Jogos
Olímpicos de Atlanta, “a 2 de Agosto de 1996,
com a medalha de prata mais que assegurada, Fernanda
Ribeiro proporcionou um dos momentos mais brilhantes do desporto
português
e uma das finais de 10000 metros mais espetaculares de sempre. À entrada da última
volta, Fernanda Ribeiro tinha 20 metros de atraso para a chinesa Wang Junxia,
recordista mundial da distância e já sagrada campeã olímpica dos 5000 metros,
dias antes. Com um final de prova demolidor, a fundista nacional surpreendeu
tudo e todos, incluindo a superfavorita chinesa e fez uma ultrapassagem
impensável, disparando para um novo recorde olímpico de 31.01,63 e sagrando-se campeã olímpica dos 10000 metros,
a terceira medalha de ouro na história olímpica de Portugal.
Fernanda Ribeiro era a partir dessa altura campeã olímpica, campeã do mundo e campeã europeia, um feito só ao alcance
dos melhores desportistas mundiais.” in wikipédia livre
Trago
à memória a brilhante conquista de mais uma atleta do FC Porto para ilustrar
aquilo que considero ser o verdadeiro espírito do Dragão, lutar até cair para o
lado. Poderíamos assinalar muitos mais exemplos recentes de outras modalidades
como o andebol ou o hóquei em patins, onde os nossos campeões lutam contra
todas as adversidades até ao último suspiro nunca se dando por vencidos.
Qualquer desportista portista sabe à priori que terá de lutar e sofrer
incomparavelmente mais do que os do nosso rival, porque em igualdade de
circunstâncias nunca lhes é dado o benefício da dúvida e quando se trata de
instâncias federativas a balança pende sempre para o mesmo lado. Neste momento,
assistimos no país a uma tentativa, por parte do clube de todos os regimes, de
homogeneização do desporto em todas as modalidades com a conivência dos meios
de comunicação social. Isto faz com que os méritos dos adversários nunca sejam
reconhecidos e sempre envoltos num clima de suspeição, criando assim um
ambiente propício a que sempre que se defrontam equipas dos dois clubes as
coisa dêem para o torto, como foi o caso do hóquei no último fim de semana, e
no final apareçam os comunicados a tentar justificar o injustificável: não
saber perder.
Amândio Rodrigues
Sem comentários:
Enviar um comentário