sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Agora a versão ‘flocos de neve’

Foi um regresso ao Ernst Happel que não desonrou nada as visitas anteriores (vitórias por 2-1, frente ao Bayern, e por 1-0, frente ao Áustria de Viena). Além da vitória, o FC Porto ainda foi brindado com a neve que acabou por tornar o jogo algo exótico. Para os campeões europeus de 1987 deve ter sido engraçado juntar as memórias de Viena ao clima que encontraram em Tóquio, enquanto que para o ‘FC Porto de Villas-Boas’ foi mais um obstáculo ultrapassado. O FC Porto voltou a ser melhor que o seu adversário em condições super-adversas (já tinha sido melhor na “piscina” de Coimbra). Agora, depois da chuva e da neve, só falta o teste do fogo!
Esta actual série invicta do FC Porto estava a colocar-nos um problema: os jogadores começavam a abordar os jogos apenas na perspectiva de não os perderem (foi o que aconteceu nos 3 jogos que antecederam a visita a Viena). A confortável vantagem no campeonato “convidava” o FC Porto a jogar apenas para manter a invencibilidade. Isso foi invertido ontem com uma autêntica exibição de equipa.
Positivo (+):
- a vontade que o FC Porto mostrou em ganhar o jogo (as más condições do relvado eram propícias a lesões, mas isso não condicionou nada o jogo do FC Porto);
- apesar da excelente exibição colectiva, é justo destacarmos o autor do «hat-trick»: Falcão, que já é o 3º melhor ponta-de-lança do FC Porto pós-Revolução de Abril (só Fernando Gomes e Mário Jardel superam o nosso actual sub-capitão);
- a forma vibrante e entusiástica como Villas-Boas assiste aos jogos do banco: contagiante!;
- foi emocionante ver o sorriso dos ‘campeões de Viena’ quando, a convite do FC Porto (excelente iniciativa!), pisaram o relvado do Prater no dia anterior ao jogo;
- a numerosa presença de público (apesar do Ernst Happel ser enorme e de estar um frio de rachar, o público austríaco encheu o estádio e confirmou o prestígio de que o FC Porto goza no centro da Europa);
- foi um orgulho ouvir os elogios que o técnico do Rapid dirigiu ao FC Porto: «esta equipa é tão forte que não se desmazela com as condições externas. Nem sequer são arrogantes, são uma força profissional»;
Negativo (-):
- a ausência de Walter da convocatória confirma que a conduta do brasileiro não tem sido a melhor (e será assim apenas dentro de campo?);

1 comentário:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Quem ganha em condições tão adversas, como estas, merece todos os elogios.

Esta equipa mostrou a sua raça e demonstrou estar preparada, técnica, física e animicamente para actuar em todo o terreno.

Um abraço