A última jornada da primeira liga trouxe de novo à liça a propensão inata, diria mesmo patológica, que os adeptos do clube de todos os regimes possuem em se queixar das arbitragens sempre que não conseguem ganhar um jogo. Então não é que o juiz do encontro em dois lances de dúvida decidiu em favor da Académica? Não deixa de ser ridículo ver as figuras que algumas pessoas da nossa praça fazem em defesa do “outro clube” e a verdadeira campanha de vitimização que os seus dirigentes já encetaram, contando com o apoio e o amparo que possuem na comunicação social indígena, preparando assim os seus mais “crentes adeptos” para que se algo correr mal, como nós esperamos que aconteça, os culpados já estejam encontrados. No que concerne ao rescaldo da prestação da equipa azul e branca talvez ainda seja muito cedo para avaliar o desempenho sem Hulk. Porém, os primeiros indícios são animadores e estabelecendo uma analogia com igual período da época passada, diria que a performance da mesma está uns furos acima. De registar a prestação de Vítor Pereira na conferência de imprensa depois do jogo com o Beira-Mar e a forma descomplexada com que abordou o posicionamento de James em campo. Não querendo discutir aqui a argumentação usada, constato que nos anos mais recentes existe uma clara dificuldade dos treinadores na forma como devem colocar no terreno de jogo os homens mais criativos e a solução mais fácil, e óbvia, é pô-los encostados às faixas laterais dando-lhe alguma liberdade de movimentos e VP não é diferente de outros. No entanto, tudo leva a supor que não seja um assunto definitivamente encerrado nem muito menos tabu. Do fim de semana fica ainda uma nota positiva para a equipa B dos dragões que alcançou a sua primeira vitória no reduto do Vitória de Guimarães e as coisas começam assim a desanuviar um pouco.
Amândio Rodrigues
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