Fez na passada semana (dia 5 de Novembro) um ano que o FC Porto venceu (1-2) em Kiev, em jogo da 4ª jornada da Liga dos Campeões 2008/09, e afastou definitivamente os receios que colocavam em causa o percurso da equipa no início da época.
Além disso, o tempo não corre a favor de Jesualdo Ferreira, pois a concorrência está mais forte do que na época passada, ou seja, a margem de erro é agora muito menor.
Um ano depois, o que mudou? Pouco, mas o suficiente para haver agora muito mais dúvidas sobre o valor da equipa do que havia há um ano atrás. Naquela altura, o futebol que o FC Porto praticava também não entusiasmava (a equipa vinha de 3 derrotas consecutivas!) e parecia não haver saída para a depressão que se seguiu às derrotas com Dinamo de Kiev, Leixões e Naval. A solução para regressar às vitórias passou por 3 jogadores: Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez e... Pedro Emanuel (Raúl Meireles tinha razão quando dramatizou a sua saída)!
A cumplicidade entre os dois argentinos garantiu os golos, enquanto que a voz de comando do central português garantiu o equilíbrio defensivo (apesar de durante esse período Pedro Emanuel ter sido adaptado a defesa-esquerdo). Foi com esses alicerces que o FC Porto 2008/09 entrou numa dinâmica de vitória que só terminou no Jamor, na final da Taça de Portugal.
Este ano, Jesualdo Ferreira está convencido que esse "renascimento" voltará a acontecer e que «a equipa atingirá patamares superiores». No entanto, os pilares do FC Porto 2008/09 já cá não estão. Resta o inconformismo de Bruno Alves e... pouco mais!Além disso, o tempo não corre a favor de Jesualdo Ferreira, pois a concorrência está mais forte do que na época passada, ou seja, a margem de erro é agora muito menor.
Neste momento, é no meio-campo que residem os maiores problemas do FC Porto 2009/10. Para essa zona do campo, a falta de soluções (e de qualidade!) é gritante. Freddy Guarín, Mariano Gonzalez e Tomás Costa (custaram mais de 3 milhões de euros cada um!) não têm capacidade para fazer esquecer um jogador como Lucho Gonzalez. Ainda assim, é um pouco incompreensível que, no seu conjunto, a equipa (e o treinador!) não consiga camuflar a saída de 'El Comandante'.
Actualmente, Belluschi (em baixo, na foto, ao serviço do Olympiakos) é o único que pode retirar o meio-campo do FC Porto da vulgaridade. Mesmo sendo um jogador fisicamente frágil (os barcelonistas Messi, Xavi e Iniesta também são!) e que é "obrigado" a desgastar-se em tarefas defensivas, o médio argentino pode ser muito útil se jogar no seu 'habitat' natural, naquela zona próxima da área adversária onde melhor pode aplicar o seu remate fácil e precisão de passe. Curiosamente, foi com o ex-jogador do Olympiakos em campo que o FC Porto realizou as melhores exibições da época até ao momento (vitórias sobre Nacional, Leixões, Sporting, At. Madrid e Olhanense). Sendo assim, para quê insistir nos "pesos-pesados" Freddy Guarín e Mariano Gonzalez?
Mesmo sabendo que o FC Porto não tem o hábito de recorrer ao mercado de Inverno para resolver problemas imediatos, essa solução começa a ganhar cada vez mais consistência (fala-se de Quaresma, para nós um "remendo" caro e com caprichos difíceis de tolerar!).
A titularidade de Belluschi (Valeri, em défice físico, ainda não conta) não vai resolver todos os problemas da equipa, pois o argentino não pode substituir de uma assentada 4 jogadores: três que garantiam qualidade superior (Lucho Gonzalez, Lisandro Lopez e Cissokho) e um que garantia o carisma e o equilíbrio no balneário (Pedro Emanuel). Mesmo sabendo que o FC Porto não tem o hábito de recorrer ao mercado de Inverno para resolver problemas imediatos, essa solução começa a ganhar cada vez mais consistência (fala-se de Quaresma, para nós um "remendo" caro e com caprichos difíceis de tolerar!).
Há uma responsabilidade a assumir - e não apenas da parte do Professor - de quem é «tetracampeão» e realiza boas campanhas na 'Champions'. Neste momento, é fácil concluir que o FC Porto não se reforçou à medida das suas ambições e prestígio.
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