 1994. O FC Porto, de Bobby Robson, Vitor Baía, Fernando Couto e Timofte, defrontava o Sporting, de Carlos Queiroz, Luis Figo, Paulo Sousa e Balakov. A Final foi muito equilibrada com as duas equipas a não conseguirem marcar após os 120 minutos. Os dois clubes encontraram-se novamente cinco dias depois, no feriado de 10 de Junho, para disputar a Finalíssima. E foi necessário novo prolongamento para encontrar o vencedor da Taça de Portugal 1993/94. O FC Porto adiantou-se no marcador ainda na primeira parte, com um golo de Rui Jorge, tendo o Sporting empatado com um golo de Vujacic, no segundo tempo. No prolongamento, e depois de Peixe cortar uma bola com o braço, cometendo penalti, Aloísio colocou o FC Porto definitivamente em vantagem (2-1).
Apesar da farta cabeleira de Fernando Couto cobrir grande parte da imagem, na foto é possível reconhecer vários jogadores, e responsáveis do FC Porto, ainda no relvado do Jamor. Em cima, e da esquerda para a direita: Secretário, Dr Domingos Gomes, Timofte, Vitor Baía, Pinto da Costa, Joaquim Pinheiro, Rodolfo Moura, Reinaldo Teles (com a Taça!), Jorge Costa, Bandeirinha, Vinha, Bobby Robson e o guarda-redes Cândido. Em baixo, e da esquerda para a direita: Jorge Couto, Rui Filipe, José Mourinho, João Pinto, Rui Jorge, Prof. Vitor Frade, Paulinho Santos, Ricardo, Fernando Couto e Aloísio.

sábado, 10 de maio de 2008

Recorrer ou não recorrer?

A Comissão Disciplinar da Liga condenou ontem Pinto da Costa a 2 anos de suspensão e o FC Porto a uma penalização de 6 pontos, com efeitos no presente campeonato. A reacção da FC Porto SAD surgiu ao início da noite, com Pinto da Costa a garantir que a honra do clube ficará salvaguardada. No entanto, fica a contradição no discurso do Presidente. Pinto da Costa confirmou inicialmente que "não vamos recorrer da penalização dos pontos retirados à equipa, sobretudo porque ponho, como sempre pus, acima dos meus interesses os do FC Porto", para depois adiantar que "se não sentíssemos a razão do nosso lado, obviamente não recorreríamos da decisão." Mas se de facto a razão está do nosso lado, o FC Porto deveria recorrer das duas decisões: a que envolve o clube (perda de 6 pontos) e a que envolve Pinto da Costa (suspensão de 2 anos). Aliás, ao não recorrer do castigo de 6 pontos aplicado ao FC Porto, a posição do Presidente ficará fragilizada no recurso que vai apresentar ao Conselho de Justiça. Se o FC Porto não recorre do castigo de 6 pontos, Pinto da Costa não verá a sua legitimidade enfraquecida quando colocar em causa a sua supensão?
É provável que a suspensão de 2 anos, aplicada a Pinto da Costa, não traga grandes transtornos à gestão do clube e da SAD. Contudo, a imagem do FC Porto ficará debilitada a nível nacional e internacional. Pinto da Costa garantiu que "continuaremos a trabalhar com renovado interesse, entusiasmo e redobrada paixão." Já se percebeu que o Presidente não vai querer deixar o FC Porto numa altura em que a sua posição se encontra debilitada perante a opinião pública e alguns adeptos, o que até se compreende depois de tantos anos de sucesso. Mas a verdade é que talvez se esteja a perder uma oportunidade de começar a debater uma possível sucessão na SAD e no clube.

PS: O bom senso prevaleceu, o Basquetebol do FC Porto vai continuar. A administração da FC Porto Basquetebol SAD emitiu esta sexta-feira um comunicado que confirma a participação do FC Porto num futuro campeonato organizado pela FPB. No comunicado pode ler-se: «Face à enorme tradição da modalidade no FC Porto, nomeadamente no que concerne aos escalões de formação, que mantêm em actividade centenas de jovens, esta sociedade está disponível para participar na competição organizada sob a égide da FPB.»

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Ainda há um recorde para superar

Apesar da motivação dos tricampeões andar em baixo, haverá um estímulo importante para o jogo frente à Naval: o FC Porto pode estabelecer a maior diferença de sempre para o segundo classificado do campeonato.
Na época 1972/73 o Benfica colocou o recorde nos 18 pontos. Nessa época, o Benfica foi campeão com 58 pontos, enquanto que o segundo classificado, o Belenenses, conquistou apenas 40 pontos. Actualmente, a diferença para o segundo classificado encontra-se nos 20 pontos. Para o FC Porto igualar o recorde basta-lhe conquistar um ponto no jogo com a Naval, isto se o Sporting vencer o Boavista. Ou seja, para superar o recorde, o FC Porto tem de vencer a Naval, não ficando dependente do resultado do Sporting frente ao Boavista. Mas mesmo que o FC Porto de Jesualdo não supere este registo histórico, a actual diferença de 20 pontos já lhe permitiu ultrapassar os registos do FC Porto de Tomislav Ivic e do FC Porto de António Oliveira. Em 1987/88, o FC Porto de Tomislav Ivic foi campeão com 15 pontos de vantagem sobre o Benfica, enquanto que em 1996/97, o FC Porto de António Oliveira deixou o Sporting a 13 pontos.

«Curiosidades FCP» - A última visita à Câmara Municipal do Porto

Numa altura em que o FC Porto celebra a conquista de mais um campeonato, aproveitamos para recuperar a última presença do FC Porto nos Paços do Concelho. A conquista do Pentacampeonato marcou a última visita do FC Porto à Câmara Municipal para festejar um título. É curioso que essa presença do FC Porto na Câmara coincidiu com pelo menos dois feitos que vão perdurar no livro de recordes do futebol português. Estávamos na época 1998/99 e o FC Porto de Fernando Santos superava um record com mais de 40 anos, na posse do Sporting, vencendo pela primeira vez na história do futebol português o 5º campeonato consecutivo. Na época em que o FC Porto conquistou o Penta, Mário Jardel também foi o melhor marcador da Europa, arrecadando a Bota d' Ouro (a terceira na história do clube).
Esse ano também marcou uma importante alteração na liderança dos destinos da autarquia. Foi em 1999 que Fernando Gomes abdicou da liderança na Câmara Municipal do Porto. Fernando Gomes interrompeu o último mandato na Câmara a 25 de Outubro de 1999, quando foi nomeado Ministro Adjunto (MA) e Ministro da Administração Interna. Sucedeu-lhe Nuno Cardoso, que ficou à frente dos destinos da Câmara entre 1999 e 2002. Nuno Cardoso acabou por se ver envolvido em diversas polémicas, nomeadamente a propósito do Plano de Pormenor das Antas. A saída de Nuno Cardoso marcou o início da era Rui Rio, que assumiu os destinos da Câmara a 8 de Janeiro de 2002. Depois disso, o FC Porto não mais voltou aos Paços do Concelho.

A «foto do dia» - O bilhete do PSV Eindhoven - FC Porto, época 1988/89

Foi uma das piores noites europeias do FC Porto dos últimos 30 anos. Jogava-se a 1ª mão da 2ª eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus, época 1988/89, entre o FC Porto e o PSV Eindhoven.
Depois de eliminar o HJK Helsinki na 1ª eliminatória da competição, o FC Porto, orientado por Quinito, media forças com o campeão holandês, orientado por Guus Hiddink. A 1ª mão disputou-se no Philips Stadium a 26 de Outubro de 1988. Foi uma noite de terror para o FC Porto. 5 golos sofridos, no espaço de 38 minutos, acabaram com o jogo e com a eliminatória. Um autêntico pesadelo em Eindhoven!
Wim Kieft inaugurou o marcador logo aos 15 minutos e, ainda antes do intervalo, Ellerman (aos 37') e Ronald Koeman (aos 42') elevaram a contagem para 3-0. Logo a abrir a segunda parte, os holandeses voltaram a marcar, desta vez por Anton Janssen, aos 51 minutos. O pesadelo terminou aos 53 minutos, com mais um golo de Ronald Koeman. Apesar de derrotado em Eindhoven, o FC Porto conseguiu atenuar essa goleada com uma vitória (2-0) no jogo da 2ª mão, com golos de Rui Águas e Domingos. Depois de ter vergado o FC Porto, o PSV seria eliminado logo na eliminatória seguinte, pelo Real Madrid.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Não faz sentido acabar com o Basquetebol

A Direcção do FC Porto tinha marcado para hoje uma reunião para decidir se o conflito com a Federação poderá motivar o fim da secção de Basquetebol. O FC Porto recusa participar num campeonato organizado pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), mesmo que isso implique extinguir a modalidade. Não colocando em causa as razões que levam o FC Porto a ponderar essa possibilidade, parece-nos uma posição demasiado intransigente face ás consequências que essa decisão pode acarretar. Estamos a falar de uma modalidade com história no clube e que ainda hoje continua a formar vários atletas das camadas jovens aos séniores. Mas como no passado houve outras que tiveram o mesmo tratamento...!
Recordamos que ainda recentemente o Andebol do FC Porto passou por uma situação idêntica. A intransigência da Direcção valeu ao FC Porto a exclusão da Liga dos Campeões de Andebol, numa altura em que o FC Porto possuía uma das melhores equipas de sempre do Andebol português, com Carlos Resende, Eduardo Filipe e os estrangeiros Vladimir Petric e Alexandru Dedu, entre outros, no plantel. Nessa altura, um conflito com o Presidente da Federação levou o FC Porto a abdicar de participar nas competições europeias. Uma decisão radical da qual ainda hoje não se conseguiram apurar os verdadeiros custos financeiros e desportivos, numa altura em que a equipa de Andebol do FC Porto era uma das melhores da Europa. Aliás, com a construção do novo pavilhão, não faria muito sentido acabar com o Basquetebol, pois a utilização do novo recinto ficaria limitada a duas modalidades, ao Hóquei em Patins e ao Andebol. Ou seja, construir uma obra que vai custar 13 milhões de euros para depois ser utilizada por apenas duas modalidades seria no mínimo intrigante!

«Curiosidades FCP» - A Volta a Portugal de 1962

Hoje recuperamos uma foto da Volta a Portugal de 1962. Os anos 60 marcaram um dos melhores períodos do FC Porto na modalidade e na Volta a Portugal. Nesse ano, o FC Porto alcançou o tetra na Volta. As 4 vitórias consecutivas tiveram início em 1959, com Carlos Carvalho a vencer a prova pela primeira vez, seguiram-se triunfos de Sousa Cardoso, em 1960, e de Mário Silva, em 1961. Em 1962 a prova foi novamente ganha por um ciclista do FC Porto, José Pacheco. Além do primeiro lugar de José Pacheco, o FC Porto venceu também o Prémio da Montanha através de Mário Silva, que tinha vencido a Volta no ano anterior.
José Pacheco, o primeiro na foto (ao centro), já envergava a camisola amarela nessa etapa. Logo atrás do ciclista do FC Porto surgem Peixoto Alves (Benfica) à esquerda, Jorge Corvo (Tavira) à direita e, mais atrás, Sousa Cardoso (FC Porto) e João Roque (Sporting). A foto recupera uma das etapas mais importantes da Volta de 1962. É curioso que os três homens da foto acabaram por ser os 3 primeiros classificados da competição: José Pacheco foi 1º, Peixoto Alves foi 2º e Jorge Corvo foi 3º. Reparem ainda que os três grandes (FC Porto, Benfica e Sporting) tinham corredores a disputar o 1º lugar da Volta, o FC Porto com José Pacheco, o Benfica com Peixoto Alves e o Sporting com João Roque, que venceria a competição no ano seguinte. Aliás, o corredor do Sporting acabou por impedir que o FC Porto atingisse o Hexa na Volta a Portugal, porque após as 4 vitórias consecutivas, o FC Porto voltou a vencer em 1964, com Joaquim Leão.

A «foto do dia» - 6 figuras do FC Porto 1989/90

Hoje recuperamos 6 jogadores que foram fundamentais na conquista do título de 1989/90: André, Jaime Magalhães, Bandeirinha, Madjer, Vitor Baía e Stéphane Demol. Dos seis, o belga Stéphane Demol foi o que permaneceu no FC Porto menos tempo, apenas 1 temporada. Todos os outros representaram o FC Porto durante mais de 6 épocas.
O «carregador de piano», como ficou conhecido, jogou durante 11 (!) épocas consecutivas ao serviço do FC Porto. Depois de o FC Porto o contratar ao Varzim, no final da época 1983/84, nunca mais deixou o clube que ainda hoje serve.
Jaime Magalhães também já é um símbolo do FC Porto. Chegou ao clube em 1983/84 e só saiu para jogar uma última época ao serviço do Leça, em 1995/96.
Bandeirinha é outra figura do FC Porto dos anos 80 e de início da década de 90. Apesar de nem sempre ter sido utilizado com regularidade, representou o FC Porto durante 10 (!) épocas consecutivas.
O argelino Madjer, o homem do calcanhar de Viena, chegou ao FC Porto na época 1985/86, vindo do Tours, e permaneceu nas Antas durante 6 anos, tendo pelo meio uma passagem meteórica por Valência, em 1988/89, mas não se adaptou ao clube espanhol e regressou ao FC Porto 6 meses depois, permanecendo até 1991.
A lealdade de Vitor Baía ao clube é conhecida de todos. Representou o FC Porto durante 17 (!) épocas e só uma passagem de dois anos e meio por Barcelona impediu que representasse o FC Porto durante mais de 20 anos! Actualmente continua a servir o clube e são muitos os que lhe vaticinam uma futura presidência.
Quanto ao belga Stéphane Demol, representou o FC Porto apenas em 1989/90. No FC Porto era o homem das grandes penalidades, tendo nessa época (89/90) marcado 11 (!) penalties só para o campeonato nacional. Deixou o FC Porto no ano seguinte para representar o Toulose de França.

sábado, 3 de maio de 2008

Os tricampeões faltaram à chamada!

Pois é, hoje só o Nacional esteve em campo. Só a completa ausência dos tricampeões pode explicar a derrota (0-3) no jogo de hoje. O FC Porto simplesmente não entrou em campo. E lá se foi o recorde dos golos sofridos em casa!
Foi um jogo atípico e que contrastou com os restantes 14 que o FC Porto realizou esta época no Dragão para a Liga. A equipa entrou em campo desconcentrada e durante alguns períodos da primeira parte chegou a ser displicente. Uma nódoa que acaba por manchar a excelente campanha interna. Foi pena, o FC Porto merecia a invencibilidade no Dragão.
Além de ter sido a primeira derrota em casa, os 3 golos consentidos impediram que o FC Porto superasse o recorde de golos sofridos em casa. O FC Porto de Jesualdo não conseguiu superar dois registos históricos: o do Belenenses, que na época 1939/40 sofreu apenas 2 golos em casa (num campeonato com apenas 10 equipas) e o do FC Porto de Tomislav Ivic, que na época 1987/88 consentiu apenas 3 golos nas Antas.
Não deixa de ser irónico que a grande diferença que o FC Porto cavou para os segundos classificados foi hoje a maior responsável pela ausência de motivação no jogo dos tricampeões. Afinal, sempre são 23 pontos de diferença!
Agora, segue-se a visita à Figueira da Foz antes da Final da Taça de Portugal.

PS: O "blog" celebra hoje o primeiro aniversário. Até ao momento foram publicados 357 "posts" sobre o mágico FC Porto, colocados no "blog" desde 3 de Maio de 2007. Dos 438 comentários, nem todos enriqueceram o "blog" mas alguns deles foram o complemento perfeito de vários "posts". O meu obrigado aos que visitam e comentam no «Paixão Pelo Porto».

«Curiosidades FCP» - Carlos Alberto Silva

Apesar de ter sido um treinador muito discreto e reservado, o brasileiro Carlos Alberto Silva foi bicampeão nacional pelo FC Porto (em 1991/92 e 1992/93) e ainda hoje continua a ser recordada a fantástica consistência defensiva do FC Porto de CAS. Nessas duas épocas, o FC Porto sofreu apenas 28 golos no campeonato nacional. Em 1991/92 o FC Porto consentiu apenas 11 golos, enquanto que em 1992/93 sofreu 17.
Antes de chegar ao FC Porto, Carlos Alberto Silva orientou vários clubes brasileiros até ser convidado para orientar a Seleccção Olímpica em 1988, ano em que o Brasil ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas de Seul. Nessa altura, a defesa da Selecção Olímpica era comandada pelo jovem central Aloísio, que Carlos Alberto Silva reencontrou no FC Porto. Actualmente, Carlos Alberto Silva é empresário no ramo dos transportes. O ex-treinador do FC Porto é proprietário da Ibiza Turismo, uma empresa com sede em Belo Horizonte. A Ibiza Turismo dispõe de serviços de aluguer de veículos e também vende pacotes de viagens para todo Brasil.
Nesta foto (à esq.), Carlos Alberto Silva surge ao lado dos seus adjuntos no início da carreira de treinador, quando orientou o Sport Recife.

A «foto do dia» - FC Porto 1981/82

Hoje recuperamos um «onze» do FC Porto relativo à época 1981/82. O FC Porto era orientado pelo austríaco Hermann Stessl e nessa época não fez melhor que um 3º lugar no campeonato nacional, atrás dos dois rivais de Lisboa. Na Taça de Portugal, e nas competições europeias, as coisas não correram melhor. O FC Porto foi eliminado pelo Benfica nos Quartos-de-Final da Taça de Portugal (0-1, nas Antas), enquanto que na Taça das Taças também caiu nos Quartos-de-Final sendo eliminado pelo Standard Liège, isto depois de ter vencido a poderosa AS Roma nos Oitavos.
Apesar de ter sido o primeiro treinador do FC Porto a vencer a Supertaça nacional, Hermann Stessl acabou por deixar o clube depois dos maus resultados nas duas épocas em que esteve nas Antas. A foto do «onze» do FC Porto diz respeito a um jogo disputado no Estádio do Restelo, frente ao Belenenses, que o FC Porto venceu por 1-0. No final da época, o FC Porto foi 3º classificado a 3 pontos do Sporting, enquanto que o Belenenses foi penúltimo, acabando por ser despromovido.
Em cima: Lima Pereira, Tibi (?), Rodolfo, Simões, Freitas (?) e Romeu;
Em baixo: Gabriel, Walsh, Frasco, Sousa e Costa;

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Último jogo no Dragão

É a despedida do Dragão na época 2007/08. O jogo frente ao Nacional é o último que o FC Porto disputa no seu estádio. Só para o campeonato nacional, foram 537 262 espectadores a entrarem no Dragão desde o início da Liga, o que perfaz uma média superior a 38 000 pessoas por jogo. Ou seja, se no jogo com o Nacional estiverem no estádio aproximadamente 50 000 pessoas, a média ficará muito próxima das 40 000 pessoas. De notar que este número é superior se tivermos apenas em conta os jogos da Champions League. O FC Porto disputou 4 jogos desta competição no Dragão, apresentando uma média superior a 42 000 espectadores por jogo. É curioso que, no campeonato nacional, houve apenas 5 jogos que ficaram abaixo das 35 000 pessoas. Apesar da média de espectadores ser interessante, e superar a dos rivais, o FC Porto ainda tem alguma dificuldade em colocar no estádio mais de 40 000 pessoas. No campeonato nacional, só por 4 vezes esse número foi ultrapassado: com o Sporting, com o Braga, com o E. Amadora e com o Benfica. Um aspecto a rever naquele que é unanimemente considerado um dos mais belos e modernos estádios do mundo!

O «cromo do dia» - Carlos Nunes

Carlos Ferreira da Silva Nunes nasceu a 20 de Dezembro de 1914 e foi fundamental nos primeiros campeonatos conquistados pelo FC Porto na longínqua década de 30. Carlos Nunes fez toda a sua carreira no FC Porto e foi um fantástico extremo-esquerdo (era um clássico nº 11!) que, além de ser exímio no último passe, marcava muitos golos. A sua influência ficou bem vincada no primeiro campeonato nacional conquistado pelo FC Porto, em 1934/35. Nessa época, Pinga, Carlos Nunes e o treinador húngaro Joseph Szabo, foram os homens que ficaram ligados ao título. Aliás, Pinga e Carlos Nunes foram mesmo os melhores marcadores da equipa com 12 golos cada um.
Além de ter ficado ligado ao primeiro campeonato nacional conquistado pelo FC Porto, Carlos Nunes também viu o seu nome ficar na história devido a um feito que permanece no livro de recordes do futebol português: foi o primeiro jogador a celebrar um «poker» num clássico. Estávamos na época 1935/36 e o FC Porto recebia o Sporting no Campo do Amial, a 22 de Março de 1936. A vitória do FC Porto por 10-1 trouxe consigo a proeza de pela 1ª vez, num clássico, um jogador conseguir marcar quatro golos ao rival. Carlos Nunes fez o 2-0 (aos 17m), o 7-1 (aos 65m), o 8-1 (aos 70m) e o 9-1 (aos 85m). 4 golos (!), uma proeza que só 35 anos depois, em Janeiro de 1971, outro jogador do FC Porto conseguiria igualar: Lemos, que marcou 4 golos ao Benfica. Mais tarde, na época 1938/39, Carlos Nunes voltaria a ser importante na conquista de novo campeonato nacional. Desta vez, o extremo-esquerdo do FC Porto foi responsável por 15 golos, ficando apenas atrás de José Monteiro (Costuras), que foi responsável por 19 dos golos marcados pelo FC Porto nessa época. Apesar de ter sido preponderante na conquista do bicampeonato com Mihaly Siska, Carlos Nunes teria menos protagonismo na época 1939/40. Nesse ano, o antigo extremo-esquerdo do FC Porto foi muito pouco utilizado. No ataque do FC Porto dessa época distinguiam-se os croatas Franjo Petrak e Slavkoo Kordrnya. Esta dupla croata foi responsável por 44 (!) dos golos marcados pelo FC Porto no campeonato nacional de 1939/40. Apesar de ter marcado uma época no FC Porto, Carlos Nunes foi apenas 3 vezes internacional por Portugal, tendo-se estreado pela Selecção a 5 de Maio de 1935. Depois de terminada a carreira de jogador, Carlos Nunes ainda se manteve no FC Porto durante mais algum tempo, como Director.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A «foto do dia» - O bilhete do FC Porto - IFK Gotemburgo, época 1992/93

Hoje recuperamos um bilhete, e um jogo, que marcou a estreia do FC Porto no formato de grupos da Liga dos Campeões. Depois de eliminar o Union Luxembourg e o Sion, nas duas primeiras eliminatórias, o FC Porto ganhou lugar nos 8 melhores da Europa, época 1992/93.
Foi a 2ª vez que a UEFA fez incluir uma fase de grupos na competição, tendo o FC Porto sido sorteado no Grupo B, juntamente com AC Milan, PSV Eindhoven e IFK Gotemburgo. O bilhete diz respeito ao último jogo da fase de grupos, quando o FC Porto já não tinha qualquer possibilidade de disputar o primeiro lugar do grupo com o AC Milan. Nessa altura, o primeiro classificado do Grupo A (Marselha) disputava a Final com o primeiro classificado do Grupo B (AC Milan). Depois de o AC Milan ter garantido o primeiro lugar do grupo ainda antes da última jornada, o FC Porto recebeu o Gotemburgo apenas para cumprir calendário. O jogo disputou-se no Estádio das Antas a 21 de Abril de 1993, tendo o FC Porto vencido os suecos por 2-0, com golos de Zé Carlos, aos 42', e de Timofte, aos 57'.
Na Final, o Marselha venceu o AC Milan por 1-0 mas viu-lhe ser retirado o título depois da UEFA ter confirmado as suspeitas de corrupção que na altura envolviam o clube de Bernard Tapie.