Pavão nasceu em Chaves no ano de 1947. Depois de se afirmar no clube da terra, chamou á atenção dos responsáveis do FC Porto que viram nele grande potencial. Cedo garantiu a titularidade no FC Porto e a sua personalidade dentro de campo valeu-lhe o reconhecimento dos colegas e dos treinadores, sendo nomeado capitão de equipa. Começou então a ser um ídolo do clube e a sua maior referência da época, estatuto que perdeu aquando da chegada do peruano Cubillas. Pavão era um centro campista polivalente (o actual "box-to-box"), trabalhador incansável e muito generoso.
Mas a maior recordação de Pavão é um dos dias mais tristes da história do FC Porto. No dia 16 de Dezembro de 1973, à 13ª jornada do campeonato nacional de futebol e ao minuto 13, Pavão caiu no relvado do Estádio das Antas e não mais se levantou. Encontrou a morte no Estádio aos 26 anos. Segundo rezam as crónicas da época, apenas o médico do clube, Dr. José Santana, se apercebeu imediatamente da gravidade da situação. O jogador ainda foi transportado de urgência para o hospital mas as tentativas para o reanimar não foram bem sucedidas. Pavão tinha sofrido uma paragem cárdio-respiratória. Nesse dia, o FC Porto defrontou e venceu (2-1) o Vit. de Setúbal de Pedroto, numa das vitórias mais amargas de sempre do clube.
Uma curiosidade: a equipa do Belenenses nas deslocações ao Estádio do Dragão tem por tradição colocar uma coroa de flores junto ao busto de Pavão, situado próximo da zona dos balneários. Um gesto simbólico, mas sempre muito bem recebido entre os adeptos do clube. Aliás, sempre que o FC Porto joga em Lisboa, no Restelo, retribui, depositando uma coroa de flores junto do busto do ex-jogador Pepe.
E já agora, sabem de onde vem a alcunha (Pavão) dada ao jogador? O seu nome completo era Fernando Pascoal das Neves, mas desde cedo lhe puseram a alcunha “Pavão”, porque fintava os adversários com os braços abertos!!!
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