O jogo de Málaga, que ditou o afastamento dos dragões
da liga dos campeões, representa aquilo que poderemos designar de tempestade
perfeita: más opções iniciais, falta de atitude competitiva, golos muito
consentidos, lesões e expulsões, enfim, um sem número de adversidades que nem
os jogadores nem o treinador tiveram arte e engenho para conseguir ultrapassar.
O mais preocupante de tudo isto não é só este afastamento precoce, mas sim a
maneira como aconteceu, e o atual momento que a equipa vive de perfeita desinspiração
e de debilidade física a juntar à grande dependência do rendimento de João
Moutinho. Não deixa de constituir grande preocupação o facto de estarmos em
pleno mês de todas as decisões e não haver uma resposta à altura por parte da
equipa.
Perante tal, o confronto da próxima jornada na ilha da
Madeira, com o Marítimo, reveste-se de primordial importância e só uma vitória
permitirá manter-nos na rota do título sem depender de terceiros e fazer com que
os níveis de autoconfiança sejam restabelecidos. Prova desta relevância foi
atestada pelo presidente Pinto da Costa quando nesta quinta-feira compareceu no
treino da tarde, cumprimentando os atletas e corpo técnico num sinal que pode
ser interpretado como voto de confiança ou como forma de mostrar algum
desagrado pela mais recente exibição. Não é descurar também uma possível
renovação do contrato de Vítor Pereira agora ou, se o braço de ferro se
mantiver com o clube de todos os regimes, possa vir a acontecer na semana que
antecede o decisivo clássico.
Amândio
Rodrigues
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