sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A sobranceria de 'nuestros hermanos'

Apesar de não ter sido propriamente uma surpresa, a arrogância dos espanhóis voltou a fazer-se sentir nos dias que antecederam o At. Madrid-FC Porto. A forma confiante como os jogadores do Atlético, e a imprensa de Madrid, abordaram a 1ª mão da eliminatória frente ao FC Porto, só pode ser explicada pelo entusiasmo de verem a sua equipa em fase tão adiantada da prova.
Já tinha sido assim em 2004, dias antes do FC Porto ir à Corunha vencer (1-0) o Deportivo, na 2ª mão da meia-final da Liga dos Campeões 2003/04. Também nessa altura, o 'AS' e a 'Marca' consideravam o 'Depor' super-favorito a passar a eliminatória. Contudo, esse entusiasmo, apesar de contagiar os adeptos e a equipa, nunca teve correspondência dentro de campo. Tal como em 2004, o FC Porto foi superior!
O excesso de confiança dos espanhóis voltou a ficar bem demonstrado nas capas dos dois diários desportivos de Madrid, no dia do jogo entre Atlético e FC Porto.
A 'Marca', além do destaque dado a Raul, também trouxe à capa uma foto de Diego Forlan com duas garrafas de Vinho do Porto. 'Quieren acabar con el Oporto de un solo trago', era a frase que acompanhava a foto com o avançado do At. Madrid. Quanto ao outro diário desportivo de Madrid, o 'AS', além da entrevista com Robben, colocou na 1ª página uma declaração de Kun Aguero. 'Será una noche mágica', vaticinava o genro de Diego Maradona.
Provavelmente, os jogadores do At. Madrid, e a imprensa desportiva da capital espanhola, não se preocuparam em olhar para o historial e actual ranking europeu das duas equipas. Se assim fosse, o atrevimento que revelaram na véspera do jogo teria sido transformado em precaução. Isto porque, além de estar melhor posicionado no ranking da UEFA, o FC Porto possui o triplo dos títulos internacionais do At. Madrid. Os espanhóis são apenas o 44º classificado do ranking da UEFA (o FC Porto é 18º) e venceram apenas dois troféus internacionais (o FC Porto já venceu 6!). Será que vão ser mais prudentes no jogo da 2ª mão?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

...e só marcámos dois golos?!

Como é possível? Nunca tanto significou tão pouco para o FC Porto em jogos da 'Champions'. O At. Madrid levou uma autêntica tareia (!) e conseguiu sair do Vicent Calderon com a decisão da eliminatória adiada para a 2ª mão. Bastaria concretizar metade das oportunidades criadas para o FC Porto ter o acesso aos Quartos-de-final garantido. E ainda assim os tricampeões resistiram a tudo! Lesão de Fucile, várias oportunidades de golo esbanjadas, uma arbitragem permissiva, um frango de Helton... Enfim, só uma equipa com grande carácter podia fazer uma 2ª parte daquelas. Depois de tantas peripécias durante os primeiros 45 minutos, o FC Porto foi para cima do At. Madrid e só descansou quando a bola entrou pela segunda vez na baliza do afortunado Leo Franco. Chegou uma altura do jogo em que os próprios jogadores do At. Madrid se sentiam constrangidos ao verem tanta superioridade não resultar em golos. O futebol é ingrato! Ainda assim, empatar no Dragão (0-0 ou 1-1) será suficiente para aceder aos Quartos-de-final.
Sabendo que a postura que exibiu na época passada, na 1ª mão da eliminatória frente ao Schalke 04, seria pouco prudente frente ao poderio de ataque do At. Madrid, o FC Porto arregaçou as mangas e foi por ali fora à procura dos golos.
Depois do At. Madrid se adiantar no marcador, cheguei a temer que essa postura do FC Porto pudesse desproteger o sector defensivo e 'convidar' novamente o adversário a marcar. Puro engano, este FC Porto tem muita personalidade. A equipa jogou sempre em bloco e notou-se que tinha a lição muito bem estudada. Aquela entreajuda entre os homens do meio-campo e os laterais foi meio caminho andado para anular os perigosos extremos do At. Madrid.
Depois do FC Porto passar a controlar o jogo, foi altura de ir para cima dos espanhóis. Não sabemos se foi isto que Jesualdo disse ao jogadores mas foi assim que Hulk, Lisandro e Rodriguez o interpretaram. Em algumas fases do jogo, os laterais do At. Madrid chegaram a parecer assustados perante as investidas do trio de ataque do FC Porto. Seitaridis e Antonio Lopez (também podemos incluir Pablo e Ujfalusi) não vão esquecer tão cedo o jogo do Vicente Calderon.
Mas isto é a 'Champions'! Na competição mais exigente do mundo a nível de clubes é preciso ser eficaz. Apesar dos golos que ficaram por marcar, fica a memória de uma grande exibição do FC Porto em Madrid. Já tinhamos saudades destas 'noites europeias à FC Porto'!

«Curiosidades FCP» - A estreia na 'Champions' 1995/96

Em semana de Liga dos Campeões, recordamos outro jogo do FC Porto na competição. Recuamos à nossa estreia na edição de 1995/96 da 'Champions League' com a capa do programa oficial do Nantes-FC Porto e com o ingresso, que custou 130 francos (aproximadamente 20 euros), que deu acesso ao jogo do 'La Beaujoire'.
Nessa época, o FC Porto foi sorteado no Grupo A, juntamente com o campeão francês (Nantes), o campeão grego (Panathinaikos) e o campeão dinamarquês (Aalborg). A presença do Aalborg em fase tão adiantada da prova foi consequência da desqualificação do Dinamo de Kiev. Os ucranianos, apesar de terem derrotado o campeão dinamarquês na eliminatória de acesso à fase de grupos, foram desqualificados pela UEFA depois do árbitro espanhol López Nieto ter denunciado uma tentativa de corrupção. A UEFA nomeou o Aalborg como natural substituto do campeão ucraniano na fase de grupos da competição.
Ditou o sorteio que o FC Porto, de Bobby Robson, defrontasse o Nantes na 1ª jornada da fase de grupos. O jogo do 'La Beaujoire' disputou-se a 13 de Setembro de 1995 e terminou empatado (0-0). O FC Porto apresentou-se em França sem correr demasiados riscos porque do outro lado estava uma equipa que nessa altura dominava o futebol francês e, na estreia na competição, era fundamental não perder. Claude Makelele, Cauet, Reynald Pedros, Carotti, Patrice Loko, Gouvernnec, N'Doram, Ouédec e Roman Kosecki, entre outros, era alguns dos internacionais que faziam parte do plantel dos campeões franceses. Uma geração que marcou o futebol francês e que o FC Porto acabou por não conseguir superar nos dois jogos que realizou frente ao Nantes.
Depois de empatar em França, o FC Porto venceu (2-0) o Aalborg, foi derrotado (0-1) pelo Panathinaikos e empatou (0-0) em Atenas. Ou seja, uma vitória sobre o Nantes, no jogo das Antas, era fundamental para o FC Porto ascender a um dos dois primeiros lugares do grupo e garantir o acesso aos Quartos-de-final. No entanto, as duas equipas voltaram a empatar (2-2) e o FC Porto acabou por cair para o 3º lugar do grupo. Na última jornada, um empate (2-2) na Dinamarca, frente ao Aalborg, terminou com a nossa participação nessa edição da 'Champions'. Quanto ao Nantes, acabou por ser a grande sensação da prova ao atingir as meias-finais. Os franceses superaram o Spartak de Moscovo, nos Quartos-de-final, e só foram eliminados pela Juventus, que venceu a competição.

A «foto do dia» - Os ausentes da Final de Viena

Ontem estive a pesquisar o meu arquivo fotográfico, alusivo à Final de Viena, com o objectivo de encontrar fotografias onde o ‘capitão’ João Pinto não surgisse agarrado à Taça (só encontrei três!). No entanto, acabei por recuperar esta que é ainda mais curiosa (e lá está o João agarrado ao troféu!).
A foto foi captada antes do início do primeiro jogo que o FC Porto efectuou nas Antas depois de conquistar a sua primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus. Antes do início dessa partida, houve uma espécie de mini-cerimónia, com os jogadores a aproveitarem a ocasião para exibir o troféu aos sócios e simpatizantes que nesse dia enchiam o Estádio das Antas.
Apesar de ser o eterno ‘capitão’ a transportar a Taça, o destaque da foto vai para os dois jogadores a seu lado, Lima Pereira e Fernando Gomes. Eles foram, devido a lesão, os grandes ausentes do FC Porto na Final de Viena (reparem que ainda estavam ambos de muletas!).
Apesar de terem sido ambos fundamentais nas eliminatórias que o FC Porto disputou na Taça dos Clubes Campeões Europeus 1986/87, tiveram o infortúnio de se lesionar com alguma gravidade e já não defrontaram o Bayern (na final, Eduardo Luís e Quim foram os escolhidos para os substituir). No entanto, o contacto com a Taça, e o reconhecimento dos adeptos, chegou logo a seguir.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O que nos liga ao At. Madrid?

Actualmente, muito pouco! Depois do At. Madrid garantir Paulo Assunção, aproveitando uma lei que os maiores clubes europeus desaprovam e que, inclusivamente, acordaram não utilizar entre si, as relações com o FC Porto, que já eram distantes, tornaram-se nulas!
Não fosse Paulo Futre e os espanhóis seriam hoje considerados apenas um bando de oportunistas!
Sim, porque o principal culpado desta história nem sequer foi Paulo Assunção. O jogador limitou-se, legitimamente, a aceitar uma proposta que considerou mais vantajosa para o seu futuro. No entanto, a forma deselegante como o clube espanhol contratou o antigo trinco do FC Porto merece a nossa desaprovação.
Imagine-se o que seria se todos os clubes europeus decidissem aliciar jogadores de outros clubes ao abrigo da ‘Lei Webster’ (lei que permite a rescisão livre para o jogador assinar por uma equipa estrangeira desde que – no caso de jogadores com mais de 28 anos – tenham passado dois anos desde a assinatura do contrato em vigor). Era o ‘vale tudo’ no mercado de transferências. Aquilo foi puro oportunismo!
Como não tinham argumentos financeiros para negociar com o FC Porto, os espanhóis ‘convidaram’ o jogador a invocar a ‘Lei Webster’ como forma de chegar ao At. Madrid sem ser necessário compensar financeiramente o FC Porto. Esperemos que o Estádio do Dragão lhes reserve uma recepção à medida da deselegância que tiveram com o FC Porto.
Mas vamos antes falar das coisas boas. Paulo Futre, claro!
Apesar de recentemente ter declarado à imprensa espanhola que preferia que fosse o At. Madrid a avançar para os Quartos-de-final (não sabemos se foi sincero ou se estava apenas a ser simpático para os espanhóis), Futre continua a ser um símbolo do FC Porto dos anos 80. Aliás, se compararmos os títulos que Futre venceu com a camisola dos dois clubes, chegamos à conclusão que o antigo nº 10 do FC Porto não quis ser indelicado para a imprensa espanhola.
Ao serviço do FC Porto, Futre venceu dois campeonatos nacionais (1984/85 e 1985/86), uma Supertaça Cândido de Oliveira (1986) e uma Taça dos Campeões Europeus (1987), enquanto que ao serviço do At. Madrid se ficou por duas Taças do Rei. Incomparável!

A «foto do dia» - Américo

O amigo Armando Pinto teve a gentileza de me enviar esta foto (e uma lista com troféus e distinções individuais) do 'enlameado' Américo (se alguém souber quem foi o fotógrafo que captou este belo momento, faça favor de acrescentar).
Se não conhecêssemos o Américo, bastaria esta imagem para logo o considerarmos um ícone do FC Porto dos anos 60. Os mais velhos garantem que foi, a par de Vítor Baía, o melhor guarda-redes que passou pelo FC Porto em toda a história do clube.
Foi pena ter representado o FC Porto naquele período difícil em que o clube tinha enormes dificuldades para vencer uma prova nacional. Infelizmente, a história acaba sempre por reconhecer com mais frequêcia os que ficaram ligados às vitórias, como Vítor Baía ficou, e esquecer os que defenderam o clube em momentos delicados, como Américo defendeu.
Américo chegou ao FC Porto no início da década de 50 (salvo erro em 1950/51), ainda com a idade de júnior. Contudo, e já depois de passar a sénior, teve grandes dificuldades em garantir a titularidade, pois teve a infelicidade de disputar o lugar com outros dois «monstros» da baliza portista, Pinho e Acúrcio. A sua promoção à titularidade, no início da década de 60, coincidiu com o célebre período (interrompido pela conquista da Taça de Portugal, em 1967/68) de vários anos que o FC Porto passou sem vencer o campeonato e a Taça de Portugal. Apesar de só ter visto o seu nome ficar ligado à conquista da Taça de Portugal, em 1967/68, Américo seria reconhecido com outros troféus e distinções individuais: "Baliza de Prata", galardão da então Agência Portuguesa de Revistas; "Prémio A Bola/Somelos Helanca"; "Òscar da Quinzena", da RTP; "Troféu Pinga", do FC Porto (antecessor do "Dragão de Ouro); "O Melhor do Ano" (1966 - eleição do programa «Escolha o seu ídolo»); e "Melhor Desportista do Ano" (1967) d' O Norte Desportivo.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Era importante vencer

Ontem não estava em causa a poupança de jogadores, os cartões amarelos ou a táctica de Jesualdo. O que estava em causa eram 3 importantíssimos pontos. Conseguimos!
Em vésperas de um Sporting-Benfica, era fundamental garantir os 3 pontos em Paços de Ferreira. Esta pode muito bem ser uma jornada decisiva para a atribuição do título. Se o Benfica não vencer em Alvalade, o FC Porto 'cava', pela primeira vez no campeonato, uma diferença de 3 ou 4 pontos para o segundo classificado. Numa Liga discutida taco-a-taco, e com o Benfica a ter que gerir apenas um jogo por semana até ao final da época, essa margem pontual até nos dava algum conforto. Vamos lá ver se o Sporting colabora!
Quanto ao jogo de ontem, a vitória (0-2) do FC Porto por dois golos de diferença voltou a esconder algumas insuficiências defensivas. Mas já estamos conformados! Deixar o adversário jogar no seu meio-campo defensivo parece ser uma característica (preocupante?) que já não vai ser alterada nesta versão FC Porto 2008/09. Ainda ontem, na antevisão do 'derby' de Lisboa, Quique Flores confirmava isso mesmo. O técnico do Benfica, quando questionado sobre as diferenças entre FC Porto e Sporting, logo se referiu ao facto do FC Porto não se importar que o adversário tenha posse de bola. Essa opção, permite-lhe depois ter mais espaço para sair para o ataque em transições rápidas, que o FC Porto interpreta quase na perfeição.
O incrível Hulk é que não parece nada incomodado com esta forma do FC Porto actuar. Ele é o protagonista maior deste estilo de jogo. Ontem, voltou a ser o melhor homem em campo. Uma força da natureza que causa devastação por onde passa!
Mas para este tipo de jogo ser eficaz, também é importante destacar a forma como o FC Porto defende. Apesar do Paços de Ferreira ter tido demasiado espaço e posse de bola em pleno meio-campo do FC Porto, os homens de Paulo Sérgio só conseguiram assustar Helton em (perigosos) remates de meia-distância. Quando surgia perto da área do FC Porto, o Paços esbarrava quase sempre na boa colocação defensiva portista (Rolando e Bruno Alves, por exemplo, têm feito uma época fantástica!). Contudo, o FC Porto necessita de corrigir a sua forma de actuar naquele espaço entre os homens do meio-campo e os quatro defesas. Não é nada normal a frequência, e facilidade, com que os adversários trocam a bola naquela zona do terreno. A rever!
Se na próxima Terça-feira o FC Porto voltar deixar o adversário jogar, não estou a dramatizar se disser que os nossos laterais vão passar um mau bocado em Madrid. Pela forma de actuar dos espanhóis, vai ser necessária muita entreajuda para o FC Porto não sofrer golos no Vicent Calderon. Vamos lá ver como é que se apresenta a versão europeia do FC Porto 2008/09.

«Curiosidades FCP» - As finais do Sousa

Foi o primeiro jogador do FC Porto a marcar um golo numa final europeia. Falamos de António Sousa, o melhor rematador de meia distância que representou o FC Porto durante a década de 80. Hoje prestamos-lhe homenagem com 4 fotos que registam a sua presença em todas as finais internacionais que o FC Porto disputou durante aquele período: a Final da Taça dos Vencedores das Taças, a Final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, a Final da Taça Intercontinental e a Final da Supertaça europeia.
Sousa era um jogador elegante e muito disciplinado tacticamente. Apesar de ter sido um jogador altruísta, será para sempre recordado como um excelente executante de determinados lances individuais, os livres directos. Os seus remates, aos quais imprimia força e colocação, contribuíram para muitas vitórias do FC Porto durante os anos 80.
A primeira presença de Sousa numa final europeia deu-se em 1984, quando defrontámos a Juventus, em Basileia. Apesar do FC Porto ter sido derrotado (2-1) na sua primeira experiência em fase tão adiantada de uma prova organizada pela UEFA, Sousa seria considerado um dos melhores jogadores em campo. Foi ele que marcou, a Stefano Tacconi, o golo que permitiu ao FC Porto igualar o jogo ainda durante a primeira parte. No entanto, o polaco Boniek desempatou a final e a Juventus, de Michel Platini, lá levou o troféu para Turim. Apesar de, nessa altura, ser cada vez mais influente no «onze» do FC Porto, Sousa deixaria as Antas no final dessa época, para representar o Sporting. É curioso que, apesar de ter representado o FC Porto durante 8 épocas, acabou por só ser campeão nacional uma vez, em 1987/88. É que o FC Porto foi bicampeão nacional precisamente nas duas épocas em que Sousa representou o Sporting, em 1984/85 e 1985/86.
No entanto, Sousa regressaria ao FC Porto ainda a tempo de participar nas primeiras conquistas do clube a nível internacional, primeiro com Artur Jorge e depois com Tomislav Ivic. Depois de ter ajudado o FC Porto a vencer (2-1) o Bayern, em Viena, Sousa marcaria presença em nova final quando o FC Porto derrotou (2-1) o Peñarol, em Tóquio, na final da Taça Intercontinental.
O seu percurso nas 4 finais terminou da mesma forma que começou, a marcar! O antigo médio do FC Porto marcou a Stanley Menzo o tento que deu a vitória (1-0) ao FC Porto sobre o Ajax na 2ª mão da final da Supertaça europeia, disputada em Janeiro de 1988.
Uma curiosidade: além de ter estado presente nas 4 finais que o FC Porto disputou na década de 80, Sousa também foi totalista nos jogos realizados pela Selecção no Euro-84 e no Mundial-86. Ele e o benfiquista Álvaro Magalhães cumpriram, sempre como titulares, a totalidade dos encontros efectuados nessas duas fases finais.
A ligação entre Sousa e o FC Porto terminaria, com alguma mágoa, no final da época 1988/89, no célebre processo de renovação pós-Viena.
Em cima, a ilustrar o 'post', 4 fotos que registam a presença de Sousa nas célebres finais dos anos 80. Na primeira, surge a disputar um lance com o italiano Marco Tardelli. Na segunda, vemos Sousa e o alemão Helmut Winklhofer, durante a final de Viena. Na terceira, o antigo médio do FC Porto surge entre dois uruguaios do Peñarol. E por fim, na última foto, vemos Sousa a festejar o golo que marcou ao Ajax, nas Antas.

A «foto do dia» - Um «onze» da época 1975/76

Hoje recuamos mais de 30 anos com um «onze» do FC Porto relativo à época 1975/76. Neste «onze», já é possível identificar alguns jogadores que, dois anos mais tarde, ajudaram o FC Porto a conquistar o campeonato nacional, depois dos célebres 19 anos de travessia do deserto. Rui, António Oliveira, Octávio Machado, Teixeirinha, Rodolfo e Alfredo Murça, foram todos utilizados por José Maria Pedroto na edição de 1977/78 do campeonato nacional.
Quanto à época 1975/76 do FC Porto, foi demasiado atribulada e estava-se longe de imaginar que, logo no ano seguinte, o clube regressaria à conquista dos títulos com a vitória na edição de 1976/77 da Taça de Portugal. O técnico que iniciou a época, o sérvio Branko Stankovic, não resistiu aos maus resultados e, à 18ª jornada, foi substituído por Monteiro da Costa. Contudo, a mudança de treinador acabou por não trazer os resultados esperados, ficando o FC Porto num discreto 4º lugar da tabela classificativa do campeonato. Quanto à Taça de Portugal, o FC Porto ficou-se pelos Quartos-de-final, depois de ser eliminado pelo Vit. Guimarães, enquanto que na Taça UEFA não foi além da 3ª eliminatória, depois de afastado pelo Hamburgo.
O grande destaque dessa época acabou por ser Teofillo Cubillas, que atingiu os 28 (!) golos marcados no campeonato nacional. Uma marca notável, mesmo para um clássico nº 10.
Em cima (da esq. p/ dta): Carlos Alhinho, Ailton, Teixeirinha, Rodolfo, Alfredo Murça e Ronaldo;
Em baixo (da esq. p/ dta): António Oliveira, Octávio Machado, Rui, Cubillas (cap.) e Dinis;

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Este (ainda) não é o Lisandro!

Recebeu anteontem o Dragão d’Ouro (Atleta do Ano) mas este ano ainda não chegou nem perto do jogador que monopolizou os golos do FC Porto na época passada.
O que se passa com Lisandro? Só o próprio o pode esclarecer, mas o seu ar algo triste só pode ser consequência da recente não renovação do seu contrato. Será que tinha uma grande proposta para sair do FC Porto? Lisandro é o enigma do FC Porto 2008/09.
Apesar de continuar a ser o jogador guerreiro e dedicado de outras épocas, parece bem menos concentrado. Até os remates, que num passado recente executava com força e precisão, lhe saem com pouca convicção. E os golos fáceis que teima em falhar dentro da pequena área? Estranho!
Há críticos que defendem que o seu menor rendimento pode estar relacionado com a saída de Ricardo Quaresma ou com a sua (pouco frequente) deslocação para o lado direito do ataque. Julgo que não está aí a resposta para o jejum de golos do ‘Licha’. Ele é daquele tipo de jogadores que, pelo seu perfil reservado e pouco expansivo, tem muita dificuldade em lidar com aspectos exteriores que possam influenciar o seu rendimento.
A displicência com que por vezes os jogadores abordam alguns lances é um bom critério para avaliarmos o seu estado de espírito e motivação. Lisandro continua a querer ganhar (ele é um dos que actualmente ‘carregam’ a bandeira do FC Porto) mas há algo que está a condicionar o seu rendimento, disso não há dúvidas. Até a forma como festeja os (poucos) golos que tem marcado é reveladora do seu actual estado de espírito.
Julgo que o FC Porto não terá acautelado com a devida antecedência a renovação do contrato do jogador. Se Lisandro é um ‘jogador à Porto’, porque não atribuir-lhe um salário acima da média. Ele é o tipo de jogador que contagia uma equipa e uma plateia. Quantos portistas é que não se identificam com a sua postura? Poucos, certamente!
Se há dinheiro para pagar comissões (chorudas!) a empresários e administradores da SAD, também devería haver para premiar a dedicação do ‘Licha’!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

«Curiosidades FCP» - O russo que tramou o Marselha

Recuamos à edição de 2003/04 da Liga dos Campeões com uma 1ª página do diário francês ‘L’Équipe’. A prestigiada publicação trouxe à capa o FC Porto-Marselha, disputado a 4 de Novembro de 2003. O jogo foi relativo à 4ª jornada da fase de grupos da ‘Champions’ e o FC Porto venceu o Marselha por 1-0. O ‘L’Équipe’ deu destaque às poucas possibilidades que o Marselha passou a ter na prova depois da derrota nas Antas.
Dmitri Alenitchev acabou por ser o grande protagonista dos dois jogos que o FC Porto realizou frente aos franceses. No jogo do Vélodrome, relativo à 3ª jornada da competição, foi o russo a marcar o golo que deu tranquilidade ao FC Porto naquela épica vitória por 3-2. O Marselha marcou primeiro, por Didier Drogba, mas o FC Porto deu a volta ao jogo com golos de Maniche (aos 31’), Derlei (aos 35’) e Alenitchev (aos 81’). Os franceses ainda reduziram, por Steve Marlet (aos 85’), mas já não foram a tempo de impedir o FC Porto de garantir uma vitória que foi fundamental na caminhada que levou a Gelsenkirchen. Quanto ao segundo jogo frente ao Marselha, disputou-se 15 dias depois da partida do Vélodrome e o FC Porto voltou a vencer (1-0) com um golo de Alenitchev. O jogo era decisivo para os franceses, que com essa derrota acabaram por ver FC Porto e Real Madrid destacarem-se nos dois primeiros lugares do grupo. Nas duas últimas jornadas, os franceses teriam de derrotar o Partizan de Belgrado e o Real Madrid para poderem aceder aos Oitavos-de-final.
Os dois golos de Alenitchev, no Vélodrome e nas Antas, apesar de terem sido os únicos que o jogador do FC Porto marcou na fase de grupos (também marcou ao Mónaco, na final), acabaram por ser decisivos. Só foi há 5 anos atrás mas já temos saudades do russo.
Quanto ao FC Porto, depois da vitória frente ao Marselha, garantiu a qualificação para os Oitavos-de-final na jornada seguinte, ao derrotar o Partizan por 2-1.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O improvável Farías

Foi o pior jogador do FC Porto em campo... até aos 85 minutos! Pois é, Farías está vivo! O que é estranho porque o ponta-de-lança argentino passou 84 minutos ao lado do jogo. Mas aquele golpe de cabeça, a atacar a bola com convicção, valeu a liderança.
Depois da semana pós-clássico ter ficado marcada pelas declarações do director de comunicação do Benfica (ou “tradutor” de Luís Filipe Vieira, como preferirem!), foi bom manter o primeiro lugar e regressar ao bom futebol (só durante a primeira-parte). Apesar do Benfica continuar a insistir nas queixas, em que a presidência de Luís Filipe Vieira tem sido fértil, à Comissão Disciplinar da Liga, o FC Porto voltou a vencer no relvado. É curioso que estes pseudo-casos, que também têm servido para alimentar a imprensa indígena de Lisboa, não parecem entusiasmar muito o técnico do Benfica. Quique Flores voltou a não subscrever os ‘faits-divers’ da direcção do Benfica. Depois de ter afirmado que «sobram capas de jornais e falta rendimento», o treinador do Benfica voltou a desiludir a imprensa indígena, ao confessar, a propósito do lance entre Yebda e Lisandro Lopez, que também simulou faltas quando era jogador. Traidor! Quanto ao jogo de ontem, com a média de golos marcados no Dragão a ser anormalmente baixa, foi importante marcar por 3 vezes. Só foi pena os golos não terem surgido durante a primeira-parte, período em que o FC Porto jogou bom futebol. Já tinhamos saudades de uns primeiros 45 minutos assim!
No entanto, como a ineficácia na concretização continua, lá tivemos que esperar novamente pelos últimos minutos de jogo para ver o improvável Farías a garantir uma (justíssima) vitória por dois golos de diferença.
Apesar da boa primeira-parte, o FC Porto continua com dificuldades nos últimos 30 metros, principalmente quando joga em casa. Esta época, Hulk e Rodriguez, por exemplo, trouxeram potência física ao «onze», mas o que se ganhou em força, perdeu-se em criatividade. O FC Porto é menos imprevisível. Nota-se que falta ali um clássico nº 10. Mas é injusto pedir a Lucho que faça tudo!
Agora, segue-se a jornada do clássico de Lisboa. Como o FC Porto joga primeiro (Sexta-feira), pode colocar ainda mais pressão nos rivais de Lisboa. A próxima jornada é fundamental. Será IMPORTANTÍSSIMO vencermos o Paços de Ferreira.

«Curiosidades FCP» - O regresso de Rui Águas à Luz

Recuamos à época 1988/89 com um episódio que marcou o jogo entre FC Porto e Benfica, disputado no Estádio da Luz, e que foi consequência de mais uma desavença entre os dois clubes. O regresso de Rui Águas à Luz, com a camisola de outro clube, foi um dos momentos que marcou essa época.
Tudo começou no Verão de 1988, quando o FC Porto foi à Luz resgatar Rui Águas e Dito. Uma represália que teve origem na forma pouco ética como o Benfica resolveu boicotar o negócio, entre FC Porto e Vit. Guimarães, para a transferência do brasileiro Ademir. O jogador do Vit. Guimarães acabou por se transferir para o Benfica mas, na época seguinte, o FC Porto resolveu contra-atacar e foi à Luz buscar o nº 9 benfiquista.
No entanto, foi sempre um Rui Águas algo melancólico aquele que representou o FC Porto durante duas épocas. O ex-ponta-de-lança do Benfica acusou a mudança para outro clube e nunca se adaptou à cidade Invicta. Ainda assim, e apesar de nunca se ter sentido em casa, Rui Águas acabou por ser o melhor marcador do FC Porto nos dois anos que passou nas Antas. Na primeira época, marcou 13 golos no campeonato nacional (Madjer e Domingos, por exemplo, ficaram-se pelos 6 e 5 golos marcados, respectivamente), enquanto que no ano seguinte, a sua veia goleador ficou ainda mais vincada, foram 17 golos marcados no campeonato nacional que marcou o regresso do FC Porto, de Artur Jorge, à reconquista do título.
Depois de Fernando Gomes e Mário Jardel (por esta ordem), Águas foi o 3º melhor cabeceador que passou pelo FC Porto em toda a história do clube.
Como é natural, o seu regresso ao Estádio da Luz provocou grande ira na turba benfiquista. Apesar da simpatia que nutria pelo Benfica, o ponta-de-lança do FC Porto era assobiado sempre que tocava na bola e, aquando da chegada do autocarro do FC Porto ao estádio, houve necessidade de proteger o jogador dos impropérios da multidão que o esperava. Nesse jogo, apesar das poucas oportunidades criadas pelas duas equipas, só uma grande defesa do seu amigo Silvino impediu que marcasse ao seu anterior clube e oferecesse a vitória ao FC Porto em pleno estádio rival.
Uma curiosidade: no início dessa partida, o 'speaker' de serviço no estádio, talvez como forma de dar voz à mágoa de todos os benfiquistas pela ida de Rui Águas para o FC Porto, aquando da apresentação das duas equipas, referiu-se ao ponta-de-lança apenas como 'Rui'!
Em cima, a ilustrar o 'post', duas fotos de dois momentos que marcaram o regresso de Rui Águas ao Estádio Luz. Na primeira, aquando da entrada das duas equipas em campo, Águas surge bem escudado por Reinaldo Teles e Pinto da Costa. Na segunda, vemos o ponta-de-lança do FC Porto a sofrer uma autêntica placagem do brasileiro Ricardo Gomes.
Vamos recordar os «onzes» do jogo que marcou o regresso do Rui (!) à casa que deixou de ser sua durante dois anos:
Campeonato Nacional 1988/89
Estádio da Luz
Árbitro: Veiga Trigo
Benfica: Silvino, José Carlos (César Brito aos 50’), Samuel, Ricardo Gomes, Veloso (cap.), Thern, Valdo, Vítor Paneira, Pacheco (Abel aos 60’), Magnusson e Vata;
Treinador: Sven-Goran Eriksson
FC Porto: Vítor Baía, João Pinto (cap.), Geraldão, Stephane Demol, Branco, André, Bandeirinha (Kiki aos 87’), Jaime Magalhães (Paulo Pereira aos 88’), Semedo, Jorge Couto e Rui Águas;
Treinador: Artur Jorge
Resultado final: 0-0

«Curiosidades FCP» - As duas Taças que interromperam o jejum

Hoje recuamos às décadas de 60 e 70 com duas fotos relativas à conquista das Taças de Portugal das épocas 1967/68 e 1976/77. Essas duas vitórias do FC Porto na competição acabaram por ter um grande simbolismo, em virtude de terem ficado associadas a dois períodos difíceis da história do clube. Apesar de, actualmente, o FC Porto vencer a Taça de Portugal com alguma regularidade, naquela altura o clube andava arredado dos títulos. Ou seja, essas duas Taças de Portugal foram quase como um balão de oxigénio que permitiu ao FC Porto quebrar um longo jejum sem títulos e manter alguma vitalidade. Apesar de serem relativas a dois períodos distintos, essas duas vitórias tiveram um nome associado a ambas: José Maria Pedroto.
É curioso que decorreram precisamente 9 anos entre as duas vitórias que marcaram o regresso do FC Porto aos títulos. Foram 9 anos, desde a conquista do último campeonato nacional, em 1958/59 com Bela Guttmann, até ao regresso aos títulos, em 1967/68 com José Maria Pedroto, e novamente 9 anos, desde a conquista de 1967/68 até ao regresso aos títulos, em 1976/77, novamente com José Maria Pedroto. Nos dias de hoje, seria impensável o clube estar tanto tempo sem vencer! A conquista da Taça de Portugal, que marcou o 1º regresso do FC Porto aos títulos, ocorreu na época 1967/68. O FC Porto venceu o Vit. Setúbal por 2-1 (golos de Valdemar e Nóbrega) na Final do Jamor. Foi um intervalo no jejum de 19 anos sem vencer o campeonato nacional.
No entanto, seria necessário aguardar novamente 9 anos para ver o clube regressar aos títulos. Nessa época (1976/77), a Final da Taça de Portugal jogou-se no Estádio das Antas e o FC Porto venceu o Sp. Braga por 1-0 (golo de Fernando Gomes). Essa conquista já foi consequência da sensacional cumplicidade entre a dupla Pedroto/Pinto da Costa. Depois de conquistada a Taça, seguiu-se, no ano seguinte, o tão desejado regresso do FC Porto à vitória no campeonato nacional.
Em cima, a ilustrar o ‘post’, duas fotos que registam as vitórias do FC Porto nas edições de 1967/68 e 1976/77 da Taça de Portugal. A primeira, com um dos símbolos do clube nos anos 60, Custódio Pinto, e a segunda, com um dos melhores avançados da história do FC Porto, o irreverente António Oliveira.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Vem aí o ciclo mais complicado da época!

Saímos agora de um ciclo frenético e já vamos entrar noutro. A diferença é que o próximo será ainda mais decisivo. Serão 6 jogos (qual deles o mais complicado!?), em menos de 20 dias, nas 3 competições onde o FC Porto assumiu querer ter sucesso (Liga, Taça de Portugal e Liga dos Campeões). Depois da recepção ao Rio Ave, seguem-se 6 jogos que vão condicionar toda a época do FC Porto.
No espaço de 15 dias, o FC Porto joga com 2 dos primeiros 4 classificados da Liga (Sporting e Leixões), defronta (duas vezes!) o At. Madrid e joga a 1ª mão da meia-final da Taça de Portugal. Que grande embrulhada!
Se a tudo isto juntarmos o facto de um dos candidatos ao título, o Benfica, só realizar 1 jogo por semana até final da época, chegamos à conclusão que vai ser necessário fazer uma nova (e radical?) gestão do plantel. É muito provável que, logo na 1ª mão da meia-final da Taça de Portugal, o FC Porto volte a apresentar um «onze» com jogadores menos utilizados. É que esse jogo realiza-se 3 dias após o FC Porto-Sporting e 3 dias antes do Leixões-FC Porto. E logo a seguir vem o At. Madrid!
Contudo, a recepção ao Sporting, apesar de surgir num momento delicado, não se tornará assim tão desgastante porque o nosso adversário também está envolvido na Liga dos Campeões (defronta o Bayern de Munique 3 dias antes de visitar o Dragão), ou seja, as duas equipas vão chegar ao clássico sem a frescura ideal.
Perante o desgaste natural desta sequência de jogos, convém olhar também para o calendário de quem surge logo a seguir na tabela classificativa da Liga, o Benfica. Durante as próximas semanas, o nosso maior rival alterna jogos teoricamente mais fáceis (recebe o P. Ferreira e visita a Naval) com outros onde pode perder pontos (visita Alvalade e recebe o Leixões).
Aqui fica o calendário dos tricampeões para as próximas semanas:
22 de Fevereiro: P. Ferreira - FC Porto (Liga Sagres)
24 de Fevereiro: At. Madrid - FC Porto (Liga dos Campeões)
1 de Março: FC Porto - Sporting (Liga Sagres)
4 de Março: FC Porto - V. Guimarães ou E. Amadora (Taça de Portugal)
8 de Março: Leixões - FC Porto (Liga Sagres)
11 de Março: FC Porto - At. Madrid (Liga dos Campeões)

O «cromo do dia» - Gabriel Azevedo

Hoje recordamos outro nome lendário do ciclismo português e do FC Porto: Gabriel Azevedo.
Gabriel Moreira de Azevedo nasceu a 11 de Dezembro de 1947 na freguesia de Macieira da Maia, concelho de Vila do Conde.
O pai de José Azevedo iniciou a carreira de ciclista em 1963 (inscreveu-se na Federação de Ciclismo a 16 de Fevereiro de 1965) e representou sempre o FC Porto nas 6 participações que teve na Volta a Portugal.
Apesar de ter representado o FC Porto durante aquele período de 15 anos, de 1964 (vitória de Joaquim Leão) até 1979 (vitória de Joaquim Sousa Santos), que o clube passou sem vencer a Volta individualmente, Gabriel Azevedo contribuiu para o triunfo colectivo do FC Porto em 1969.
Quando Joaquim Leão (FC Porto) venceu a Volta, em 1964, Gabriel Azevedo ainda não tinha iniciado a carreira profissional. Apesar de ter sido ciclista profissional entre 1967 e 1974, este antigo corredor do FC Porto só participou em provas profissionais durante 5 anos, pois viu-se obrigado a cumprir o serviço militar na Guiné, entre 1969 e 1971.
Gabriel Azevedo foi Campeão Nacional de Fundo amador sénior, em 1967, e vencedor do Grande Prémio Philips, em 1968. Apesar de não ter sido um ciclista de topo, contribuiu para várias vitórias colectivas do FC Porto e era considerado pelos colegas um corredor dedicado e muito profissional. Era o típico corredor de equipa.
Depois de ter terminado a carreira, em 1974, manteve-se sempre ligado à modalidade, tendo sido treinador de várias equipas portuguesas (Gião, Barcelos, Vigaminho, Alguerra, Camponauto, Agros e Rio Ave). Também foi responsável por alguns carros de apoio, em várias edições da Volta a Portugal, e até chegou a ser mecânico!
Depois da experiência adquirida na Volta, foi nomeado Vice-Presidente da Associação de Ciclismo do Porto, durante 6 anos, e Comissário Nacional, em 1998.

«Curiosidades FCP» - O 'Super-Mário' do Vasco

Recuamos à passagem de Mário Jardel pelo Vasco da Gama com algumas curiosidades associadas ao melhor ponta-de-laça que passou pelo FC Porto depois de Fernando Gomes.
Jardel fez a sua formação nas escolas do Ferroviário Atlético Clube mas foi no Vasco da Gama que começou a chamar a atenção da imprensa e dos adeptos brasileiros. O histórico clube do Rio de Janeiro começou por mostrar interesse no jovem ponta-de-lança do Ferroviário quando Jardel se destacou na Taça Rio de Janeiro em juvenis. Apesar de correr alguns riscos ao apostar num jogador demasiado jovem, o Vasco da Gama não hesitou e pagou ao Ferroviário 27 500 dólares pelo passe do seu ponta-de-lança. No entanto, foi depois da conquista do bicampeonato brasileiro de juniores, e da vitória no Mundial Sub-21, na Austrália, que Jardel assinou o seu primeiro contrato profissional. A sua intensa relação com os golos começou em 1993 quando foi o melhor marcador do campeonato de júniores (11 golos na Taça BH Júnior e 9 golos na Taça SP Júnior) com a camisola do Vasco. Apesar de ano seguinte, já com 21 anos, ainda ter sido o melhor marcador da Taça Guanabara, com 17 golos, Jardel seria muitas vezes relegado para o banco de suplentes, em virtude da sua relação com o técnico do Vasco não ser a melhor. Nessa altura, o treinador do Vasco colocava em prática um estilo de jogo que privilegiava os novos ídolos dos adeptos vascaínos: Edmundo, Felipe, Pedrinho e Juninho Pernambucano. Jardel deixou o Vasco da Gama no início de 1995, acabando por ser emprestado ao Grêmio de Porto Alegre. Luiz Felipe Scolari, na altura a orientar o Grêmio, montou um esquema táctico que possibilitou a Jardel formar uma dupla de sucesso com o ex-benfiquista Paulo Nunes. O Grêmio acabou por ser o último clube que 'Super-Mário' representou antes de chegar ao FC Porto. Recentemente, foi noticiado que Jardel regressou ao clube onde nasceu para o futebol, o Ferroviário (Brasil), e onde pretende terminar a carreira.
Em cima, a ilustrar o 'post', uma foto de um «onze» do Vasco da Gama relativo ao ano de 1994. Nessa época, Jardel foi colega do ex-sportinguista Ricardo Rocha e do ex-benfiquista Valdir.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Um esforço pelo 1º lugar!

Foram melhores os resultados (o Sporting perdeu!) do que a exibição! O FC Porto não conseguiu aumentar a vantagem para o Benfica mas conseguiu disfarçar o mau jogo de hoje com um último fôlego que lhe permitiu manter o primeiro lugar da Liga. A verdade é que a consistente exibição do Benfica surpreendeu o FC Porto e os próprios adeptos. Tivemos oportunidades para marcar primeiro mas não estávamos preparados para defrontar um Benfica personalizado e que nunca vacilou. O FC Porto até jogou em bloco mas foi sempre uma equipa demasiado tensa e com futebol pouco fluído. Apesar de não ter merecido ir para o intervalo a vencer, o Benfica mostrou como se deve defender os 3 'tanques' do ataque do FC Porto. Hulk, Lisandro e Rodriguez raramente conseguiram abordar os lances de frente. Foi o Benfica que obrigou o FC Porto a jogar mal! Ainda assim, deu para o FC Porto manter o primeiro lugar e aumentar a vantagem para o Sporting.
Sabendo que este FC Porto, versão 2008/09, é uma equipa repentista e que precisa de espaço para cavalgar as transições rápidas, Quique Flores posicionou muito bem a sua equipa. Mesmo a jogar contra um Benfica que apresenta dois remendos no «onze» (David Luiz a lateral esquerdo e Ruben Amorim como ala direito), o FC Porto não conseguiu criar rupturas na defesa do Benfica. Durante alguns períodos do jogo assistiu-se mesmo a uma (preocupante) impotência do FC Porto em chegar com perigo à baliza de Moreira. Nem o poderoso Hulk conseguiu abrir a defesa do Benfica. Este ano o FC Porto não tem conseguido transformar o Dragão num estádio sufocante para os adversários. Já são vários pontos perdidos em casa!
Agora, falta saber como é que o FC Porto vai reagir ao desgaste da Liga dos Campeões e da meia-final (jogada a duas mãos) da Taça de Portugal. Isto porque até final da época o Benfica só joga 1 vez por semana. Num campeonato tão disputado, isso pode fazer toda a diferença. Vai ser uma luta interessantíssima, e renhida, até final!

«A foto do dia» - Lucho na 'Líbero Deportes'

Apesar de ainda não ter atingido o nível de outras épocas, continua a ser o preferido do 'blogger'. Falamos de 'El Comandante', claro!
Hoje recuperamos uma 1ª página da publicação argentina 'Líbero Deportes', que deu destaque ao autor do único golo da vitória do River Plate sobre o Racing (de Lisandro Lopez), no Torneio Clausura 2004.
«Luis Gonzalez fue la figura de la cancha, autor del gol que River venció a Racing», titulava a 'Líbero Deportes' depois de mais uma grande exibição de 'El Comandante' (reparem quem é que também aparece lá atrás na foto: Ernesto Farías!).
Ao serviço do River Plate, que representou durante 3 épocas, Lucho venceu o Torneio Clausura de 2003 e 2004. No entanto, o River acabou por ceder à pressão do FC Porto, que adquiriu metade do seu passe no Verão de 2005. Mais recentemente, em Agosto de 2007, a FC Porto SAD tomou a decisão de adquirir a totalidade do seu passe à 'Global Soccer Agencies Lt'. 'El Comandante' é 100% dragão!

«Curiosidades FCP» - A fidelidade de Virgílio

Hoje recordamos algumas curiosidades associadas ao 2º melhor defesa direito (o 1º será sempre o eterno 'capitão' João Pinto) da história do FC Porto, Virgílio.
O «Leão de Génova», como ficou conhecido depois da fantástica exibição frente à Itália, em 1949, foi um dos jogadores que durante mais tempo representou o FC Porto e que mais fidelidade mostrou ao clube e à cidade que o acolheu. Além da lealdade que sempre exibiu, Virgílio ainda ficou associado a um dos momentos mais excitantes da história do clube, aquele período desde a inauguração do Estádio das Antas, em 1952, até à reconquista do título com Bella Guttmann, em 1959.
Foi Josef Szabo, o treinador do FC Porto de então, que deu indicação à direcção do clube para encontrar um substituto para o carismático Pinga. Apesar de inicialmente ter sido colocado a jogar no meio-campo, Virgílio viría a assumir outras funções quando o técnico Alejandro Scopelli chegou ao clube. O substituto de Szabo foi o grande responsável pelo seu recuo no campo. Inicialmente, Scopelli experimentou-o nos dois lados da defesa, acabando Virgílio por se fixar na direita porque era dextro.
Foi depois da estreia na Selecção nacional que Virgílio recebeu os primeiros convites para deixar o FC Porto. Apesar da derrota (4-1) frente à Itália, Virgílio foi o melhor jogador português em campo e anulou o famoso extremo-esquerdo Carapelese. Os ecos da sua fantástica exibição depressa chegaram a Espanha e, alguns dias depois, o antigo defesa direito do FC Porto seria assediado a mudar-se para o Barcelona e para o Real Madrid. Virgílio recusou! No entanto, dois anos depois os espanhóis voltaram à carga. O Celta de Vigo ofereceu-lhe 500 mil pesetas pela assinatura do contrato e um ordenado mensal de 15 mil pesetas (quando veio para o FC Porto, em 1947, foi-lhe atribuído um prémio de assinatura de 3 contos e um vencimento mensal de 800 escudos). Era uma fortuna mas Virgílio voltou a dizer não aos espanhóis. Para o antigo defesa direito do FC Porto, «trocar de camisola apenas por causa do dinheiro que estava em jogo, se não era violentar o coração e o clube, era, pelo menos, aceitar viver como um mercenário». Passados mais de 50 anos, quantos futebolistas diríam o mesmo?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

«Curiosidades FCP» - Dois bilhetes do clássico FC Porto - Benfica

Antecipamos o clássico do próximo Domingo com dois bilhetes de dois jogos, disputados entre FC Porto e Benfica, relativos à mesma competição, a Supertaça Cândido de Oliveira. Os dois clubes disputaram o troféu por 5 vezes durante a década de 80.
O primeiro bilhete diz respeito ao jogo da 1ª mão da Finalíssima da Supertaça 1983/84. A final da competição disputou-se na época seguinte e foi jogada em duas mãos. Contudo, houve necessidade de serem jogados mais dois jogos em virtude de FC Porto e Benfica terem ganho o jogo realizado em sua casa. O Benfica começou por vencer na Luz por 1-0 (golo de Manniche), tendo o FC Porto igualado a final com uma vitória nas Antas, também por 1-0 (golo de Vermelhinho). Como nessa altura os calendários dos grandes clubes eram menos apertados, a Supertaça acabou por ser decidida em 4 jogos (era também uma forma de potenciar as receitas dos dois clubes). O FC Porto acabou por conquistar o troféu depois de vencer o Benfica nas duas mãos da Finalíssima. Vencemos nas Antas por 3-0 (dois golos de Fernando Gomes e um de Vermelhinho) e voltámos a derrotar (0-1) o Benfica na Luz com um golo marcado por Paulo Futre.Quanto ao segundo bilhete, é relativo à 1ª mão da Supertaça Cândido de Oliveira 1986/87. Apesar do primeiro jogo da final ter terminado empatado 1-1 (golos de Fernando Gomes e Rui Pedro), o FC Porto venceria na Luz por 4-2 depois de mais uma extraordinária exibição do trio Futre-Gomes-Madjer. Vamos recordar os «onzes» e os marcadores do jogo da Luz:
Estádio da Luz, 26 de Novembro de 1986
Árbitro: Carlos Valente
Benfica: Neno, Veloso, Oliveira (Samuel aos 64’), Dito, Álvaro, Diamantino (cap.), Rui Pedro, Nunes, Wando (César Brito aos 60’); Rui Águas e Chiquinho Carlos;
Técnico: John Mortimore
FC Porto: Zé Beto; João Pinto, Celso, Eduardo Luís, Quim, António Frasco (Sousa aos 82’), Jaime Pacheco, André, Paulo Futre, Madjer (Elói aos 72’) e Fernando Gomes (cap.);
Técnico: Artur Jorge
Golos: Madjer aos 32', Paulo Futre aos 57', Diamantino aos 67', Paulo Futre aos 72', Fernando Gomes aos 81' e Dito aos 88'.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Acabou a Taça que só atrapalhou!

Está concluída a nossa participação na Taça da Liga. Apesar da derrota, cumpriu-se com o essencial: não desgastar os habituais titulares, evitar lesões e castigos, dar minutos de jogo aos menos utilizados e “limpar” o cartão vermelho de Fucile.
Quem levou as coisas mais a sério foram os grandes de Lisboa. Aliás, a final da prova vai-se disputar entre as duas equipas que mais vontade mostraram de vencer a competição. Apesar de pouco motivadora e mal organizada, a Taça da Liga “obrigou” os nossos rivais de Lisboa a deixar a pele em campo. Será que se tratava de salvar a época?
Jesualdo cumpriu com o prometido e, no 4º jogo na competição, voltou a dar minutos de jogo aos menos utilizados. Quanto a Paulo Bento, sabendo que na Taça da Liga poderá estar a salvação da época, não foi em poupanças e avançou com o «onze» habitual. Contudo, o seu ‘discurso das finais’ parece já não conseguir empolgar ninguém (Alvalade esteve quase vazio!). Cada clube toma decisões consoante as suas prioridades e ambições, mas convenhamos que a Taça da Liga é pouco!
A forma como a competição se desenrolou, e depois das várias confusões com os regulamentos, fez recordar a extinta Taça de Lisboa, quando Benfica e Sporting se degladiavam pela conquista do 1º troféu da época. Vão discuti-lo novamente!
Quanto ao FC Porto, entra agora na sua fase decisiva da época com os clássicos no Dragão e os Oitavos-de-final da Liga dos Campeões. O jogo do próximo domingo é de facto muito importante.

O programa oficial do Shakhtar Donetsk - FC Porto, Taça dos Vencedores das Taças 1983/84

Hoje recuperamos uma autêntica relíquia associada a um jogo das competições europeias, a capa do programa oficial do Shakhtar Donetsk-FC Porto, relativo à 2ª mão dos Quartos-de-final da Taça dos Vencedores das Taças, época 1983/84.
O Shakhtar é actualmente um clube bastante popular na Ucrânia, tendo-se sagrado por 4 vezes campeão ucraniano e vencido 6 Taças do seu país. No entanto, na antiga URSS, o Shakhtar foi sempre o clube na sombra do histórico Dinamo de Kiev. Os ucranianos venceram a Taça da ex-URSS em 1983, ganhando o direito de disputar a Taça dos Vencedores das Taças no ano seguinte.
O Shakhtar foi o 3º adversário do FC Porto na caminhada até à final de Basileia. O FC Porto começou por eliminar o Dinamo de Zagreb (ex-Jugoslávia) e o Glasgow Rangers (Escócia), enquanto que o Shakhtar deixou pelo caminho o B1901 (Dinamarca) e o Servette (Suiça).
Essa eliminatória, frente ao Shakhtar Donetsk, é ainda hoje muito recordada devido às inesperadas dificuldades que os ucranianos colocaram ao FC Porto nas duas mãos da eliminatória. Apesar de nessa altura o Shakhtar ser perfeitamente desconhecido da Europa do futebol, o acesso do FC Porto às meias-finais só ficou garantido na 2ª mão, depois de Mike Walsh igualar (1-1) o jogo, aos 72 minutos.
Apesar do FC Porto ter estado em desvantagem nas duas mãos da eliminatória, conseguiu eliminar os ucranianos com uma vitória (3-2) nas Antas e um empate (1-1) em Donetsk. Na 1ª mão, os ucranianos chegaram a dispor de uma vantagem de dois golos (Mozorov aos 7’ e Sokolovski aos 38’) mas o FC Porto reduziu ainda na 1ª parte, por Jaime Pacheco, aos 41 minutos. No segundo tempo, um golo de Frasco, aos 47’, e outro de Jacques, aos 70’, garantiram a vantagem mínima para o jogo de Donetsk.
A 2ª mão jogou-se a 21 de Março de 1984 e os ucranianos voltaram a marcar primeiro, por Grachev, aos 63 minutos. O FC Porto esteve eliminado da Taça das Taças até aos 72 minutos de jogo, altura em que Mike Walsh igualou o jogo e garantiu a primeira presença do FC Porto nas meias-finais de uma competição europeia.
Depois do Shakhtar, seguiu-se o Aberdeen, de Sir Alex Fergunson.

«Curiosidades FCP» - As caricaturas do Francisco Zambujal

Hoje prestamos homenagem a um dos maiores caricaturistas de sempre da história do desporto nacional, o já falecido Francisco Zambujal. Irmão do escritor e jornalista Mário Zambujal, e colaborador do jornal ‘A Bola’ durante anos, Francisco Zambujal é hoje uma inspiração para os jovens caricaturistas portugueses e a maior referência nacional na área do ‘cartoon’ que utiliza o Desporto como tema.
Além de ter dado nome a uma rua na Margem Sul do Tejo (Amora), Francisco Zambujal deixou uma obra que marcou uma época no desporto e no jornalismo português. Ficaram célebres as suas caricaturas das décadas de 70 e 80, que conseguiam dar uma nova vida a treinadores e jogadores que durante esse período pisaram os relvados portugueses.
A ilustrar o ‘post’, 4 caricaturados pelo ‘mestre’ Francisco Zambujal: Gomes, Fonseca, Frasco e Pedroto.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

30 minutos demolidores e 1 hora assim-assim

No inicio de Janeiro tínhamos referido que seria importante o FC Porto chegar ao fundamental ciclo de jogos de Fevereiro/Março a depender apenas de si próprio para chegar ao primeiro lugar do campeonato. Missão cumprida: dependemos de nós e ainda lideramos a Liga! É apenas um ponto de vantagem, mas nas actuais circunstâncias, e na semana que antecede o FC Porto-Benfica, um ponto pode significar uma importante vantagem psicológica. E se jogos que chegam em boa altura, o clássico de Domingo é um deles. Vencendo o Benfica (e mesmo que o Sporting também vença o Sp. Braga), o FC Porto cava uma diferença de 4 pontos para os dois rivais de Lisboa. Com jogos no Dragão frente a Sporting e Benfica, a bola passa a estar agora do nosso lado!
Quanto à vitoria (1-3) de hoje, algum tempo que não víamos o FC Porto a entrar em jogo de forma tão autoritária. A diferença de dois golos, apesar de conquistada muito perto do fim, até acaba por ser algo lisongeira para o Belenenses, que na primeira meia-hora viu a bola rondar a baliza de Júlio César uma dúzia de vezes. Foram 30 minutos de futebol total por parte do FC Porto!
Mas como o Belenenses conseguiu reduzir ainda antes do intervalo, na segunda-parte o FC Porto foi bem mais expectante. Não sabemos se ficou encolhido por mérito do Belenenses ou se por estratégia própria. O que é certo é que houve ali um período no segundo tempo em que nem as transições rápidas, que Jesualdo tanto aprecia, estavam a sair bem. Lá tivemos que esperar pelos últimos 5 minutos de jogo para garantir uma vitória que na primeira parte chegou a parecer demasiado fácil.
Lucho, Rolando, Bruno Alves, Cristian Rodriguez e Hulk (que jogador!) foram os melhores do FC Porto. Deixo uma nota especial para Lucho Gonzalez que, sem fazer um jogo brilhante, e depois de ter corrido quilómetros na Quarta-feira, nunca se escondeu do jogo e ainda acabou por marcar o golo da tranquilidade. 'El Comandante' está de volta!
Agora, com a meia-final da Taça da Liga agendada para a próxima Quarta-feira, desejamos que o FC Porto se apresente em Alvalade mas que ao mesmo tempo assuma que o jogo frente ao Benfica é demasiado importante para correr riscos desnecessários frente ao Sporting. Um 'FC Porto B' também é capaz de discutir o jogo.