Primeiro os 15 minutos
iniciais: foram frenéticos porque este FC Porto é uma equipa dominadora e autoritária.
Essa personalidade do campeão acabou por beneficiar um Benfica que faz das
correrias e das bolas longas um princípo de jogo. Legítimo, mas inócuo! Há
muito tempo que não víamos uma equipa dita grande aproveitar todo e qualquer
lançamento de linha lateral para tentar chegar com perigo à área do adversário.
Isto nem no tempo do saudoso ‘kick and rush’ britânico.
E sim, João Ferreira
teve influência no ‘clássico’. Usou um critério largo que beneficiou os
infractores: Matic e Maxi Pereira. Pior só Duarte Gomes, que na Luz chegou ao
desplante de assinalar 3 grandes-penalidades inexistentes a favor do Benfica no
jogo frente ao Vit. de Guimarães!
Este nem era o melhor
momento para o FC Porto disputar o ‘clássico’ (às ausências por lesão
juntava-se o cansaço de alguns jogadores), mas a união e a disciplina podem
esconder e superar limitações. Ou seja, as condicionantes acabaram por ser uma
oportunidade de mostrar que continuamos a ser a equipa mais difícil de derrotar
em Portugal. O colectivo ainda importa no futebol. Agora esperamos por eles no Dragão!
Quanto ao Benfica, continua
a ser ‘mais fumo do que fogo’. Senão vejamos: a equipa de Jorge Jesus
colecciona golos frente aos adversários mais frágeis da Liga, no entanto, ainda
não venceu nenhum dos jogos mais exigentes que disputou esta época: empates com
Sp. Braga, Celtic e FC Porto, e derrotas com Barcelona e Spartak de Moscovo. E
Jorge Jesus continua a não conseguir explicar à turba benfiquista o motivo de
só ter ganho um jogo ao FC Porto (relativo à insignificante Taça da Liga!) nos
últimos 5 ‘clássicos’ disputados na Luz. ‘Score’ embaraçoso!
Entretanto, garantimos
mais 3 reforços: Diego Reys, Marat Izmailov e Mauro Caballero. O primeiro e o
último estavam muito bem referenciados pelo nosso maior rival que não teve
poder financeiro para garantir os dois sul-americanos. Provavelmente, o salário
principesco que Jorge Jesus aufere (está no top-15 dos mais bem pagos do
mundo!) também deixa o Benfica com a sua posição negocial enfraquecida. Tudo
consequência da proposta que num passado recente o FC Porto fez a Jorge Jesus e
que Luís Filipe Vieira se viu obrigado a cobrir. Irónico e divertido!
1 comentário:
Jogo de grande intensidade e espectacularidade, durante a primeira parte, com as duas defesas a cometerem alguns erros, bem aproveitados pelos respectivos ataques, o que determinou um louco evoluir do resultado.
Depois, muito naturalmente, o jogo foi perdendo intensidade e aí, o FC Porto patenteou o seu habitual colectivismo e segurança, impondo toda a sua classe e determinação. Foi sem dúvida mais equipa. Por isso destaco sobretudo o colectivismo da equipa, onde apesar de tudo sobressaíram Mangala, Alex Sandro e Jackson Martinez.
O trabalho do árbitro merece uma estátua ao lado da do Eusébio, pelos bons serviços prestados à causa benfiquista, não só neste jogo como também à sua carreira, que, para bem do futebol e da verdade desportiva, está perto do seu términos.
Um abraço
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