segunda-feira, 3 de maio de 2010

I-N-F-E-R-N-O!

Era um cenário inédito e algo ingrato para o FC Porto: mesmo vencendo, poderia ver o seu maior rival fazer a festa no Dragão. O que estava menos em causa eram os 3 pontos, principalmente para o FC Porto. Mais do que vencer o seu principal rival, o objectivo do FC Porto passava por evitar que o Benfica realizasse a festa do título em pleno Estádio do Dragão. Isso não deve ser visto como um objectivo menos nobre do FC Porto - tal como o desejo de vitória do Benfica não deve ser interpretado como uma afronta ao seu adversário - pois estas coisas são consequência da cada vez mais “apimentada” rivalidade entre os dois clubes. E ainda bem que é assim!
Ontem, o FC Porto não só evitou a ansiada festa do seu maior rival como também ofereceu a todos os portistas uma exibição de força, querer e bom futebol. Para o Benfica foi uma autêntica descida ao Inferno. Só faltou aparecer o Diabo!!!
Na semana anterior, tínhamos referido que ao futebol dinâmico e envolvente do novo ‘4-4-2’ do FC Porto faltava apenas acrescentar maior agressividade e concentração defensiva. Foi isso que aconteceu hoje, o que levou as duas equipas a lutarem imenso pela posse da bola. Foi um jogo com muita luta, correria e contacto físico. Parecia uma final e o Benfica valorizou muito a vitória do FC Porto.
Mesmo com Olegário Benquerença a revelar uma clara dualidade de critérios a nível disciplinar (numa altura em que o FC Porto estava por cima no jogo, cometeu um erro ao expulsar Fucile e não foi coerente em situações idênticas), fomos por ali acima à procura do golo. Nesse período, e apesar de jogar com menos um homem, o FC Porto viu o público ser o 11º jogador (há muito tempo que não víamos o Dragão em autêntica ebulição). Ainda há ‘vitórias à FC Porto’!!!
Positivo (+):
- Guarín, o MVP do clássico (mas apesar do excelente momento de forma, o colombiano não tem características para determinados jogos e adversários);
- Jesualdo Ferreira, que venceu Jorge Jesus na táctica e na estratégia (o Prof. só terá sido derrotado no posicionamento das equipas em campo);
- aquele arriscadíssimo e poderoso desarme de Álvaro Pereira, que quase provocava grande-penalidade sobre Maxi Pereira;
- Belluschi, pelos pequenos pormenores que permitiram à equipa respirar e avançar no terreno, e por aquela “maldade” que garantiu o golo da tranquilidade (o médio argentino ofereceu uma “cueca” a Pablo Aimar e um “remate banana” a Quim);
- Farías, o homem que tem “sete vidas” (tocou duas vezes na bola e marcou um golo!);
Negativo (-):
- a permissividade de Rolando no lance do golo do Benfica;
- o tempo que o FC Porto demorou para se posicionar correctamente em campo e acertar as marcações;
- a qualidade de passe da equipa deve continuar a merecer reparos e preocupação;

2 comentários:

Dragão Azul Forte disse...

Afinal eles "reserBaram" mas… não compareceram! E ainda não foi desta que os galináceos mouros festejaram na casa do Dragão! Nem contra 10 ganham... Mas têm sempre a ajudinha de mais 4... Mas nem assim! Este campeonato é uma vergonha: túneis, toupeiras, jogadores dos adversários do benfas expulsos ou castigados indevidamente, treinadores expulsos por mostrarem indignação, castigos da Liga cirurgicamente aplicados pelo vassalo Ricardo Bosta, etc. etc.. Deus é grande e vai dar-vos uma lição no "juízo final". Ides morrer na praia. O Rio Ave vai defender a honra dos clubes do Norte, como o Braga tem feito e como o FC Porto fez hoje com insofismável brilhantismo.

Anónimo disse...

Recorde mundial?
«O Benfica bateu no domingo um recorde, porventura mundial, de tempo de jogo em superioridade numérica ao longo de uma temporada, chegando a 342 minutos (cinco horas e 42 minutos de jogo) com mais um (por vezes, dois) jogador em campo. O que corresponde a 13 por cento do tempo total da competição. E Fucile foi o 17.º jogador adversário a ver o cartão vermelho em partidas do líder.»
João Querido Manha
in Record, 04/05/2010