segunda-feira, 26 de julho de 2010

É um FC Porto com estilo!

Isso já ninguém nos pode tirar. Pode ainda não ser suficiente para ganhar uma competição (ainda temos mais duas semanas de trabalho até ao início oficial da época), mas este FC Porto tem princípios de jogo que nos deixam ansiosos pelo início dos jogos a sério.
O tempo das 'transições rápidas' já lá vai, este vai ser um FC Porto de 'bola no pé', dominador e que vai assumir as despesas do jogo qualquer que seja o seu adversário. Ontem, o que nos chamou mais a atenção foi a forma tranquila e fluída como a equipa trocava a bola no meio-campo adversário. Mesmo descontando o facto de ter sido um jogo de pré-época (a Sampdoria pressionou pouco e deu quase sempre a iniciativa de jogo ao FC Porto), não deixa de ser entusiasmante a forma segura e envolvente como a equipa agora troca a bola. Esta época parece que vamos jogar 'à portuguesa' e com estilo!
Positivo (+):
- a concretização (será apenas temporário?) de um dos maiores desejos do 'Paixão pelo Porto' para a nova época: a entrega da braçadeira de 'capitão' a Radamel Falcão;
- o entusiasmo que o 'novo FC Porto' está a provocar nos adeptos (independentemente das virtudes e competências que Jesualdo Ferreira continua a exibir, não há dúvida que o desgaste que cada vez mais se abatia sobre o Professor poderia retirar algum 'elan' ao início de época do FC Porto 2010/11);
- apesar da ausência de rotinas do novo quarteto defensivo, o FC Porto sofreu apenas um golo (de grande-penalidade!) dos adversários mais cotados que defrontou na pré-época (1-0 com o Trabzonspor, 1-0 com o Ajax e 2-1 com a Sampdoria);
- a numerosa presença de público (mais de 39 mil pessoas) no Dragão, praticamente a igualar os 40 mil espectadores que ontem assistiram à apresentação do nosso maior rival;
- o regresso de Silvestre Varela;
- não é só o 'FC Porto de Villas-Boas' que tem estilo, James Rodriguez e Souza também têm;
- mais um "torpedo" de Hulk, a confirmar que para o brasileiro não existe pré-época (a sua atitude perante o jogo, jogando com entusiasmo e constante obsessão pelo golo, faz-nos recordar Cristiano Ronaldo);
- a 'sociedade' João Moutinho-Rúben Micael, os principais responsáveis (juntamente com André Villas-Boas, claro!) pelo regresso do FC Porto a um estilo de jogo bem mais condizente com a história do clube;
Negativo (-):
- as ausências de Kléber e Walter na apresentação (não sabemos se o FC Porto estará a conduzir mal os dois processos, o que sabemos é que ambos se arrastam há demasiado tempo);
- a indefinição em torno das prováveis saídas de Bruno Alves e Raúl Meireles (neste caso, o FC Porto pouco mais pode fazer do que esperar pelas propostas de eventuais interessados);
- o pouco carrilar de jogo que a Sampdoria efectuou sobre as laterais (as posições mais sensíveis do início de época do FC Porto) não permitiu avaliar a consistência defensiva de Miguel Lopes e Emídio Rafael;

«Curiosidades FCP» - A revista 'Dragões'

O 'Paixão pelo Porto' ainda não tinha feito nenhuma referência à publicação que veio substituir o saudoso jornal 'O Porto'. Assim, aproveitamos para recordar duas primeiras páginas, de outras tantas edições da revista 'Dragões', que surgiram nas bancas em vésperas do FC Porto defrontar o Bayern de Munique na excitante final de Viena, em 1987. Enquanto que na primeira é antecipada a difícil viagem a Kiev, que marcou o apuramento para a final («Ensaiar em Kiev a valsa de Viena» lia-se na capa), na segunda antecipa-se o jogo de Viena («Vamos trazer a taça!»). A ilustrar as respectivas primeiras páginas vemos uma foto com Fernando Gomes e Peter Schmeichel (jogo da 1ª mão dos Quartos-de-final, entre o FC Porto e o Brondby), e outra onde surge o maior agitador da final de Viena, Paulo Futre.

A «foto do dia» - Um «onze» de 1963

Hoje, na «foto do dia», recuamos aos anos 60, a menos conseguida década da história do clube no que à conquista de campeonatos diz respeito (apenas um troféu conquistado: a Taça de Portugal, em 1967/68), para recordarmos mais um «onze» do FC Porto.
Nesta foto destacamos 6 jogadores: Custódio Pinto, Festa e Américo, os 3 que, uns anos mais tarde, seriam os únicos representantes do FC Porto no 'Mundial 66'; e Miguel Arcanjo, Carlos Duarte e Hernâni, os 3 deste «onze» que ainda se sagraram campeões nacionais com Dorival Yustrich, em 1955/56;
Em cima (da esq. p/ dta): Vasconcelos, Custódio Pinto, Paula, Festa, Miguel Arcanjo e Américo;
Em baixo (da esq. p/ dta): Carlos Duarte, Jaime, Valdir, Romeu e Hernâni;

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Queremos a fasquia lá em cima!

Apesar dos agradáveis pormenores (principalmente nos primeiros 20 minutos) que marcaram a exibição do FC Porto frente ao Ajax, continuam a haver opções que nos deixam algo inquietos nesta pré-época 2010/11, principalmente a nível defensivo. Estaremos a ser demasiado exigentes quando ainda faltam mais de duas semanas para o início oficial da época? Talvez, mas o actual potencial do nosso maior rival (Benfica) a isso nos obriga. Vamos mesmo ter que ser exigentes com o FC Porto 2010/11!
Neste momento, é a defesa que me deixa mais apreensivo. Apesar de Emídio Rafael estar a ser uma agradável surpresa, ainda há muita gente do sector defensivo que está meio perdida e que continua a não entender que jogar no FC Porto não é apenas sinónimo de títulos e prestígio mas também de responsabilidade e exigência. Vamos começar pelas laterais: se queremos recuperar o título, o FC Porto têm que possuir defesas-laterais tão bons ou melhores que os laterais (Maxi Pereira e Fábio Coentrão) do nosso maior rival.
Julgo que é precipitado pensar-se que na próxima época vamos ter no FC Porto o Fucile concentrado e motivado que esteve no Mundial (e vamos lá ver se ele continua...).
Se a essa dúvida juntarmos a maior eficácia que Álvaro Pereira revela a atacar do que a defender, já temos dois problemas por resolver lá atrás. E as soluções não são muitas, principalmente para a lateral direita, pois Miguel Lopes (é demasiado impetuoso e tem dificuldade em calcular o tempo exacto de desarme) e Sapunaru (posiciona-se quase sempre mal em campo e perde mais de metade dos duelos que trava com o seu adversário directo) não parecem estar preparados para assumir a titularidade (nota: de falta de oportunidades é que alguns jogadores (Sapunaru, Stepanov, Tomás Costa,... ) não se podem queixar, pois Villas-Boas tem sido justo com todos).
No centro da defesa as reticências não são tão grandes, mas a falta de tempo e a provável saída de Bruno Alves podem vir a ser um 'handicap'. Há poucas rotinas entre Sereno, Maicon (parece preparado para ser titular!), Rolando, André Pinto (vai ser emprestado!) e Stepanov (tinha tudo para ser um excelente defesa central mas as suas permanentes desatenções irritam qualquer um!), e muito difícilmente um possível substituto de Bruno Alves assumirá logo a titularidade, a não ser que a SAD nos surpreenda com a contratação de um defesa-central de 'top'.
Ainda assim, e apesar de todas estas reticências, o maior problema do FC Porto continua a chamar-se Jorge Jesus. O actual treinador do Benfica conseguiu que a sua equipa colocasse a fasquia bem lá em cima. E pelo que temos visto até ao momento, o Benfica vai continuar forte em 2010/11. Isso é bom para o campeonato e para o próprio FC Porto, que nas últimas épocas parecia abordar a Liga num registo "piloto automático". Agora, temos que nos mobilizar e fazer uma época ainda melhor do que qualquer uma das épocas do «tetra».
Neste momento ainda é cedo para tirar conclusões definitivas sobre o FC Porto 2010/11, mas fica a sensação de estarmos no bom caminho. Há entusiasmo, um treinador inteligente e ambicioso, uma massa adepta mobilizada e exigente, e um plantel jovem e de qualidade.

A «foto do dia» - Eusébio e Cubillas

Começamos a antecipar o próximo jogo da Supertaça, entre FC Porto e Benfica, recuperando uma foto de dois dos melhores ‘camisolas 10’ da história dos dois clubes e do futebol português: Eusébio e Cubillas.
Os dois craques cruzaram-se na liga portuguesa nas épocas 1973/74 e 1974/75. Curiosamente, a melhor época de Cubillas no FC Porto acabou por coincidir com o primeiro ano em que Eusébio deixou o Benfica para uma breve aventura no futebol norte-americano, em 1975/76.
Nessa época, e apesar do decepcionante 4º lugar com que o FC Porto terminou a Liga, Cubillas foi o melhor marcador da equipa, com 28 (!) golos. Mesmo não sendo um avançado, o peruano acabou por marcar mais golos do que os três avançados do FC Porto juntos: Seninho (10), Fernando Gomes (10) e António Oliveira (7). Notável!

«Curiosidades FCP» - Rui Barros na ‘France Football’

Recentemente dedicámos ‘posts’ a dois símbolos do FC Porto da década de 80, Madjer e Juary. Hoje, recordamos outro conceituado avançado que vestiu a camisola do FC Porto no final dos anos 80: Rui Barros.
O ex-jogador/treinador do FC Porto foi capa da prestigiada ‘France Football’ quando ainda representava o Mónaco (antes de regressar definitivamente ao FC Porto, Rui Barros ainda jogou noutro clube francês, o Marselha).
O ‘little big man’, como foi apelidado pela ‘France Football’, representou o adversário do FC Porto na final de Gelsenkirchen durante 3 épocas. No Mónaco, Rui Barros foi orientado por Arsène Wenger e jogou ao lado de, entre outros, George Weah, Youri Djorkaeff, Emmanuel Petit e Jürgen Klinsmann.
Em cima, na foto, vemos o ex-jogador do FC Porto a disputar uma bola num jogo frente ao Marselha.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Primeiras impressões 2010/11

Pelo que têm sido as opções de Villas-Boas até ao momento (jogos frente a Tourizense e Preussen), é de prever que o FC Porto vá abordar o início da época 2010/11 no clássico ‘4-3-3’.
Apesar de haver ali reforços com enorme potencial (Souza, James Rodriguez, Ukra,…), é muito provável que, nos primeiros jogos da época, Villas-Boas ofereça a grande maioria dos lugares no «onze» àqueles que, na época passada, constituíram a ‘espinha dorsal’ da equipa (apesar da má prestação no campeonato, Jesualdo Ferreira deixou uma boa base).
Se fizermos uma breve avaliação ‘sector a sector’, verificamos que é no quarteto defensivo que residem as maiores dúvidas e preocupações do FC Porto 2010/11. Senão vejamos:
- no ataque, parece consensual que a dupla Hulk-Falcão tem lugar cativo, ou seja, sobrará apenas um lugar. Se Varela já estiver fisicamente a 100%, disputará essa vaga na frente de ataque com Cristian Rodriguez (Ukra, James Rodriguez, Walter e Kléber serão, ao que tudo indica, as excelentes alternativas que, juntamente com os habituais titulares, formam a melhor frente de ataque do plantel do FC Porto das últimas épocas);
- no meio-campo parece haver ainda mais certezas. Se Rúben Micael mantiver o rendimento da última época, haverá poucas dúvidas quanto aos homens que, nos primeiros jogos da época, vão formar o ‘triângulo de meio-campo’: Fernando, Moutinho e Micael (o brasileiro Souza pode vir a ser uma excelente alternativa a Fernando ao nível da qualidade de passe na primeira zona de construção, mas, neste momento, ainda não possui a agressividade e o posicionamento táctico que se exige a um nº 6 no exigente futebol europeu). Quanto aos outros (Belluschi, Guarín, Castro,…), terão de esperar por uma oportunidade;
- é na defesa que coloco as maiores reservas ao FC Porto 2010/11. Sabemos, pelo que vimos a Académica fazer, que Villas-Boas vai “convidar” a equipa a posicionar-se correctamente a nível defensivo e a ser tacticamente disciplinada, ou seja, é provável que o FC Porto venha a ser bem mais consistente a nível defensivo do que foi na época passada (26 golos sofridos no campeonato). No entanto, o maior problema reside agora na prolongada ausência dos mundialistas (Bruno Alves, Rolando, Fucile e Álvaro Pereira), na incógnita que são os novos reforços (Sereno, Emídio Rafael,…) e na ausência de rotinas entre aqueles que acabaram por permanecer no plantel (Maicon, Miguel Lopes, Sapunaru,…). Ou seja, esta não está a ser a melhor forma de começar. Foi a defender (mal) que o FC Porto começou a perder o último campeonato. Resta-nos confiar no estratega Villas-Boas…

«Curiosidades FCP» - A estreia de Madjer com a camisola do Valência

Na semana anterior recordámos aqui o regresso de Juary ao Brasil. Hoje, vamos recordar a estreia com a camisola do Valência de outro craque do FC Porto dos anos 80, Rabah Madjer. O argelino deixou o FC Porto a meio da época 1987/88 para uma breve experiência em Espanha, acabando por regressar às Antas logo no início da época seguinte.
Madjer vestiu pela primeira vez a camisola do Valência no dia 4 de Janeiro de 1988 e a sua estreia não poderia ter corrido melhor. Apesar da derrota (1-2) do Valência frente ao At. Bilbau, Madjer foi o autor do único golo da sua equipa e foi ainda considerado pela imprensa espanhola o melhor jogador em campo.
A ilustrar o ‘post’, podemos ver uma foto de Madjer com a camisola do Valência, o título da crónica que o ‘El Mundo Deportivo’ escolheu para resumir o jogo entre Valência e At. Bilbau («Madjer no basto para doblegar al Athletic») e o «onze» daquela jornada (destaque na ‘equipo de la semana’ para o companheiro de Madjer no ataque, o conceituado Hugo Sanchez).

A «foto do dia» - Américo e a ‘Baliza de Prata’

Hoje recordamos um ícone portista da década de 60, Américo. Na foto, vemos este mítico guarda-redes do FC Porto a erguer a ‘Baliza de Prata’, um troféu que lhe foi atribuído depois de se tornar o guarda-redes menos batido do campeonato na época 1963/64.
Apesar de naquela altura o FC Porto atravessar um período de jejum no que à conquista de campeonatos diz respeito, a presença de Américo na baliza era um garante de poucos golos sofridos. A prová-lo está o facto do FC Porto ter apresentado a melhor defesa do campeonato em 3 épocas consecutivas: 1961/62, 1962/63 e 1963/64.
Américo recebeu a ‘Baliza de Prata’ (troféu atribuído pela Agência Portuguesa de Revistas) em pleno Estádio das Antas, minutos antes do início de um clássico frente ao Benfica, disputado em 1964/65 (vitória do FC Porto, por 1-0).

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Um FC Porto à imagem do ‘tiki-taka’

Neste momento, é impossível olhar para o meio-campo do FC Porto e não deixar de pensar no ‘tiki-taka’, aquele cativante carrossel de posse de bola barcelonista e da Selecção espanhola. Um estilo assente na posse e na criatividade, termos que Villas-Boas não se cansou de usar aquando da sua apresentação como treinador do FC Porto. De facto, na próxima época podem vir a surgir algumas semelhanças (nas devidas proporções, claro!) entre o meio-campo de ‘baixinhos’ do ‘Barça’ e o novo modelo e intérpretes do FC Porto. Fernando, Belluschi, Rúben Micael e João Moutinho serão os ‘baixinhos’ responsáveis pelo bom futebol que o FC Porto possa vir a praticar em 2010/11.
É claro que decalcar o ‘tiki-taka’ do ‘Barça’ e da Selecção espanhola não é nada fácil. Mas neste momento nem sequer pedimos tanto. Um FC Porto com prazer de ter a bola e a desfrutar do jogo, algo que na época passada nunca aconteceu, já seria uma base suficientemente entusiasmante para tentar atingir o principal objectivo da época: recuperar o título perdido para o ‘Benfica de Jesus’.
De uma coisa estamos certos: com estes intérpretes será quase impossível repetir a deficiente qualidade de passe que o FC Porto exibiu em vários momentos da época anterior.
No entanto, também é verdade que passamos a ter um meio-campo mais baixo do que em anos anteriores. Mas isso nem sequer é sinónimo de maior fraqueza, pois é muito mais importante a forma como uma equipa se posiciona a defender do que a altura dos seus jogadores (Inter de Milão e Barcelona, por exemplo, são ‘equipas baixas’ e não deixam de ser competentes a defender o jogo aéreo).
Mas ainda mais importante que o estilo ‘tiki-taka’ é o facto do FC Porto estar muito agressivo em termos de mercado e a mostrar que não vai dormir à sombra de um passado recente vitorioso. Promete!

«Curiosidades FCP» - O regresso de Juary ao Brasil

Voltamos a dar destaque ao suplente mais mediático da história do FC Porto, Juary, para recordarmos o seu regresso ao Brasil após a excitante aventura nas Antas. O brasileiro deixou o FC Porto já depois da época 1987/88 se ter iniciado. Na altura, Tomislav Ivic dava preferência a uma frente de ataque constituída por Gomes, Madjer e Rui Barros, ou seja, em virtude da sua pouca utilização no «onze», Juary preferiu regressar ao Brasil para jogar com mais regularidade.
Apesar de ter permanecido na Europa durante oito épocas consecutivas, o avançado brasileiro tinha apenas 29 anos quando surgiu o convite da Portuguesa dos Desportos.
O seu regresso ao Brasil foi destaque na revista ‘Placar’, de onde extraímos algumas informações de um artigo escrito pelo jornalista Édson Rossi. Na altura, o passe de Juary estava avaliado em 500 mil dólares mas a Portuguesa dos Desportos não conseguiu cobrir o valor da transferência e solicitou ao FC Porto o empréstimo do jogador até ao final do Campeonato Paulista.
Depois da breve experiência na ‘Lusa’, Juary ainda foi a tempo de concretizar o seu maior desejo antes de terminar a carreira de jogador: regressar ao clube que o lançou para o futebol, o Santos.

A «foto do dia» - Dois bilhetes do FC Porto - PSV Eindhoven, Liga dos Campeões 1992/93

Continuamos a recuperar ingressos de jogos europeus onde interveio o FC Porto. Desta vez, a foto é um «2 em 1», pois recuperamos dois bilhetes (para sectores diferentes do antigo Estádio das Antas) relativos ao jogo que marcou a estreia do FC Porto na Liga dos Campeões. Os holandeses do PSV Eindhoven foram os nossos primeiros adversários no formato de fase de grupos da prova.
Os dois clubes foram sorteados no Grupo 2, juntamente com AC Milan e Gotemburgo, e começaram por se defrontar nas Antas a 25 de Novembro de 1992. Apesar do PSV não ser tão forte como aquela equipa que goleara (5-0) o FC Porto em 1987/88, acabou por sair das Antas com um precioso ponto (empatou 2-2).
Van Breukelen, Erwin Koeman, Wim Kieft, Arthur Numan e o craque brasileiro Romário, entre outros, eram alguns dos jogadores que naquela época representavam os holandeses.
O FC Porto até começou melhor, com um golo de Jaime Magalhães, aos 35 minutos, mas o génio Romário virou o jogo do avesso ao marcar por duas vezes, aos 45’ e 60’. Perto do final (75’), Zé Carlos voltou a empatar o jogo e deixou as duas equipas com 1 ponto no final da 1ª jornada. Naquela edição da ‘Champions’, o primeiro classificado da fase de grupos acedia de imediato à final da competição. AC Milan e Marselha foram os vencedores dos grupos, tendo-se defrontado em Munique (vitória do Marselha, por 1-0) na final da prova.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Um clube ‘comprador’ ou ‘formador’?

O que têm em comum Deco, Paulo Ferreira, Pepe, Anderson, Quaresma, Bosingwa e Cissokho, entre outros? Chegaram todos ao FC Porto muito jovens (no caso de Anderson, com apenas 17 anos de idade), com a sua formação praticamente concluída e renderam todos importantes mais-valias. Por outro lado, de jogadores formados nas camadas jovens do clube e que tenham sido transferidos por somas milionárias para o estrangeiro estamos a recordar-nos apenas de Vítor Baía e Ricardo Carvalho. É claro que daqui não se pode concluir que a formação do FC Porto não esteja a ser eficiente, pois a formação está muito longe de ser apenas uma ponte para o lucro.
Vejamos o caso do Sporting, um clube que tem alguma vaidade na sua formação mas que daí não obtém o devido retorno em termos desportivos e financeiros (foram quase irrisórios os montantes que o Sporting arrecadou com as vendas de Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma).
Além disso, não pode deixar de ser considerado irónico que o Sporting consiga formar tão bons jogadores nas camadas jovens e depois não consiga “lapidar” jovens de grande potencial que adquiriu na América do Sul (estamos a recordar-nos, por exemplo, de Rodrigo Tello ou Matías Fernandez).
No caso do FC Porto, as contratações de jogadores como Anderson, Moutinho ou James Rodriguez (na foto) são um tipo de operações que têm um maior risco financeiro a envolvê-las, pois se os jogadores não se adaptarem, o FC Porto endivida-se e no futuro não terá qualquer retorno desportivo e financeiro. Isto não acontece se o jogador for formado no clube. De qualquer forma, parece ser um risco que vale a pena correr!
É claro que os puristas podem sempre argumentar que, ao recrutar jovens no estrangeiro, se está perder uma oportunidade de seduzir jovens portugueses com forte ligação ao FC Porto e a hipotecar a ‘cultura de clube formador’. Isso é verdade, mas eu prefiro, por exemplo, um Moutinho (jogador formado num rival) dedicado e batalhador do que um Raúl Meireles (jogador com muitos anos de FC Porto) indiferente e “ausente”.
Neste momento, o FC Porto é um clube mais ‘comprador’ do que ‘formador’. Mas isso, pelos exemplos já enumerados, não é necessariamente um defeito. Além disso, não nos podem acusar de não sabermos aperfeiçoar aquilo que compramos. Ultimamente não temos formado craques, mas possuímos o “know how” para “polir” os meninos prodígio. E a cultura de vitória, claro!

«Curiosidades FCP» - O FC Porto na homenagem a Gordon Armstrong

Em vésperas do FC Porto partir para estágio, recuamos à pré-época 1994/95 para recordarmos a nossa presença no jogo de homenagem a Gordon Armstrong, um médio-centro inglês que realizou mais de 400 jogos com a camisola do Sunderland.
O FC Porto, na altura orientado por Bobby Robson, deslocou-se ao ‘Roker Park’ (actualmente o Sunderland joga no ‘Stadium of Light’) no dia 29 de Julho de 1994. Apesar da derrota (2-0), fica o registo da nossa presença num tipo de homenagem (‘Testimonial’) muito popular em Inglaterra e da qual são alvo os jogadores que mostram uma lealdade fora do comum aos clubes que representam.

A «foto do dia» - Rodolfo

Hoje, na «foto do dia», recordamos Rodolfo, um ícone do ‘FC Porto de Pedroto’. Este nosso antigo ‘capitão’ representou o FC Porto ainda nas camadas jovens, acabando por deixar as Antas mais de 15 anos depois de ter entrado, no final da época 1983/84 (tinha 30 anos!).
Rodolfo foi quase sempre utilizado como trinco (também jogou como central). Não tinha o jeito e a habilidade (os seus adversários que o digam!) de um ‘capitão’ como Bruno Alves, por exemplo, mas era intransigente quando se tratava de defender os interesses do FC Porto. A prova disso é que, muitos anos depois de abandonar o FC Porto, Pinto da Costa não se esqueceu da sua dedicação e profissionalismo e convidou-o a integrar a equipa técnica de Fernando Santos. É um “homem da casa”, portanto!