Em semana de confronto europeu com um clube espanhol, recuamos ao primeiro jogo que disputámos nas competições europeias frente a um clube do país vizinho (momento que também coincidiu com a nossa estreia nas competições europeias): um FC Porto - At. Bilbao, relativo à 1ª mão da 1ª eliminatória da extinta Taça dos Clubes Campeões Europeus, época 1956/57.
Com a ajuda da imprensa espanhola, recordamos o que foi escrito sobre esse histórico confronto entre os campeões de Espanha e Portugal (vitória do At. Bilbao, por 1-2). Quando os dois clubes se defrontaram, o FC Porto tinha acabado de vencer o seu 3º título nacional, enquanto que os espanhóis já tinham conquistado 6 campeonatos (mas desde então só voltaram a vencer a Liga espanhola em duas ocasiões).
Assim, não foi surpreendente que a imprensa do país vizinho tenha dedicado tanta atenção ao confronto ibérico. «Los jugadores españoles han sido recibidos por los directivos del Oporto y por muchos deportistas, que los aclamaron. Los españoles han sido alojados en el Grande Hotel da Batalha. Jugadores y directivos han dicho a los periodistas que están encantados por visitar Portugal y que será muy difícil vencer al Oporto en su terreno», lia-se no catalão ‘El Mundo Deportivo’.
O jogo disputou-se sob condições climatéricas adversas («Desde las cuatro de la tarde cayó intensa lluvia, que embarró el terreno de juego»), e apesar do FC Porto ter apresentado a base da equipa que, um ano antes, tinha sido campeã nacional com Dorival Yustrich, acabou derrotado, por 1-2.
Apesar da derrota, sobraram elogios da imprensa espanhola ao estilo e atitude da equipa do FC Porto, e em especial às exibições de Pedroto e Monteiro da Costa, e à forma como a defesa espanhola conseguiu bloquear o potente Jaburu: «El Oporto no consiguió encontrar su ritmo habitual de juego ni su sitio sobre el terreno, a causa de la mayor rapidez y poder de anticipación de los españoles. Monteiro da Costa y Pedroto fueron los mejores en la agotadora tarea de oponerse al adversario, mientras el peligroso Jaburu resultó siempre muy vigilado.» Uma curiosidade: o então treinador do At. Bilbao, o checo Ferdinand Daucik, orientaria o FC Porto uns anos depois.
Aqui ficam os «onzes» e os marcadores do jogo da 1ª mão (o jogo da 2ª mão, que terminou com nova vitória do At. Bilbao, por 3-2, será abordado num próximo ‘post’):
Estádio das Antas, 20 de Setembro de 1956; Árbitro: Mario Maurelli (ITA);
FC Porto: Acúrcio; Virgílio, Miguel Arcanjo, Barbosa, Pedroto, Monteiro da Costa, Hernâni, Gastão, Jaburu, Perdigão e José Maria; Treinador: Flávio Costa; At. Bilbao: Carmelo, Orúe, Jesús Garay, Canito, Mauri, Maguregui, Azcárate, Félix Marcaida, Merodio, Ignacio Uribe e Gaínza; Treinador: Ferdinand Daucik;
Golos: Uribe, aos 6’, José Maria, aos 53’, e Canito, aos 84’;
Com a ajuda da imprensa espanhola, recordamos o que foi escrito sobre esse histórico confronto entre os campeões de Espanha e Portugal (vitória do At. Bilbao, por 1-2). Quando os dois clubes se defrontaram, o FC Porto tinha acabado de vencer o seu 3º título nacional, enquanto que os espanhóis já tinham conquistado 6 campeonatos (mas desde então só voltaram a vencer a Liga espanhola em duas ocasiões).
Assim, não foi surpreendente que a imprensa do país vizinho tenha dedicado tanta atenção ao confronto ibérico. «Los jugadores españoles han sido recibidos por los directivos del Oporto y por muchos deportistas, que los aclamaron. Los españoles han sido alojados en el Grande Hotel da Batalha. Jugadores y directivos han dicho a los periodistas que están encantados por visitar Portugal y que será muy difícil vencer al Oporto en su terreno», lia-se no catalão ‘El Mundo Deportivo’.
O jogo disputou-se sob condições climatéricas adversas («Desde las cuatro de la tarde cayó intensa lluvia, que embarró el terreno de juego»), e apesar do FC Porto ter apresentado a base da equipa que, um ano antes, tinha sido campeã nacional com Dorival Yustrich, acabou derrotado, por 1-2.
Apesar da derrota, sobraram elogios da imprensa espanhola ao estilo e atitude da equipa do FC Porto, e em especial às exibições de Pedroto e Monteiro da Costa, e à forma como a defesa espanhola conseguiu bloquear o potente Jaburu: «El Oporto no consiguió encontrar su ritmo habitual de juego ni su sitio sobre el terreno, a causa de la mayor rapidez y poder de anticipación de los españoles. Monteiro da Costa y Pedroto fueron los mejores en la agotadora tarea de oponerse al adversario, mientras el peligroso Jaburu resultó siempre muy vigilado.» Uma curiosidade: o então treinador do At. Bilbao, o checo Ferdinand Daucik, orientaria o FC Porto uns anos depois.
Aqui ficam os «onzes» e os marcadores do jogo da 1ª mão (o jogo da 2ª mão, que terminou com nova vitória do At. Bilbao, por 3-2, será abordado num próximo ‘post’):
Estádio das Antas, 20 de Setembro de 1956; Árbitro: Mario Maurelli (ITA);
FC Porto: Acúrcio; Virgílio, Miguel Arcanjo, Barbosa, Pedroto, Monteiro da Costa, Hernâni, Gastão, Jaburu, Perdigão e José Maria; Treinador: Flávio Costa; At. Bilbao: Carmelo, Orúe, Jesús Garay, Canito, Mauri, Maguregui, Azcárate, Félix Marcaida, Merodio, Ignacio Uribe e Gaínza; Treinador: Ferdinand Daucik;
Golos: Uribe, aos 6’, José Maria, aos 53’, e Canito, aos 84’;
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