segunda-feira, 21 de junho de 2010

Villas-Boas devia assumir ‘dossier contratações’

No final da época passada houve um desabafo de Jesualdo Ferreira que nos deixou intrigados e que não terá sido apenas um ‘mea culpa’ na época menos conseguida do FC Porto. «Este ano não fomos tão competentes», confessou o ex-treinador do FC Porto ao fazer um balanço da época 2009/10. Nesse desabafo, pareceu estar implícito apenas um parcial assumir de responsabilidades. Julgamos que, entre outras coisas, se estaria a referir à constituição do plantel, pois Jesualdo Ferreira pareceu sempre condicionado quando lhe pediam para abordar o tema das contratações e das dispensas. Ou seja, ficou sempre implícito que o ex-treinador do FC Porto nunca foi o maior responsável pelas contratações que a SAD realizou. Isso deu-lhe a cobertura de Pinto da Costa nos períodos mais difícieis, mas também o fragilizou na altura de assumir as suas preferências (estamos a recordar-nos de uma entrevista de Pinto da Costa que, no final da época, deixou um “recado” a Jesualdo quando confessou que Prediger, um jogador proposto pela SAD, teve poucas oportunidades). Nesse sentido, seria interessante ver André Villas-Boas assumir o risco por todas as escolhas do plantel 2010/11.
Só reforçando os poderes do treinador poderemos ter um FC Porto com total harmonia entre jogadores, técnicos e dirigentes.
Uma nota importante: Villas-Boas conhece a história e a cultura do clube. Assim, a SAD do FC Porto não corre o risco de ter de satisfazer alguns caprichos ao dar demasiados poderes ao treinador para escolher os reforços. No passado, já houve experiências com outros técnicos (estamos, por exemplo, a recordar-nos de Luigi Del Neri, que queria reforçar o plantel com jogadores italianos) que exigiram jogadores de perfil e nacionalidades que pouco têm a ver com o ADN e a história recente do FC Porto. Villas-Boas não cometerá esse erro! A chegada de Souza (em cima, na foto) parece pressupor que o FC Porto vai finalmente deixar de adquirir jogadores no sempre imprevisível campeonato argentino e vai voltar a privilegiar o mercado português e brasileiro (e também seria interessante voltarmos ao mercado de Leste, que nos trouxe boas surpresas nos anos 90).
No entanto, Villas-Boas tem que começar primeiro por abdicar de alguns “caprichos argentinos” que a SAD do FC Porto nos impingiu nas últimas épocas. Se vamos privilegiar a “posse e a criatividade”, podemos começar por emagrecer a ‘armada argentina’ (Diego Valeri, Tomás Costa, Sebastian Prediger, Mariano Gonzalez,…).

3 comentários:

Remígio Manuel Silva da Costa disse...

Mal iria o nosso clube se Vilas Boas não fosse ouvido nem achado na aquisição dos reforços que entenda necessários para colmatar os lugares mais frágeis da equipa ou na dispensa dos que não têm futuro nela.
Apesar da aparente falta de experiência estou convencido que ao novo técnico não faltam capacidades para impor as suas ideias e...competência.

Anónimo disse...

A minha pergunta é... o que faz um cirurgião plástico na direcção do FCP???

reinododragao.blogspot.com

Ricardo Moreira disse...

Só desejo tudo de bom ao nosso novo
Mister.Claro que a planificação da
nova época já estava a ser tratada
á algum tempo entre o Presidente e
o Villas-Boas! Agora,se na direcção
estão trolhas, electricistas, enfe_
rmeiros ou o c****** isso não me
interessa para nada! Confio muito
no Presidente que temos . . .