Tal como a sociedade,
também o futebol vive tempos de austeridade. Seria inevitável que a redução das
receitas com publicidade, quotização e bilheteira também fosse acompanhada de
uma redução do orçamento para o Futebol. Nesse particular, o FC Porto conseguiu
reduzir drasticamente a sua folha salarial (só as saídas de Hulk, Cristian
Rodriguez e Álvaro Pereira permitiram poupar milhares de euros em salários),
mas o plantel ficou nitidamente menos experiente e mais magro em termos de
opções. Há mais potencial e juventude (Mangala, Iturbe, Kelvin, Kléber, Atsu,….)
que em 2011/12, mas o rendimento imediato ficou muito mais condicionado e dependente
de lesões e/ou castigos.
Ainda assim, nestes 3
primeiros meses da época temos conseguido conciliar a poupança e o rendimento
desportivo. Seria interessante (e até irónico!) se o FC Porto conseguisse realizar
uma Liga dos Campeões e um campeonato nacional mais produtivos que na época
passada com um orçamento mais reduzido. Tendo em conta que o nosso principal
rival a nível nacional também desinvestiu (mas não planeou nem antecipou tão bem
esse desinvestimento como o FC Porto), isso pode (e deve!) ser uma realidade na Liga 2012/13.
Na ‘Champions’ seremos muito mais condescendentes: o estatuto de cabeça-de-série
e a abordagem mais cuidada que em 2011/12 deixaram-nos com um pé nos
Oitavos-de-final, mas chegará uma altura em que a redução do orçamento e a
consequente maior juventude do plantel serão um natural ‘handicap’ às nossas
pretensões na competição. Sem dramas!
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