segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ok, já podem ir de férias!

Era o último degrau na nossa escalada de invencibilidade antes das férias de Natal e foi subido com sucesso e… alguma sorte. Mas a verdade é que nem a sempre exígua e cheia de armadilhas Mata Real conseguiu parar o ‘FC Porto de Villas-Boas’.
Julgo que as férias de Natal chegam em óptima altura para o FC Porto. Há ali nítidos sinais de desgaste físico e mental. Nada de alarmante e completamente natural para a única equipa dos principais campeonatos europeus que ainda não foi derrotada. Merecem férias? Sem dúvida!
O treinador do FC Porto sabia que, frente a um adversário que sabe tirar o máximo partido das características do seu estádio, não chegava jogar bem, também era preciso correr e lutar. Isso foi feito, mas apenas durante a 1ª parte. Depois do intervalo, foi o Paços que encostou o FC Porto lá atrás.
É um cenário engraçado, a cada vez maior motivação que os adversários têm em derrotar o FC Porto. Isso também é um estímulo para a nossa equipa, pois a confortável vantagem pontual que o FC Porto conquistou na Liga seria um “convite” para os jogadores abordarem os jogos com algum relaxamento. No entanto, a tal motivação que os adversários vão ganhando à medida que a nossa invencibilidade se eterniza acaba por oferecer ao FC Porto um incentivo adicional. O FC Porto alimenta-se agora com o apetite dos seus adversários!
Agora, no regresso da Liga portuguesa, o FC Porto vai disputar dois jogos em casa (Marítimo e Naval), enquanto que o nosso maior rival terá duas deslocações complicadas a Leiria e Coimbra. Pode ser uma oportunidade para “cavar” uma diferença ainda maior antes do verdadeiro início da Liga Europa (o Sevilha pode significar para o FC Porto o mesmo que o Manchester United significou em 2003/04, o grande obstáculo que depois lhe permitiu ganhar confiança até à final).
Nota: o ‘Paixão pelo Porto’ volta aos ‘posts’ depois da quadra de Natal. Boas Festas a todos!
Positivo (+):
- a vitória e o manter da invencibilidade (eram mais de 6 milhões à espera da “escorregadela”, mas o FC Porto não vacilou);
- a 1ª parte do FC Porto: se o Paços, na 2ª parte, merecia ter chegado à igualdade, também é justo referir que o FC Porto merecia uma vantagem mais confortável ao intervalo;
- Otamendi: é o jogador do FC Porto em melhores condições físicas (é dos menos utilizados!) e está agora a provar porque é chamado com regularidade à selecção argentina;
- a postura de João Moutinho: na 2ª parte, com metade da equipa fisicamente presa por arames, foi ele o primeiro a apelar ao espírito de sacrifício (não seria nada surpreendente se na próxima época fosse nomeado um dos ‘capitães’ de equipa);
- Belluschi: mostrou grande disponibilidade para transportar a bola numa altura em que a equipa mais precisava de “respirar”;
- Hulk, também podia ser destaque pela negativa, pois esteve no melhor e no pior do FC Porto: marcou um golo e fez as assistências para os outros dois, mas foi irritante a forma lenta e displicente como às vezes conduziu a bola;
Negativo (-):
- a 2ª parte do FC Porto: toda a gente julgava que o FC Porto ia entrar forte nos primeiros minutos do segundo tempo, mas foi o Paços que andou mais próximo do empate;
- confirmou-se que a entrada definitiva de James Rodriguez no «onze» foi algo prematura (mas compreende-se pelo facto de Villas-Boas não querer abdicar do ‘4-3-3’);
- a equipa não correspondeu em termos de agressividade e concentração à vaidade que Villas-Boas mostrou na conferência de imprensa que antecedeu o jogo quando se deixou fotografar com a pasta que continha o relatório sobre o adversário;

«Curiosidades FCP» - Rolando

Nas «Curiosidades FCP» vamos recordar Rolando (tem hoje 66 anos), um dos mais carismáticos ‘capitães’ de equipa da história do FC Porto (era ‘capitão’ numa altura em que os ainda jovens Rodolfo, Octávio Machado, António Oliveira e Fernando Gomes, entre outros, já representavam o clube).
Rolando cruzou-se com várias gerações de jogadores do FC Porto, no entanto, acabou por deixar o clube precisamente na época anterior à que marcou o nosso regresso aos títulos (conquista da Taça de Portugal, em 1976/77) em finais dos anos 70. Apesar de ter vestido a camisola do FC Porto durante mais de uma década (de 1963/64 a 1975/76) este fantástico defesa-central representou o clube durante aquele célebre período de 19 anos que atravessámos sem vencer qualquer campeonato nacional. Aliás, Rolando terá sido, muito provavelmente, um dos jogadores que mais tempo vestiu a camisola do FC Porto durante aqueles ‘anos difíceis’, e nem sempre como titular no «onze». Ainda assim, ficou associado à conquista da Taça de Portugal de 1967/68.

«Curiosidades FCP» - Um postal de Sevilha

O regresso do FC Porto a Sevilha, ditado pelo sorteio da Liga Europa, é pretexto para recordarmos mais um artigo alusivo à inesquecível final da Taça UEFA, disputada entre o FC Porto e o Celtic de Glasgow no Estádio Olímpico de Sevilha.
Desta vez, recuperamos um postal que foi disponibilizado aos adeptos dos dois clubes nas imediações do ‘La Cartuja’.

A «foto do dia» - 6 figuras do FC Porto 1989/90

André, Jaime Magalhães, Bandeirinha, Madjer, Vítor Baía e Stephane Demol. São as figuras da foto, todos campeões nacionais com Artur Jorge, em 1989/90. Além dos 6 terem assumido a titularidade em quase todos os jogos realizados pelo FC Porto nesse campeonato, houve 5 que também foram determinantes no ‘score’ total de golos marcados pelo FC Porto nessa liga: Madjer (14 golos), Demol (11), Bandeirinha (4), Jaime Magalhães (2) e André (2).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ganhar, sempre!

Está concluída a primeira participação do FC Porto neste novo formato da Liga Europa. Em termos estatísticos, era difícil fazer melhor: o FC Porto cedeu apenas 2 pontos (empate com o Besiktas, no Dragão) nos 6 jogos que realizou na fase de grupos. Aliás, se tivermos em conta o nº de pontos conquistados, só uma equipa fez igual, o CSKA de Moscovo (também cedeu 1 empate, mas marcou mais 4 golos que o FC Porto na fase de grupos). Além disso, só uma vitória se fez por apenas um golo de diferença (0-1, em Sófia, frente ao CSKA), todas as outras (1-3 em Istambul, 1-3 e 3-0 frente ao Rapid de Viena, e 3-1 na recepção ao CSKA) se fizeram por dois ou mais golos de diferença.
Frente ao CSKA, o FC Porto fez mais uma exibição agradável de seguir. Mesmo não sendo tão exuberante como no primeiro terço da época, o FC Porto continua a divertir e a divertir-se. Um exemplo: a equipa nunca está satisfeita com os golos que marca. Ontem, quando estava a vencer por 2-1, poderia ter assumido uma atitude mais resguardada, à espera do adversário, mas preferiu continuar a atacar e a ‘pressionar alto’ de forma a conseguir mais golos. É um FC Porto pró-activo!
Agora, nos ‘dezasseis-avos-de-final’, o FC Porto pode encontrar uma equipa que vem da ‘Champions’. Mesmo sendo uma aberração (como considerou Villas-Boas) dos regulamentos, isso não deve condicionar o segundo objectivo do FC Porto para esta época: vencer a Liga Europa!
Positivo (+):
- a capacidade que o FC Porto revelou para alternar o sistema táctico durante o jogo (entre o ‘4-1-3-2’ e o ‘4-3-3’): excelente versatilidade!;
- Ruben Micael: à habitual qualidade de passe (continua a ser o melhor jogador do FC Porto no passe vertical e de maior risco) juntou ontem maior disponibilidade física;
- as dúvidas que pudessem existir sobre a dupla de centrais a utilizar na Mata Real foram desfeitas ontem: Otamendi realizou o seu melhor jogo desde que chegou ao FC Porto;
- duas belas exibições (Walter e James) levantam dúvidas sobre o terceiro homem de ataque a utilizar na Mata Real (tendo em conta as características do campo e do adversário, a minha aposta vai para Walter);
- o sorteio da Taça de Portugal voltou a ser generoso com o FC Porto: novo jogo no Dragão com uma equipa de escalão inferior (e confirma-se o cenário que o ‘Paixão pelo Porto’ mais desejava: em Janeiro realizamos 3 jogos consecutivos em casa);
Negativo (-):
- Maicon: actuou nervoso e precipitado;
- Villas-Boas deve ter gostado pouco da abordagem que Souza fez a determinados lances (vícios do campeonato brasileiro?): tem que ser mais prático quando joga na ‘posição 6’;
- a fraca afluência de público (apenas 23 mil pessoas) ficou certamente a dever-se ao elevado custo dos ingressos (um jogo disputado a meio da semana, com transmissão televisiva em canal aberto e frente à equipa mais frágil do grupo tinha bilhetes para ‘não sócios’ a um preço mínimo de 20€: incompreensível!);

«Curiosidades FCP» - O bilhete do FC Porto - Glasgow Rangers, Taça dos Vencedores das Taças 1983/84

Em semana de Liga Europa, recuperamos mais um bilhete de um jogo do FC Porto nas competições europeias. O ingresso, destinado à ‘Arquibancada’ do antigo Estádio das Antas, é relativo ao nosso confronto com o Glasgow Rangers, da 2ª eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças 1983/84. Os escoceses foram o nosso segundo adversário (o primeiro foi o Dinamo de Zagreb) na caminhada que nos levou à primeira final europeia da nossa história.
Nessa eliminatória, o FC Porto acabou por ultrapassar o Rangers com recurso aos ‘golos obtidos fora de casa’. Depois de perder por 2-1 em Glasgow (Clarke, aos 35’; Mitchell, aos 85’; e Jacques, aos 89’), o FC Porto deu a volta à eliminatória, nas Antas, com uma vitória tangencial por 1-0 (Fernando Gomes, aos 53’).
Depois dos Rangers seguiu-se o Shakhtar Donetsk, nos Quartos-de-final.

A «foto do dia» - Bené

Hoje, na «foto do dia», recordamos Bené, mais um talentoso jogador que representou o FC Porto durante aquele período difícil em que o clube andou arredado dos títulos. Este brasileiro (chegou ao FC Porto, vindo do Leixões, na época 1970/71 e deixou as Antas em 1974) era um centro campista muito versátil que gostava de “alimentar” o ataque, o típico homem do ‘último passe’.
Numa das últimas entrevistas que concedeu à imprensa portuguesa, Bené confessou que guarda com especial carinho duas recordações da sua passagem pelo FC Porto: «A maior recordação foi o meu regresso ao Brasil, em 1972, para jogar no Rio do Janeiro, no Maracanã, contra o Vasco da Gama, com o meu pai a assistir. Já não via o meu pai há oito anos. O nosso encontro foi muito emotivo e as lágrimas correram-me ao ver o meu pai sentado no "banco" do FC Porto. Uma outra recordação foi a vitória frente ao Benfica, nas Antas, por 4-0, com quatro golos do Lemos, três dos quais com a minha participação.»

«Curiosidades FCP» - Best, Muller e Cubillas

A semana passada recuperámos aqui uma curta entrevista que Teofilo Cubillas concedeu à imprensa portuguesa sobre os saudosos tempos que passou no FC Porto.
Hoje, recuperamos uma foto onde o nosso ex-nº 10 surge ao lado de outras duas grandes figuras do futebol mundial: o inglês George Best e o alemão Gerd Muller. Os três craques cruzaram-se na liga norte-americana em finais dos anos 70, já depois de Cubillas ter deixado o FC Porto.
Nesta foto, vemos Best e Cubillas a apadrinharem a chegada de Muller ao Fort Lauderdale Strikers, clube que os três representaram no final das respectivas carreiras.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A saga continua!

E vão 24 jogos sem perder. O FC Porto de Villas-Boas continua a sua saga de invencibilidade em 2010/11. E são apenas 3 empates concedidos até ao momento. Em termos estatísticos, isso traduz-se numa percentagem de vitórias a rondar os 88%. Notável!
Até agora, os sorteios da Taça têm sido generosos para o FC Porto: foram 3 jogos frente a equipas de divisões inferiores. Ainda assim, o jogo frente ao Juv. Évora foi daqueles a que deu prazer assistir. O FC Porto jogou com desenvoltura e entusiasmo.
Após o jogo frente ao Benfica, referi aqui que Villas-Boas iniciava um novo ciclo que implicava gerir o deslumbramento e o sucesso do FC Porto 2010/11. Isso tem sido conseguido, mas deixo apenas um reparo: a invencibilidade não deve ser pretexto para colocar em causa a confortável vantagem que o FC Porto conquistou no campeonato. Com o CSKA, Villas-Boas devia fazer descansar mais de meia-equipa.
Agora, vamos ter que esperar por Paços de Ferreira para fazer uma avaliação definitiva a este ciclo que o FC Porto viveu ‘pós-10ª jornada da Liga’. Vamos lá ver se conseguimos jogar bem e manter a invencibilidade na estreita e exígua Mata Real.
Quanto à Taça de Portugal, nos Quartos-de-final é provável que o FC Porto encontre um adversário forte. Para mim, qualquer um serve desde que o jogo seja no Dragão. Além do ‘factor casa’ ainda fazer alguma diferença em jogos da Taça de Portugal, isso também significava disputar 3 jogos consecutivos em casa (os Quartos-de-final jogam-se a 12 de Janeiro, ou seja, a meio de uma semana em que o FC Porto tem 2 jogos em casa para o campeonato, frente a Marítimo e Naval) e evitar campos enlameados, jogando no melhor relvado que existe no nosso país.
Positivo (+):
- a postura do FC Porto, que respeitou sempre o seu adversário e nunca desacelerou;
- James Rodriguez: o miúdo já é a melhor alternativa a Varela (será precipitado lançá-lo de novo a titular na sempre agreste Mata Real?);
- João Moutinho: a postura de sempre e o golo que tanto procurava ;
- mesmo não realizando uma exibição exuberante, Álvaro Pereira foi fundamental ao trazer equilíbrio e consistência táctica à equipa;
Negativo (-):
- o único ponto menos positivo no jogo de ontem terá sido o excessivo tempo de jogo que Villas-Boas deu a alguns habituais titulares (a Falcão e Moutinho, principalmente);

A «foto do dia» - James Rodriguez

Hoje, depois de uma exibição que confirmou todo o potencial do jovem colombiano, o ‘Paixão pelo Porto’ recupera uma foto de ‘Jesse James’ Rodriguez com a camisola do Banfield, clube que representou antes de chegar ao FC Porto.
Nesta foto, vemos o actual extremo-esquerdo do FC Porto a festejar o golo que marcou ao Lanús (vitória do Banfield, por 2-0) na última edição do Torneio Clausura.

«Curiosidades FCP» - Juary e os ‘Meninos da Vila’

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recordamos o percurso de Juary ao serviço do histórico Santos, do Brasil. O mais famoso e influente suplente da história do FC Porto (era o perfeito 12º jogador: pacato e sempre motivado!) representou o ‘clube de Pelé’ logo no início da sua carreira profissional.
Ao serviço do Santos, Juary conquistou apenas um campeonato paulista (1978). No entanto, o ex-avançado do FC Porto foi um dos símbolos da famosa equipa do Santos apelidada de ‘Meninos da Vila’ (Juary, Pita e João Paulo formavam o trio de miúdos mais famoso do futebol brasileiro de então), que encantou o Brasil em finais da década de 70. Era o ‘show da garotada’!
No Santos, Juary começou por ser utilizado a extremo-direito. No entanto, o repentismo e a facilidade de remate que revelava depressa o levaram a zonas mais próximas da baliza. Foi como avançado-centro que se tornou o melhor marcador (30 golos) do campeonato paulista e ajudou o Santos a conquistar a prova, em 1978. Esse foi o primeiro título conquistado pela equipa da Vila Belmiro após a saída de Pelé.

«Curiosidades FCP» - Lima Pereira

Recentemente, recordámos aqui uma entrevista em que o nosso antigo defesa-central Eurico recordava a grave lesão que o impediu de continuar a vestir a camisola do FC Porto. Hoje, recuperamos uma foto do seu inseparável companheiro de centro da defesa: António Lima Pereira.
A dupla ‘Eurico-Lima Pereira’ é um autêntico ícone do FC Porto dos anos 80. Estes dois cúmplices começaram por ser utilizados em simultâneo no «onze» com José Maria Pedroto, em 1982/83. Depois disso, seguiram-se mais duas épocas em que os dois centrais do FC Porto jogaram quase sempre juntos. A lesão de Eurico, na 1ª jornada da época 1985/86, acabaria por colocar um fim numa das melhores duplas de centrais da história do futebol português.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O pior já passou!

E já passou porquê? Porque o FC Porto chegou a este jogo super-desgastado depois da épica jornada de Viena. Seria extremamente injusto dizer que o FC Porto jogou mal apenas em função do que foram os 90 minutos do jogo de ontem. O FC Porto chegou cansado ao jogo e isso notou-se na falta de clarividência no passe (e às vezes eram passes fáceis!), uma das consequências naturais do desgaste físico.
O FC Porto jogou bem enquanto teve forças e até merecia uma vantagem mais dilatada ao intervalo. Deixo apenas uma nota sobre a polémica arbitragem de ontem: vamos lá ver se a imprensa indígena analisa o trabalho de Elmano Santos (é um árbitro que sente necessidade de mostrar que é corajoso!) da mesma forma que analisou a actuação de Jorge Sousa no Sporting - FC Porto da semana passada.
Agora, será importantíssimo vencer na próxima jornada em Paços de Ferreira. Se assim for, o FC Porto despede-se de 2010 com uma vantagem de pelo menos 8 pontos (na prática são 9) sobre o segundo classificado. Como a Liga portuguesa só regressa dia 9 de Janeiro, essa vantagem vai criar no segundo classificado a sensação do prolongar da distância pontual. Um cenário que experimentámos na época passada, mas com uma desvantagem pontual bem menor e que, ainda assim, nunca conseguimos anular.
A partir de agora, qualquer deslize do segundo classificado será irrecuperável. Ou seja, além de já ter hipotecado o discurso da ‘verdade desportiva’, o Benfica tem agora o discurso da ‘luta pelo título’ preso por arames!
Positivo (+):
- a transição defensiva durante a 1ª parte foi o que o FC Porto fez de melhor no jogo de ontem (durante esse período, o Vitória não se aproximou uma única vez da baliza de Helton);
- a paciência do público (depois da desgastante jornada de Viena, e com o primeiro golo a tardar, a plateia do Dragão soube ser tolerante com a equipa,… mas só até faltarem as forças!);
- o FC Porto apresenta 4 vitórias em 5 jogos (VVEVV) neste curto período em que Villas-Boas viu as suas escolhas serem muito condicionadas pelas lesões e pelos castigos;
Negativo (-):
- o desgaste de Viena fez-se notar bastante durante a 2ª parte, só assim se pode explicar a grande quantidade de passes falhados por jogadores como Belluschi, Moutinho, Hulk e Falcão (este último apresentou-se esgotadíssimo!);
- a ala esquerda do FC Porto (Emídio Rafael esteve desastrado e Cristian Rodriguez continua com aquele futebol inconsequente e confuso);
- a excessiva dramatização de Manuel Fernandes em torno da arbitragem (esperemos que seja coerente se o árbitro voltar a errar nos dois próximos jogos do Vitória frente ao Sporting);

«Curiosidades FCP» - Cubillas em discurso directo

Hoje, nas «Curiosidades FCP», voltamos a recordar Teofilo Cubillas, o fantástico ex-nº 10 do FC Porto que, nos 3 anos que passou nas Antas (de Janeiro de 1974 a Janeiro de 1977), marcou 65 golos em 108 partidas oficiais com a camisola do FC Porto. Recuperamos alguns excertos de uma curta entrevista que o peruano concedeu recentemente a um órgão de informação desportiva ‘on-line’.
Ainda se lembra da chegada a Portugal, em Janeiro de 1974? Como se fosse ontem. As ruas encheram-se! O trajecto do aeroporto ao Estádio das Antas foi emocionante. Receberam-me como um herói. Os adeptos do FC Porto gritavam o meu nome, batiam no carro, estavam loucos! Nunca me tinha sentido assim e nunca mais me voltei a sentir.
Mais de três décadas depois, ainda é portista? Claro, serei para sempre! O meu filho mais velho nasceu em Portugal e começou a ver jogos do FC Porto com poucos meses de vida. Sei tudo sobre a equipa, vejo os jogos todos. Nunca consegui despedir-me das Antas da forma que queria. Tenho de voltar a Portugal, mas quero ir quando o FC Porto for campeão, para mostrar ao meu filho a paixão das vossas gentes.
Três anos em Portugal e nunca foi campeão nacional. Porquê? Porque havia um senhor chamado Eusébio e uma equipa, o Benfica, que tinha o Simões e o Torres. Não ganhei o campeonato nacional e, mesmo assim, era tratado como uma estrela. Imagine se tivesse sido campeão no FC Porto. É um clube especial.
É verdade que saiu do clube por imposição do António Oliveira? Dizia-se que ele tinha inveja do salário auferido pelo Cubillas... É a primeira vez que estou a ouvir essa história. Estive com o Oliveira no Mundial 2002, na Coreia, e foi uma festa. Ele estava chateado, mas quando me viu ficou todo contente. Sempre me dei bem com ele. Era uma pessoa alegre, irreverente. Chamava-me «Calita», veja lá. É a única pessoa que me tratava dessa forma. Desconheço a razão, até hoje.
Afinal, por que saiu do FC Porto? O Peru requisitou-me por seis meses. Tínhamos de preparar a qualificação para o Mundial de 1978. O FC Porto não aceitou, evidentemente, e respondeu que eu só podia sair se a federação peruana pagasse pelo meu passe. Exigiu um determinado preço e a federação aceitou. Tive de sair, não tive outra opção.
Quais são as suas memórias mais fortes do FC Porto e de Portugal? Olhe, antes de mais lembro-me de olhar para o contrato e ficar embasbacado. Em Portugal nunca ninguém tinha assinado um acordo tão longo e tão valioso. Senti que tinha de dar tudo de mim àquelas pessoas. Veja bem: no segundo ano fui eleito capitão de equipa pelos meus colegas. Foi um gesto lindo.
O Cubillas chegou poucos meses após a morte do Pavão. A equipa ainda estava traumatizada? Bastante. No balneário falava-se muito sobre ele. Lamentavelmente, não cheguei a conhecê-lo. Gritávamos o nome dele antes dos jogos, no balneário. Apercebi-me da sua importância dentro da equipa. Como é que alguém tão jovem morre daquela maneira? E quem eram os seus melhores amigos? Nunca tive problemas com ninguém. Acho que não tenho mau feitio (risos). Mas era mais chegado ao Fernandinho Gomes, que estava a começar a jogar nos seniores. Também falava muito com o Rodolfo Reis, com o Teixeirinha, com o brasileiro Marco Aurélio. Os guarda-redes eram muito simpáticos. O Tibi e o Rui. Tínhamos uma bela equipa.
O seu último treinador foi o José Maria Pedroto. Gostou de trabalhar com ele? Que grande homem! Era muito enérgico, dava tudo o que tinha nos treinos e nos jogos. O senhor Pedroto era um homem de carácter, inteligente e manhoso. Conhecia todos os segredos do futebol. Comigo até era meigo, mas vi-o aos berros com outros jogadores várias vezes.

A «foto do dia» - O programa oficial do FC Porto - Varzim, I Divisão 1967/68

Hoje recuamos mais de 40 anos para recuperarmos um programa oficial (custou 1 escudo! e traz na capa uma foto do Estádio das Antas no início dos anos 50) relativo a um jogo do campeonato nacional que disputámos frente à nossa filial nº 1, o Varzim Sport Club.
Este programa é relativo a uma partida da 9ª jornada do campeonato nacional da I Divisão, época 1967/68. Um jogo disputado a 10 de Dezembro de 1967 e que o ‘FC Porto de Pedroto’ venceu por 3-0.
Nessa época, o FC Porto foi 3º no campeonato, enquanto que o Varzim terminou em 12º.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Agora a versão ‘flocos de neve’

Foi um regresso ao Ernst Happel que não desonrou nada as visitas anteriores (vitórias por 2-1, frente ao Bayern, e por 1-0, frente ao Áustria de Viena). Além da vitória, o FC Porto ainda foi brindado com a neve que acabou por tornar o jogo algo exótico. Para os campeões europeus de 1987 deve ter sido engraçado juntar as memórias de Viena ao clima que encontraram em Tóquio, enquanto que para o ‘FC Porto de Villas-Boas’ foi mais um obstáculo ultrapassado. O FC Porto voltou a ser melhor que o seu adversário em condições super-adversas (já tinha sido melhor na “piscina” de Coimbra). Agora, depois da chuva e da neve, só falta o teste do fogo!
Esta actual série invicta do FC Porto estava a colocar-nos um problema: os jogadores começavam a abordar os jogos apenas na perspectiva de não os perderem (foi o que aconteceu nos 3 jogos que antecederam a visita a Viena). A confortável vantagem no campeonato “convidava” o FC Porto a jogar apenas para manter a invencibilidade. Isso foi invertido ontem com uma autêntica exibição de equipa.
Positivo (+):
- a vontade que o FC Porto mostrou em ganhar o jogo (as más condições do relvado eram propícias a lesões, mas isso não condicionou nada o jogo do FC Porto);
- apesar da excelente exibição colectiva, é justo destacarmos o autor do «hat-trick»: Falcão, que já é o 3º melhor ponta-de-lança do FC Porto pós-Revolução de Abril (só Fernando Gomes e Mário Jardel superam o nosso actual sub-capitão);
- a forma vibrante e entusiástica como Villas-Boas assiste aos jogos do banco: contagiante!;
- foi emocionante ver o sorriso dos ‘campeões de Viena’ quando, a convite do FC Porto (excelente iniciativa!), pisaram o relvado do Prater no dia anterior ao jogo;
- a numerosa presença de público (apesar do Ernst Happel ser enorme e de estar um frio de rachar, o público austríaco encheu o estádio e confirmou o prestígio de que o FC Porto goza no centro da Europa);
- foi um orgulho ouvir os elogios que o técnico do Rapid dirigiu ao FC Porto: «esta equipa é tão forte que não se desmazela com as condições externas. Nem sequer são arrogantes, são uma força profissional»;
Negativo (-):
- a ausência de Walter da convocatória confirma que a conduta do brasileiro não tem sido a melhor (e será assim apenas dentro de campo?);

«Curiosidades FCP» - Os campeões de Viena

A excelente iniciativa que o FC Porto promoveu, juntando os ‘campeões de Viena’ à comitiva que nos levou à Áustria e promovendo um jantar com quase todo o plantel que esteve no Prater, é um pretexto para regressarmos a 27 de Maio de 1987 com mais uma foto (onde se vêem Madjer, Jaime Magalhães, João Pinto , Frasco e Zé Beto) a ‘preto-e-branco’ da mítica final de Viena. Inevitavelmente, é o João que surge agarrado à Taça!

«Curiosidades FCP» - O ‘jersey’ da Juventus

Recentemente, recordámos aqui o equipamento que o FC Porto utilizou em Basileia, na sua primeira presença numa final europeia. Hoje, recordamos o ‘jersey’ utilizado pelo nosso adversário nessa final da Taça dos Vencedores da Taças.
Tal como FC Porto, também a Juventus foi obrigada a jogar com o seu equipamento alternativo. Em vez da habitual camisola listada a preto-e-branco, os italianos apresentaram-se no Estádio St. Jakob com este ‘jersey’ amarelo (sem a publicidade da ‘Ariston’).

A «foto do dia» - FC Porto 1983/84

Aproveitando o ‘post’ sobre o ‘jersey’ que a Juventus utilizou em Basileia, recuperamos um «onze» do FC Porto muito idêntico áquele que defrontou os italianos na final da Taça dos Vencedores das Taças, em 1983/84. Comparando a equipa que defrontou a Juventus com o «onze» da foto, verificamos que houve apenas duas alterações: Costa e Inácio cederam os seus lugares a, respectivamente, Vermelhinho e Eurico.
Em cima (da esq. p/ dta): Lima Pereira, Eduardo Luís, Inácio, Sousa, João Pinto e Zé Beto;
Em baixo (da esq. p/ dta): Frasco, Jaime Pacheco, Fernando Gomes, Jaime Magalhães e Costa;

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sim, continuamos invencíveis!

Apesar da imprensa indígena ter sobrevalorizado a exibição do Sporting (não criou nenhuma oportunidade de golo nos mais de 20 minutos que jogou em superioridade numérica!), a verdade é que o FC Porto já ganhou mais de um ponto por jornada ao seu segundo maior rival. O resto são ‘fait-divers’!
No entanto, a vantagem para o segundo classificado caiu agora para os 8 pontos (na prática são 9). A margem continua a ser confortável e foi exactamente para fazer face a estas “escorregadelas” que o FC Porto cavou uma vantagem confortável durante o primeiro terço da Liga.
Não foi surpreendente a forma como o FC Porto se apresentou em Alvalade. Os jogos frente ao Portimonense e Moreirense tinham deixado um claro sinal de abrandamento. Além disso, a tensão e a ansiedade (sentia-se no ar uma certa impaciência pela vitória), que se fizeram sentir na semana que antecedeu o jogo frente ao Benfica, ficaram desta vez arredadas do ‘clássico’ de Alvalade, pelo menos do lado do FC Porto.
Os 5-0 ao Benfica pareceram mesmo o escalar definitivo da montanha. Isso fez com que a equipa se apresentasse em Alvalade demasiado serena. O ‘elan’ era diferente, ou seja, faltou alguma… inquietação! Por exemplo, a forma como Maicon abordou alguns lances é típica de uma equipa que entrou algo relaxada em campo. Foi um FC Porto algo vaidoso da sua condição de líder invencível!
Conclusão: o FC Porto perdeu 2 pontos na luta pelo título, mas saiu de Alvalade com o escudo da invencibilidade intacto, um estímulo extra que lhe vai permitir manter o ego e a auto-estima lá em cima.
Uma última nota para destacarmos as inacreditáveis palavras de Paulo Sérgio no final do jogo: criticou os elogios que o FC Porto recebeu após o jogo de Istambul (venceu 3-1 e terminou o jogo com 9 jogadores), quando a sua equipa não conseguiu criar uma única oportunidade de golo a jogar contra 10 jogadores (durante 25 minutos) em sua própria casa.
Positivo (+):
- o FC Porto saiu de Alvalade invencível e mantém uma distância confortável para o segundo classificado (em 2009/10, à passagem da mesma 12ª jornada, os primeiros classificados, Sp. Braga e Benfica, tinham apenas 3 pontos de vantagem sobre o segundo);
- a determinação que o FC Porto revelou até igualar o jogo (depois do intervalo, estivemos sempre por cima até ficarmos com 10 jogadores);
- a postura da equipa após a expulsão de Maicon (o FC Porto foi capaz de quebrar o ritmo ao jogo e manter a bola sempre longe do raio de acção de Helton);
- o sorteio da Taça confirmou o Natal “gordo” no Dragão, são 3 jogos consecutivos em casa: Vit. Setúbal (Liga), Juventude de Évora (Taça de Portugal) e CSKA Sofia (Liga Europa);
Negativo (-):
- a 1ª parte do FC Porto: durante esse período, a equipa não utilizou nem metade da agressividade e concentração que mostrou no jogo frente ao Benfica;
- Maicon: pelo excesso de confiança que revelou no lance do golo do Sporting (apesar do ‘off-side’ de Valdés) e no lance da sua expulsão (apesar de Liedson ter “cavado” a falta);
- Fernando: esteve desastrado no passe, o que colocou muitas vezes a defesa em apuros;
- talvez se justificasse a aposta de Villas-Boas num ‘4-4-2’, com Ruben Micael a fazer companhia ao trio habitual do meio-campo (é uma análise à posteriori, ou seja, é algo injusta, mas se Varela não estava a 100% e se o madeirense é neste momento o melhor suplente do FC Porto…);

«Curiosidades FCP» - A lesão do Eurico

Hoje, nas «Curiosidades FCP», recordamos a grave lesão que impediu Eurico de continuar a vestir a camisola do FC Porto depois deste fantástico defesa-central ter contribuído decisivamente para os excitantes ‘anos 80’ que se viveram nas Antas e que coincidiram com o nascer do ‘FC Porto europeu’.
Eurico lesionou-se em Agosto de 1985, na 1ª jornada do campeonato nacional. O antigo defesa-central do FC Porto fracturou a perna num lance com o benfiquista Nunes, durante o último FC Porto - Benfica que disputou na sua carreira (nota: o FC Porto venceu esse jogo por 2-0, com golos de Juary e Fernando Gomes).
O eterno cúmplice de Lima Pereira no centro da defesa do FC Porto lesionou-se gravemente aos 17 minutos de um ‘clássico’ que acabou por marcar a sua despedida como jogador do FC Porto.
Recentemente, o nosso antigo defesa-central recordou o lance que o impediu de continuar a jogar ao mais alto nível. «O Nunes entrou de pé em riste. Quando alguém entra de maneira agressiva, nunca pensa que vai aleijar. Mas os riscos são sempre maiores. Eu afastei de carrinho e ele mete a bota por cima. Bastava que ele se encolhesse. Foi um lance evitável. Nunca fiz isso a ninguém. Nunca ataquei o adversário de pé em riste. E acredito sinceramente que não era para partir, mas se estás a conduzir na estrada de olhos fechados, arriscas-te a ter problemas.»
Eurico também não escondeu a mágoa pelo facto do antigo defesa-central do Benfica nunca ter dado mostras de arrependimento pela forma como abordou aquele lance. «Além de nunca ter feito um telefonema que fosse, ainda fez umas declarações públicas desagradáveis, qualquer coisa como ''não tenho culpa que ele seja fraco''. Enfim, a gente do futebol sabe que o Nunes não fazia faltas ao preço do combate físico. Era ao preço da maldade. Que ele tenha saúde na vida. E eu também. Mas não há nada a fazer.»
Depois da delicada operação e da longa recuperação que se seguiu, Eurico só regressaria aos relvados em Setembro de 1987, já com a camisola do Vit. Setúbal.
Em cima, recuperámos uma foto que regista a presença de Eurico na final da Taça dos Vencedores das Taças (FC Porto - Juventus), em Basileia. O antigo defesa-central do FC Porto atingiu nesse jogo um dos pontos mais altos da sua carreira, que prosseguiu em alta semanas depois com a presença no Campeonato da Europa ‘França 84’, sempre ao lado do amigo e inseparável companheiro de defesa Lima Pereira.

A «foto do dia» - O bilhete do Rapid de Viena - FC Porto, Liga Europa 2010/11

Desta vez, em vez de um ingresso de um jogo europeu já realizado, recuperamos um bilhete (custa 67€: bem caro!) relativo ao Rapid de Viena - FC Porto, a disputar na próxima Quinta-feira.
Será o segundo regresso do FC Porto ao Estádio Ernst Happel (antigo Estádio do Prater) após a mítica final de Viena. Esperemos que esta terceira visita (a segunda deu-se em 2002/03 e o FC Porto venceu o Áustria de Viena por 1-0) também seja prenúncio de algo especial, já que as duas primeiras ficaram associadas às conquistas da Taça dos Campeões Europeus e da Taça UEFA.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Poupadinhos!

Foi um regresso algo suave do FC Porto a uma prova na qual tem cada vez maior protagonismo (o FC Porto venceu 9 das edições da Taça de Portugal disputadas nos últimos 20 anos). Depois daquela jornada de preguiça frente ao Portimonense, voltámos a ter um FC Porto pouco dinâmico e ainda menos agressivo. A verdade é que a boa organização e disposição táctica da equipa têm chegado para levar de vencida estes últimos adversários menos cotados.
Ontem nem poderia ser de outra forma, pois este Moreirense, nos 8 jogos que realizou na Liga Orangina, marcou apenas 4 golos, um ‘score’ que o torna a equipa menos concretizadora dos campeonatos profissionais. Ainda assim, em sua casa ainda não tinha consentido qualquer golo e neste momento qualquer equipa quer ser pioneira (a primeira a derrotar o FC Porto!) e ficar no filme da época 2010/11. Basta ler as declarações que o técnico do Moreirense realizou antes do jogo: «Nós sabemos que se formos os primeiros a derrotar o FC Porto isso terá grande impacto na comunicação social e no nosso clube», confessou Jorge Casquilha.
Para o FC Porto, foi bom sentir a pressão de um jogo a eliminar e, ao mesmo tempo, poder começar a preparar a alternativa a Álvaro Pereira. Curiosamente, estes dois últimos jogos frente a adversários teoricamente mais acessíveis acabaram por coincidir com uma fase em que as lesões e os castigos condicionaram o jogo do FC Porto. Uma atenuante para as duas últimas exibições mais frouxas.
Agora, segue-se a visita a Alvalade. O FC Porto tem que abordar o jogo para vencer. Só dessa forma será possível salvaguardar um qualquer detalhe que durante o jogo nos possa ser desfavorável e, ainda assim, manter a invencibilidade na Liga.
Positivo (+):
- seria importante que o sorteio da próxima eliminatória da Taça de Portugal ditasse um jogo em casa; Se assim for, o FC Porto terá um Natal “gordo” com 3 jogos consecutivos no Dragão: Vit. Setúbal (Liga), adversário a designar (Taça) e CSKA Sofia (Liga Europa);
- Belluschi foi o jogador mais esclarecido do FC Porto (começa a ser irritante a relação intensa que teima em manter com os postes e a barra sempre que remata à baliza);
- a sagacidade de Falcão no lance do golo (o pouco dinâmico Walter dificilmente chegaria àquela bola);
- a organização e bom posicionamento que Villas-Boas trouxe à equipa permite-lhe manter a dinâmica de vitória mesmo sem jogar bem (há um ano atrás, por esta mesma altura, já o elogiadíssimo 'Benfica de Jesus' tinha sido derrotado 2 ou 3 vezes);
Negativo (-):
- os 3 avançados (Ukra, Hulk e Walter) que iniciaram o jogo foram quase sempre inconsequentes e nunca combinaram entre si;
- Emídio Rafael: errou passes fáceis e deixou sempre muito espaço nas costas (seria uma mini-surpresa se fosse titular em Alvalade);

«Curiosidades FCP» - A chegada de Aloísio a Barcelona

Como há algum tempo que não dedicava um ‘post’ ao Aloísio, hoje resolvi recuperar algumas fotos do ex-central do FC Porto com a camisola do Barcelona e recordar a sua chegada ao clube catalão.
Aloísio foi negociado com o Barça durante o Verão de 1988. Apesar do seu anterior clube, o Internacional de Porto Alegre, ter chegado a acordo com o Barça para a sua transferência antes do início da Liga espanhola, a verdade é que Aloísio só chegou à Catalunha depois do final dos Jogos Olímpicos de Seul. O ex-central do FC Porto foi um dos escolhidos por Carlos Alberto Silva (treinador que viria a reencontrar no FC Porto) para representar a Selecção Olímpica brasileira que conquistou a medalha de prata nesses JO (derrota com a União Soviética, por 2-1, na final do torneio).
Na Catalunha, Aloísio partilhou a linha defensiva do Barça com, entre outros, Julio Alberto, Urbano, López Rekarte, Alexanco e Ronald Koeman. A chegada do conceituado defesa holandês ao Barça, em 1989, terá sido um dos motivos para a menor utilização de Aloísio no «onze» e para a sua posterior saída do clube na época seguinte.
Apesar de ter representado o histórico clube espanhol durante duas épocas, Aloísio não conseguiu sagrar-se campeão de Espanha pelo Barcelona (era o tempo em que o Real Madrid, e a sua famosa ‘Quinta del Buitre’, ainda dominava o futebol espanhol). Ainda assim, o ex-central do FC Porto conquistou uma Taça dos Vencedores das Taças (vitória sobre a Sampdória, por 2-0, em 1988/89) e uma Taça do Rei (vitória sobre o Real Madrid, por 2-0, em 1989/90).
Depois disso, seguiram-se 11 (!) épocas consecutivas de azul-e-branco, o que lhe valeu o primeiro lugar no ‘top’ dos estrangeiros com mais jogos realizados pelo FC Porto no campeonato nacional, com a impressionante marca de 332 partidas realizadas. Notável!
Só para termos uma ideia do que esse número significa, basta referirmos que o segundo da lista, o sérvio Ljubinko Drulovic, soma “apenas” 195 jogos, ou seja, ficou a 137 jogos de distância de Aloísio. Isso já seria suficiente para o antigo defesa-central do FC Porto ser considerado um dos símbolos do clube, no entanto, os títulos que conquistou ainda reforçam mais o seu carisma e influência. Basta referir que o seu nome consta na restrita lista dos ‘pentacampeões’ (Aloisio, Rui Barros, Drulovic, Folha, Paulinho Santos e Jorge Costa).
Em cima, recordámos alguns momentos da passagem de Aloísio por Barcelona: com Johan Cruyff no dia da sua apresentação (1ª foto) e ao lado do guarda-redes camaronês Thomas N’Kono, a promover para a imprensa espanhola um sempre escaldante derby catalão entre o Espanhol e o Barcelona (3ª foto).