Hoje, nas «Curiosidades FCP», voltamos a recordar Teofilo Cubillas, o fantástico ex-nº 10 do FC Porto que, nos 3 anos que passou nas Antas (de Janeiro de 1974 a Janeiro de 1977), marcou 65 golos em 108 partidas oficiais com a camisola do FC Porto. Recuperamos alguns excertos de uma curta entrevista que o peruano concedeu recentemente a um órgão de informação desportiva ‘on-line’.
Ainda se lembra da chegada a Portugal, em Janeiro de 1974? Como se fosse ontem. As ruas encheram-se! O trajecto do aeroporto ao Estádio das Antas foi emocionante. Receberam-me como um herói. Os adeptos do FC Porto gritavam o meu nome, batiam no carro, estavam loucos! Nunca me tinha sentido assim e nunca mais me voltei a sentir.
Mais de três décadas depois, ainda é portista? Claro, serei para sempre! O meu filho mais velho nasceu em Portugal e começou a ver jogos do FC Porto com poucos meses de vida. Sei tudo sobre a equipa, vejo os jogos todos. Nunca consegui despedir-me das Antas da forma que queria. Tenho de voltar a Portugal, mas quero ir quando o FC Porto for campeão, para mostrar ao meu filho a paixão das vossas gentes.
Três anos em Portugal e nunca foi campeão nacional. Porquê? Porque havia um senhor chamado Eusébio e uma equipa, o Benfica, que tinha o Simões e o Torres. Não ganhei o campeonato nacional e, mesmo assim, era tratado como uma estrela. Imagine se tivesse sido campeão no FC Porto. É um clube especial.
É verdade que saiu do clube por imposição do António Oliveira? Dizia-se que ele tinha inveja do salário auferido pelo Cubillas... É a primeira vez que estou a ouvir essa história. Estive com o Oliveira no Mundial 2002, na Coreia, e foi uma festa. Ele estava chateado, mas quando me viu ficou todo contente. Sempre me dei bem com ele. Era uma pessoa alegre, irreverente. Chamava-me «Calita», veja lá. É a única pessoa que me tratava dessa forma. Desconheço a razão, até hoje.
Ainda se lembra da chegada a Portugal, em Janeiro de 1974? Como se fosse ontem. As ruas encheram-se! O trajecto do aeroporto ao Estádio das Antas foi emocionante. Receberam-me como um herói. Os adeptos do FC Porto gritavam o meu nome, batiam no carro, estavam loucos! Nunca me tinha sentido assim e nunca mais me voltei a sentir.
Mais de três décadas depois, ainda é portista? Claro, serei para sempre! O meu filho mais velho nasceu em Portugal e começou a ver jogos do FC Porto com poucos meses de vida. Sei tudo sobre a equipa, vejo os jogos todos. Nunca consegui despedir-me das Antas da forma que queria. Tenho de voltar a Portugal, mas quero ir quando o FC Porto for campeão, para mostrar ao meu filho a paixão das vossas gentes.
Três anos em Portugal e nunca foi campeão nacional. Porquê? Porque havia um senhor chamado Eusébio e uma equipa, o Benfica, que tinha o Simões e o Torres. Não ganhei o campeonato nacional e, mesmo assim, era tratado como uma estrela. Imagine se tivesse sido campeão no FC Porto. É um clube especial.
É verdade que saiu do clube por imposição do António Oliveira? Dizia-se que ele tinha inveja do salário auferido pelo Cubillas... É a primeira vez que estou a ouvir essa história. Estive com o Oliveira no Mundial 2002, na Coreia, e foi uma festa. Ele estava chateado, mas quando me viu ficou todo contente. Sempre me dei bem com ele. Era uma pessoa alegre, irreverente. Chamava-me «Calita», veja lá. É a única pessoa que me tratava dessa forma. Desconheço a razão, até hoje.
Afinal, por que saiu do FC Porto? O Peru requisitou-me por seis meses. Tínhamos de preparar a qualificação para o Mundial de 1978. O FC Porto não aceitou, evidentemente, e respondeu que eu só podia sair se a federação peruana pagasse pelo meu passe. Exigiu um determinado preço e a federação aceitou. Tive de sair, não tive outra opção.
Quais são as suas memórias mais fortes do FC Porto e de Portugal? Olhe, antes de mais lembro-me de olhar para o contrato e ficar embasbacado. Em Portugal nunca ninguém tinha assinado um acordo tão longo e tão valioso. Senti que tinha de dar tudo de mim àquelas pessoas. Veja bem: no segundo ano fui eleito capitão de equipa pelos meus colegas. Foi um gesto lindo.
O Cubillas chegou poucos meses após a morte do Pavão. A equipa ainda estava traumatizada? Bastante. No balneário falava-se muito sobre ele. Lamentavelmente, não cheguei a conhecê-lo. Gritávamos o nome dele antes dos jogos, no balneário. Apercebi-me da sua importância dentro da equipa. Como é que alguém tão jovem morre daquela maneira? E quem eram os seus melhores amigos? Nunca tive problemas com ninguém. Acho que não tenho mau feitio (risos). Mas era mais chegado ao Fernandinho Gomes, que estava a começar a jogar nos seniores. Também falava muito com o Rodolfo Reis, com o Teixeirinha, com o brasileiro Marco Aurélio. Os guarda-redes eram muito simpáticos. O Tibi e o Rui. Tínhamos uma bela equipa.
O seu último treinador foi o José Maria Pedroto. Gostou de trabalhar com ele? Que grande homem! Era muito enérgico, dava tudo o que tinha nos treinos e nos jogos. O senhor Pedroto era um homem de carácter, inteligente e manhoso. Conhecia todos os segredos do futebol. Comigo até era meigo, mas vi-o aos berros com outros jogadores várias vezes.
Quais são as suas memórias mais fortes do FC Porto e de Portugal? Olhe, antes de mais lembro-me de olhar para o contrato e ficar embasbacado. Em Portugal nunca ninguém tinha assinado um acordo tão longo e tão valioso. Senti que tinha de dar tudo de mim àquelas pessoas. Veja bem: no segundo ano fui eleito capitão de equipa pelos meus colegas. Foi um gesto lindo.
O Cubillas chegou poucos meses após a morte do Pavão. A equipa ainda estava traumatizada? Bastante. No balneário falava-se muito sobre ele. Lamentavelmente, não cheguei a conhecê-lo. Gritávamos o nome dele antes dos jogos, no balneário. Apercebi-me da sua importância dentro da equipa. Como é que alguém tão jovem morre daquela maneira? E quem eram os seus melhores amigos? Nunca tive problemas com ninguém. Acho que não tenho mau feitio (risos). Mas era mais chegado ao Fernandinho Gomes, que estava a começar a jogar nos seniores. Também falava muito com o Rodolfo Reis, com o Teixeirinha, com o brasileiro Marco Aurélio. Os guarda-redes eram muito simpáticos. O Tibi e o Rui. Tínhamos uma bela equipa.
O seu último treinador foi o José Maria Pedroto. Gostou de trabalhar com ele? Que grande homem! Era muito enérgico, dava tudo o que tinha nos treinos e nos jogos. O senhor Pedroto era um homem de carácter, inteligente e manhoso. Conhecia todos os segredos do futebol. Comigo até era meigo, mas vi-o aos berros com outros jogadores várias vezes.
1 comentário:
Teofilo Cubillas Arizaga, el mejor 10 de la historia del Futbol peruano, el Porto lo difruto
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