Vítor Pereira foi pertinente
no lançamento do ‘clássico’: o treinador do FC Porto preferiu alertar para a
imprevisibilidade que um ‘clássico’ sempre envolve do que chamar a atenção para
os defeitos e virtudes do nosso adversário (teria de abordar mais defeitos do
que virtudes, o que poderia trazer alguma sobranceria à equipa do FC Porto). Esse
discurso serviu para manter a equipa mobilizada e focada na importância do
jogo.
A abordagem acabou por
fazer toda a diferença, principalmente nos primeiros 20 minutos de jogo. É que
se os jogadores do FC Porto tivessem interiorizado que este Sporting tem mais
defeitos do que virtudes, dificilmente teriam sufocado o adversário nos
primeiros minutos de jogo.
E este era um ‘clássico’
muito traiçoeiro para o FC Porto, pois nunca é fácil abordar um jogo deste tipo
com o estatuto de super-favorito. Mas o FC Porto soube ser humilde (nunca
hesitou em baixar as linhas quando a isso foi obrigado) e inteligente (imprimiu
um ritmo forte nos primeiros minutos, fase em que o Sporting ainda não estava
organizado). Apesar de a equipa ter acusado a saída de Maicon (já é o melhor
central do campeonato!), o FC Porto conseguiu manter um bloco coeso e compacto.
Só é pena que o segundo
golo do FC Porto tenha surgido de grande-penalidade, isso só vai servir para
alimentar aqueles porno-debates televisivos sobre arbitragem. Nós preferimos
destacar o jogo colectivo e compacto que o FC Porto neste momento exibe, o
melhor do campeonato nesse particular.
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