segunda-feira, 29 de março de 2010

…e até já marca golos ‘à Hulk’!

Mas que regresso tão poderoso e contagiante: duas assistências e um “míssil “! Hulk não quis deixar dúvidas: o FC Porto é muito mais forte com ele dentro de campo! Ainda assim, mesmo com o brasileiro disponível durante todo este tempo em que foi impedido de jogar, temos dúvidas que este FC Porto conseguisse discutir o título até ao fim… De qualquer forma, o FC Porto e o jogador foram tão prejudicados que colocar as coisas nesses termos só serviría para legitimar a falta de bom senso da Comissão Disciplinar da Liga. Demitam-se!!!
Além do regresso de Hulk, a derrota do Sp. Braga também deu ao FC Porto um novo estímulo: a ilusão da pré-eliminatória da ‘Champions’. No entanto, os 5 pontos que nos separam do Sp. Braga continuam a ser uma distância demasiado longa, mesmo para quem já leva mais 16 golos marcados que o 2º classificado. A regularidade do Sp. Braga é mais útil do que os 50 golos que o FC Porto já leva marcados no campeonato!
Ontem, o FC Porto nem precisava de um revoltado Hulk para derrotar uma das mais fracas equipas do Belenenses das últimas épocas. O FC Porto construiu um resultado (0-3) que só não chegou à goleada porque o ritmo médio-baixo em que o jogo decorreu acabou por permitir que o Belenenses também conseguisse estender o seu jogo até à baliza de Helton, mesmo criando muito pouco perigo.
Neste momento, a quase garantida presença do FC Porto na final da Taça de Portugal acaba por ter consequências positivas também ao nível da Liga. Apesar do atraso considerável para o primeiro classificado, o FC Porto consegue manter alguma alegria e entusiasmo.
Positivo (+):
- o regresso de Hulk, claro!
- a boa dinâmica do “novo” meio-campo do FC Porto (mesmo com poucas rotinas, os 4 homens que agora jogam atrás dos 2 avançados têm mostrado disponibilidade e um entendimento razoável);
- o merecido regresso de Falcão aos golos (mesmo sem marcar, o colombiano tinha trabalhado muito nos últimos jogos);
Negativo (-):
- uma ou outra distracção defensiva do FC Porto (o facto de defrontar a equipa mais débil do campeonato terá contribuído para algum relaxamento);
- o baixo ritmo de Rúben Micael (espera-se sempre mais do craque madeirense);

«Curiosidades FCP» - A ‘Celtic View’ e o bilhete para o ‘Tyneside Irish Centre’

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recuperamos dois artigos alusivos à final de Sevilha: a edição de 28 de Maio de 2003 da revista ‘Celtic View’, que fez o rescaldo da final, e o ingresso que deu acesso ao ‘Tyneside Irish Centre’, onde os numerosos adeptos do Celtic que residem em Inglaterra puderam assistir à partida.
‘Celtic Pride’ foi o título que os escoceses escolheram para ilustrar a primeira página da edição da ‘Celtic View’ da semana seguinte à do jogo entre FC Porto e Celtic. Um título que resume bem a alma que o Celtic colocou em campo quando defrontou o FC Porto em Sevilha. Apesar de derrotados, os escoceses renderam-se à forma corajosa e entusiástica como a sua equipa se apresentou no Olímpico de Sevilha.
Em cima, também recuperámos um ingresso que deu acesso ao ‘Tyneside Irish Centre’, local onde a grande comunidade de adeptos do Celtic, residente em Inglaterra e que não pode deslocar-se a Sevilha, teve oportunidade de assistir ao jogo entre o Celtic e o FC Porto através de um ecrã gigante.
O ‘Tyneside Irish Centre’ fica localizado em Newcastle (norte de Inglaterra e muito próximo da fronteira com a Escócia), mesmo ao lado do histórico St James's Park (estádio do Newcastle United). Apesar da sala estar mais vocacionada para concertos e espectáculos culturais, nesse dia abriu as portas aos adeptos do Celtic que não conseguiram garantir um ingresso para a final de Sevilha.

A «foto do dia» - 6 figuras do FC Porto 1991/92

Foram todos utilizados por Carlos Alberto Silva na caminhada que permitiu àquele treinador brasileiro festejar o seu primeiro campeonato (conquistou dois) ao serviço do FC Porto. Emil Kostadinov, Vítor Baía, Fernando Couto, Rui Filipe, Petar Mitharski e Ion Timofte participaram todos no 12º campeonato conquistado pelo FC Porto até então.
Na foto, é possível identificar o tipo de política de contratações que nessa altura o FC Porto privilegiava: jogadores estrangeiros oriundos do leste da Europa. Dos 3 aqui presentes, o búlgaro Petar Mitharski foi o único que não teve sucesso com a camisola do FC Porto (na época seguinte seria cedido ao Famalicão). Os outros dois, Kostadinov e Timofte, arrasaram!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sempre na rota dos títulos!

Mesmo numa época invulgarmente atípica (com muitas lesões, castigos e erros próprios), o FC Porto parece querer manter o bom hábito dos títulos. Com a vitória de ontem, aproxima-se a 27ª (!) presença do FC Porto na final da Taça de Portugal. Cultura de clube grande!
Ontem, estávamos curiosos para ver a atitude do FC Porto. A equipa iría abordar o jogo da 1ª mão como se de uma final se tratasse ou ficaria na expectativa e satisfeita com um possível empate que adiasse tudo para a 2ª mão?
Nas actuais circunstâncias, com a Taça de Portugal a ser a única competição que o FC Porto poderá conquistar, impunha-se que a equipa não deixasse o Rio Ave com demasiadas expectativas para o jogo da 2ª mão.
O nosso receio era ver o Rio Ave marcar primeiro e assistirmos a novo ‘baixar dos braços’ por parte do FC Porto. Mesmo não sendo possível regressar às boas exibições (com tantos lesionados e castigados era impossível fazer uma boa exibição), a atitude e a concentração poderiam fazer a diferença. Assim foi, com o FC Porto a entrar em campo decidido não só a vencer o jogo como a não deixar qualquer dúvida sobre o seu apuramento para a final.
Sem qualquer extremo disponível, Jesualdo lá se decidiu por um arrojado ‘4-1-4-1’, que se adapta bem melhor às características dos jogadores actualmente disponíveis. Não seria isso a fazer regressar o FC Porto às grandes exibições, mas pelo menos houve mais harmonia.
Positivo (+):
- as notícias da “despenalização” de Hulk e da demissão de Hermínio Loureiro, que pactuou e subscreveu as decisões imbecis do Presidente da Comissão Disciplinar da Liga;
- o jogo colectivo do FC Porto;
- a surpreendente dinâmica dos 4 homens (Meireles, Ruben Micael, Belluschi e Guarín) que jogaram à frente do indispensável Fernando;
- o altruísmo de Falcão no lance do importantíssimo primeiro golo;
- o controlo emocional da equipa depois da tensão e nervosismo que colocou em campo na final da Taça da Liga;
Negativo (-):
- as ausências dos jogadores castigados e lesionados do FC Porto, que condicionaram a táctica e a convocatória;

«Curiosidades FCP» - O livro de Scopelli

«Hola Mister!» foram duas obras (ambas com o mesmo nome) que Alejandro Scopelli lançou sobre o fenómeno do futebol. Este antigo treinador argentino foi mais um dos conceituados técnicos estrangeiros que tentou levar o FC Porto à conquista do título durante aquele período, em pleno «Estado Novo», que o clube passou sem vencer qualquer troféu.
O argentino orientou o FC Porto em 1948/49, depois de ter deixado o Belenenses. Apesar da sua passagem pelo clube não ter sido marcante, Scopelli acabou por ser o grande responsável pelo recuo do mítico Virgílio para a posição de lateral direito. Apesar de numa primeira fase ter sido colocado a jogar no meio-campo, Virgílio acabaria por se fixar na lateral direita após a chegada de Scopelli ao FC Porto.
Os métodos e ideias de Scopelli, sobre ‘Táctica y Entrenamiento’, foram passados para livro em duas ocasiões, em 1958 e 1970.

A «foto do dia» - Paulo Pereira

Hoje, na «foto do dia», recordamos um polivalente defesa brasileiro que representou o FC Porto no final dos anos 80 e início da década de 90, Paulo Pereira.
Apesar de ser dextro, este defesa brasileiro foi muito útil ao FC Porto durante aquele período em que foi complicado encontrar um substituto para o fantástico lateral esquerdo brasileiro Branco.
Mesmo sem ter sido um defesa de ‘top’, Paulo Pereira assumia com relativa facilidade qualquer posição do quarteto defensivo. Ainda assim, foi a lateral esquerdo que mais se evidenciou e onde realizou maior número de partidas. No FC Porto, foi campeão nacional em 1989/90, com Artur Jorge, e em 1991/92, com Carlos Alberto Silva.
A última vez que ouvimos falar dele foi quando assumiu o cargo de treinador adjunto do Grémio (Brasil), auxiliando o seu irmão Paulo Silas (ex-Sporting).

segunda-feira, 22 de março de 2010

A impotência do nosso FC Porto

Começa a ser cada vez mais difícil assistir ao final de época do FC Porto. E pensar que a equipa esteve mais de uma semana a preparar este jogo. Afinal, para quê tanto recolhimento (estágio num antigo Palácio), conforto (viagem num voo privado) e contenção nas palavras (ninguém falou à imprensa nas vésperas do jogo)?
Assim torna-se difícil analisar o jogo, pois já nem sabemos a quem pedir responsabilidades: a jogadores, a treinadores ou à SAD? Estamos confusos!
Perante a postura (de alguns jogadores), equívocos (do treinador) e infelicidade (lesões) que têm perseguido o FC Porto, ficamos com uma dúvida: será melhor esperar pela final da Taça de Portugal (seria uma desilusão se o FC Porto não estivesse presente no Jamor!) ou pedir que a época termine já esta semana?
As últimas semanas foram um reflexo perfeito da irregular e inconsistente época que o FC Porto tem realizado. Depois das vitórias sobre Arsenal (2-1), Sp. Braga (5-1) e Sporting (5-1), seguiram-se autênticas derrocadas em Alvalade (0-3), Londres (0-5) e Faro (0-3).
Ontem, a época que as duas equipas estão a realizar acabou por ser determinante na forma como ambas abordaram o jogo. Foi com precipitação e ansiedade que o FC Porto respondeu à melhor desenvoltura e fluidez de jogo do Benfica. No final, e mesmo que Nuno não tivesse cometido aquele erro que deu origem ao primeiro golo do Benfica, ficámos com a sensação que o FC Porto não conseguiria discutir o jogo.
Agora, só sobra a Taça de Portugal. E devemos agradecer a mudança do regulamento, que agora obriga a jogar as meias-finais em duas mãos. Se assim não fosse, este irregular e pouco consistente FC Porto corria o sério risco de nem chegar ao Jamor.
Positivo (+):
- Fernando, Rolando e Falcão, os únicos jogadores do FC Porto a abordar o jogo com lucidez e sem nervosismo;
Negativo (-):
- a infelicidade de Nuno, que fez elevar ainda mais o estado de ansiedade e insegurança com que o FC Porto entrou em campo;
- Jesualdo Ferreira, que insiste em abordar os jogos com um sistema ('4-3-3') para o qual, actualmente, não possui intérpretes (sem extremos que criem desequilíbrios é inútil posicionar a equipa daquela forma);
- a impotência do FC Porto, que nunca conseguiu contrariar a confiança da equipa do Benfica;
- Ruben Micael, que se "escondeu" do jogo (consequência de um actual mau momento físico?);
- o inexplicável nervosismo de mais de metade da equipa do FC Porto (houve jogadores a perder a cabeça logo após o primeiro golo);

«Curiosidades FCP» - FC Porto - Anderlecht, Taça dos Vencedores das Taças 1977/78

Vamos continuar a recordar alguma da ‘memorabilia’ associada ao FC Porto. Hoje, recuperamos o programa oficial (ilustrado com o plantel do FC Porto) e o ingresso (custou apenas 300$!) das duas partidas que o FC Porto realizou frente ao Anderlecht, na longínqua e saudosa época de 1977/78.
Os dois clubes cruzaram-se na extinta Taça dos Vencedores das Taças. O FC Porto, de José Maria Pedroto, encontrou os belgas nos Quartos-de-final da prova, depois de ter eliminado o Colónia (Alemanha) e o Manchester United (Inglaterra).
Hugo Broos, Arie Haan, Frank Vercauteren e Rob Rensenbrink, entre outros, eram alguns dos conceituados jogadores que formavam essa histórica equipa do Anderlecht, uma das melhores de sempre da história do clube.
Apesar de ter vencido o jogo da 1ª mão (interrompido e retomado no dia seguinte, devido à chuva) por 1-0 (golo de Fernando Gomes), o FC Porto não conseguiu manter a vantagem trazida das Antas, acabando por ser derrotado, em Bruxelas, por esclarecedores 3-0 (golos de Rensenbrink, Nielsen e Vercauteren).
O super-Anderlecht (os belgas atingiram nessa época a sua 3ª (!) final consecutiva da Taça dos Vencedores das Taças), de Raymond Goethals, acabaria por vencer a competição depois de derrotar o Áustria de Viena (de Hermann Stessl), na final, por 4-0.

A «foto do dia» - FC Porto 1977/78

Aproveitando o ‘post’ dedicado à eliminatória que o FC Porto disputou frente ao Anderlecht, em 1977/78, recuperamos um «onze» portista dessa célebre época que marcou o nosso regresso à conquista do campeonato nacional após aqueles penosos 19 anos de jejum.
A foto, retirada da revista «Golo», foi captada no antigo Estádio das Antas, que naquela época registou várias ‘lotações esgotadas’, como se comprova pela foto.
Em cima (da esq. p/ dta.): Duda, Alfredo Murça, Freitas, Simões, Ademir e Fonseca;
Em baixo (da esq p/ dta.): Seninho, Octávio Machado, Fernando Gomes, António Oliveira e Rodolfo;

domingo, 14 de março de 2010

Deu para regressar às vitórias!

A uma semana do excitante confronto com o Benfica (final da Taça da Liga), impunha-se que o FC Porto regressasse às vitórias. Além de ter aumentado a confiança da equipa, o jogo de ontem também permitiu dar um sinal aos nossos adversários: mesmo com pouca motivação (o 2º lugar é apenas uma miragem!), deu para ver que FC Porto vai continuar a entrar para ganhar!
Neste momento, não deve ser nada fácil a Jesualdo Ferreira motivar os seus jogadores. Numa altura em que a sua saída no final da época é dada quase como certa, o Professor conseguiu manter a lucidez e transmitir aos jogadores que ontem era importante regressar às vitórias.
Agora, e após a final da Taça da Liga, ainda vamos ter que jogar as meias-finais da Taça de Portugal (jogos a duas mãos). Se assim não fosse, haveria o receio de assistirmos a um final de época penoso para o FC Porto. Tese ontem contrariada com muita vontade de regressar às vitórias!
Positivo (+):
- a reviravolta no resultado (o FC Porto esteve a perder 1-0), que nas actuais circunstâncias, e jogando em casa do adversário, não deixa de ser positivo;
- Varela e Falcão (falhou uma grande-penalidade!), que contagiam a equipa com a sua entrega;
- Cristian Rodriguez: tem um dos vencimentos mais elevados do plantel, mas tem sido dos poucos a colocar intensidade e alegria nos últimos jogos;
- a disponibilidade e motivação do guarda-redes Beto (irrepreensível na sua condição de suplente);
- a ausência de Fucile da convocatória (os jogadores devem ter noção da responsabilidade de representar o FC Porto);
- o espiríto de conquista que Jesualdo conseguiu transmitir;
Negativo (-):
- o FC Porto demorou demasiado tempo a impor-se ao seu adversário (só nos últimos 15 minutos é que esteve claramente por cima);
- a ligeira apatia que a dupla Rolando-Bruno Alves tem revelado (consequência dos últimos maus resultados?);
- a falta de agressividade que alguns jogadores do FC Porto revelam na procura da bola;
- a desmobilização dos adeptos do FC Porto (só as claques estavam presentes em Coimbra);

«Curiosidades FCP» - A estreia de Gomes na I Divisão

Tinha apenas 17 anos quando se estreou pelo FC Porto (foi recentemente ultrapassado pelo promissor Sérgio Oliveira, que se tornou no mais jovem jogador a estrear-se a titular com a camisola da equipa principal do FC Porto) e a partir desse momento não mais deixou de coleccionar golos com a camisola portista. Falamos de Fernando Gomes, o ‘goleador prematuro’!
O mítico ‘capitão’ do FC Porto estreou-se a 8 de Setembro de 1974, quando tinha apenas 17 anos, 9 meses e 26 dias, num jogo em que o FC Porto venceu a CUF por 2-1. Logo na sua época de estreia na I Divisão, Gomes sagrou-se o melhor marcador do FC Porto, com 14 golos (marcou mais golos que os consagrados colegas de equipa António Oliveira e Teófilo Cubillas, por exemplo).Mesmo não tendo participado em todos os jogos da Liga portuguesa 1974/75 (foi utilizado em 24 partidas, num campeonato com 30 jornadas), o miúdo Fernando Gomes também superou em golos alguns nomes consagrados do futebol português dessa altura, como Néné, Jordão ou Eusébio, entre outros.

A «foto do dia» - Futre na ‘Intrepido Sport’

Hoje, na «foto do dia», recordamos Paulo Futre e a sua abortada transferência para Itália. O ex-extremo-esquerdo do FC Porto esteve a um passo de assinar por um histórico clube italiano (Inter e Juventus eram os mais bem posicionados para o contratar) durante o Verão de 1987, umas semanas após a mágica final de Viena. Isso mesmo foi revelado pela revista italiana ‘Intrepido Sport’ (em cima, na foto) que dava quase como certa a transferência do jogador para a 'Juve'.
Recentemente, Paulo Futre confirmou o interesse do Inter na sua contratação numa entrevista que concedeu à imprensa portuguesa, uns dias antes do At. Madrid-Sporting: «Depois da final de Viena podia ir para qualquer lado. Estava em Itália para assinar pelo Inter de Milão, mas ligaram-me porque um candidato à presidência do At. Madrid, Gil y Gil, estava a chegar a Lisboa. No dia seguinte cheguei a acordo. Estavam 5 mil pessoas na discoteca quando fui apresentado. Uma loucura! E eu queria dormir, porque estava cansado da viagem».

quarta-feira, 10 de março de 2010

Se ao medo juntarmos a falta de jeito…

Tínhamos referido que, perante a forma descomplexada, confiante e ambiciosa como o Arsenal aborda os jogos no ‘Emirates Stadium’, seria um erro o FC Porto ontem apresentar uma postura defensiva e expectante. O 2-1 da 1ª mão seria anulado a partir do momento em que o Arsenal marcasse um golo, algo que os ingleses conseguem sempre que jogam no seu estádio. Assim, a única questão que se colocava no jogo de ontem era a de saber se o FC Porto teria capacidade para marcar mais de um golo aos ingleses, pois seria quase utópico manter o 0-0 até final. Não só não teve capacidade para marcar como ainda se revelou uma equipa atemorizada. Assustada, até!
Entrámos em campo demasiado tensos e nunca nos conseguimos soltar. Algo inexplicável, pois a vitória no jogo da 1ª mão deveria ter servido para, pelo menos, desinibir os jogadores nos primeiros minutos de jogo. Durante esse período, os jogadores do FC Porto limitaram-se a “escoltar” os seus adversários até à área de Helton. Só faltou a guarda de honra!
Depois do 4-0, Jesualdo Ferreira ainda lançou Guarín e Mariano Gonzalez. Perfeito!!!
Este 5-0 será, muito provavelmente, o resultado mais desnivelado dos Oitavos-de-final da prova. Embaraçoso! Estava em campo a equipa com mais presenças na competição?
Em apenas 10 dias, ficámos de fora de duas competições (Liga e ‘Champions’). Agora, resta-nos a Taça de Portugal e a Taça da Liga. É provável que os nossos adversários procurem desvalorizar essas duas competições. No entanto, o FC Porto tem que abordar essas duas provas como o tem feito em épocas de maior sucesso no campeonato e na Liga dos Campeões: é para ganhar! Além disso, ultrapassar o Benfica no número total de títulos conquistados pelos dois clubes continua a ser um estímulo suficientemente mobilizador para o FC Porto. A época ainda não acabou!
Ainda assim, fica um conselho a Pinto da Costa: desligue o piloto automático e volte a reassumir a pasta do Futebol!
Positivo (+):
- Falcão, o novo símbolo do FC Porto (parece que com Meireles e Bruno Alves já não podemos contar!);
Negativo (-):
- a impotência do FC Porto (só Helton e Falcão se salvaram da enxurrada);
- a ausência de Fernando;
- os primeiros 20 minutos do FC Porto (durante esse período, os laterais estavam a defender… dentro da área!!!);
- Fucile, ontem o maior símbolo do desnorte (o lateral uruguaio é daquele tipo de jogadores que se julgam melhores do que aquilo que de facto são!);
- a adaptação de Nuno André Coelho (a este nível não se pode “inventar”, isto é a ‘Champions’!);

«Curiosidades FCP» - Os programas oficiais do FC Porto - Werder Bremen, Liga dos Campeões 1993/94

Em semana de ‘Champions’, recuamos à 2ª participação do FC Porto na competição com os dois programas oficiais dos jogos que o FC Porto realizou frente ao Werder Bremen, na edição de 1993/94 da prova.
Essa talvez tenha sido uma das mais excitantes participações do FC Porto na Liga dos Campeões, primeiro com a mítica eliminatória de acesso à fase de grupos, frente ao Feyenoord, e depois com os célebres 5-0 ao Werder Bremen e consequente passagem às meias-finais da prova (derrota frente ao Barcelona).
O FC Porto começou por defrontar os alemães logo na 1ª jornada da fase de grupos (AC Milan e Anderlecht eram as outras equipas que compunham o Grupo B), tendo vencido nas Antas por 3-2 (Domingos aos 7’, Rui Jorge aos 34’, Zé Carlos aos 82’, Hobsch aos 85’ e Rufer aos 86’).
A deslocação à Alemanha, além de ter marcado a passagem do FC Porto às meias-finais (o AC Milan foi o outro semi-finalista saído do Grupo B), também ficou associada a uma das melhores noites europeias do FC Porto em toda a década de 90. Uma estrondosa vitória por 5-0 (Rui Filipe aos 11’, Kostadinov aos 34’, Secretário aos 70’, Domingos aos 74’ e Timofte aos 90’) imortalizou a nossa visita ao ‘Weserstadion’.

A «foto do dia» - Padrão

Hoje, na «foto do dia», recordamos um histórico guarda-redes do futebol português: Padrão.
Apesar de já ter chegado ao FC Porto numa fase adiantada da sua carreira (tinha 32 anos), Padrão viu na sua experiência um dos maiores motivos que levaram o FC Porto a contratá-lo. Mesmo tendo sido pouco utilizado (foi muitas vezes o terceiro guarda-redes do plantel, numa altura em que Vítor Baía monopolizava a baliza do FC Porto), sagrou-se campeão nacional em 1991/92, com Carlos Alberto Silva.
Sporting, Beira-Mar, U. Leiria, Belenenses, V. Setúbal, Desp. Chaves, Boavista e Paços de Ferreira foram os outros clubes da I Divisão que este antigo guarda-redes do FC Porto representou durante a sua longa carreira (que começou em 1975 e terminou apenas em 1996!).
Nesta foto, captada no antigo campo de treinos do Estádio das Antas, Padrão surge equipado ‘à Mlynarczyk’ (de camisola amarela e calção preto!).

domingo, 7 de março de 2010

Falta motivação... e classe!

Sem jogo a meio da semana foi ainda mais difícil suportar e esquecer aquela incúria do FC Porto em Alvalade. Mesmo com boas possibilidades de vencer 3 das 4 competições (Liga, ‘Champions’, Taça de Portugal e Taça da Liga) em que ainda está envolvido, o FC Porto viveu a pior semana da época até ao momento. A única nota positiva a reter é que perder continua a ser dramático para os lados do Dragão. No entanto, agora coloca-se outra questão: sendo o segundo lugar o primeiro dos últimos, haverá motivação para ainda tentarmos chegar à pré-eliminatória da ‘Champions’? Pelo que vimos hoje, nem com "matematicamentes possíveis" o FC Porto lá chegará. Mais do que motivação, o que falta é classe!
Estaremos a ser demasiado injustos e cruéis se dissermos que hoje foi uma exibição de 'Guaríns e Marianos'?!
O FC Porto deve agora fazer tudo para terminar este campeonato de forma positiva. Pede-se mais proactividade e menos vitimização!
O Olhanense até parecia ser o adversário ideal para quem, dentro de 3 dias, vai desafiar um Arsenal ansioso por uma desforra. Os algarvios são uma equipa que privilegia o futebol positivo. Hoje, a ingenuidade e juventude do seu plantel foi mais que suficiente para enervar e condicionar o jogo do FC Porto.
Parece que este último terço de campeonato não vai ser nada fácil de abordar por parte do FC Porto. Mesmo "encaixado" no terceiro lugar (longe do segundo posto e suficientemente tranquilo perante quem o antecede), o FC Porto tem que encontrar estímulos para continuar a vencer na Liga. Eliminar o Arsenal seria um óptimo bálsamo depois do adeus ao 'Penta'. Contudo, o FC Porto é eliminado se na próxima Terça-feira entrar em campo convencido que marcar 1 ou 2 golos é suficiente para avançar para os ‘Quartos’. Pode não ser!
Positivo (+):
- Falcão, como sempre!
- o resultado, que nas circunstâncias em que o jogo decorreu acabou por ser lisonjeiro para o FC Porto e demasiado penalizador para o Olhanense;
Negativo (-):
- a 1ª parte do FC Porto;
- o futebol atabalhoado e de 'pontapé prá frente' de que o FC Porto abusou durante toda a 2ª parte;
- Miguel Lopes, que se esqueceu de Paulo Sérgio no lance do primeiro golo da Olhanense e "convidou" o adversário a marcar o segundo golo depois de uma tentativa disparatada de rematar à baliza;
- a completa desconcentração e displicência de mais de metade da equipa do FC Porto (Maicon, Miguel Lopes, Álvaro Pereira, Tomás Costa, Mariano,...);
- a ausência no banco de suplentes de alternativas a Rúben Micael (o miúdo Sérgio Oliveira até se sentiu constrangido pelo facto de ser o mais competente para a função!);

«Curiosidades FCP» - A carreira do Malagueta

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recordamos o percurso no nosso país de um extremo-esquerdo que representou o FC Porto nos anos 60 e 70, Malagueta.
Serafim dos Anjos Mesquita Pedro (se alguém souber a origem da alcunha ‘Malagueta’, faça favor de acrescentar) nasceu em Benguela (Angola) a 12 de Fevereiro de 1947.
Este antigo jogador do FC Porto chegou às Antas na época 1966/67 (tinha apenas 19 anos), proveniente do Sport Benguela e Benfica.
Apesar de ter representado o FC Porto em dois períodos distintos da sua carreira (regressou às Antas em 1972/73), foi logo após a sua chegada ao clube que conquistou o seu único troféu no nosso país, a Taça de Portugal, em 1967/68.
Na sua primeira passagem pelas Antas, Malagueta foi quase sempre suplente do mítico Nóbrega. Segundo comentários da época, e apesar do seu enorme potencial, Malagueta teria um estilo de vida algo boémio, o que lhe terá custado presença mais assídua no «onze» portista. Ainda assim, foi internacional promessa (Esperanças) em duas ocasiões.
Depois de abandonar as Antas, no final da época 1968/69, rumou ao Barreirense (em cima, na foto), clube que representou durante 3 épocas antes de regressar às Antas (em 1972/73, com Fernando Riera) para uma última época de azul-e-branco.
Depois de deixar definitivamente o FC Porto, Malagueta ainda permaneceu em Portugal durante mais alguns anos ao serviço do histórico Sp. Espinho (em cima, na foto).
Este antigo extremo-esquerdo do FC Porto viria a falecer em Junho de 1986, com apenas 39 anos.

A «foto do dia» - O bilhete do Lens - FC Porto, 3ª eliminatória da Taça UEFA 2002/03

Em semana de competições europeias, recuamos à mítica caminhada que levou o FC Porto a Sevilha com o ingresso que deu acesso ao Lens-FC Porto, relativo à 2ª mão da 3ª eliminatória da Taça UEFA 2002/03.
Os franceses foram o nosso terceiro adversário na competição (o Polonia Varsovia e o Áustria de Viena foram as primeiras vítimas) e cruzaram-se com o FC Porto depois de terem sido afastados da segunda fase da ‘Champions’ (o Lens foi terceiro classificado na fase de grupos, num grupo que incluía ainda o AC Milan, o Bayern de Munique e o Deportivo da Corunha).
Apesar deste ingresso estar associado a uma derrota (o Lens venceu o jogo da 2ª mão, por 1-0), a verdade é que o jogo marcou a passagem do FC Porto à 4ª eliminatória da prova, pois na 1ª mão os franceses foram surpreendidos nas Antas com uma pesada derrota: 3-0 (Hélder Postiga, aos 34’ e aos 45’, e Jankauskas, aos 86’). Leram bem, foi mesmo um ‘bis’ de Hélder Postiga!
Depois dos franceses seguiu-se o acessível Denizlispor, na 4ª eliminatória.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Desligaram o ventilador!

Pois é, agora já nem sequer estamos ligados à máquina! Isto de jogar uma final todas as semanas haveria de ter o seu custo. O «Penta» (seria o segundo da nossa história!) fica apenas preso pelo ‘matematicamente possível’!
Como o jogo de ontem foi mau de mais, o texto de hoje é mais uma reflexão do que uma crónica sobre o Sporting-FC Porto. O clássico poderá não ter marcado apenas o fim da ilusão do título, pois é cada vez mais evidente que o ‘FC Porto de Jesualdo Ferreira’ também se aproxima do fim. Um ciclo que talvez devesse ter terminado aquando da saída de Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez (dois jogadores que interpretavam na perfeição este modelo de jogo e os dois maiores símbolos do 'FC Porto de Jesualdo'), mas que a SAD do FC Porto resolveu prolongar, renovando (de forma justíssima, reconheçamos!) o contrato de Jesualdo Ferreira. No entanto, também deveremos reconhecer que este ano o Professor não dispôs de tão bons intérpretes como nas épocas do «Tetra». A vitalidade financeira da SAD custou-nos o «Penta»!
Aliás, Jesualdo Ferreira deveria esclarecer os adeptos – até para sua própria defesa – sobre as opções de contratar os ‘Guaríns’ e os ‘Marianos’ do plantel do FC Porto. O miúdo Sérgio Oliveira tem mais futebol do que muitos graúdos que por ali andam. Será que esses jogadores foram escolhas do Professor ou foram-lhe impingidos pela SAD?
Temos que rever aquela política de contratações que privilegia sul-americanos de valor duvidoso. É preciso olhar para a história: o FC Porto foi duas vezes campeão da Europa com plantéis formados maioritariamente por jogadores portugueses (alguns das escolas do clube) e estrangeiros (poucos!) contratados na nossa Liga e que conheciam o futebol europeu.
Agora, mesmo com a época parcialmente perdida (o «Penta» e o acesso à ‘Champions’ eram as grandes prioridades), o FC Porto tem que provar que consegue manter a mesma cadência, no que a conquista de títulos diz respeito, de épocas anteriores. Ainda há 3 competições para jogar: Liga dos Campeões, Taça da Liga e Taça de Portugal.
Positivo (+):
- a entrega e inconformismo de Falcão;
Negativo (-):
- a postura algo burguesa do FC Porto (foram os «tetracampeões» que entraram em campo ou foram os aspirantes ao «Penta»?);
- Jesualdo Ferreira, que continua a confiar em jogadores sem classe para representar o FC Porto (será apenas por serem bons rapazes e aplicados nos treinos?);
- a indiferença de Raúl Meireles (num momento delicado da época, o nº 3 na camisola justificava outra atitude!);
- não foi um dia bom para os desequilibradores Varela e Rúben Micael;

A «foto do dia» - João Pinto

Hoje, na «foto do dia», recordamos aquele que é uma autêntica instituição dentro do próprio FC Porto, o eterno ‘capitão’ João Pinto.
Apesar de se encontrar distante do recorde do jogador (Vítor Baía) com mais títulos conquistados a nível mundial, este nosso antigo lateral direito venceu 24 (!) troféus com a camisola portista (e nesta soma estão apenas a ser considerados os títulos como jogador, pois João Pinto também conquistou troféus como treinador da equipa júnior e como técnico adjunto da equipa principal).
O João chegou ao FC Porto com apenas 14 anos (nasceu em 1961), ou seja, já serve o clube há 35 anos. Uma vida!

«Curiosidades FCP» - O programa oficial do Lodz-FC Porto, 1ª eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças 1994/95

Já aqui tínhamos recordado a eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças, relativa à época 1994/95, disputada entre os polacos do Lodz e o FC Porto (vencemos nas Antas, por 2-0 (golos de Domingos e Rui Barros), e em Lodz, por 1-0 (golo de Drulovic).
Hoje, recuperamos o programa oficial que foi disponibilizado aos adeptos aquando do jogo da 2ª mão, disputada a 29 de Setembro de 1994. É no mínimo bizarra a foto que os autores escolheram para ilustrar a capa deste programa oficial. Ficamos sem saber se os senhores de fato e gravata são adeptos do Lodz ou meros figurantes…