quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Com Belluschi é outra coisa!

Se há derrotas que são menos dolorosas que outras, a de hoje foi uma delas. Tendo em conta que tinha o apuramento para os Oitavos-de-final garantido e vinha de uma série de más exibições, o FC Porto até nem fez um mau jogo. Perdeu (0-1), mas provou que tem condições para continuar a ser uma equipa competitiva e ambiciosa na Europa. No entanto, o momento não era o ideal para defrontar o Chelsea, pois foi evidente que, para serem superiores, os ingleses nunca necessitaram de forçar em demasia, no ritmo e na entrega ao jogo.
Ainda assim, foi pena o FC Porto não ter chegado primeiro ao golo ainda durante a primeira parte, pois teve duas oportunidades flagrantes para o conseguir, num remate de Belluschi à barra e numa recarga deficiente de Falcão (Petr Cech foi rapidíssimo a tapar a sua baliza).
Hoje, o FC Porto foi quase sempre uma equipa unida e organizada. O mérito dos ingleses acabou por contribuir mais para a derrota do que os defeitos do FC Porto. O Chelsea é de facto uma grande equipa. Além de ser muito difícil marcar golos aos ingleses (Ricardo Carvalho e John Terry formam uma dupla de centrais quase intransponível), também é complicado responder àquele jogo ao mesmo tempo agressivo e seguro da equipa de Ancelotti.
Impressionante a forma como a equipa do Chelsea consegue conciliar o seu grande poderio físico com uma seguríssima posse de bola. Nesse aspecto, os ingleses são, a par do Barcelona, a equipa mais forte da Europa. Para o FC Porto, fica o consolo de não vir a encontrar o Chelsea nos Oitavos-de-final.
O FC Porto até conseguiu anular as virtudes do seu adversário com um bom posicionamento em campo e com entreajuda entre todos os sectores, mas neste momento a equipa não tem pulmão para dividir um jogo com o Chelsea durante 90 minutos (e o jogo nem sequer teve um ritmo alto). Belluschi ainda manteve a ilusão...
Perante o resultado de hoje, a visita do FC Porto a Madrid deixa de ter efeitos no apuramento do primeiro classificado do grupo. No entanto, haverá sempre o estímulo de tentar rectificar aquele injusto 2-2 da época passada e, ao mesmo tempo, garantir mais 800 mil euros por uma possível vitória.
Agora, esperemos que o esforço físico que o FC Porto realizou não tenha efeitos no jogo do próximo Domingo, frente ao Rio Ave. Houve jogadores (Fernando, Raúl Meireles, Rodriguez, Falcão, Belluschi,...) que correram quilómetros e esta época o FC Porto tem sentido mais dificuldades em abordar as jornadas da Liga portuguesa que se seguem a jogos da 'Champions'.
Positivo (+):
- Belluschi, claro! (será que é desta que convenceu o Professor?);
- a forma organizada como o FC Porto abordou o jogo;
- as exibições de Rolando e Bruno Alves (não deve ser nada fácil defender Drogba e Anelka);
- o espírito de sacrifício de Fernando e Varela;
- o longo aplauso que o público do Dragão ofereceu a Deco;
Negativo (-):
- Sapunaru, que nunca conseguiu travar Malouda;
- os primeiros 20 minutos do FC Porto;
- a dificuldade da equipa em manter a posse da bola;
- a quebra física do FC Porto na segunda-parte;

2 comentários:

Dragaopentacampeao disse...

Incrível a facilidade com que os jogadores portistas oferecem a bola ao adversário, a falta de qualidade do passe (qualquer equipa fatela tem melhor troca de bola)e ainda a gritante ineficácia do remate. São estes os grandes defeitos de que enferma esta equipa.

A este propósito, Falcao tem evidenciado uma forte incapacidade para fazer golos, depois de um período em que chegou a prometer muitos. Gostei da espontaneidade do remate de Belluschi, criando muito perigo sempre que rematou.

A equipa continua a acumular erros crassos que nos vão custando, pontos e... dinheiro.

Mas está à vista que com o Professor Jesualdo estamos condenados a jogar desta forma.

O melhor do jogo foram as reacções dos adeptos, quer no apoio à equipa como na homenagem justa que dedicaram ao «nosso» Deco. Mais um motivo que me enche de orgulho.

Um abraço

Anónimo disse...

Porto de asas cortadas

Publicado por PauloMorais em 26 Novembro, 2009

“É urgente transferir para a esfera regional a propriedade e a gestão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Só independente, o Aeroporto do Porto sobreviverá. Integrado na rede nacional da ANA, será apenas uma filial do Novo Aeroporto Internacional de Lisboa, um apeadeiro periférico de Alcochete.”
no JN.