Depois dos jogos
pachorrentos frente a Áustria de Viena e Estoril, os primeiros 45 minutos de
sexta-feira deixaram-nos com alguma esperança quanto ao futuro próximo do FC
Porto. Foi pena que a vitória e a qualidade demonstrada na 1ª parte ficassem associadas
a um lance polémico. Mas foi notório o esforço de mudar e tentar fazer as
coisas bem. Começava a ser estranho ver o decréscimo de rendimento numa
equipa que tem cada vez mais semanas de trabalho no modelo escolhido pelo
treinador...
Na nossa opinião, Paulo
Fonseca precipitou-se quando, ainda na pré-época, atribui logo as funções aos
jogadores mediante o modelo (4-2-3-1) que queria implementar, principalmente no
que ao trio de meio-campo diz respeito, ou seja, não esperou que fossem os
jogadores a “fazer” o modelo. Não seria surpreendente que as exibições e os
resultados do curto-prazo colocassem Paulo Fonseca perante o dilema de mudar os
intérpretes ou o sistema.
Por agora, segue-se o confronto
com o líder da Liga espanhola, o At. Madrid. Não sendo esta a equipa do At.
Madrid que tem melhores jogadores (as equipas de Kun Aguero e, mais
recentemente, de Falcão tinham melhores intérpretes), é a que na última década
se apresenta mais compacta e consistente, ou seja, mais difícil de derrotar.
Grande e estimulante obstáculo para o FC Porto!