O acerto de calendário
foi consumado com um FC Porto com pressa de chegar ao primeiro lugar da Liga mas
sem pressa de mostrar que era melhor que o seu adversário de ontem. É um FC
Porto adulto e responsável, mas que às vezes parece demasiado mecanizado tal a
perfeição que quer colocar no posicionamento e nos equilíbrios defensivos.
Agora parece que está
na moda criticar Vítor Pereira: “o FC Porto é apenas uma equipa sólida e
consistente”, dizem. Haja paciência! O FC Porto utiliza um sistema de ‘equipa
grande’ que quer ser forte contra os fortes. O mais importante é haver um
padrão exibicional, ou seja, o FC Porto tem princípios de jogo e rotinas muito
bem assimiladas. Depois, marcar mais ou menos golos ficará apenas dependente da
inspiração do momento. Já tinha sido assim no passado com Artur Jorge, José
Mourinho e André Villas-Boas, entre outros.
Ontem foi um FC Porto
com as mesmas virtudes e os poucos defeitos dos últimos jogos: a conceder
pouquíssimas oportunidades de golo ao adversário, mas nem sempre intenso e
incisivo no ataque (têm chegado poucas bolas a Jackson Martinez). Ainda assim, a
qualidade que colocámos em campo foi suficiente para derrotar um Vit. Setúbal
que é um paradigma do futebol português pós-crise económica: uma mescla de
jogadores muito jovens e alguns veteranos.
Os resultados das
últimas semanas foram uma boa resposta para quem previa (e desejava!) que o FC
Porto saísse do ‘clássico’ com 6 pontos de atraso relativamente ao Benfica. Acabou
a 1ª volta e metade do trabalho está feito: não perdemos na Luz e regressámos à
liderança da Liga. É preciso fazer ver ao nosso maior rival que, por mais que a
fasquia esteja alta, o FC Porto pode sempre ultrapassá-la!
1 comentário:
Supremacia absoluta do FC Porto, que só poderia terminar com uma vitória, ainda que sem muito brilho. Num terreno pesado, com muito vento e uma equipa adversária devidamente instruída para massacrar fisicamente os jogadores portistas, na maior parte das vezes infringindo as leis do jogo, seria quase impossível ganhar com nota artística. Gostava de ver o mesmo tipo de comportamento do Setúbal frente à equipa do regime. Se desta vez acabaram com 9, a jogar da mesma forma contra o Carnide, o jogo terminava ao intervalo... É que nos cavalinhos de luxo não se pode tocar...
Destaques para Mangala, em grande forma física, técnica e anímica e para Jackson Martinez, a confirmação de classe, frieza e sentido pelo golo.
Um abraço
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